Indefinível escrita por MaluPierce


Capítulo 1
Capítulo 1 — O Moreno


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem, comentem e favoritem para ver se continuo! pls ♥



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“Bem, desde o começo você foi um ladrão, você roubou meu coração”

“E eu, sua vítima condescendente”

“Deixei que você visse partes de mim que não eram tão bonitas”

“E, a cada toque você as consertou”

P!nk - Just Give Me A Reason

 

“Devíamos sair para comemorar!”

Declarou Caroline animada com a ideia de termos nos mudado para Nova York, uma cidade diferente de onde viemos, Mystic Falls. Nova York era enorme, agitada vinte e quatro horas por dia. Estava me encantando com ela a cada segundo que passava aqui.

Claro que, minha mãe insistira que seu marido — que não é meu pai — pagasse um apartamento para nós — eu e Caroline — , morarmos. E recusar não seria uma ideia muito boa, já que ela era insistente e não desistia por nada.

“Não é uma boa ideia ir de ressaca para o primeiro dia de trabalho. Sendo que,” eu apontei para a minha roupa de ginástica “Tenho que cronometrar meu tempo até o prédio e...”

“Amanhã então.” Ela insistiu, e eu sorri. Já que tudo que acontecia ela queria comemorar. Parte de seu charme.

“Combinado.” Ela sorriu e saiu dando pulinhos pelo apartamento.

Não era o apartamento mais caro e nem o mais barato. Era grande, obviamente. Tinha três quartos, uma sala e cozinha enormes e dois banheiros.

Ainda bem já que, Caroline costuma ficar uma eternidade no banho.
Após terminar de me arrumar, fui até seu quarto e mandei um beijo no ar para ela. Caroline era loira, corpo esbelto e sempre sorridente. Quem olhara para ela agora nunca diria que sofreu tanto antigamente. Nem para mim.

Desci pelo elevador e encontrei o porteiro com seu sorriso simpático; tinha lá seus cinquenta e cinco anos e seus cabelos quase totalmente grisalhos.

“Precisa de táxi, Senhorita Gilbert?”

“Oh não, vou andando. Me disseram para aproveitar junho enquanto não chega o verão de verdade.”

“Ótimo conselho.”

Sorri e caminhei para fora. Ao me afastar, desfrutei da relativa tranquilidade da rua arborizada antes de chegar à agitação e ao trânsito intenso da Broadway. Eu ainda tinha esperanças de me adaptar rapidamente. Apesar de que já tinha um emprego e um apartamento, não me sentia segura o bastante para me aventurar no metrô, e não tinha me acostumado a acenar para os táxis. Então fui caminhando e olhei para o relógio para marcar a hora.

Passavam-se das cinco horas da tarde, mas ainda estava relativamente claro. Tinha optado por uma legging preta e uma camiseta branca básica, e um casaco azul por cima. Deixei os cabelos caídos e um tênis de corrida.

Enquanto caminhava, observei a cidade. Quem morava ali a bastante tempo, não observava com cuidado. Nova York era um caso de amor totalmente novo para mim. Eu estava embasbacada e não conseguia esconder.

Olhei para o prédio de trinta andares e sorri ao constatar que havia demorado apenas vinte minutos para chegar ali. Olhei para os lados e vi vários carros, dentre deles um Bentley que estava estacionando na frente do prédio do meu novo trabalho. Entrei no prédio Salvatore e fui barrada por um dos seguranças.

“Seu crachá.”

Estendi à ele e sorri. Ele permaneceu com a afeição séria e dei uma observada dentro do prédio. Era chique e sotisficado, mais do que por fora. Todas as pessoas vestidas com roupas formais e sérias. Uma ou outra vez encontrava pessoas conversando e rindo.

Peguei o crachá e passei a catraca. Senti-me que estava sendo observada, aquilo me deu um arrepio na espinha. Não sabia o porquê, quando virei para o lado e para frente novamente. Me esbarrei numa moça que se encarava no espelho de maquiagem. Ela deu um sorriu torto e pediu desculpas enquanto moedas rolavam pelo chão e eu tentava pegá-las.

Entreguei à ela as moedas que havia pego do chão.

“Obrigada, e me desculpa. Estava distraída.”

Dei um sorriso.

“Imagina, essas coisas acontecem.”

Eu tinha acabado de me agachar para alcançar uma moedinha que fora para perto da entrada quando dei de cara com um luxoso par de sapatos oxford, encimado por uma elegante calça preta. Esperei um pouco para que aquele homem saísse do caminho, mas, como ele não se mexia, levantei a cabeça para ampliar meu campo de visão. O terno feito sob medida era impecável. Mas era o corpo alto e esguio por baixo dele que o tornava sensacional. Ainda assim, apesar de toda aquela demonstração de masculinidade, foi só quando vi seu rosto que percebi o que havia diante de mim.

Uau. Simplesmente... Uau.

Em um gesto de elegância, ele se agachou bem na minha frente. Com toda aquela beleza masculina diante dos meus olhos, tudo o que eu podia fazer e fiz, foi encarar.

Estava admirada.

Foi então que o espaço que havia entre nós desapareceu. Ele levou a mão até a moeda e a pegou.

Reagindo puramente por instinto, eu me inclinei para trás. E caí de bunda no chão. E continuei admirando-o, como se estivesse em câmera lenta. Seu terno era impecavelmente preto combinando com seus cabelos, e sua gravata combina seus olhos azuis que eram penetrantes e inquisadores. Pus a mão para pegar a moeda e me deparei com sua mão ali. Ele a apertou e senti meus lábios abrirem, mordi o lábio inferior rapidamente após notar que estava tremendo.

“Está tudo bem?” ele perguntou. Sua voz me fez ter mais um arrepio e acenei positivamente com a cabeça para sua pergunta. Ele deu um sorriso de lado que me deixou mais encantada.

Ele segurou minha mão e me levantou. Como se eu estivesse sendo atraída para ele. Após notar que após levantar não soltei sua mão, eu soltei. Ele agachou-se novamente e quando se levantou não tirando os olhos de mim, imaginei-o na cama fazendo um belo de estrago em mim. Pegou o crachá do chão que até então não havia visto que havia caído no tombo.

“Está tudo bem mesmo? Melhor você se sentar um pouco.”

Que ótimo, estava corada e sem graça na frente do homem mais elegante, confiante e lindo que já vi.

“Está.” Confirmei, “Só perdi o equilíbrio.”

A mulher que eu havia esbarrado apareceu do meu lado dizendo desculpas freneticamente e dizendo no quanto era desastrada. Quando fui entregar a moeda, ela olhou para ele e o ficou encarando enquanto sibilava palavras que eu mesma não entendia. Dei uma olhada rápida para ele, e ele não havia tirado os olhos de mim. Senti outro arrepio e optei por colocar a moeda dentro da bolsa dela.

Virei-me para ele e estendi a mão:

“Dá para devolver o crachá, por favor?”

O moreno estendeu o crachá e me devolveu e tocou na minha mão. Pressionei os lábios e passei de seu lado e sai do prédio em seguida. Parei na calçada e inspirei o ar de Nova York. Olhei para o vidro da Bentley e vi meu rosto que estava vermelho e meus cabelos bagunçados. Passei a mão pelos cabelos de forma nervosa, tentando me conter de ir para cima daquele homem.

Notei que ele estava se aproximando através do reflexo do vidro e virei-me para a direita, caminhando de forma nervosa. E fui em direção a academia.

Cinco minutos com aquele moreno e estava sem controle.


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Notas finais do capítulo

Me digam dos erros de português, criticas, comentários, plsss ♥



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