Janna era uma combatente do reino que oferecia suporte aos soldados durante suas batalhas. Em uma delas ela acabou se envolvendo com Ezreal filho do rei Tryndamere, os dois jovens se apaixonaram e Ezreal convidara Janna para a grande comemoração no castelo. Janna corria pelos jardins secretos de Noxus e Ezreal vinha logo atrás. O jardim secreto de Noxus possuía uma cachoeira de águas verdes que corriam por toda sua extensão, o chão era coberto de flores azuis e brancas, um presente do rei Tryndamere para a rainha Ashe, as flores brancas os lembravam de Fleijord lugar onde nasceram, foram criados, se conheceram e se tornaram um a espada do outro, azul pois era a cor favorita de Ashe, lembrando-a sempre do gelo no qual encontrara seu arco e flecha, presente de Avarosa. Mais a frente era possível ver uma caverna onde em sua entrada era formada por agregados rochosos de ametistas de todas as cores, bem acima gravado o nome da rainha, Ashe. Era um dos lugares favoritos de Ezreal, lembrava-se de sua mãe, suas raízes, suas historias, e de como ela tinha sido uma incrível guerreira com nobres intenções, apesar de tudo ter dado errado. Ezreal alcançou Janna e a agarrou pela cintura, fazendo com que ambos caíssem na grama pintada pelas flores brancas e azuis. Ela riu.

— Que lugar lindo. —  Observou Janna.

— Foi um presente de meu pai para minha mãe. É um jardim com a entrada autorizada apenas para familiares.

— Então eu não devia estar aqui.

Ezreal tirou um anel de diamante do bolso e o colocou gentilmente no dedo de Janna. O coração de Janna bateu forte, abraçando Ezreal com força a felicidade da moça quase não cabia no peito.

— Você será da família em breve, se quiser é claro...  — Um barulho vindo da caverna chamou a atenção dos dois, Ezreal tinha certeza que não havia ninguém ali além dos dois então seria algum animal dentro da caverna? — Acho melhor ir ver o que fez esse barulho.

Quando o garoto se levantou uma figura familiar saiu da caverna. Ela tinha tranças azuis longas e um sorriso malicioso, carregava duas armas, uma semelhante a um peixe que Ezreal nunca vira antes e uma metralhadora, o que ainda não era comum em Noxus, apenas em Piltover, apesar dos anos que se passaram ele foi capaz de reconhecer aquele ser.

— Jinx?! — Disse ele com os olhos arregalados. Sabia que a Xerife Caitlyn havia mandado uma carta para Trynda dizendo que Jinx havia fugido de Piltover e que a irmã fizera um atentado a uma escola infantil, porem as ordens do rei foram "Amanha iremos atrás de Jinx, hoje não derramaremos sangue". Ezreal não sabia como reagir.

— Sentiu minha falta, irmão? —  Perguntou Jinx.

— Claro... mas Jinx , por que fugiu de Piltover? E aquele atentado cruel à escola infantil? Por que você ainda está fazendo essas coisas? Nosso pai irá te punir se te ver por aqui depois de toda essa confusão.

— “Por que?” — Jinx jogou a cabeça para trás e gargalhou alto, sabia que no jardim secreto de sua mãe ninguém em Noxus poderia ouvi-la —  Bem, eu fiz isso acidentalmente de propósito.

Ezreal e Janna se surpreenderam com a falta de empatia para com todas as vitimas. Jinx começou a falar com seu atirador de misseis em forma de peixe.

— Ei, fishbones, que tal explodirmos alguma coisa?

 Ezreal e Janna saltaram do chão. Jinx mirou Fishbones no peito de Janna, Janna ficou furiosa e uma ventania vinda da loira começou a puxar Jinx para trás. Jinx era magra e tinha apenas 15 anos para segurar a força com que a ventania a puxava para trás, acabou sendo levada pelo vento e caindo no chão, Jinx provavelmente não sabia que Janna era uma das mais brilhantes dominadoras do vento, superando até mesmo seus mestres, ao ver a irmã caída Ezreal se sentiu mal e se virou para Janna.

— Pare — Disse ele segurando suas mãos gentilmente e bloqueando a sua visão para Jinx.

 — Tudo bem. — Respondeu ela.

 A ventania parou, e quando Ezreal voltou o olhar para sua irmã caída ela já não estava mais lá. Seu coração parou por um instante. Viu uma armadilha prendendo seus pés ao chão com uma força enorme, Jinx apareceu ao lado de Janna encostando sua metralhadora na cabeça da loira e foi se afastando de Ezreal que estava incapaz de se mexer. Jinx disse olhando para Janna:

— Meramente o som da sua voz me fez acreditar que você fosse Ela. Mas Ashe está morta para todos nós!

 —  Jinx! Por favor, não! —  Implorou Ezreal.

 Jinx atirou. As rosas brancas foram manchadas de sangue, Ezreal deu um grito ensurdecedor, enquanto Jinx escapava impune de mais um crime.