"ASSASSINATO EM SPRINGWOOD - por Jack Ryder
Ontem, dia 21 de abril, a polícia achou um corpo na casa da família Charlton. Cassandra Charlton, 15 anos, foi encontrada morta em sua cama por seus pais, Arthur e Eleanor, que chamaram as autoridades. De acordo com a autópsia, ela teve a perna direita brutalmente esmagada por algo pesado, e um corte na testa,mas foi uma perfuração na traquéia que a matou. Isso indica a presença de um agressor, porém não há evidências de presença humana no local do crime. Esse mistério [...]"
—Alfred.
—Sim, mestre Bruce?
—Leia essas notícias, por favor.
Enquanto Alfred, seu mordomo e tutor, lia o jornal, Bruce Wayne observava em silêncio a imensidão da gruta; decorada de cabo a rabo com monitores, a Bat-caverna era uma das maiores bases tecnológicas do mundo.
—É realmente terrível. Só posso dizer isso.
—Realmente. Acho que vou até lá resolver.
—Por quê, mestre Bruce?
—Uma garota foi assassinada. Vou encontrar o criminoso e fazê-lo pagar.
—Não existem evidências de que alguém esteve lá- disse o mordomo.
—Verei se acho alguma.
—Mas é um caso fora de Gotham -  retorquiu Alfred. O velho mordomo, mesmo cansado, não queria que seu patrão e amigo se envolvesse. Bruce percebia isso, mesmo não entendendo o porquê. -Você só cuida da sua cidade.
—Chega, Alfred. Eu vou até lá porque sei que tem alguém por trás disso!
—E como sabe?
—Computador- ordenou Bruce - abra a pasta "Springwood/1".
Na tela, uma manchete de jornal aparecia. Era de dois meses antes. Outra adolescente havia morrido em Elm Street, durante o sono.
—Empalada por lâminas, bem no coração. Abrir "Springwood/2".
A capa agora era de poucos dias depois, com um título similar ao da edição anterior.
—O garoto foi partido ao meio. "Springwood/10,' /11 'e /12."
Várias notícias na tela, mortes diferentes, mas com detalhes iguais. As vítimas moravam em Elm Street, e foram mortas durante o sono.
—Vê, Alfred? Está tudo conectado! Esse é um dos maiores casos que já vi.
Alfred fitou o patrão com cautela.
—Bruce, você não pode ir agora.  Faz cinco dias, você impediu o Cara-de -Barro de destruir o DPGC. Ontem, você deteu o plano do Coringa de explodir a cidade com uma bomba de gás do riso.Hoje, teve que derrubar os parademônios de Darkseid, junto com a Liga! Seu corpo precisa de repouso pra cobrir... uma semana sem dormir. Se vai mesmo investigar, pelo menos descanse.
Bruce olhou para si mesmo e para Alfred. Detestava admitir, mas Alfred estava certo.
—Tudo bem. Vou parar por hoje.
—Assim espero, mestre Bruce. É melhor você se deitar.
—Ok, ok. Mas ainda tenho que fazer a ronda...
—Não. Vou mandar o Damian fazer por você. Descanse!
Bruce Wayne suspirou. Assim como ele, Alfred era muito determinado. Foi até a câmara de troca, e contemplou o imponente traje preto. Subiu o elevador, e o Batman deixou a Bat - caverna para dormir.
...
Bruce acordou com um salto. Ele arfava, como se estivesse sem fôlego.
—Alfred!
Ao ser chamado, Alfred logo chegou ao quarto do patrão. Ao lado dele, estava Damian Wayne, filho de Bruce e o atual Robin.
—Pai, o que houve?- ele perguntou.
—Não se preocupe, foi só um pesadelo.- Ele virou-se para Alfred.- Mas eu acho que ele tem algo a ver com o caso.