Corações Feridos escrita por Tais Oliveira


Capítulo 2
Humana


Notas iniciais do capítulo

Heyyy, estou de volta... Primeiramente gostaria de dizer que sinto muito pela minha ausência... Estava sem internet essa semana, e infelizmente não consegui atualizar a história. Mas agora vamos com tudo! Espero que gostem ♥ O link da imagem para quem quiser acessar...
Imagem promo: https://www.facebook.com/Minhasfanfics/photos/a.1983242861901694.1073741828.1983220875237226/2006839946208652/?type=3&theater

E por favor escutem a música no momento especificado... Ela me inspirou muito enquanto eu escrevia esse capítulo...

Christina Perri- Human : https://www.youtube.com/watch?v=U1_XCPzhRqQ

Boa leitura! ♥



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/687926/chapter/2

  Regina parada diante da porta sentiu-se completamente desestruturada com o que acabou de descobrir, ouvia repetidas vezes em sua cabeça:

“Você vai se separar dela não é? Esse bebê é seu filho e eu não vou cria-lo sozinha!”

  Os muros da tão temida “dama de gelo” haviam caído. Logo, lágrimas começaram a escorrer pela sua face.

Daniel seu marido, o homem que amava havia traído sua confiança.

“Um bebê! Daniel irá ter um bebê! E não será comigo...o que venho tentando ter há anos.”

 Regina desde que completou seus 30 anos tentava ter um... Agora a mesma possuía 38 e nada. Havia feito diversos tratamentos até descobrir que as chances de gerar um bebê eram mínimas, 5% nada mais.

Seu marido até então a apoiava e incentivava, a encorajando dizendo que um dia novamente teriam um filho.

  Sua família não sabia da sua batalha contra a infertilidade, optou por esconder. Isso significaria ter que contar a eles uma parte da sua vida da qual ela queria esquecer... Regina tinha certeza que os acontecimentos daquela noite fatídica há 19 anos atrás (a pior de sua vida), era o que interferia atualmente.

Culpava-se, por não poder dar ao Daniel um filho. Seu desejo de ser mãe se esvaia a cada dia que passava. E agora...outra, “a outra” iria dar a Daniel o que ela não pode, nem no passado e muito menos no presente.

Human - Christina Perri

 Seus devaneios foram interrompidos com o grito de seu marido:

—CALE-SE!

O mesmo levantava os braços, porém parou ao ouvir o grito exasperado de sua mulher:

—DANIEL!

 Virou-se e a vislumbrou parada na porta, sentiu com pesar o olhar da esposa, os quais emitiam decepção.

—Re... Regina?

Ele caminha em direção a ela que recua.

—NÃO CHEGUE PERTO DE MIM!

—Regina eu posso explicar...

—EXPLICAR? EXPLICAR O QUE? QUE VOCÊ ESTAVA ME TRAINDO COM A MINHA SECRETÁRIA?! CLARO! SUA DISTÂNCIA! MEU DEUS COMO EU SOU BURRA! BURRA! (Regina passava a mão pelos seus cabelos, enquanto lágrimas inundavam seu rosto.) –EU NÃO ACREDITO!

—Regina eu sinto muito, eu...

Novamente tentou se aproximar.

—FIQUE LONGE DE MIM!

—Me deixe...

—VOCÊ VAI TER UM FILHO! UM FILHO COM ELA! VOCÊ DEVE ESTAR FELIZ NÃO É?

Regina soltou um longo suspiro.

Ruby se aproxima.

 -Dona Regi...

—Há quanto tempo vocês estão juntos?

Ruby fica em silêncio.

—VAMOS RESPONDA!

Com lágrimas escorrendo em seu rosto, a secretária responde:

—Há uns dois anos.

—DOIS ANOS?!NOSSA! Por que Ruby? Eu confiava em você! Cheguei a pensar que fossemos amigas! Agora entendo o motivo de tanta preocupação com a minha vida. Claro, estava dormindo com o meu marido.

 Daniel se pronuncia: -Ruby vá embora por favor.

A mesma começa a se movimentar.

—Não! Quem vai embora daqui sou eu! Antes que eu faço algo que me arrependa.

—Não Regina espera!

—ESPERAR? ESPERAR O QUE? ESTOU COM NOJO DE VOCÊ! ME SINTO SUJA! SUJA POR TER ME ENTREGADO A VOCÊ ONTEM À NOITE! EU... EU QUERO O DIVÓRCIO!

—O QUE? DE JEITO NENHUM! VOCÊ NÃO PODE FAZER ISSO COM AGENTE, COM O NOSSO MATRIMÔNIO.

—Ah não posso? Foi você quem dormia com outra! Fez um filho! Foi você quem desistiu de nós! EU EXIJO O DIVÓRCIO! Não volte para casa,não me ligue, não me procure.

Dito isso se retirou.

 Regina saiu da empresa do marido ás pressas, entrou em seu carro e deu partida. Dirigia pela cidade sem rumo, estava aos prantos... Achava que nunca mais sentiria uma dor profunda como aquela. Mais uma vez a vida havia lhe ferido.

Humana

“Eu posso segurar minha respiração

Eu posso morder minha língua

Eu posso ficar acordado por dias

Se é isso que você quer

Ser o seu número um

Eu posso fingir um sorriso

Posso forçar um riso

Posso dançar e atuar

Se é isso o que você pede

Te dar tudo o que eu sou

Eu posso fazer isso

Eu posso fazer isso

Eu posso fazer isso

Mas eu sou só humana

E eu sangro quando caio

Eu sou só humana

E eu me despedaço e eu me quebro

Suas palavras na minha cabeça, facas no meu coração

Você me constrói e então desmorono

Porque eu sou só humana

Eu posso ligar

Ser uma boa máquina

Posso aguentar o peso de mundos

Se é isso que você precisa

Ser seu tudo...”

 Era exatamente assim que Regina se sentia, seus dias se resumiam em ser uma máquina que trabalhava constantemente. Segurava o peso de um mundo sozinha. Sempre sentiu ser capaz de tudo, mas percebeu que  não era. Porque, ela era apenas humana...

Passava da meia noite quando enfim retornou para casa.

“Casa, lar, que hipocrisia.” Pensou.

 Subiu e tomou um longo banho, sentia-se extremamente vulnerável, e aquele era um sentimento do qual a mesma não suportava.

 Não queria que ninguém a visse daquele jeito, fraca... Era uma mulher forte, e se não iria conseguir manter-se firme, só tinha uma saída. Se afastaria... Sendo assim decidiu por fazer uma viagem.Pegou duas malas e começou a preenchê-las , por mais que tentasse se controlar as lágrimas eram inevitáveis.

 Passaria no escritório pela manhã. Convocaria uma reunião, orientaria seu irmão, e depois partiria sem rumo, tendo como principal objetivo fugir, esquecer, aclamar um coração ferido.

                                                           ***

 Emma e Killian lavavam a louça do jantar...

—Eu acho que seu irmão não gostou muito daqui não é?

—Não é isso, é que Robin acredita que somos inferiores em relação a classe social.

—Não é só isso amor, eu tenho duas irmãs e compreendo o que ele deve estar achando que eu vou usar você e depois larga-la, assim como o ...

—Neal.

Ela completa.

—Exato, mas eu vou fazer ele mudar esse conceito sobre mim. Vou provar para o seu irmão que eu amo você!

Killian a beija.

—E como você pretende fazer isso?

—Simples, vou pedi-la em casamento.

Emma o encara surpresa.

—O que foi? Por acaso não quer se casar comigo? Olha Emma esse era o meu principal foco na nossa viagem, por diversas vezes queria lhe perguntar se você aceitaria se tornar a minha esposa, mas eu ficava com receio. Mas, hoje não, senhorita Emma Lockesley Swan aceita se casar comigo?

—Ah meu deus! Sim,sim,sim! Mil vezes sim!

Beijaram-se.

                                                          ***

 Assim que chegou no apartamento, Robin logo tratou de ir no quarto dos filhos, ver como estavam... Parou diante da porta ao perceber a conversa entre ambos.

—Mas, Val por que eu não tenho uma mamãe como todos os meninos da nossa antiga cidade?

—Eu já lhe expliquei Roland, sua mãe está dormindo, um sono profundo...

—Ela não vai acordar nunca?

—Talvez, talvez um dia... Mas, as chances são mínimas.

—Então, eu não posso ter outra mãe?

—Para isso nosso pai teria que namorar alguém e isso não vai acontecer.

—Por que?

—Porque apesar de tudo, ele ainda ama a sua mãe. Não fique triste, você tem a mim!

—Mas não é a mesma coisa Val.

 Robin escutava as palavras do filho com pesar. Por mais que ele e Valerie se esforçassem nada superava o amor de uma mãe...

 Lembrar de Marian ainda o magoava, havia decorado a carta que ela tinha lhe deixado antes de “fugir”.

 Iria deixá-los... Ela estava o abandonando para fugir com o amante. Só não contava que durante a fuga iria sofrer um terrível acidente, o qual a deixou em coma... Seu amante August estava bem e desfrutava de uma boa vida na Carolina Do Norte. Robin, questionava por que sua mulher havia ficado entrevada em uma cama, e ele não? Apesar da traição de sua esposa, Robin se manteve fiel à ela, e a visitava semanalmente no hospital. Não ligava para o que os outros falavam... A deixou somente agora, por conta da mudança, mas continuava mantendo contato com os médicos, mesmo que fosse por telefone... 

Narrador:

 E assim que se encerrava a noite na cidade de Nova York, percebemos quatro corações vivenciando diferentes tipos de sentimentos... Dois deles repleto de alegria, vivendo um momento único. No entanto, outros dois afogados em um mar de tristeza...

  Dois corações feridos, seriam capazes de amar novamente? Seriam capazes de encontrar refúgio um no outro?

                                                        ***

  Eram 07:00 da manhã, Regina não havia dormido... Passara  a noite inteira acordada, fora impossível sentir sono. A raiva, decepção, tomavam conta dela...

 Decidiu vestir-se , passar uma boa maquiagem, afinal seus olhos estavam inchados de tanto chorar, e as olheiras também eram óbvias.

Colocou uma blusa de botão rosa claro, calça social cinza, um sapato de salto preto. Nos olhos, fez uma maquiagem marrom e preta, e nos lábios optou por um batom nude. Tentou disfarçar sua dor com a sua postura autoritária.

Era hora de colocar sua máscara, demonstrar frieza, arrogância, prepotência... Seria a “dama de gelo” por mais algumas horas... Deixando toda aquela dor no fundo do seu peito. Não se permitia cair na frente de ninguém.

A vida a tornou assim, e seria difícil alguém mudá-la.

  Enfim chegou ao escritório, pediu a recepcionista para avisar os advogados que teria uma reunião assim que todos chegassem.

  Regina aguardava a todos na sala de reunião...Aos poucos chegavam, temiam que a mesma os repreendessem por respectivos atrasos. Para sua surpresa Robin também estava lá.

 Com a maioria dos funcionários presentes, começou a reunião. Os informava sobre alguns casos que defenderiam durante as próximas semanas.

 Killian havia percebido que algo estava errado com sua irmã, olhava para Zelena, mas a mesma parecia distraída o suficiente mexendo no celular, provavelmente não havia percebido nada.

 Regina não parava de falar um minuto sequer, até ser surpreendida com o seu celular vibrando sobre a mesa, era  Daniel.

 Naquele momento sentiu seu coração palpitar acelerado, calou-se no mesmo instante e fixou seus olhos no visor.

O celular vibrava, e a mesma nada fez a não ser encara-lo. Foi desperta por seu irmão.

—Você não vai atender?

—Não.

Rejeitou a ligação.

 Falou mais um pouco, e novamente foi interrompida pela ligação de seu marido.

Killian comenta: -Atenda. Pode ser importante.

—Não, não é. (Regina acaba por desligar o celular.) –Vamos para o segundo objetivo dessa reunião, gostaria de informa-los que vou tirar férias.

Zelena que tomava café se engasga.

Seu irmão questiona: -Você vai tirar férias?

—Sim. Por que? Alguma objeção?

—Não, não é isso. Digo... você não tira férias a tanto tempo, tipo uns seis anos... achei que...até noite passada você não pretendia nada disso.

—Você ficará no comando do escritório!

—EU?!

—Claro quem mais? Não faça dramas Killian.

—Quanto tempo você vai ficar fora?

—Não sei, dias, semanas, meses talvez.

Foi a vez de Killian se engasgar, logo afronta Emma e Zelena que também pareciam tão surpresas quanto ele.

—Meses?

—Sim, qual o problema?

 Antes que alguém dissesse algo Ruby entra na sala chorando.

—Dona Regina, eu sinto muito, eu não queria que tivesse sido daquele jeito...Eu passei aqui para lhe agradecer a oportunidade que a senhora me deu e novamente pedir desculpas, eu já passei no RH e pedi minha demissão.

  Ninguém entendeu o motivo daquela situação. Depois de um longo suspiro e um ressentimento em sua voz Regina diz: -Demissão? Não ,não vou demitir você. Obviamente não será mais a minha secretária, trabalhara para o vejamos... (Regina observa todos sentados envolta da mesa, até que seu olhar encontra o de Robin.)

—Locksley, você será secretária dele!

—O que está acontecendo Regina?

Pergunta Killian.

Ela encara o irmão, porém ignora a pergunta do mesmo.

—Parabenizem a colega de vocês! Ruby está grávida!

Emma e Zelena pulam de suas cadeiras, correm para abraçar a amiga.

Já Regina continuava sentada mexendo a sua caneta, concentrada. Tentando manter o foco.

Depois de cumprimentar a amiga, Emma logo pergunta:

—Nossa que surpresa! Não sabia que você estava namorando. Me diga quem é o sortudo? O pai do bebê?

—Boa pergunta Swan! Boa pergunta... Deixe um beijo para o Henry.

Disse Regina levantando-se e saindo da sala.

Killian, logo tratou de ir atrás da irmã. Assim que entraram na sala da mesma ele pergunta:

—Regina o que está acontecendo? Que história é essa de férias? Aquela situação com a Ruby...

Enquanto guardava alguns papéis em sua bolsa ela responde:

—Estou me divorciando Killian, e preciso da sua ajuda para que eu assine esse divórcio o mais rápido possível.

—O QUE? Como assim? Até ontem estava tudo bem entre você e o...

—DANIEL?!

Regina diz com certa dificuldade ao vê-lo entrar pela porta de sua sala.

—Regina eu sinto muito, nós precisamos conversar.

—Eu não tenho mais nada para falar com você! A partir de hoje todos os assuntos referentes ao nosso divórcio você tratará com Killian.

—O QUE VOCÊ FEZ PARA A MIINHA IRMÃ?

Killian se aproxima, irritado.

Regina entra no meio dos dois.

—Estamos em local de trabalho e eu não vou permitir nenhum tipo de escândalos dentro do meu escritório!

Diante das palavras da irmã Killian se afasta. A mesma olha no fundo dos olhos do marido e diz:

—Eu espero que uma parte em você ainda seja o homem que eu pensei que você fosse, e cumpra com as suas responsabilidades. Tendo o mínimo que seja de dignidade.

 Dito isso tirou a aliança de seu dedo deixando uma lágrima escorrer. Logo a limpou. Pegou sua bolsa e saiu caminhando pelo corredor em passos largos.

  Assim que entrou em seu carro, permitiu-se chorar... A dor a consumia, estava deixando o homem que amava, seu grande amor da juventude... Jurava não ser mais capaz de amar alguém.

  Daniel, sentiu uma dor profunda em seu peito, amava Regina. Havia cometido um erro, só então percebeu que suas chances com ela seriam impossíveis.

 Se Regina não o perdoaria por conta de uma traição questionou-se em seus devaneios o que ela não faria se descobrisse o que ele fez no passado...

 

 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E aí o que acharam? Não deixem de comentar...
Ahh e desculpem qualquer erro de digitação, estou nervosa,não revisei o capítulo. Hoje será o casamento da minha melhor amiga, e eu sou a madrinha, já estou sem unhas... hehehe dei uma pausada nas minhas atividades para posta-lo aqui para vocês, me desejem sorte para hoje á noite! Vou levar o primo dela que é cadeirante, estou muito ansiosa... Enfim as leitoras que são minhas amigas no face irão ver como foi...
Voltando a história hehehehe, no próximo capítulo teremos um flashback... Beijoss fuii