Gato de Cheshire escrita por Aleksa


Capítulo 30
Capítulo 30




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Cheshire caminha se perguntando onde ele deixaria um bilhete se fosse um assassino, caminha até parar no meio da rua e começar a pensar.

- Se eu fosse um assassino... O que eu faria? – ele se pergunta.

Eles já sabiam que o assassino estava em Asiliza... Pelo menos de acordo com o que o mesmo disse, mas, e agora? O que fazer a seguir?

Pessoas passam diante de Cheshire, qualquer uma delas podia ser culpada, podia estar assistindo a tormenta dele, e controlando-se por fora para rir profundamente por dentro... A impotência desse jogo de xadrez estava deixando Cheshire com raiva.

- Com licença.- alguém diz atrás de Cheshire.

O olhar de Cheshire se volta na direção da voz, um rapaz pesadamente carregado com papéis estava com a passagem impedida pela pessoa de Cheshire parada no meio da rua.

- Ah, desculpe. – ele dá passagem.

O rapaz com os papéis passa, Cheshire já estava começando a atrapalhar as pessoas, ele sai do meio da rua e vai para uma árvore. Droga! Como encontrar alguém que para ser encontrado, precisa dar as informações de sua localização! Ele estava brincando com eles.

Cheshire volta para se juntar aos outros, talvez eles tivessem mais sorte em pensar como um maníaco do que ele teve.

- E então? – ele pergunta a Clístenes.

- Drácon e Sólon já devem estar voltando.

Drácon e Sólon se aproximam dos dois, Sólon tem um papel nas mãos e Drácon discute com ele sobre alguma coisa.

- Mestre, encontramos isso na biblioteca da cidade em cima de um livro sobre botânica. – Drácon diz.

- Sobre um livro de botânica? – Clístenes repete.

- Isso. – Sólon diz.

- Estou começando a achar que ele gosta de plantas.

- Faz sentido, todas as pistas que ele deixou estavam perto de coisas relacionadas a plantas. – Sólon concorda.

- Ele pode ser um dos 13 pilares da terra. – Drácon comenta.

- O é um “pilar da terra”? – Charlotte interrompe o coro de vozes perfeitamente iguais para perguntar.

- Os 13 pilares da terra são 13 homens e mulheres com o poder de mediar as ocorrência naturais no mundo mágico. – Sólon explica, com seu típico sorriso paciente.

- ...Ocorrências naturais como o que? – Will pergunta antes que Charlie pudesse fazê-lo.

- Desde que catástrofes como tempestades, terremotos e erupções vulcânicas, até eventos cotidianos, como um dia com neblina, um dia de sol ou chuva. – Clístenes diz.

- Mas... – Drácon inicia um pensamento. – Por que um pilar iria querer iniciar todas essas desgraças em um reino? Todo pilar sabe que com a morte do rei, eles perdem o controle sobre os eventos naturais de um ambiente...

- É verdade... – Clístenes observa a contradição.

- Já ouvi uma coisa assim antes – Cheshire comenta, quase que pra ele mesmo.

- Eu também. – Sólon diz.

- Da família... família... Sólon, qual o nome da família?

- Sonatha mestre. – Sólon responde.

- Isso! Sonatha! Eles moram naquele castelo enorme perto do lado oeste da zona neutra?

- São.  Os  Sonatha sempre foram contraditórios nas suas escolhas. – Clístenes adiciona.

- Eles jogaram tinta preta no campo de rosas do castelo deles. – Drácon comenta, com sua típica expressão de: “aquela gente maluca”

- Foi um protesto, não foi?  - Sólon acrescenta.

- Eu me lembro de ter lido algo parecido em um dos relatórios de Tsary. – Cheshire diz, tentando puxar o arquivo de sua memória.

- Parem de deliberar e vamos! – Charlie chacoalha Cheshire pelos ombros.

Com isso todos começam seu caminho em direção ao castelo de Sonatha.


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