O Gatilho desenfreado contra Noxus escrita por Pégasus


Capítulo 24
A Defensora de Piltover


Notas iniciais do capítulo

''É uma pena. Eu tenho dois punhos, mas você só tem uma cara.''
— Vi



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Anos atras

Meu nome é Vi, cresci nas periferias de Piltover e graças a isso, aprendi a me virar na vida. Não sei nada sobre meus pais, mas isso também não importa. O que realmente importa é minha gangue. E o que vamos roubar hoje.

Saio do galpão abandonado de onde me escondo a alguns dias, não sei onde as pessoas da minha gangue estão, mas combinamos de nos encontrar aqui as 7 horas da manhã, bem quando Piltover acorda. O meu relógio marca seis e cinquenta e eu coloco meu capuz e espero meus cúmplices encostada na porta de entrada fumando um cigarro. A única coisa visível fora do meu capuz é meu cabelo extremamente rosa, a forma mais fácil dos aliados me reconhecerem. Vejo uma sombra vindo em minha direção, cabeça baixa, mãos no bolso, também fumava, jogou o cigarro no chão, e puxou o capuz para trás ao me ver. Um aliado. Mais um chegava por trás, e outro e outro... tão pontuais. Me  virei para abrir a porta e olhei pra trás de soslaio, um riso discreto apareceu em meu rosto, não pude evitar. O galpão era sujo e fedia, as paredes estavam cobertas de teias de aranhas e lodo, não era o melhor lugar do mundo, mas se você estivesse se escondendo da policia poderia ser. Eu e os outros tivemos que nos sentar no chão. Ninguém reclamou. Minha gangue e eu possuímos muito dinheiro. Somos bons em roubar bancos, e a Polícia de Piltover é ruim em nos prender. Graças a isso temos uma grande fortuna escondida em um dos bancos mais seguros da cidade. Nossa gangue já se tornou conhecida, as pessoas na rua só falam de nós, e a Polícia vive atrás de nossas cabeças. Alguns nos veem como inspiração para sair da vida miserável das periferias que se não te mata com balas te mata de fome, outros, ricos que moram nas partes mais favoráveis da cidade e nunca tiveram que lutar por sua comida, nos vê apenas como vagabundos. Mas a verdade é roubamos dos ricos para nossa sobrevivência, e somos bons nisso. Hoje, vamos falar de um caso especial. Estamos aqui reunidos, para conversar sobra a mineradora de Piltover.

— Então — eu comecei a falar — preparados para se esgueirar pelas minas de Piltover?

 Meus aliados se animaram.

— Espero que a mineradora não se importe. — disse um homem, coberto de tatuagens e cabelos azuis.

— Eles quase nunca fiscalizam as minas, apenas o material que vai direto para a fabrica. Estão pouco se lixando para o que acontece naquele buraco desde que o minério chegue. — Comentou uma mulher, também tatuada por todo o corpo.

— Bom, seja como for, os kimberlitos de lá estão repletos de diamante. Vamos explodir alguns blocos, jogar no caminhão e depois dar o fora. — Falei.

— Depois podemos seguir para uma fabrica de Zaun para beneficiamento do minério. Ou também podemos beneficiar o minério nós mesmo com os Hextec. — Disse a mesma garota.

— Isso seria perigoso, teríamos que voltar a Piltover, seria fácil de sermos pegos. Às 11 da noite os trabalhadores da mina saem do trabalho e vão para suas casas, voltam as 5 da manhã, teremos que ser rápidos para extrair os blocos.

— Eles trabalham praticamente o dia todo! Malditos empresários exploradores. – Comentou o garoto de cabelos azuis.

Ouve um momento de silêncio. Eu sabia que se não roubasse, provavelmente estaria em uma situação parecida a desses trabalhadores, e todos meus amigos também.

Me levanto com raiva.

— Vamos conseguir! — falei determinada.

— Lembrando que mudaram o Xerife da cidade, e ele parece ser esperto. — disse um garoto que ate agora não tinha se manifestado.

— Tsc. Não tenho medo de nenhum deles. — Eu disse.

***

O guarda da mina observou um caminhão desconhecido chegando, naquele momento ele teve um mal pressentimento e correu para o telefone para chamar a Polícia, não saberia se ela chegaria a tempo.

***

Entramos pela mina observando as partes que já estavam retiradas, um pouco ao meio da mina, podia se ver o diamante aflorado. Medimos quantos metros iriamos explodir e posicionamos os explosivos. A mina era enorme. Jamais saberíamos que no final dela ainda havia pessoas trabalhando por hora extra, para não morrer de fome. Quando os explosivos foram ativados ouvimos os gritos. Então fora da mina eu olhei para meus aliados e disse:

— Ainda tem pessoas lá! Precisamos ajuda-los!— Falei impaciente.

Eles se entreolharam.

— Não podemos, é muito arriscado, a mina não tem mais saída. — Disseram eles.

Então eu só corri na direção da explosão. Encontrei uma fresta em meio às rochas e me joguei dentro da mina, a poeira não me deixava ver muito então eu só corri seguindo as vozes que gritavam. Quando achei os trabalhadores correndo lhes mostrei a saída, porem agora ela estava fechada. Será que isso teria acontecido devido ao desmoronamento, ou teria sido feito intencionalmente por alguém? Eu não sabia. Então peguei um dos equipamentos Hextec que se parecia uma mão, e era usada nas escavações, e as vesti. Soquei as rochas ate que elas se quebrassem, meu corpo quase se quebrou junto, porem consegui abrir caminho. Os trabalhadores foram primeiro, segurei uma parte que ameaçava cair neles ate o ultimo instante. Quando o ultimo trabalhador conseguiu escapar, minhas mãos já não aguentavam mais, e eu cai em meio aos escombros.

***

Acordei em uma maca na madrugada gélida, ainda estávamos nos arredores da mina. E uma garota com o símbolo de Xerife no vestido roxo olhava para mim enquanto eu acordava.

 — Vi, certo? — Disse ela, eu revirei os olhos, droga fui pega.— Meu nome é Caitlyn, sou a nova Xerife da cidade. Vimos que você estava enterrada sobre as rochas e fizemos de tudo para te salvar. Os trabalhadores nos contaram de como você os salvou, isso não parece atitude de uma mera ladra. Acreditamos que você vale a pena.

Eles me salvaram, por que eu os salvei. Esse momento foi o mais próximo que cheguei de chorar.

— Onde estão os outros? — perguntei.

— Se refere aos seus cumplices?! Eles fugiram logo após as rochas caírem em você, levaram pouca coisa...

Traída.

— Gostaria de te fazer uma proposta.                              

A garota continuou, tirei um cigarro do bolso e pus na boca, procurei por isqueiro ou fosforo, Mas não tinha então Caitlyn o acendeu para mim.

— Junte se a policia de Piltover e todos seus crimes serão perdoados.

Eu não tinha muita escolha na hora, mas me parecia uma boa ideia. Assim poderia caçar os traidores da minha ex-gangue e ainda não ir presa. Então eu disse sim.


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