Humans escrita por Arya


Capítulo 10
IX - Zakuro.


Notas iniciais do capítulo

E FINALMENTE OS CAPS APRESENTAÇÃO ACABARAM #palmas
Vou finalmente jogar as ideias loucas na cara de vcs, fazer a porra toda sofrer... #apanhamtopelaaúltimaparte

Okay... Esse cap ficou menor do q o esperado pq eu tive um bloqueio LOUCO de inspiração logo no cap da Zakuro, mas acabou q o cap nn ficou ruim e até consegui apresentar uma personagem q vai ta na fic de vez em quando e, quem sabe, até vai ter um papel importante em uma das histórias. Nn sei.

No próximo episódio, o capítulo provavelmente será bem mais longo pq eu quase o tenho todo preparado. É só colocar as coisinhas em prática q, por sua vez, sempre me fufu. #apanhahard

Anyway... Boa leitura.
XOXO



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“A vida é, somente a vida, portanto, não se assuste quando algo dela não fizer nenhum sentido.”

***

— Que preguiça. — disse a de cabelos roxos, se jogando no colo da Salazar, que apenas riu e fez carinho na cabeça dela. — Pelo menos o próximo tempo é da Kira, não do Nagato.

— No nosso caso… — disse Claudine, comendo o resto do pacote de biscoito de chocolate recheado de Yasmin. — O nosso próximo tempo é com o Nagato.

Kat fez uma cara de terror cômica. Ela odiava física, e Nagato não era o professor mais carismático. Em alguns momentos, Zakuro ficava feliz em ter ficado na sala 2-A ao saber que não vai pegar, logo de cara, aula com o professor mais chato do universo após sair do recreio. Era como entrar no paraíso e acabar no inferno.

— Vão ter aula com a bicha? — perguntou Hamano. Honestamente, quem o chamou aqui mesmo? Provavelmente foi Yasmin, já que ela estava do lado dele e parecia dialogar mais com o mesmo do que com os outros.

— Hamano. — Dimitri chamou. — Respeite. Pode não aceitar, mas respeito é obrigatório.

Yamato Kira é uma professora muito querida e uma das mais antigas da escola, e talvez uma das mais geniais. Entrou logo após ganhar o diploma de professora e conquistou o coração de muitos alunos, se tornando a favorita de todos, além de ser considerada a que mais explica bem.

No entanto, teve um momento desses longos anos trabalhando na Raimon que ela se ausentou por um bom tempo, na realidade ela pediu demissão por ter que fazer algo que irá a deixar por muito tempo fora. E foi quando descobriram que ela ia fazer mudança de sexo, ou seja: Kira é transexual.

Ano passado, ela voltou para a escola após tudo passar e abrirem uma vaga após o professor de filosofia sair da escola. Em meio ano, ela conquistou os alunos novos no primeiro dia de aula. Na realidade, ela poderia ter até voltado antes, mas foi para outra escola, pois alguns pais dos alunos da Raimon não a aceitavam muito bem como professora.

Pais de alunos como Hamano, que não aceitam muito bem. Mas mesmo existindo um ou outro aluno, Kira é a professora mais amada que a Raimon tem e terá, e Zakuro amava as aulas delas. Afinal, a melhor professora na matéria que ela mais gosta.

Hamano fez sinal de paz e amor para Dimitri.

— Você é muito estressado. Foi uma brincadeira.

— De mau gosto. Mas vamos parar. — disse Jake. Kat o olhou.

— Você? Parando uma briga? O Rei da Confusão? — a loira disse e caiu na gargalhada. — O que um filme com o crush não faz.

Jake tampou o rosto e deu um puxão na orelha de Kat. Irene, ao lado deles comendo uma pera, jogou o cabelo para trás do ombro e disse:

— Quando casarem lembre-se de me homenagear. Afinal, fui eu que os apresentei.

— Enfim, como a Lori foi transferida para a 2-A pelo o pai e sabe-se lá o motivo, ela é muito sortuda.

— Ela vai sentar do meu lado pelo o ano todo, já avisando. — Zakuro disse, agarrando as pernas de Lori que apenas riu e fez carinho nos cabelos longos e roxos da mesma.

Lorelai era uma garota extremamente gentil e que deixava Zakuro bem calma ao lado dela. Ambas tinham uma relação muito dinâmica e engraçada, já que Lori gosta de chamar pouca atenção e, bem… Ela sai pulando e cantando do nada pelo os corredores. Chamar pouca atenção não é uma coisa fácil para a francesa.

Uma dupla engraçada, e aparentemente Yasmin não gosta muito de quando Zakuro está por perto por ser um pouco ciumenta, ou possessa, demais em relação a amigos, namorados e qualquer pessoa que ela tenha carinho. Podia-se perceber naquele exato momento com a revirada dos olhos que deu a de cabelos roxos falar sobre Lori ficar ao lado dela o ano inteiro.

— Antes ela estava implicando para ficar do meu lado nas aulas. — disse Claudine. — Agora que a Lori mudou de turma, largou do meu pé e quer fazer até dupla com ela nas aulas de química.

— Preciso de nota alta, ué. — brincou Zakuro.

— Mas eu só sou boa em química porque o Dimitri me ensina a matéria.

— Opa! — exclamou Yasmin, se sentando ao lado do Dimitri. — Posso ser a sua dupla?

Dimi a olhou, depois olhou a todos, e revirou os olhos.

— Eu vou fazer dupla com o Nikolai. — disse o mesmo. — E você não estava fazendo com o Allen?

Yasmin brincou ao fazer uma cara de que estava irritada com a resposta do mesmo. Ou talvez não, Zakuro não entendia muito bem a Atsuki.

A francesa se sentou e olhou as mãos de Lorelai, vendo que ela estava com a mão esquerda enfaixada.  Ela fechou o rosto por um tempo e olhou a mesma.

— O que aconteceu? — perguntou.

— O que? — perguntou Lori e ela olhou para o braço. Sorriu levemente e puxou a manga para cima, mostrando o braço e a mão enfaixada. — Ah, eu me queimei fazendo comida.

Lorelai era uma das que mais cozinhava bem do grupo. Ela nunca queimou nada na vida, pelo menos não até agora. Dimitri a olhou estranho, depois voltando a olhar o nada.

— Nossa… — Zakuro riu meio desconfiada. — Estou com medo de comer a sua comida agora.

***

— Sentados, sentados. — disse uma mulher de cabelo rosa e olhos azuis entrando na sala. Usava um vestido amarelo com mangas longas e uma legging preta, com um salto alto num tom de amarelo puxado para laranja.

Zakuro tentava destacar a folha da matéria dos primeiros dias de aula, no qual ela passou a limpo, do caderno com cuidado na linha pontilhada, mas assim que a professora entrou na sala, a mesma a olhou e sorriu. Finalmente uma aula boa naquele dia.

— Bem, para os novos rostinhos redondinhos que eu tenho, meu nome é Yamato Kira e eu sou a professora de filosofia. Também sou a professora representante do clube de música, então para quem futuramente quiser fazer o teste… Sou eu uma das pessoas que tem que puxar o saco. — disse a mesma, apontando a si mesma com um sorriso no rosto. Os alunos riram levemente. — Bem, vamos começar?

Kira se virou e colocou, no canto do quadro, a data, a aula e o seu nome. Depois se virou, fazendo os longos cabelos cacheados se moverem gentilmente e irem para o lado.

— A propósito, eu sempre coloco uma frase no canto do quadro. Cabe a vocês a decidirem se querem escrever no caderno ou não. — disse sorrindo, começando a escrever a frase no quadro.

Zakuro deixou a folha que estava destacando e foi para uma folha em branco, olhando o quadro e copiando a frase:

“O truque da filosofia é começar por algo tão simples que ninguém ache digno de nota e terminar por algo tão complexo que ninguém entenda.” — Bertrand Russell.

— Bem, antes de começarmos, queria perguntar uma coisa para vocês. Bem, me deixa escolher… — ela olhou para todos e apontou para Sakuma. — Olá Jirou!

— Olá professora. — disse o mesmo, soltando o cabelo e se levantando.

— Por favor, pode responder sentado. — disse a mesma, se sentando na frente da mesa dos professores. O grisalho aproveitou a oportunidade e se sentou. — Acha que filosofia serve para algo?

Zakuro o olhou e Sakuma ficou calado por um tempo, depois fazendo um gesto com os ombros e respondendo:

— Sim.

— Ótimo! Essa resposta foi música para os meus ouvidos. Já estou com um favorito. — ela disse se levantando da mesa dos professores e começando a andar pela a sala.

Zakuro começou a acompanhar pelo o olhar, amarrando o cabelo por estar sentindo calor.

— Estou cansada de ouvir de algumas bocas, principalmente de certo professor, que filosofia não serve para nada. Hoje em dia, o que importa mesmo é que carreira vamos seguir, se vamos fazer sucesso e quanto de dinheiro vamos ganhar. Ninguém liga mais com o que somos, como chegamos aqui e para onde vamos. — ela pegou um celular da mão de um aluno, fazendo sinal para pegar após a aula acabar. — Alguém sabe para o que a filosofia serve?

— Serve para… — Zakuro começou, sorrindo com o tamanho de atenção que ganhou. — Serve para refletir sobre a vida, sobre o ser humano. Além disso, ela nos faz pensar e questionar sobre as coisas.

— E é por isso que querem a eliminar. Ela nos faz pensar, isso faz considerarem-na perigosa demais. Principalmente para a política. — disse Kira, se sentando em uma cadeira de aluno vazia. — É mais fácil enganar um ser que não pensa do que um ser que pensa e questiona seus atos.  — ela disse batucando com o indicador no canto a cabeça.

Sakuma a cutucou enquanto Kira falava, o que a fez se inclinar levemente para escutar o que ele estava falando sem tirar os olhos da professora.

— Que tal faltarmos nossos clubes hoje de tarde e irmos ao cinema ver Invasão Zumbi? — perguntou. Zakuro voltou à posição inicial quando viu Kira andando até o Sakuma. — Estou querendo ver, mas não quero ir sozinho, e como você…

Kira cutucou o ombro do Sakuma e acenou.

— Olá. — disse ao mesmo. — Eu sei que a nossa querida Mad é linda, maravilhosa, deusa… Mas pode falar com ela outra hora? Agora a deusa linda e maravilhosa que você tem que prestar atenção é eu, ok?

Sakuma pediu desculpas e a de cabelos roxos ao seu lado segurou o riso, olhando para o caderno.

— Então, alguém pode me dizer o que é filosofia? — perguntou.

Zakuro olhou em volta e viu que ninguém levantou a mão ou se atreveu a dar um palpite. Kira fez bico ao sentir o silêncio e imitou um grilo, logo fazendo os outros rirem de leve.

— Viu gente? O grilo sabe o que é filosofia e vocês não. Mas tudo bem, eu perdoo porque eu sei como é ter amnésia pós-férias. — disse. — Filosofia não é apenas um grupo de perguntas profundas e verdades absolutas, não é apenas frases que vocês compartilham no facebook, tweetam ou colocam como status do whatssap. Filosofia é jogarmos para o ar tudo que consideramos algo sábio. — Kira falou apertando a bochecha de Lorelai ao seu lado. — Vocês estão com uma cara de confusão linda…

— Estamos na época da adolescência. Somos meio lesados. — disse um aluno.

— Bem, eu não acho que adolescentes são lesados. — Zakuro a olhou mexer no celular em sua mão para ver a hora.

— Ele é. — disse Hiroto, um garoto de cabelos vermelhos, apontando para Midorikawa.

— Cala a boca.

— O fato é que, quase sempre, vocês estão “dormindo”. — disse sentando-se à mesa de Lori após pedir a permissão dela, fazendo aspas com os dedos. — Não tiram a bunda da frente da televisão ao menos que a desligue. Não se levantam ao menos que o wi-fi caia. Eu os quero ver acordados como se tivessem tomado oito latinhas Red Bull direto, atentos a tudo. Preparados para o que a vida fazer acontecer, para encarar imprevistos e, sobretudo, para aprender com as derrotas. Pois todos sabem que ninguém vive apenas de vitórias. E como chorar não adianta em nada, temos que seguir em frente.

A turma fez silêncio e Kira também, e logo começaram a aplaudir e a mesma caiu na risada, agradecendo e levantando o dedo com a mão que não estava ocupada.

— Bem, falando nisso, agora eu gostaria de propor uma coisa. — disse e ela foi rapidamente até a mesa, pegando a sua bolsa e retirando um megafone. —Vocês vão usar esse megafone dentro da sala e vão falar algo ruim sobre vocês, um problema pessoal, rindo.

Todos se entreolharam e uma garota da frente estendeu a mão. Zakuro olhou Sakuma e o cutucou antes que a professora notasse ou que a aula continuasse.

— Eu não posso.  Tenho que resolver uns assuntos para o festival.  Que tal depois disso? Eu te ligo e você vem me buscar na escola, então vamos para o cinema juntos.   — perguntou e o garoto afirmou, sorrindo e encostando os lábios levemente no botão da lapiseira.

***

— O QUE? — exclamou as meninas ao mesmo tempo, enquanto Irene e Lori apenas colocaram as mãos no ouvido.

Estavam todas as garotas do segundo ano no vestiário feminino da educação física que, infelizmente, era só opcional para aqueles que estavam em um clube de esportes. Algumas já tinham saído, mas de seu grupo estava todas se arrumando ou esperando que cada uma acabasse. E, infelizmente, como não consideram o clube de música, que tem dança incluído, um esporte… Cá esta ela.

— Você e Sakuma? Sério? — disse Yang-Mi, colocando a blusa branca da educação física. — Eu perdi alguma coisa?

— Sim. — disse Hasuike. — Um ano dele morrendo de amores por ela. Zakuro, por favor, eu moro com ele.

— E daí? — perguntou a mesma.

E daí? E daí que ele vai me encher a paciência com melancolia de pessoa rejeitada se você o iludir. — disse a mesma colocando uma das mãos no ombro da mesma. — Então não iluda porque ele vai querer desabafar comigo, pois com a minha mãe ele não fala sobre isso nem a um car…

— Olha os modos! — exclamou Claudine, levando um dedo do meio da Hasuike. — Ai, grosseira.

— Irene. — chamou Yasmin e a garota levantou o olhar, enquanto amarrava os cadarços do tênis. — E você e o Kirino?

— Eu e o Kirino? O que temos? — perguntou.

— Ah, ele gosta de você.

— Como todos os outros meninos. — disse a mesma e Yasmin acabou por ter que concordar. — Nós fomos a um encontro no sábado, ironicamente vimos Invasão Zumbi e rimos da ironia daquilo tudo estar acontecendo no aniversário da garota.

Todas ficaram em silêncio e Claudine se sentou como se estivesse tonta.

— Vocês foram a um encontro? E você riu? — ela perguntou e Irene afirmou com a cabeça duas vezes. — Porque não contou?

— Ninguém perguntou. — disse.

— Rolou alguma coisa? Algum climinha? — Lori disse, abraçando a de cabelos brancos por trás e a fazendo se contorcer toda até sair dos braços da morena.

— Frio.

— Imaginava isso. — disse Zakuro, fazendo as meninas rirem. — Com a Irene, nada consegue ficar quente. Ao menos se a gente for ao país onde ela reina: Inferno.

— Como assim frio? — perguntou Claudine.

— Bem, o cinema estava frio. Eu tive que dá-lo o meu casaco porque ele estava batendo os dentes de frio e me incomodando.

— Não era para essa cena ser ao contrário? — perguntou Kat baixinho, logo rindo e amarrando o cabelo. — Enfim, estamos falando de Kiriene. Eles são imprevisíveis.

— E você, Kat? — perguntou Zakuro, colocando a blusa da educação física e fechando o armário do vestiário. — De vez em quando, acho que você sente algo pelo o Jake.

— NÃO SE METE COM O MEU JAVEL! — Yasmin gritou, retirando o silêncio que ela estava enquanto colocava a blusa branca por tê-la a colocado do avesso.

Kat fez cara de nojo e negou.

— Eu não gosto do Jake! — disse, tremendo só de pensar no assunto.

— O caso dela é com o Nikolai. — disse Morgana, amarrando seus cachos com um elástico e se sentando, esperando as outras.

A loira revirou os olhos enquanto Zakuro fez um “Hmmmmm” e a deu uma leve cotovelada. A de cabelos roxos escutou uma risada, mas ignorou.

— Eu o acho bonito, mas isso não significa que eu estou na dele. —falou Kat.

— Ainda não. — disse Lori. — Os melhores relacionamentos começam assim.

— Ele só é bonito, gente. Não o conheço direito.

— Já estou vendo que vou ter mais um casal para juntar na minha lista quilométrica que, por culpa de Javel, está engarrafada. — disse Irene, ajeitando o cabelo.

— Mas desde que o namorado anônimo chegou à vida dele, parece que aquietou nos crushs. — disse Hasuike. — E isso é bom para vocês, porque esse garoto já pegou bi, gay, pan, hetero curioso, o irmão...

— O irmão? — perguntou Yasmin. — Qual deles?

— Ele beijou o Dimitri no jogo da garrafa, na festa de aniversário do ano passado. — disse Irene. — Mas isso é algo que você tem que correr o risco quando foi jogar esse jogo e nele tem alguém da sua família.

Yasmin pensou um pouco, calculando a palavra Dimitri e Lorelai deu um riso, colocando o elástico no pulso.

— Meninas! — escutaram a voz do Kidou.

Elas pararam e olharam para uma breve abertura que tinha no final da parede, juntando-a com o teto por três pilastras. Zakuro olhou Irene, que riu de canto.

— Você sabe que da para escutar vocês daqui, não é? — falou Sakuma e Hasuike tampou a boca na hora.

 — E obrigado pelo os elogios. — disse Nikolai, o que fez Kat fazer o mesmo ato da de cabelos rosados. — E por confirmarem para a sala inteira que o Jake gosta do Pavel.

— No caso, todos já sabiam. — disse Kidou. — Ah, garotas. Não todas as meninas do vestiário, mas...

— Somos as únicas. Acho. — disse Zakuro olhando e vendo que estava vazia a metade do banheiro. — Somos sempre as que mais demoram.

— Oh, ok. Então, vai ter uma festa na casa do Genda para comemorar os dezoito anos dele. — disse Kidou. — Vocês vão vir?

— MENTIRA QUE O GENDÃO VAI FAZER DEZOITÃO? — gritou Hasuike. — Vai poder levar a amiga para ver “50 Tons mais escuros”!

— Eu quero ver é Moana. — disse uma voz grossa e que Zakuro sabia bem que era a de Koujirou Genda.

As meninas riram e Lorelai sorriu, batendo palmas.

— Eu também quero! — exclamou.

— Vamos!

“Vamos”? "Vamos" é uma ova! Vocês não vão a lugar nenhum juntos e sozinhos. — exclamou Nagumo do outro lado da parede. Os ataques de ciúmes de Haruya eram cômicos, mas conseguiam ser fofos ao mesmo tempo. — Eu vou junto.

— Não se preocupe, o caso do Genda é comigo. — disse Sakuma e Zakuro provavelmente imaginou o garoto puxando o de cabelo cinza para perto e parecendo que ia o beijar, já que os garotos começaram a gritarem “Que nojo!”. 

— Depois o Yuri é o gay. — disse Irene para eles escutarem.

— Se o namorado dele não fosse anônimo, ele estaria fazendo coisas que só o Genda pode ver no meio do vestiário, ok? Ok. — disse Kidou e Dimitri acabou por concordar.

Zakuro logo teve uma ideia que, segundo a mente dela, era genial e divertida. Sempre quis fazer aquilo.

 Aproveitando que as meninas estavam distraídas com os garotos e vice-versa, a garota começou a sair de fininho do vestiário, tentando não chamar muita atenção e, ao ver que o corredor estava vazio porque provavelmente à aula já tinha começado, ela andou até a porta aberta do vestiário dos meninos que era logo ao lado e respirou fundo, logo entrando.

Virou-se para não dar de cara com a parede na frente da porta para tampar a visão de quem está do lado de fora e se apoiou nela ao entrar.

— Vai conquistar os boys com essa cueca, Allen. — disse, vendo uma cueca branca de listas pretas no garoto. O albino olhou para trás.

— Eu não sou gay, Zakuro... — ele parou por um tempo, colocando as calças. — ZAKURO?

Os meninos arregalaram os olhos e olharam para ela. A mesma deu uma breve olhada os garotos, batendo palmas e escutou as garotas rindo e a chamando de “Impossível” do outro vestiário.

— Meninas, os garotos estão de parabéns! Físico perfeito. — disse e ela olhou Hikaru em um canto. — Ok, nem todos.

Foi quando começou a escutar o barulho de uma gritaria entrando no vestiário.

— Meninos do primeiro. — disse Nikolai reconhecendo uma voz gentil e suave que, provavelmente, iria se matar se não reconhecesse.

Quando Zakuro foi pensar em entrar em um dos armários, os garotos do primeiro já tinham ficado em silêncio com ela ali dentro. Pavel e Tenma piscaram os olhos confusos e logo foram andando para seus armários. Quando o Jake cumprimentou o albino e o garoto ia levantar a blusa, Zakuro não aguentou a língua e teve que zoar o loiro.

— Jake, pode olhar, mas vê não baba! — exclamou e os garotos do segundo caíram na risada. Pav olhou Jake e depois olhou para frente, rindo de leve ao tirar a camisa.

Provavelmente tinha entendido, mas se fossem comentar algo, ele iria fingir que não. Ou ele teria entendido de uma forma que não é a correta, mas ia fingir que não.

No final, não tinha muita gente do primeiro que iria fazer educação física. Alguns deveriam ter faltado, outros aproveitaram que a educação física é opcional. Poderia contar nos dedos os cinco que vieram fazer educação física: Pavel, Shinzuke, Tenma, Tsurugi e Kariya.

— Vem cá. — disse Sakuma.  — Sobre a festa, vocês vão querer ir? Vai ser na casa do Kidou e vai ter bebida.

— Bebida? — perguntou Dimitri. — Comprem coca para a Irene. Já avisando.

— Falou o que fica direitinho quando bebe. — disse Pavel e Dimitri o mandou tomar naquele local gentilmente.  

— Se quiser, o Jake te ajuda.

— Hoje o “Dia internacional de irritar o Jake White”? —perguntou o mesmo.

Logo Hasuike entrou no banheiro também, batendo na mão estendida de Sakuma e indo ao lado dela, olhando a todos.  Pavel deu uma olhada para o irmão parar de fazer essas piadinhas e depois olhou Nikolai, falando algumas coisas com ele. Assim que ele ia tirar a calça, o mesmo olhou Zakuro e Hasuike.

— Eu... — Pav sorriu de canto. — Poderiam se virar?

— O pelo das suas pernas é branco também? —perguntou Hasuike se virando de costas e os garotos começaram a rir, até mesmo as meninas.

Ela nunca soube por Irene porque, segundo a russa, ela descoloriu os pelos das pernas e sempre está com elas raspada. Além disso, a Morozova sempre diz que não é da conta dela e a ignora.

— O pelo da sua vagina é rosa? — perguntou Nikolai.

Os meninos ficaram calados, assim como as garotas do outro lado também e Niko sorriu, ajeitando as coisas no armário.

— Estou brincando. — disse Nikolai ao ver que estavam todos calados.

— Eu sei disso, é que eu to tentando lembrar-me da última depilação a laser que eu fiz se eles são ou não. Realmente, eu nunca reparei nisso. —disse Hasuike. — E Zakuro, vamos logo sair daqui, ok? Ok.

Ela pegou a mão da de cabelo roxo e saiu correndo, dando adeus aos outros garotos que ficaram. Assim que saiu, ela deu de cara com as outras meninas a olhando com uma cara de que ela era realmente impossível.

Ela andou ao lado de Lorelai, pegando-a pelo o braço esquerdo. Depois olhou o machucado na mão e pensou um pouco, virando o rosto para a mesma.

— Como você vai jogar com a mão machucada? — perguntou.

— Faz sentido. — disse Yasmin, pegando o outro braço de Lori com cuidado por conta do machucado.

— Vou me aquecer, mas não vou jogar. — disse Lorelai sorrindo. — Falei com o Nagumo que iria o ver joga hoje e, além disso, quero ver a professora nova colocando o Niko e o Jake em times diferentes para ver se a porrada come novamente.

— Porrada? — perguntou Irene.

— Parece que Jake e Niko começaram a jogar queimado competitivamente para ver quem era o melhor. — disse Lori.

— Achei que fosse por causa do Pav mesmo. — disse Claudine.

— Você também não deveria fazer, Claudine. — disse Mayume. Todos a olharam com um ponto de interrogação. —Hoje de manhã você estava se sentindo tonta.

Claudine olhou Mayume por um tempo e fez um “ahh”, depois dizendo que a tontura tinha passado e, qualquer coisa, poderia fazer companhia a Lori na bancada. Ela arqueou a sobrancelha.

Estavam muito suspeitas. Ela olhou Irene, que tinha arqueado a sobrancelha e a olhado, como se tivesse reparado na mesma coisa.

Subiram as escadas para a quadra e, assim que chegou, Lori deu uma breve olhada as outras garotas e depois a Nagumo Haruya que subia as escadas, dando uma mexida no machucado que, para uma queimadura recente estava deixando muito bem ser tocada e não doía, enquanto andava.

O ruivo andou até ela e os dois foram juntos para um canto da quadra e as outras duas foram para outro canto. Viram Lori ficar puxando repetidamente o elástico em seu braço, mas logo o ruivo pegou o elástico do pulso dela e comentou alguma coisa enquanto passava a mão no local onde ficava vermelho por conta das batidas, virando-a e fazendo um rabo de cavalo na mesma.

— Ei. — chamou Dimitri as duas e se sentou no meio delas. — Posso falar com vocês?

As duas afirmaram, o olhando.

— Eu falei hoje antes de descer para a educação física com o Victor. Vocês se lembram, ou pelo menos a Yasmin, de quando a Lorelai disse que tinha o gato dela tinha arranhado? — perguntou e a morena afirmou enquanto a de cabelos roxos negou, pois não se lembrava da mesma ter comentado, mas de qualquer forma isso não importou muito e o garoto prosseguiu. — Eu perguntei do gato e ele disse que não tinha gato, pois ele era extremamente alérgico e ficava sufocado só de olhar para a sombra de um.

Yasmin olhou Zakuro por um tempo e depois Lori.

— Ele disse que tinha vistos os cortes no pulso dela e a garota falou que foi com o gato da casa do Someoka. — disse olhando as duas.

— O Someoka acha que os gatos vão matar a população e dominar o mundo. — disse Yasmin e os dois a olharam, segurando o riso. — Isso é efeito das drogas.

— Muitas. — disse Zakuro. — E você falou sobre a queimadura?

— Claro. — ele disse como se aquilo fosse algo óbvio, depois gritando “presente” para a professora nova que Zakuro não tinha notado. —Ele disse que a Lori não pisou na cozinha ontem, e que aquele machucado foi da mesma tentando colocar fogo em um pedaço de papel com o isqueiro do vizinho.

Logo Zakuro voltou a olhar Lorelai, que parecia feliz ao lado de Nagumo naquele momento. E então, Dimitri se remexeu e retirou algo do bolso.

— Você está melhor que o Sherlock Holmes, garoto. — Zakuro disse, fazendo Dimitri rir levemente.

— Yuri compensa em algo. — disse o mesmo, rindo ao se lembrar de certas coisas.

Zakuro olhou o que ele tinha retirado do bolso com cuidado, segurando em uma das mãos e de modo que ninguém visse: Um pano branco bem embrulhado, e quando ele abriu tinha vários papéis higiênicos ensanguentados em volta da lâmina de um estilete com a letra L escrita em preto na ponta.

Ele olhou em volta, vendo se ninguém prestava atenção e delicadamente retirou o papel higiênico, mostrando uma lâmina toda suja de sangue e os papéis mais ainda.

— Meninas, vocês não sabem o que acabou de... — disse Katherine se sentando com eles, sorrindo. Os três arregalaram os olhos e Dimi guardou rapidamente o estilete, mas Kat pode ver o bastante para entender que era sangue em um estilete. — O que vocês estão aprontando?


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Notas finais do capítulo

Bem... Espero q tenham gostado. Eu sei q nn foi o melhor capítulo, mas é o q eu consegui com o bloqueio e com a imaginação que alguns seriados me deram.
tumblr da fic: http://weare-just-humans.tumblr.com/
Ah, quem quiser me ajudar a escolher no dreamcast das gêmeas Park e da Zakuro, me falem. Nn faço a menor ideia de quem poderia ser. ;-;
E... Até a próxima bebês. ♥
XOXO



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