O Gatilho desenfreado contra Noxus escrita por Pégasus


Capítulo 22
O Gatilho Desenfreado - Parte I




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Fleljord

Anos atrás

Ashe havia sido morta por Sejuane, os Noxianos estavam enfurecidos com a morte de sua rainha, e a família real jurou vingança. Os filhos de Tryndamere ainda eram muito novos, mesmo assim ele os levou ate à gélida Fleljord, para vingar a morte da mãe, acompanhados de centenas de soldados Noxianos. A antiga tribo de Flerjord em que Tryndamere e Ashe pertenciam chamava-se Avarosa, e os ofereceu lugar para passarem a noite e durante o dia, o massacre contra a tribo de Sejuane (Garra do Inverno) começou. Katarina, Talon, Cassiopeia, Graves, Ezreal e Diana lutaram lado a lado, com veracidade e brutalidade, esquentando o corpo com o calor da batalha, em resposta ao frio que fazia. Jinx, não passava de uma criança de quatro anos, ainda estava escondida dentro da sua barraca quando o massacre começou. Estava sentada no chão, abraçando os joelhos, seu corpo tremia, e seu medo de alguém a encontrar crescia a cada instante. Podia ouvir gritos vindos de fora da barraca, imaginava se aquilo era certo, e se seus irmãos estavam bem. Então Jinx ouviu alguém chamar seu nome. Na mesma hora seu coração parou, seu corpo não tremeu mais, e seus sentidos se apuraram. Ela se levantou, será que a voz vinha de fora da barraca? Mas é claro, - pensou, ali dentro só tinha ela. A voz a chamou outra vez, era séria e tinha um tom de autoridade. Só tinha um jeito de ir atrás dela: saindo da barraca. Jinx então caminhou pela saída e puxou a porta de pano. O que viu em seguida a marcaria por toda sua vida. O sangue cobria todo o gelo da área a sua frente, e encostava em suas botas. Pessoas decapitando as outras, as crianças eram as primeiras a morrer, alguns preferiam utilizar das próprias mãos para matar, era o inferno materializado a sua frente. Naquele momento Jinx ficou paralisada, e algo em si se perdeu, sua sanidade se fora, junto de sua inocência, o mundo era um lugar frio, ainda mais frio que a distante Flerljord. Então a voz a chamou pela terceira vez, Jinx finalmente acordou de seu transe e correu rumo a ela, as botas batendo nas poças de sangue, atrás de si, ela ouvia gritos de desespero, então correu ainda mais rápido, a adrenalina tomando conta de seu pequeno corpo, o frio já não era mais um problema. Ela correu quilômetros e nem sequer notara, os gritos atrás de si ainda a alcançavam e Jinx corria olhando para trás quando bateu o rosto em alguém que vestia armadura. A pequena menina de cabelos azuis caiu no chão, a sua frente estava um ser angelical. Vestida de armadura dourada, ela estava sem elmo e possuía asas brancas, cabelos loiros e um olhar penetrante, Jinx permaneceu no chão:

— Jinx — Disse o ser a sua frente. — Por que tem medo? Você é mais forte que qualquer um deles, você nasceu para ser uma vencedora, ímpia, invicta, por que eu Kayle, o Anjo, estou olhando por você, e nenhuma bala será capaz de te acertar, nenhuma espada irá te perfurar, nenhum pé ira te esmagar. Faça o que deseja, pois eu A julgadora a tornarei imune. — Jinx a observava boquiaberta — Volte para onde estava, criança, e se ainda não acredita no que digo, tente se arriscar na batalha e verá que eu tenho sua guarda. — O anjo cravou sua espada no chão e uma luz surgiu a levando embora.

Jinx se levantou "Eu? A mais forte?”.

Ela correu de volta para o campo de batalha, e fez o que o anjo lhe dissera, caminhou por dentre os inimigos, muitos tentavam atacá-la, mas ela era intocável, era como se o tempo passasse mais devagar para ela em uma batalha, e tivesse a oportunidade de se esquivar... Um sentimento de deboche formou-se dentro de si. Todas aquelas pessoas tentando derramar seu sangue, eram todas iguais. O mundo era frio, e as pessoas más, ninguém merecia viver. O sangue em suas botas não era sangue inocente. Ela viu o mundo com outros olhos, aquilo era uma selva, onde o forte se alimenta do fraco.

E ela?! Ela se alimentaria do forte.

Jinx gargalhou alto. Ninguém pode me pegar. Ela pulou no chão sangrento e começou a fazer um anjo de neve, apesar do sangue, ela ria muito e não se importava mais com a matança. Aqui era o mundo dos assassinos, então ela mataria todos!

***

À volta a Noxus trouxe surpresas para todos. Todos os dias um animal selvagem dilacerado era encontrado morto no castelo. Jinx sempre aparecia suja de sangue ate algum empregado ser ordenado à limpá-la. Jinx achava engraçado a forma como podia matar um animal tão sanguinário quanto ela. Mas logo, matar animais já não tinha tanta graça, então Jinx começou a matar pessoas. Amigos de sua família, empregados, garotas de programa de seus irmãos. Ate que Graves e seus irmãos convenceram o rei Trynda a puni-la, levando-a para um Colégio interno em Piltover quando completou 6 anos.

 


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