Corações Feridos escrita por Tais Oliveira


Capítulo 17
Sensações


Notas iniciais do capítulo

Boa noite pessoal! :) ♥ estamos aqui com mais um capítulo, sei o quanto vocês o aguardaram, esse jantar... Se mais enrolações vamos direto aos links... Peço encarecidamente para que assistam a chamada do capítulo, para vislumbrarem melhor o local do jantar já que não o descrevo com tanta exatidão... e se possível acessem o albúm com as fotos do jardim, pista de dança e looks dos personagens. Escutem as músicas também. ♥ Links abaixo ;)

Chamada do capítulo: https://www.facebook.com/Minhasfanfics/videos/2046871942205452/

Albúm : https://www.facebook.com/Minhasfanfics/photos/?tab=album&album_id=2047804568778856

Ed Sheeran Thinking out loud : https://www.youtube.com/watch?v=lp-EO5I60KA

Because you loved me (Tema do casal) : https://www.youtube.com/watch?v=wAE9Ymil8Vo

Espero que gostem ♥ Boa leitura!



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  Já era a terceira vez consecutiva que Robin ajeitava sua gravata. Estava nervoso.A ansiedade que ele sentia o fazia lembrar-se de sua juventude, quando beirava seus 19 anos.E estava apaixonado pela primeira vez.

Esse era o efeito que Regina lhe causava.O fazendo sentir-se um jovem bobo.Seus batimentos estavam descompassados.

“Regina o que você está fazendo comigo?”

 Refletia se havia tomado a decisão certa em ir ao jantar... Ainda podia desistir,entretanto lembra da conversa que teve com Granny horas mais cedo...

Bistrô da vovó 09:00 AM

 

 Robin estava debruçado sob o balcão, enquanto esperava Granny lhe trazer o seu café.

 Analisou atentamente um casal que adentrou o estabelecimento,ambos beiravam pouco mais de 20 anos. Era nítida a paixão que um sentia pelo outro.

O mesmo sorriu. Cenas como aquela o faziam acreditar no amor novamente,nem que fosse por míseros segundos.

—Então...Val me disse que hoje á noite haverá um jantar importante.

—Haverá sim, mas eu não vou.

—Por que não?Você deve ir.Regina estará lá.É uma ótima oportunidade para você dizer a ela como se sente e...

—Espera,espera...como a senhora sabe? Andou conversando com Valerie?O que ela lhe disse?

—Robin você acha que sou uma tonta? Eu vi a forma que olhava pra ela no aniversário de Roland, a sua inquietação até que ela chegasse.Eu conheço você querido e sei exatamente o que seu coração está sentindo, e o que sua mente está pensando. 

Ele ficou inerte, esperando que a mesma continuasse.

—Você se apaixonou por ela,mas está com medo.Então prefere negar para si mesmo o que está sentindo.Essa pode ser a solução mais simples agora,contudo nós sabemos que não é. Com o tempo ela trará o arrependimento, e você ficará se questionando e se eu tivesse me declarado... e se tivesse dado certo?Se você não quiser viver com essa angústia faça por onde. Vá a esse jantar,nem que seja apenas para estar lá. Regina pode precisar de você, e nós sabemos o quanto ela sente falta do apoio de alguém. Apenas vá. Se um dia você quiser ser como eles.(Granny encara o casal que adentrará o bistrô minutos atrás.)

 

 Enfim acertou o nó da gravata.Ele não queria se martirizar.Sendo assim,optou por tentar.

 Seguiu até a sala e percebeu os olhares de seus filhos e de Granny sobre ele.

A filha exclama:

—Tá bonitão hein pai!

Conclui Granny sorridente.

Roland foi até o pai e o abraçou.

—Boa sorte papa.

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 Regina fechava a fivela de sua sandália.Suspirou. A inquietude emaranhava dentro dela.A vontade de ficar em casa predominava.

 Entretanto,algo gritante dentro de si lhe dizia para ir.

 Olhou-se ao espelho. Gostou do que vislumbrou.

 Usava um vestido preto de manga curta com um decote deixando seu colo amostra. Era longo com um certo volume abaixo da cintura.

 Seu cabelo estava preso por um belo coque. O lábio foi preenchido por um batom vermelho, nos olhos maquiagem leve.

                      35  Jantar Anual De Gala Para Advogados

 

 Ao adentrar o local,Robin observava a exuberância.

Primeiramente desceu a escadaria, ao olhar para o teto percebeu os belíssimos lustres que iluminavam o ambiente.

 As mesas estava repletas de rosas amarelas, em cada uma delas havia variados tipos de taças distribuídas.Em cima dos pratos de porcelana haviam guardanapos devidamente alinhados em uma presilha dourada.

 Nas mesas maiores onde estavam as bebidas, e petiscos continham diversas velas e castiçais as decorando.

 Mais ao fundo havia um palco, no qual atrás era preenchido por um grande telão.

 Passando uma das portas haviam uma pista de dança, onde os músicos tocavam ao vivo seus instrumentos.

 Ao olhar para cima deparou-se com mais cinco lustres dourados.

 Escuta alguém chama-lo, era Senhor Henry. Seu olhar logo percorre todos que estavam na mesa, Emma, Zelena,Killian, Hades e Cora. Quem ele procurava certamente não estava ali.

 Aproximou-se da mesa e os cumprimentou, senhor Henry disse:

—Sente-se rapaz,  fique conosco. Vamos colocar a conversa em dia.

Robin sorriu e sentou-se em uma das cadeiras que estavam vazias.Deduziu que se Regina fosse aquele seria o lugar perfeito,afinal havia uma cadeira desocupado ao seu lado.

Emma ainda surpresa pela presença do irmão disse animada:

—Não consigo acreditar que você veio! O que te fez vir aqui?

“Paixão talvez..Regina.” Pensou.

—A insistência dos teus sobrinhos em me querer fora de casa.

Todos riram. Emma intervém.

—Você sabe que não é só isso.Eles assim como eu querem que você se divirta.

—Eu sei.Vou tentar...Esse lugar é tão grande!

Ele comenta.

S.Henry responde:

—Isso por que você não viu os fundos ainda, a um imenso jardim por lá.Regina o adora.

 Robin ficou nervoso só de ouvir falar no nome dela. Recostou-se na cadeira e sorriu.

Cora continua:

—Por falar nela, vocês sabem se ela vem? Regina não costuma se atrasar.

Emma e Zelena se entreolham.

—O que vocês duas estão me escondendo?

—Nada de mais mãe,só que Regina não estava muito animada para vir. 

—Ela se divorcia depois fica com vergonha de participar dos eventos.Claro ela sabe que todos vão ficar comentando.Até vau ser melhor que Regina não venha assim evita constrangimentos para nossa família.

Zelena contesta:

—Não fale assim mãe,além do mais Regina tem que estar presente.Ela ta concorrendo na categoria de melhor advogado do ano.

—Não se iluda,nós sabemos que ela não vai ganhar.

S.Henry interfere:

—Como você pode ser tão fria assim?Dizer essas coisas da nossa filha? Ela passou grande parte da vida dela tentando te agradar.

—Se ela realmente quisesse não teria se casado com aquele morto de fome, eutinha ouutros planos pra ela.

—Já chega Cora!

  Vinte intermináveis minutos passaram-se.Robin percorria seu olhar constantemente até a escadaria, na esperança de encontrar o olhar de quem o fez comparecer no evento.

 Não conseguia se conformar com a hipótese de que Regina não fosse...

Killian havia percebido a agitação dele.

—Está esperando alguém Robin?

Emma encara o irmão com curiosidade.

—Não.Não.Estou apenas observando.

 Notou que algumas pessoas olhavam atentamente.Guiado pelos seus instintos olhou e a vislumbrou.Era Regina.Irradiava beleza.

 A mesma percebeu alguns olhares pairarem sobre ela.Recordou-se de sua sessão de regressão... Um baile no qual todos aplaudiam sua chegada, mais abaixo era aguardada pelo seu guardião.

 Logo enxergou a mesa onde estava sua família,percebeu a presença de Robin e sorriu, o que não passou despercebido pela sua irmã. Por mais que sua mente negasse, sabia que algo florescia dentro do seu coração.

 Seguia em direçãoa mesa,entretanto foi abordada por dois senhoresque a guiaram até onde estavam sentados.

 Regina ficou conversando com eles por mais de quinze minutos. Quando liberou-se caminhava até a sua mesa.Novamente foi convidada por outros senhores a sentar-se a mesa deles.

Por vezes trocava olhares com Robin que a observava atentamente. Não estava gostando da forma que alguns homens olhavam pra ela.

 Enfim conseguiu chegar a mesa. Cumprimentou a todos, Robin puxou a cadeira para que a mesma sentasse.

Killian logo diz:

—Você está muito bonita para ficar desfilando sozinha.

—Não exagere Killian.

—Você está linda!

Exclama Zelena.

—Vocês também. (Encara Emma e a irmã.)

—O que te fez mudar de ideia?

Questiona Emma.

—Trabalho.

Sua mãe intervém:

—Nós não obrigamos você a vir.

—Vocês não... Tecnicamente não estou aqui pelo escritório e sim pelos Advogados da Nação, eles me ligaram hoje á tarde e disseram que eu devia estar presente. Não teve como recusar.

—Você é muito influente filha e fico orgulhoso com isso!

Exclamou seu pai.

—Obrigada.

Essa foi a explicação que Regina deu, contudo ela sabia que não era só por aquele motivo. E sim algo inexplicável que propagava-se dentro dela, desde á noite anterior...

  Um senhor que beirava seus 60 anos subiu ao palco e pediu silêncio a todos.(Ele foi o professor de universidade onde Regina se formará.) A premiação iria começar.

  Regina tomava um drink.Robin observava cada feição do rosto dela. Via preocupação no olhar da mesma, percebeu que ela se sentia desconfortável perto de sua mãe...

  Já faziam trinta minutos desde que os prêmio começaram a ser entregues.

—Bom... agora vamos entregar o prêmio mais aguardado da noite. O melhor advogado do ano, vamos anunciar os indicados.

Citado os nomes continuou:

—O ganhador dessa noite é alguém que já se destaca nesse mercado há anos, e eu particularmente já vinha torcendo por essa pessoa á algum tempo. É alguém que espantou um país inteiro e até mesmo o mundo, sendo um dos assuntos mais comentados.Provou ser digno de receber esse prêmio. Conseguiu com sua experiência e determinação provar a inocência de um homem inocente acusado de um crime que não cometeu.

 Quando pronunciou aquela última frase,Regina ficou inerte. Sabia que era ela,porém não acreditava. Até ele continuar.

—Tenho orgulho de dizer que ela já foi minha aluna! Venha para cá Regina Mills. Você é sem dúvida alguma a grande vencedora da noite!

Incrédula e com os olhos marejados ela levanta-se.Sendo abraçada por seu pai, e seus irmãos.Cora estava tão surpresa quanto a filha. Emma e Robin e Hades sorriam e a aplaudiam assim como o restante dos convidados.

Antes de seguir ao palco sente uma mão sob a sua.Era Robin.Exalando um belo sorriso, e com toda sua sinceridade a parabenizou.

 A mesma sorriu e relutantemente teve que soltar a mão do mesmo.

 Assim que subiu ao palco recebeu o abraço de seu professor que logo depois lhe entrega o prêmio.

—Como você se sente? Esse é o primeiro prêmio que já ganhou na sua vida?

—Na verdade não... Quando eu era bem mais jovem, recebi um.Mas não tem nenhuma semelhança com a profissão que eu exerço hoje. E eu também não tinha uma plateia tão grande torcendo por mim. (Ela aponta para a mesa onde sua família estava presente.Os mesmos questionavam-se de que prêmio ela estava falando.)

—Nos conte mais um pouco sobre como você conseguiu essa façanha? Provar a inocência de um homem que poderia ser levado até mesmo a pena de morte.Deve ter sido difícil não é? Afinal você tinha um país inteiro questionando sua integridade.

—Realmente foi, não só por isso. Mas sim pelo que um amigo me disse, com duras palavras falou que eu não tinha potencial para realizar do caso e que era para mim desistir se não acabaria com a minha respeitada reputação e...

É interrompida pelo professor: -Esse está mais para um inimigo não é mesmo?

Todos riram. Exceto Cora e Robin que sabiam a quem ela estava se referindo.

Entrando na brincadeira Regina diz : -Pior se fosse da família não é?

Guiou seu olhar até a mãe.Prosseguiu.

—No entanto,alguém acreditou em mim e me disse ”Dê uma segunda chance a si mesma.” ( Sorriram um para o outro.) –Eu acreditei.E hoje estou aqui.

Todos aplaudiram.

 O jantar foi servido.A mesa em que estavam era abordada constantemente para parabeniza-la.Inclusive alguns dos funcionários do escritório.

 Um dos senhores que havia conversado com ela mais cedo, chegou até a mesa.

—Parabéns Regina!

—Doutor Hastings. Esses são os meus pais,meus irmãos, e meus cunhados.E esse é o Lockesley.

Hastings os cumprimenta: -Vocês devem ter muito orgulho da filha de vocês.

—Com certeza!

Exclamou S.Henry.

—Então você é o famoso Lockesley.Regina fala muito de você.

Todos na mesa ficaram surpresos,inclusive o próprio que comenta:

—Bem eu espero.

—Certamente. (Responde o senhor.) –Regina, meu filho chegou e faz questão de conhece-la.Posso te roubar por alguns minutos?

—Claro.

Responde rapidamente. Fugindo do constrangimento que seu futuro chefe acabará de lhe colocar.

—Com licença.

Ambos disseram e se retiraram.

 Para Robin era difícil conter a felicidade que se formará dentro de si.

“Regina comenta sobre mim...”   

 Todavia sua alegria esvaiu-se demasiadamente ao ver um homem que aparentava ter a sua idade, beijando a mão dela. Evidentemente ele a cortejava. O pior de tudo é que Regina esboçava seu lindo sorriso á ele.

“Eu não posso estar com ciúmes.Eu não devo...”     

 -Regina esse é o meu filho Jefferson.

—Prazer.

Regina estende a mão, sendo surpreendida ao vê-lo beija-la.

—O prazer é todo meu.Quando meu pai falou de você, esqueceu de dizer o quanto é bonita.

 A mesma sorriu. Ele continua:

—Me daria a honra de dançar com a Dama mais do baile?

—Claro.

Respondeu.

Seguiram até a pista de dança.

O que obviamente não passou despercebido por Robin. Zelena logo comenta:

—Olha lá Regina parece ter gostado do filho do Hastings.

 Havia feito o comentário propositalmente para ver qual seria a reação de Robin. Percebeu a troca de olhares constante entre ele e Regina no jantar. Tinha quase certeza de que era dele que Regina falava quando subiu ao palco.

Ao ver a expressão que surgiu no rosto do mesmo teve absoluta certeza de que ele nutria sentimentos pela sua irmã. As atitudes de Regina comprovavam que era mútuo.

Sorriu. Não imaginava que sua irmã fosse se apaixonar tão cedo.

 Regina agradecia mentalmente quando os músicos terminaram de tocar.Já havia dançando com três parceiros diferentes. Logo um grupo de funcionários aproximou-se pediram a chefe que ela não lhes negasse uma dança.Revezariam uma música.A mesma sorriu, não havia como negar.

Primeiro foi guiada por Dr. Barcellos, na sequência vieram Nogueira, Kristoff ,Graham.

 A música havia chegado ao fim. Começavam a tocar Thinking out loud .

Sentiu alguém lhe tocar a cintura, assustou-se. Mas ao escutar a pronúncia a seguir um arrepio lhe percorre o corpo.

—Me concede essa dança?

Perguntou Robin.

—Achei que você não fosse pedir.

Ela colocou sua mão sob a dele.E continuou:

—Será um prazer.

 Robin delicadamente coloca sua mão sob o quadril dela. E começa a guia-lá pela pista de dança.

—Você está elegante hoje Lockesley.

—Obrigado.

Após uns segundos ela diz:

—Você não sabe que quando alguém lhe elogia faz parte das normas da etiqueta retribuir, por educação.

—Você ainda precisa dos meus elogios? Já não foi cortejada o suficiente?

Regina o encara com curiosidade. Robin procede:

—Vou retribuir as normas da etiqueta lhe dizendo que está muito estonteante nessa noite. Assim como estava na Terça - Feira quando usava uma blusa branca social, acompanhada por um Jeans.

A mesma o fixava incrédula. Não fazia ideia de que ele a observava dessa maneira...

Percebendo que havia falado demais calou-se. Simplesmente a guiava pela pista. Dançavam lindamente.

 Robin a rodopiou e logo a puxou pela cintura fazendo com que ficassem cara a cara um com o outro. Podendo sentir suas respirações ofegantes.

 Robin pode exalar o perfume de maçãs que a mesma usava.Deliciava-se com o aroma.Estava tão distraído que enquanto inalava o cheiro,acabou encostando sua barba por fazer na nuca dela.

 O que não passou despercebido por Regina a fazendo eriçar.

 Ambos estavam de olhos fechados e assim permaneceram por segundos. Apenas sentindo um ao outro.

 Regina não conseguia conter s batidas descompassadas de seu coração. Robin trazia a tona uma mulher que ela mesma desconhecia.Somente com ele dentre tantos ela sentia-se inteira.

 Por mais que suas mentes quisessem negar,suas almas haviam se encontrado. A sensação de que algo semelhante já houvesse ocorrido irradiava sobre ambos que dançavam lentamente, mantendo o contato visual interrupto.

 Aquela dança representava muito mais do que apenas alguns passos. E sim dois corações que haviam sido postos a prova em diferentes circunstâncias que agora usufruíam dentro de si algo intenso jamais sentido antes.

 Naquele momento Regina soube que Robin de Lockesley fora capaz de derrubar mais uma de suas barreiras. Essa no entanto, a mais poderosa de todas.O amor.

 O que ela tanta desajava,porém a assustava.

 O mesmo a rodopiou mais uma vez, os dois sentiram lampejos.Regina com mais clareza visualizou sua vida passada, o momento em que dançava com seu guardião.

Sentiu algo ardente dentro do peito, vendo a inquietação nos olhos do mesmo ela questiona:

—Isso já aconteceu antes?

 Robin sabia exatamente do que ela estava falando.Era a primeira vez que algo semelhante pairava sobre si.

—Meu tempo acabou.

Foi tudo o que conseguiu dizer ao ver um de seus colegas acenar.

—Foi um prazer milaydi.

Beijou a mão dela e retirou-se. A deixando inerte no meio da pista. Até mais um de seus funcionários a tirar para dançar.

 Robin conversava com Belle e mais alguns dos seus colegas de trabalho.No entanto, se reprendia mentalmente por não ter compartilhado com Regina seus sentimentos.

 Voltou para a mesa com o intuito de despedir-se,porém ao vê-la sentada conversando com seu pai,Robin resolve ficar mais um pouco.

 Cora,Emma e Zelena começavam a engatar uma conversa sobre maternidade.

—Estou tão animada!Daqui há duas semanas irei descobrir o sexo do meu bebê.

—Eu me lembro que quando estava grávida do Henry descobri que era um menino.Foi uma sensação maravilhosa!E quando o bebê começar a chutar então... Nossa, poder sentir seu filho se mexendo dentro de você será inexplicável.Em breve você entenderá. A senhora sabe do que estou falando não é mesmo?

Emma encarava a sogra.

 Regina de uma só vez tomou seu Drink.Sorriu tristemente.Compreendia claramente o que Emma estava dizendo. Sentiu o mesmo durante sua gestação.

Como sua cunhada havia pronunciado, sentir um filho se mexendo dentro de si, de fato era inexplicável.

 No mesmo instante um garçom parou na mesa, e Regina pegou outra dose de Whisky. Começou a beber, dessa vez de forma mais moderada, no entanto, Robin e Killian já percebiam que a mesma aparentava estar um pouco alterada.

Regina prestava atenção atentamente na resposta de sua mãe:

—Com certeza.Zelena ainda irá usufruir de grandes sensações.Ter um filho é o melhor que uma mulher pode oferecer.O elo que é criado entre mãe e o bebê, ainda em seu feto é um amor incomparável.Jamais devem ser separados...

Regina não consegue se conter e solta uma gargalhada irônica.

—Eu não acredito que estou ouvindo isso de você.

Todos a encaram preocupados,percebiam que apesar da risada, a mesma mantinha um olhar de raiva.

—Por favor Regina, você nem sabe o que está falando. Nem sequer teve filhos, e além do mais está bêbada.

—Estou sóbria o suficiente para afirmar que a as pronúncia, não passa de palavras bonitas.

—O que te faz afirmar isso?

Pergunta Cora tranquilamente.

—O simples fato de você sugerir ao meu marido a ideia estúpida de que ele tire o bebê de sua amante, e que eu juntamente com ele o crie.

 Todos na mesa encaram Cora incrédulos com aquela informação. A expressão de confiança que exalava no rosto da mesma acabava de esvair.

—O que é?Você realmente acreditou que eu não iria descobrir?

Henry questiona: -Isso é verdade?

Ignorando a pergunta do marido Cora diz:

—Como você soube?

Balançando a cabeça negativamente, Regina responde:

—Eu fico pensando como você achou que eu fosse capaz de aceitar uma proposta sem discernimento dessas?

A magoa era evidente nos olhos de Regina.

—Ruby me contou.Apesar de tudo ela sempre foi leal a mim.

—Foi tão leal que a traiu com seu marido.

—Cora!

S.Henry esbravejou.

—Pior foi você que sabia de tudo e não me disse nada.

Dito isso levantou-se e seguiu caminho até o jardim.

Todos estavam perplexos, nem sequer perceberam que Robin foi atrás dela.

—Mãe como você pode?A senhora sabia da traição do Daniel e não disse nada?

Zelena pergunta.

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Because you loved me

  Assim que Robin saiu pela porta,pode sentir  a brisa fria lhe percorrer o rosto. O jardim estava coberto por uma fina camada de neblina. Procurava por Regina, até que a viu parada debaixo de um gazebo .Foi até ela.

—Você está bem?

Regina o olhou e sorriu amargamente.

—Vou ficar.

 Disse em meio a tristeza que pairava sobre si, foi inevitável não sentir-se feliz com a preocupação que ele tinha com ela.

Robin pega das mãos dela o copo com a bebida.

—O que Lockesley? Você também acha que estou bêbada?

—Não. Apenas estou evitando que você faça coisas das quais se arrependa.

—Acho que é um pouco tarde para isso. Já fiz.

—Eu ainda não consigo acreditar que Daniel propôs algo desse gênero a você.

—Acredite.

—Posso te fazer uma pergunta?

—Se eu disser não você irá perguntar de qualquer maneira.

 Regina já o conhecia suficiente para saber que quando o mesmo insistia com algo dificilmente desistiria.

—Por que vocês não tiveram filhos?

O encarou durante alguns segundos, e preferiu contar parte da verdade.

—Por que eu sou infértil.

Dito isso pegou sua bebida das mãos do mesmo, o deixando imóvel no gazebo seguindo o caminho pelo jardim.

 Após poucos segundos de distração ainda tentando digerir o que acabara de descobrir.Robin resolve ir atrás dela antes que a perdesse de visão por completo, devido ao sereno.

 Ao perceber que a mesma estava parada um pouco mais a sua frente, aliviou-se.

—Eu sinto muito. Não imaginava que...

—Tudo bem. Só peço que mantenha descrição. E por favor prefiro não tocar mais nesse assunto.

 Regina passava suas mãos sobre os braços, obviamente estava com frio.

Robin tirou seu terno, aproximou-se e colocou nela. A mesma surpreendeu-se ,com os olhos lacrimejados sorriu ao dizer:

—Você não é real... é sempre assim? Tão...tão... perfeito?

—O que?

—Ás vezes eu acho que você saiu dos livros de contos de fadas Lockesley.

O mesmo sorriu demostrando suas covinhas.

—Você realmente acha isso? Por que se me afirmar que sim, irei acreditar que está bêbada.

—Então acredite.

Gargalhou.

Ambos caminhavam devagar, por vezes trocavam olhares. Outras observavam as flores no imenso jardim.

—Você já esqueceu que na sua vida faço o papel de atrevido?

—Você sabe que não é mais assim. Hoje você é muito mais que isso!

Foi pego de surpresa com aquela afirmação.Ele realmente era tão importante? Será que Regina nutria por ele os mesmos sentimentos? Pode sentir que era correspondido durante a dança. Entretanto, questionava se não era coisa de sua cabeça.

Regina questionou-se se havia falado demais... Resolveu seguir caminhando.

Até que por fim, parou diante de lindas roseiras vermelhas.Suas favoritas. Acariciava uma delas.

—Você gosta de rosas?

—Sim. As vermelhas são as minhas preferidas.

—Rosas Vermelhas. As rosas vermelhas são símbolos tradicionais do amor e do romance, é uma maneira especial de dizer Eu te Amo!. Tais rosas, por simbolizarem a beleza e a perfeição, remetem a mais profunda expressão de seus sentimentos. Elas carregam não somente a mais significativa cor entre muitas outras cores de rosas, mas o mais universal de todos os símbolos. Ao longo da história, as rosas vermelhas acumularam uma vasta riqueza de significados, sendo utilizada em inúmeros trabalhos de arte, como a pintura, poesia, a música e em diversos meios modernos de comunicação. O misticismo das rosas vermelhas causou forte fonte de inspiração por muitas eras, como na mitologia Greco-Romana, quando as rosas vermelhas já eram associadas à Deusa do Amor. Nas culturas seguintes, já se utilizavam as rosas vermelhas para decorar cerimônias de união e, frequentemente, elas eram utilizadas em casamentos. Com isso, é como o símbolo do amor e fidelidade que a rosa vermelha é reconhecida atualmente, transformando-se naturalmente em uma das flores mais características para transmitir o amor verdadeiro, na mais romântica forma de dizer Eu te Amo, ou mensagens de compromisso. As rosas vermelhas são muito utilizadas para presentear os amantes no Dia dos Namorados, em aniversários , ocasiões especiais ou, simplesmente, sem algum motivo especial aparente – somente uma forma de surpreender e encantar a pessoa amada. Seja qual for a ocasião, as rosas vermelhas possuem um grande e irresistível fascínio !

 Mais uma vez Robin surpreenderá Regina com seu lado poético. Sentia-se uma boba o encarando, mas fato é que procurava compreender como alguém poderia ser tão sensível? Sendo capaz de admira-lo a cada segundo a mais que passasse ao seu lado.

— Não sabia que você gostava de tanto assim de flores...

Foi o que conseguiu dizer em meio ao sorriso radiante em seu rosto.

Enquanto pegava uma das rosas, Robin dobrou uma das mangas do seu braço esquerdo para que os espinhos não rasgassem sua camiseta.

—Eu gosto. Acredito que elas devem ser cultivadas todos os dias, assim como o amor.

Respondeu lhe entregando uma rosa.

Sorrindo Regina a pegou,no entanto seu rosto logo adquiriu seriedade, paralisou.Não sentia o ar banhar seus pulmões.Empalideceu. Era ele, Robin era sua alma gêmea, possuía a tatuagem de leão.


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Notas finais do capítulo

E aí o que acharam?
Regina descobriu a tatuagem... e agora? A dança? As sensações... essa revelação (não está inclusa nas que eu estou anunciando...) Enfim, espero que vocês tenham gostado, eu ansiava por escrever esse capítulo desde que comecei com a fic, tanto que eu tinha diversas partes dele em bloquinhos,pastas e nas folhas finais do caderno...
Me digam o que acharam... ♥ Agradecendo ao alcance de 6000 mil acessos que a fic atingiu no Nyah essa semana ;) e aos incríveis comentários Obrigada ♥ Beijãooo