Bulletproof Picasso escrita por Kiara Hale


Capítulo 1
Sunny Cali


Notas iniciais do capítulo

Bom, não tenho muito a dizer sobre essa história, a não ser sobre o quanto eu estou empolgada em escrevê-la, porque né?
Bethyl é tudo!! Em qualquer universo! Então, boa leitura sweethearts!! ♥



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      *Três anos atrás*

    -Maggie, por favor me escute! Eu vou ficar bem, eu só acho que eu vou ficar melhor lá. Não sei se consigo fazer isso aqui, não sei se consigo continuar aqui depois da morte do papai. E além do mais, você e Glenn vão ter o bebê e vão se mudar também.

—Betty, olhe, não é que eu ache que você não conseguirá construir uma nova vida na Califórnia, é só que, você é minha irmãzinha, e a Califórnia é muito longe!

—Mag, eu te amo, e vou ficar bem, você e Glenn vão para Manhattan, também é longe, mas é por isso mesmo que temos celulares e a internet. –Beth sorriu para a irmã na esperança de acalmá-la. –

—Seja feliz Betty. Eu te amo! –Maggie lhe deu um beijo carinhoso. –

***

   Agora, essas lembranças pareciam tão distantes, Maggie parecia tão distante de Beth agora, tanta coisa havia mudado, sua vida havia mudado, por um momento imaginou o que o pai diria. Sempre teve tantos conselhos sábios, e naquele segundo era tudo o que ela precisava.

   Seu pai sempre lhe dizia que um dia a menina se casaria teria filhos, uma casa no subúrbio, seria a mãe perfeita, a esposa perfeita. Isso nunca foi o que ela realmente quis. Mas enquanto o pai estava por perto ela até considerava a ideia, mas depois de tudo o que houve a ideia de uma vida comum e perfeitinha ao lado do homem dos sonhos, não existia mais.

    Beth se encontrava deitada em seu sofá, dentro de seu pequeno apartamento, pensando em tudo isso, ah, essa vida lhe parecia tão longe de tudo o que ela sempre sonhou. Seu aluguel estava atrasado, assim como suas contas, seu salário não dava nem para a metade de tudo o que devia.

   A garota emitiu um suspiro simplesmente lamentável, ela lamentava por sua vida.

Ela lamentava, quando se lembrava de como era feliz, quando se lembrava dos aniversários e piqueniques em que cantava para a família, em dias muito frios de inverno na Geórgia.

   Por um instante sacudiu a cabeça na esperança de esvair as lembranças e conseguir dormir. Levantou-se do sofá pegando o cobertor jogado no sofá e indo para o quarto.

***

  O alarme tocava em seu bolso indicando que estava na hora de sair da cama e encarar a realidade, mas na verdade Daryl nunca soube por quê ainda acionava o alarme do seu celular, já estava de pé a horas.

   Parado no meio da estrada, já estava cansado de andar, sua mala parecia pesar toneladas a medida que o sol ia aumentando, estava exausto! Esgotado.

    Na esperança de conseguir parar qualquer carro na estrada vazia desde que havia começado a andar por ali, na noite passada.

   Bom,  Daryl sabia que ia ser difícil refazer sua vida em uma cidade nova, sem emprego, pois havia sido demitido, não porque era ruim no que fazia, mas simplesmente por pedir um aumento para pagar sua estadia numa pensão imunda que foi literalmente o primeiro lugar que tinha encontrado, um prédio caindo aos pedaços a alguns quarteirões antes de realmente entrar na Califórnia.

   Como não tinha mais emprego, não tinha mais salário, sem salário não pôde pagar a diária da pensão e foi despejado, desde então estava andando a procura de qualquer pessoa ou lugar, que pudesse ajudá-lo de qualquer forma.

***

   Beth abriu os olhos lentamente, com claridade de sua janela parcialmente lhe tocando o rosto, por causa da cortina cor de creme.

Seu celular já vibrava com o alarme, olhou para o relógio.

6:00 AM

Ela precisava acordar cedo, era garçonete em uma lanchonete de beira de estrada, ou seja todos os dias a lanchonete abria assim que nascia o sol. Beth havia se acostumado a dormir apenas 5 horas por noite, nem se sentia mais cansada por isso.

Sentou-se na cama, e abriu a cortina deixando o sol nascente clarear o cômodo, por um segundo sorriu. Beth adorava o nascer e o pôr do Sol, por algum motivo lhe trazia paz.

   Depois de tomar um banho, Beth olhou-se no espelho ainda enrolada em uma toalha, enquanto secava o cabelo, tentava encontrar algo eu seu reflexo no espelho que lhe fizesse parecer que não estava cansada deste emprego, algo que fosse lhe deixar pelo menos um pouco mais simpática para que ela conseguisse agüentar o dia inteiro.

       A garota foi até o seu armário, e pegou seu uniforme. Um vestido azul marinho simples, jogou-o em cima da cama e encarou a roupa por um instante, libertando um longo suspiro que estava preso em seu peito.

Foi logo até o canto de sua cama, e pegou suas botas, vestiu-se enquanto prendia seus cabelos loiros em um coque, calçou as botas e saiu do quarto pegando sua bolsa, jogando o celular dentro dela.

    Olhou-se mais uma vez no espelho, agora sua aparência parecia um pouco melhor, mas ainda estava incomoda com algumas olheiras, que faziam seus profundos olhos azuis parecerem opacos.

    Mas de qualquer forma, pegou seu molho de chaves e saiu de casa.

Enquanto caminhava até o restaurante, ainda se perguntava o motivo de ter concordado em vender seu carro para pagar o aluguel de alguns meses atrás.

***

Daryl, já estava quase a ponto de desmaiar, ele podia sentir o asfalto queimar seus pés ignorando o solado das botas, ele estava decidido a chegar em Venice Beach. Não importava como ou o quanto teria que andar.

   De repente, um carro enorme, talvez Mustang 66. Daryl não tinha certeza, mas ele não parou, por um milésimo de segundo Daryl pensou em correr atrás, mas não faria isso. Pelo o que tinha visto, o  motorista parecia ser um daqueles velhos ricos nojentos.

 Por isso continuou andando. Com desprezo e raiva daquele homem.

  Até que chegou a um pequeno restaurante na beira da estrada. Assim que o sino da porta tocou, Daryl parou, nunca havia visto nenhuma garota tão bonita quanto ela, saiu do breve transe, e foi até a bancada.

   Mesmo estando exausto, foi capaz de dizer algo.

—Hã, oi.

—Oi –A loira sorriu para ele, Daryl podia jurar que tinha perdido a fala no momento em que ela sorriu, se ele estivesse dormindo ela poderia ser confundida com um anjo.

—É, sabe me dizer como chegar em Venice daqui? –Ele perguntou abrindo o mapa na bancada. –

—Sei sim, você só precisa andar mais alguns quilômetros, bom talvez muitos. Mas tenho certeza de que chegará lá até o anoitecer. –Ela respondeu docemente. –

—Tudo bem, acho que posso fazer isso. –Daryl riu também, na hora, nem havia pensado que teria que andar o dia inteiro, apenas pensava no quanto ela era linda sorrindo. –

—Okay, não quer nada?

—Não, eu acho melhor não. Tenho que ir logo, não quero chegar tarde.

  Beth não respondeu apenas sorriu e se virou para a cafeteira que chiava, enquanto Daryl saia do restaurante.

—Hã, espere! –Daryl se virou novamente para a loira. –Não me disse seu nome.

—Beth, Beth Greene. E você é...

—Daryl, Daryl Dixon.

***

Beth estava tão concentrada em fazer o café e tentar não estragar os ovos mexidos que quase não tinha percebido o cliente que acabara de entrar.

 Um homem que parecia ter idade para ser seu pai, ou até mesmo avô, se sentou em uma das cadeiras da bancada espanando a poeira de seu impecável terno branco. E sorriu para ela, um sorriso desprezível que fez com que Beth tivesse um breve calafrio.

—Olá loirinha. –Disse o homem enquanto a analisava com um olhar um tanto quanto invasivo. –

  Ela não se deu ao trabalho de responder, nem ao menos sorrir. Ela já havia tido que lidar com muitos outros clientes nojentos e este seria apenas mais um deles.

—Quero um café, preto sem açúcar. –O velho pediu. –

  Beth se virou para pegar uma das canecas guardadas nas prateleiras mais baixas, quando sentiu a mão do homem tocar sua coxa.

—O que diabos?! Você está louco?! –A garota gritou com o susto. –

   Beth logo agarrou o frasco de Katchup mais próximo e atacou o homem a sua frente, sujando seu terno que costumava ser branco.

—Beth! O que está fazendo? –Ouviu uma das garçonetes gritar para ela. -

O homem logo saiu para se limpar.

  Beth se sentia humilhada, tudo o que ela precisava era de um motivo maior para largar aquele emprego, aquele lugar. E logo veio a sua mente, o seu motivo acabara de acontecer!

  Sem pensar muito, Beth agarrou as chaves do carro do homem nojento, saiu correndo em direção à porta, pulou para dentro do carro, e simplesmente deu a partida, sem olhar para trás.


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Notas finais do capítulo

Então? Me digam se realmente valeu a pena começar essa história. Ou se eu tenho mesmo um parafuso a menos. kk
Me digam nos comentários o que acharam!!
Beijinhos amores! ♥



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