Same Thing To Me escrita por FaberryLover


Capítulo 1
Same Thing To Me (Único)


Notas iniciais do capítulo

E aí, galera? Acho que essa é a primeira one-shot que eu faço! Ela é ligeiramente AU e contada através do ponto de vista da Quinn.

Espero que gostem!

Ps: capítulo novo de FMDMFM!



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Nove anos. Nove anos desde aquele primeiro beijo, roubado entre as cadeiras do último degrau da sala do coral vazia e que me causa arrepios até hoje quando lembro. Naquela sala do coral, escondidas em meio as cadeiras e à luz fraca de fim de tarde, para que ninguém ou quase ninguém pudesse ver duas garotas perdidamente apaixonadas compartilhando o primeiro beijo. O primeiro beijo proibido. Proibido por serem duas garotas, proibido pelos meus pais, proibido pelos olhares de censura e pelo preconceito, proibido pelo futuro que, através do olhar de uma garota de 17 anos, não existia para ela e eu.

Mas dentro de mim, dentro de mim nada era proibido, mas sim reconhecido.

Primeiro, poucos anos antes, eu a reconheci como alma. Meus olhos a viram, mas minha alma reconheceu a dela, como se fôssemos velhas amigas. E por que não? Foi assim que eu me senti quando a vi no corredor do colégio, os olhos castanhos brilhando com uma excitação nervosa pelo primeiro dia de aula, um sorriso enorme no rosto moreno e vestindo uma blusa verde escura, saia preta e meias até os joelhos de pernas incrivelmente longas. Naquele momento, em que eu olhei para ela pela primeira vez, eu soube tudo e nada dela ao mesmo tempo. Uma sensação boa e estranha que eu guardei comigo e só muito tempo depois fui enfim compreender.

E desde aquele primeiro dia, desde o primeiro sorriso, sempre foi assim com ela. Bastava estar ao seu lado para eu me sentir bem, para me sentir em paz, para me sentir à vontade, para o meu coração se encher de alegria. Nós mal nos conhecíamos, mas nossas conversas e olhares eram velhos amigos se reencontrando depois de um longo tempo.

Mas foi só neste dia, há nove anos, que eu a reconheci como amor. Claro, eu já estava apaixonada por ela. Loucamente apaixonada por ela. Mas a real dimensão do sentimento que explodia dentro de mim só veio durante o nosso primeiro beijo. Foi naquele momento que eu soube que era ela. Que era ela a minha alma gêmea deste mundo e que não importava o que acontecesse, ela jamais sairia de mim.

Nossas bocas se encontraram, tímidas. Timidez essa que não se refletia em meu peito, martelado pelas batidas frenéticas do meu coração. Meu Deus, parecia que eu ia morrer! E eu morri, ao menos metaforicamente. Morri de amor, morri de encanto, morri de tanto querer... Meus lábios formigavam, provando os dela como se fossem mel, e minhas mãos tremiam. Eu não sentia o chão sob os meus pés, mas sentia cada sensação que a boca dela causava em mim, me desvendando, me descobrindo, me revelando por completo a ela. Quando minha língua invadiu sua boca, eu senti um arrepio de corpo inteiro e minha mão em sua cintura a puxou involuntariamente contra mim, pois eu queria, eu precisava que o contato entre nossas peles dissesse a ela o que eu nunca saberia expressar através de palavras.

Quando sua boca se afastou da minha, meus lábios ali mesmo doeram de saudade. Ela repousou sua testa na minha e eu bebi de sua presença, nossas respirações entrecortadas e nossos corações acelerados. Então ela se afastou e olhou para mim. Os olhos castanhos escurecidos e intensos, rasgando meu interior, me marcando como dela como um rastro de fogo queimando a amor e paixão. 

Então eu soube que a guardaria para sempre em mim. 

E foi exatamente assim que aconteceu. Entre encontros e desencontros, nada foi fácil para nós. Fomos testadas vez e outra e ainda mais e a verdade é que mais falhamos do que acertamos. Mas a realidade a nossa volta, realidade essa que era adulta demais para os nossos erros adolescentes, nunca foi capaz de alcançar o meu amor por ela.

Sim, havia dias em que ele saia de cabeça erguida, corajoso, disposto a enfrentar o mundo e havia dias em que ele se escondia, covarde e atocaiado, com medo demais para fazer qualquer coisa que não fosse existir.

E então ele existiu. Meu amor por ela existiu e persistiu e esperneou até eu finalmente libertá-lo. Depois disso, ele nunca mais foi meu. Ele correu ao encontro dela e se (re)tornou todo e completamente dela. Retornou porque agora sei o porquê de nunca a ter conhecido, mas sim reconhecido.

Era ele, o amor, querendo se libertar de mim e voltar ao lugar que ele sempre pertenceu, ela.

Por isso digo que amo e não me perguntem quem. Não há ninguém que não ela. Rachel Berry-Fabray e o amor são a mesma coisa para mim.


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Notas finais do capítulo

Faberry sempre me inspirou, mas dessa vez a inspiração foi ela, a quem dedico essa história. Minha companheira de vida e de amor. Minha alma gêmea que, desde os 15 anos, sempre teve o meu coração. Uma vida é muito pouco para nós, meu amor... Nunca é demais dizer o quanto eu amo você!



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