Bicho-papão. escrita por Secret


Capítulo 11
Mudanças.


Notas iniciais do capítulo

Eu voltei!
Demorei, mas voltei.
E nem foi minha maior demora!
Enfim, aproveite!



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                 Um mês se passou.

               Gabriel, mesmo que a contragosto, não podia negar que possuía alguma afinidade com o bicho-papão. Afinal, quando se dorme aconchegado em alguém por um mês, algumas conversas e certa intimidade se tornam inevitáveis.

                Tirando isso, a rotina do garoto não havia mudado tanto. André voltou a incomodar Gabriel na escola de vez em quando, como sempre. Ele e Daniel continuavam conversando na sala e, estranhamente, Vanessa havia se afastado um pouco de si. Mas isso não era tão preocupante, certo? Talvez ela só precisasse de um pouco de espaço.

                — Querido, desça logo, o café da manhã está na mesa. — Os pensamentos de Gabriel foram cortados por sua mãe. Essa foi outra mudança, ela parou de acordá-lo todas as manhãs, agora Gabriel, talvez por ter parado de virar noites em claro ou acordar de madrugada, conseguia fazer isso sozinho.

                — Já vou, mãe! — Ele respondeu enquanto terminava de se vestir.

                Assim que desceu, o garoto encontrou um pedaço de bolo da padaria sobre a mesa e sua mãe o esperando com um semblante preocupado. Gabriel já sabia o que isso significava: viagem a negócios.

                — Bom dia, meu doce. — Ela tentou forçar um sorriso. — Bem... Você sabe que eu queria passar o fim de semana com você, mas surgiu uma oportunidade irrecusável no trabalho e...

                — Tudo bem, mãe. — Ele disse calmamente. — Pode ir resolver as coisas no seu trabalho, eu vou ficar bem. Quando você volta? — Na verdade, Gabriel estava surpreso por sua mãe ter passado dois fins de semana seguidos em casa. Ela estava sempre ocupada com o trabalho, e ele já havia se acostumado com isso.

                — Oh... Então tudo bem? — A mulher ficou surpresa com a atitude tranquila do filho. Realmente, era hora de admitir que ele cresceu, ela pensou. — Bem, eu vou passar uns dias fora de casa e devo voltar terça-feira à tarde. Até lá, o Lucas vai tomar conta de você. — Essa última parte pareceu preocupá-la mais que tudo. — Por favor, meu bem, entregue essa lista para ele na escola, sim? Agora eu preciso ir. — Ela deu um beijo de despedida nele, deixou um papel em cima da mesa e saiu.

                Gabriel deu de ombros e tomou seu café da manhã. Sua mãe às vezes se preocupava demais com ele, ele não era mais uma criancinha. Quando terminou de comer, o garoto escovou os dentes, pegou a mochila e o papel sobre a mesa e foi para a escola. No caminho, decidiu ler a lista que sua mãe escreveu, por mera curiosidade.

                No fim, não era nada muito interessante. Apenas vários tópicos com instruções para seu irmão mais velho. Dizia, por exemplo, que ele não podia ir a festas, nem deixar Gabriel sozinho em casa e estabelecia um horário para dormir.

                — O Lucas não vai gostar nem um pouco disso... — O garoto disse para si mesmo, guardou o papel no bolso e se dirigiu para a sala. Afinal, provavelmente só encontraria o irmão na saída. Eles quase nunca se encontravam no intervalo e muito menos antes das aulas.

*

                Gabriel entrou na sala em silêncio e foi diretamente para seu lugar de costume no fundo da sala, atrás dele estava Daniel que, como sempre, o recebeu com um sorriso e perguntou dos deveres, já com a certeza de que o amigo esquecera a maioria. Depois de ajudar Gabriel a fazer algumas tarefas de última hora, Daniel tentou começar uma conversa:

                — Então... O que vai fazer no fim de semana?

                — Acho que nada. Minha mãe viajou, então eu só devo ficar em casa mesmo.

                — Ela te deixa em casa sozinho? Legal. Está a fim de ir numa festinha comigo hoje à noite então? Não arrumei companhia até agora!

                — Sozinho? Não! Minha mãe nunca me deixaria sozinho. Meu irmão vai passar o fim de semana lá em casa comigo. E não posso sair esse fim de semana.

                — Você tem um irmão?! — Daniel exclamou surpreso. — Nunca me falou dele. — Completou um pouco ofendido.

                — Não? — Gabriel não achou isso tão relevante. — Bem, acho que o assunto nunca surgiu. Não é tão importante. — Deu de ombros.

                — Não é importante? Eu sou seu melhor amigo desde sempre e você nunca comentou que tinha um irmão! — Ele cruzou os braços. — Achei que a gente falava tudo um pro outro.

                — Relaxa, desculpa, não sabia que era tão importante para você. — O outro tentou apaziguar a situação. — É, eu tenho um irmão, ele tem 17 anos e estuda aqui. — Tentou encerrar o assunto.

                — Estuda aqui? Legal. — Daniel retomou o tom amigável. — Mas vocês não passam muito tempo juntos, certo? Eu nunca te vi com ele.

                — Não, ele passa mais tempo com os amigos dele. Mas nos damos bem.

                — Ah, ok. — O garoto sorriu e mudou de assunto: — Então... Quer ver o novo jogo que eu baixei no celular? É muito legal!

                — Claro.

                Os dois continuaram falando sobre assuntos variados, até que a professora chegou e encerrou a conversa.

*

                Ao fim das aulas, Gabriel foi até o pátio da escola para esperar Lucas. Como de costume, não se viram no intervalo, que o garoto passou com Daniel. Enquanto esperava, Gabriel tirou do bolso o papel com as instruções de sua mãe para garantir que não se esqueceria de entregar a seu irmão e leu novamente, mais para se distrair que por interesse. Entretanto, acabou se desligando demais e não percebeu que alguém se aproximava dele, não até que a pessoa arrancou o papel de suas mãos.

                — Ei! — Gabriel iria reclamar, até perceber quem era.

                — O que é isso, idiota? — André sorriu malicioso enquanto lia o papel. — Oh, que gracinha, a mamãe deixou a listinha de tarefas para o bebê. — Zombou.

                — Me devolve, André! — O garoto exclamou e tentou pegar sua lista de volta, mas André o empurrou contra a parede.

                — Calma aí, bebê. Pode ficar, já acabei de ver mesmo. — Ele explicou num tom de voz irritante, amassou o papel, jogou no chão e saiu com um sorriso de superioridade.

                Gabriel suspirou e pegou o papel do chão, tentando o desamassar e deixar o mais apresentável possível. Logo ele notou os olhares de todos a sua volta que haviam presenciado a cena e entendeu a satisfação de André. Aparentemente, André adorava acabar com as chances de Gabriel fazer amizades, afinal, quem se aproximaria do garoto que é vítima frequente de um valentão detestável? Ele apenas se conformou e se afastou silenciosamente mirando o chão, já havia recebido atenção demais.

                Pouco depois, ele e seu irmão se encontraram. Pela expressão animada de Lucas, ele não viu a cena entre Gabriel e André. Isso deixou o mais novo realmente aliviado, a última coisa que precisava era mais gente sabendo dessa história.

                 — Então, maninho, animado para um fim de semana comigo de novo? — Ele sorriu e bagunçou o cabelo do irmão. — Ou preferia ficar sozinho para receber as gatinhas em casa? — Completou com seu típico ar debochado, mas carinhoso.

                — Há há, muito engraçado. —Gabriel ironizou. — A mãe pediu para te entregar isso.

                Lucas pegou a lista, já meio amassada, das mãos de Gabriel e franziu o cenho ao ler. Ele realmente não gostou daquela lista. Nem um pouco. Entretanto, assim que desviou o olhar das instruções de sua mãe e voltou a falar com Gabriel, um pequeno sorriso voltou a seu rosto.

                — Uau. Ela ainda nos trata como crianças mesmo, não é? — Ele riu e revirou os olhos. —Bem, acho que não vamos nos divertir no fim de semana.

                Gabriel apenas grunhiu em concordância, não acreditando que o irmão seguiria alguma das ordens da lista. Ele provavelmente se esquivaria quando Gabriel estivesse dormindo ou simplesmente pediria segredo, sem ao menos se importar em esconder suas saídas.

                — Então... Vamos para casa? — O mais novo sugeriu.

                — Casa? Eh... — Lucas tentou achar uma boa desculpa para não ir. — Tenho uma ideia melhor! Que tal irmos num restaurante bem legal perto daqui? Eu pago o seu. — Propôs. — Mas não pode contar para a mãe. — Completou.

                — Pode ser. — Gabriel concordou um pouco surpreso. Ele não imaginava que Lucas desobedeceria a mãe tão de imediato. Realmente, seu irmão era bem mais “cara de pau” do que parecia.

                — Ótimo! — Ele sorriu animado e os dois foram almoçar.

*

                Depois do almoço, Lucas arrumou uma desculpa qualquer para que fossem ao shopping em vez de voltar para casa e enrolou o bastante para que lanchassem lá. Gabriel, após muita discussão, convenceu o irmão a voltar para casa antes de... Bem, conhecendo Lucas, Gabriel estimaria que ele só voltaria por volta da meia noite ou quando o shopping fechasse. O que acontecesse primeiro.

                — Ainda não entendo por que você quer tanto voltar para casa. Ainda é tão cedo! — Lucas reclamou com os braços cruzados. Às vezes Gabriel duvidava que ele era mesmo o mais velho, se duvidar o garoto era mais responsável que Lucas!

                — Já passamos mais de quatro horas passeando! Já andamos pelo shopping inteiro e mais um pouco! — O mais novo exclamou. — Se duvidar, você até decorou onde está cada loja, já que vem tanto aqui.

                —... Tá bem, você venceu. — O outro estendeu os braços em rendição. — Talvez não seja mais tão cedo. Às vezes eu exagero nos passeios.

                Gabriel pensou que o irmão devia trocar “às vezes” por “sempre”, mas não disse nada. Afinal, para que começar outra discussão?

                Quando chegaram em casa, já era quase seis da tarde. Gabriel suspirou aliviado por finalmente poder largar a mochila da escola num canto qualquer, tomar um banho e trocar de roupa. Andar com o Lucas era cansativo! Falando nele, mal chegou e já estava saindo.

                — Aonde você vai agora?! — Gabriel exasperou-se, será que seu irmão era incapaz de ficar dez minutos parado?

                — Vou comprar umas coisas no mercado para fazer o jantar, volto rapidinho. Não conta para a mãe, eu nem vou te deixar sozinho por muito tempo! — Disse apressadamente enquanto saía.

                —... Tudo bem. — O mais novo disse inutilmente, já que seu irmão sequer esperou a resposta. Gabriel apenas deu de ombros e foi tomar um banho, sabia que não era por mal. Era apenas o jeito animado de sempre de Lucas.

                Após se banhar, vestir e passar um tempo jogando no computador, Gabriel foi atraído para a cozinha por um delicioso aroma. Ao chegar lá, encontrou seu irmão acabando de servir a mesa. Havia arroz à grega, batatas coradas, farofa com pedaços de bacon, carne ao molho e uma jarra de suco fresco. Ao ver isso, o garoto ficou atônito.

                — O que é tudo isso?

                — O jantar, ora. O que mais seria? — O mais velho brincou. — Que foi? Nunca viu?

                — Não é isso, é que... — Gabriel buscou as palavras certas. — Geralmente o jantar é mais... Simples. Sabe que nossa mãe não tem muito tempo para cozinhar.

                — Mais simples que arroz, batata, carne e farofa? Diz logo que ela não sabe cozinhar! — Ele zombou com seu sorriso costumeiro.

                — Perto de você, acho que ninguém sabe cozinhar! — O mais novo entrou na brincadeira.

                — Obrigado. Agora senta que eu sirvo seu prato.

                — Ok.

                O jantar foi bastante animado, afinal, Lucas não conseguia passar cinco minutos sem contar histórias engraçadas ou perguntar a Gabriel como foi a escola. O garoto se esquivou um pouco nas respostas, mas o mais velho não pareceu se importar, apenas aceitava as respostas evasivas e contava o que havia feito na escola, exagerando um pouco certos detalhes para fazer seu irmão rir.

                Após o jantar, Lucas o convidou para assistir um filme. Comédia, obviamente. Gabriel revirou os olhos, mas aceitou, já sabendo que seu irmão raramente assistia algo que não fosse engraçado. Aliás, ele sequer se lembrava da última vez que Lucas assistiu algo sério. Assim que o filme acabou, o mais novo deu a desculpa de estar cansado e foi direto para seu quarto.

                *

                Gabriel pôs seu pijama, desligou todas as luzes, incluindo a do corredor, e adentrou seu quarto. Escuridão total. Uma das coisas que o garoto aprendeu foi que seu quarto, sem a luz do corredor, era um dos mais escuros da casa. Antes isso o incomodava muito, mas agora ele era até grato por isso. Quando as coisas haviam mudado tanto?

                Ele apenas deu de ombros e se sentou na cama, pouco depois a figura do bicho-papão se materializou a seu lado. O garoto sorriu quase imperceptivelmente, era isso que estava esperando mesmo.

                — Oi. — Ele cumprimentou num tom de voz baixo, temendo que Lucas o ouvisse.

                — Olá. — O outro devolveu o cumprimento com um largo sorriso. — Como foi a escola? — Indagou enquanto envolvia o garoto em seus braços, deitando ambos na cama.

                — Normal. Conversei com um amigo, encontrei meu irmão na saída e agora ele está meio que “tomando conta de mim” no fim de semana. — Gabriel omitiu a parte que André o importunava.

                — Hm... E como se machucou? — O bicho-papão percebeu que o outro escondeu algo.

                O garoto olhou para onde o ser apontava e percebeu um arranhão em seu braço. Não era profundo, sequer sangrou na hora, mas era longo e avermelhado. Provavelmente aconteceu quando André o empurrou contra a parede áspera do pátio, mas Gabriel estava tão focado em outras coisas que realmente não notou na hora, apenas sentiu uma leve ardência que logo passou e decidiu ignorá-la.

                — Ah... Acho que eu me arranhei na parede sem querer. — Ele sorriu sem graça, tendo a certeza que o outro não acreditaria nisso.

                — Essa é a melhor desculpa que consegue arrumar? — Os olhos amarelos o encaravam com descrença. — Se não quer falar sobre isso, tudo bem, mas não pense que eu sou idiota.

                Gabriel baixou os olhos, um pouco sem graça, mas logo sentiu uma mão com garras segurar seu queixo e gentilmente empurrá-lo para cima, fazendo o garoto encarar o bicho-papão.

                — Ei, está tudo bem. — A criatura sorriu e aproximou o rosto, beijando Gabriel ternamente na testa. O garoto permitiu sem sequer surpreender-se, depois de um mês dormindo com o bicho-papão, já havia se habituado a alguns toques mais íntimos. Mesmo que no início reclamasse um pouco disso e apresentasse certa resistência, com o tempo acabou se acostumando e até gostando disso.

                O bicho-papão desceu seus beijos da testa para a bochecha do garoto, testando se haveria alguma resistência e, quando não a encontrou, se dirigiu a seus lábios. Entretanto, antes que o beijasse, foi interrompido pela porta sendo aberta.

                Gabriel se sobressaltou com a sensação de ser pego fazendo algo errado. Mas assim que olhou para a porta, viu Lucas com seu sorriso de sempre e lembrou que os outros não conseguiam ver o bicho-papão, sentindo-se aliviado por isso.

                — Ah, oi, maninho. — Lucas sorriu. — Tudo bem por aqui?

                — Uh... Tudo, claro! Por que a pergunta? — Gabriel estava nervoso, mas o outro não pareceu perceber.

                — Nada demais. Só estranhei você indo dormir tão cedo, sabe que amanhã é sábado, certo? — Ele brincou.

                — É, eu só estava com sono. Acho que acostumei a dormir cedo. — Gabriel disse um pouco distraído, pois a criatura o havia largado e estava de pé, fora da cama. O garoto não entendeu o motivo, já que Lucas não conseguia vê-lo.

                — Ah, tudo bem então. Se quiser pode ir dormir no meu quarto de novo. — O mais velho sorriu, mas Gabriel percebeu que o irmão não estava olhando para si, e sim para a direção que o bicho-papão estava. Será que ele...?

                O ser feito de escuridão sorriu zombeteiro e se aproximou mais de Lucas, Gabriel percebeu que o olhar do irmão seguia instintivamente o bicho-papão e, quando este chegou perto demais, o mais velho deu um passo quase imperceptível para trás.

                — Lucas, você está bem? — Foi a vez de Gabriel perguntar.

                — Uh? Claro que sim, maninho! — O outro pareceu perceber finalmente o que estava fazendo. — Desculpa por isso, é só... — Ele hesitou, nesse momento o bicho-papão tocou o pescoço de Lucas e este sentiu um arrepio subir a espinha. — Nada, não é nada. Bem, boa noite! — Ele disse apressadamente e saiu do quarto, fechando a porta logo em seguida.

                Assim que ficaram a sós, o bicho-papão retornou à cama e abraçou Gabriel novamente, parecendo ter se divertido muito com a aparição de Lucas. Quando teve certeza que o irmão estava longe, Gabriel exclamou:

                — O que acabou de acontecer aqui?! Eu achava que ninguém mais te via!

                — Calma, nem tudo é preto ou branco, sabia? — O outro explicou calmamente. — Algumas pessoas, como você, me veem, ouvem e sentem. — Ele sorriu e tocou a ponta do nariz de Gabriel com uma garra. — Outras, como aquele moleque irritante, não me veem, ouvem ou sentem. — Seu sorriso sumiu ao mencionar André. — Outras só me veem, outras só me ouvem e outras, como seu irmão, só sentem minha presença. — Ele concluiu. — Aliás, acho que isso faz sentido, já que ele tinha medo de mim quando era criança. — Comentou.

                — Ele tinha medo de você? — O garoto repetiu meio incrédulo, Lucas sempre dizia que não tinha medo de nada.

                — É, mas foi há muito tempo. Entre os quatro e os cinco anos, ele tinha medo do bicho-papão como qualquer criancinha. — Ele riu com a lembrança. — Mas aos seis ele acabou perdendo o medo por algum motivo e parou de me ver. Então eu comecei a assustar o irmãozinho dele. Aliás, estou fazendo isso até hoje. — Provocou.

                Depois disso ele e Gabriel falaram de mais algumas banalidades até que o garoto dormiu. A criatura sorriu ao ver o humano repousando tranquilamente em seus braços e ficou apenas o observando como de costume.

*

                Amanheceu e Gabriel acordou com os raios de sol em seu rosto. Como sempre, ele acordou sozinho na cama. A primeira coisa que reparou ao levantar foi seu celular piscando com os dizeres “nova mensagem recebida” na tela.

                A mensagem era de Daniel. Era apenas uma foto dele numa festa perto da pista de dança e segurando um copo de refrigerante, abaixo da foto estava escrito apenas: “pena que vc ñ pôde vir, está mto legal! Quem sabe na próxima?”.

                O garoto observou atentamente a foto, algo nela o incomodava. E não era o fato de seu amigo sair para se divertir sem ele, afinal, foi ele quem recusou o convite. Após alguns minutos encarando a foto, ele percebeu o que o intrigava: a jaqueta que Daniel usava na festa. Ele reconheceu a cor, o modelo e, por fim, o rasgo na manga, que o garoto sabia ter sido feito por um caco de vidro.

                Aquela era, com certeza, a jaqueta de André.


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Notas finais do capítulo

Me empolguei e passei de 3000 palavras.
Mas espero que esteja legal!
Vai que compensa pelo outro ser curto?

Então, fizeram algo legal?
Eu vi Procurando Dory.
E Invocação do Mal 2.
E fui ao zoológico ontem.
E vou passar esse fim de semana na casa do meu primo.

Resumo: minhas férias estão bem mais agitadas que o normal!
Mas, ei, está divertido!

E isso também é um modo de dizer: posso demorar, foi mal.
Mas relaxem que eu volto!
Nesse século, eu espero!

Vejamos, outras coisas legais que eu fiz...
Bati um papo com o Fábio Roberto e tivemos um pequeno probleminha, mas já superei.
Afinal, gostar de conversar por MP é mais forte que tudo!
Também conversei com o Dan e com a Anne.
Mas vamos parar de falar de gente que vocês não conhecem e/ou não dão a mínima.

E eu não lembro de ninguém em especial para agradecer no momento...
Bem, eu poderia muito bem agradecer a todo mundo que lê isso, mas seria óbvio demais.
Afinal, sem vocês, o que eu seria?
E eu acho que vocês sabem disso, então...

Momento propaganda porque eu quero fazer propaganda:

https://fanfiction.com.br/historia/698103/O_Lado_Bom_Dessa_Vida/

Quem quiser dar uma olhada, eu achei bem legal.
E é curtinho, então nem toma muito tempo.
Recomendo para quem está passando por aqueles momentos depressivos!

Então é isso. Vou parar com a tagarelice... Por hoje.
Obrigado a quem leu até aqui!
Você é demais!



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