Floresta dos Espíritos escrita por Alph


Capítulo 1
Floresta dos Espíritos


Notas iniciais do capítulo

Recomendo ler com essas musicas de fundo para criar um clímax:
• 01. What Went We
• 02. Banished
• 03. A Witch Stole Sam
• 04. Hare In The Woods
• 05. I Am The Witch Mercy
• 06. Foster The Children



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Era uma vez, um pequeno reino cercado de florestas e lagos, perpetuava o frio no vilarejo. A neblina consumia a visão de todos os cidadãos. As residências eram feitas de madeira, e os telhados era de palha. No centro da cidade havia uma praça que tinha uma estrutura de pedra canga em forma de carrasco. Todos os moradores daquele local nojento estavam na praça para presenciar a morte de um funcionário do rei.

No balcão do palácio dava para ver a praça, sentado em seu trono expiatório o rei observava a movimentação dos guardas levando um jovem rapaz franzino de pequena estatura até o carrasco. O cabelo cacheado do garoto caia sobre seu rosto enquanto sua cabeça era encaixada na estrutura do carrasco pelos guardas. O moço tremia de medo. Os guardas ficaram estáticos, um segurava o pescoço do rapaz e o outro espera a permissão do rei para decapitar o garoto. O rei transcendia sua emoção negativa que ia alem de qualquer pecado, então com um simples gesto positivo com a cabeça o guarda abaixou o machado decepando a cabeça do garoto que caia em um cesto lavando o chão da praça de sangue. Ouviam-se os corvos voando quando a machadada atingiu seu ápice.

Os moradores do vilarejo solo cessaram a aglomeração na praça voltando para suas funções rotineiras. O rei saiu do balcão indo para a sala do trono onde se sentou e logo em seguida sua única filha de dezessete anos apareceu sentando no colo de seu pai. O rei inquieto com o silêncio da garota perguntou:

— O que tu queres minha filha?

— Por que vós matastes aquele pobre homem? — Ela se levantou do colo de seu pai sentando-se abaixo dele nas escadas do trono.

— Ele mereceu.

— Matar alguém por comer seus pães não é um motivo. O povo passa fome, gritam por alimento.  — falou suavemente mantendo a calma — Ele não merecia morrer papai.

O rei ignorou a garota. O vilarejo antigamente era muito farto e cheio de alegria e fartura, mas após a morte da esposa do rei, ele escureceu seu coração gelando sua alma. Ele construiu muralhas ao redor da cidade para impedir a passagem do povo à floresta. Essa proibição se teve pelo motivo que sua esposa sumiu no meio da floresta e nunca mais voltou, e com medo de sua filha fazer a mesma coisa ele construiu as muralhas.

Outro momento de silêncio se estabelecia entre ambos. A garota se levantou e o rei preocupado perguntou:

— Aonde tu vais minha querida?

— Para meus aposentos.

Ela andava compassadamente até seu quarto. Ao entrar nos seus aposentos ela deitou-se na cama tentando manter sua paciência, ela sentia falta da mãe. Sua finada mãe que ajudava seu pai a tomar as decisões e após a morte tudo mudou. A jovem levantou-se da cama indo até um móvel onde pegou um colar que estava sob ele. A jóia era de sua mãe. Com as mãos apertadas em volta do colar, ela o colocou no pescoço e foi até a sacada de seu quarto.

A princesa olhava a floresta logo depois dos muros ansiando desejos de ir até lá. A neblina espessa foi levada com o vento cobrindo a mata cujo olhava. Estranhamente um brilho intenso saia da neblina atingindo diretamente os olhos da princesa que ficou curiosa. Tentou olhar com mais intensidade para aquele brilho na mata que a neblina cobria. Logo depois o brilho cessou aguçando a curiosidade da princesa. Ela parecia estar em estado hipnótico, ansiava ir às orlas da floresta para saber o que ocorria. Seu medo falava mais alto em seu coração, tinha medo de ir à floresta devido aos mitos que seu pai contava.

Ela ficou pensando na forma de ir até a floresta sem ser percebida pelos guardas. O único modo era pelas valas de escoamento de água do castelo. Ela saiu de seu quarto andando até a área externa do castelo passando por diversos guardas até chegar perto das valas. O céu formava uma tempestade eminente, mas isso não tirou o foco da princesa de descobrir o que era aquele brilho. Ao despistar dos guardas a princesa sumiu pela vala de escoamento que era suja e cheia de águas obscuras de sujeira. Chegando ao lado externo da muralha à fina vontade de seu pai ela continuava andando até a orla da floresta.

Quando a moça aproximou-se da mata seca, escura, úmida e consumida pelos fungos e cogumelos gigantes. Ela teve receio de continuar sua ida para o interior do local, mas uma voz grossa e calma chamou-a. Ela andava com dificuldade pela mata, seu longo cabelo ruivo se prendia em alguns galhos e seu vestido rasgava ao passar por espinhos enormes que saiam do chão.

Ao chegar a uma clareira a princesa olhava para os lados, aparentemente estava perdida. Ela deitou-se no chão frio e começou a chorar. Devia ter obedecido a seu pai pensava ela. Enquanto ela suspirava, um vento frio soprava sobre o pescoço da jovem arrepiando sua espinha. Quando ela se virou para ver o que acontecia, a jovem viu um homem nu de pele clara, tinha flores no cabelo loiro quase branco. Quando ele se aproximou dela, flores brotavam do chão depois de seus passos.

— O que tu tens minha jovem? — Ele se aproximou agachando-se de cócoras junto à jovem que tentava se afastar do homem.

— Quem és tu? — Ela se levantou do chão afastando-se do homem.

— Eu sou a fauna, a flora, árvores e o solo onde tu pisas... Sou o espírito das florestas. — Ele levantou do chão voando para mais próximo da garota.

— Não se aproxime! — Ela pegou um galho que estava próximo de si e apontou para ele.

— Eu sei dos teus devaneios, sei o que tu cobiças. Vós não viríeis aqui para nada minha querida. — Ele tocou no galho que ela apontava para ele virando pó. — Eu sei que tu queres rever vossa mãe. Tenho tudo que tu precisas aqui.

Ele olhava para ela transcendendo persuasão movimentando suas sobrancelhas quase invisíveis em seu rosto pálido. A jovem iludida tentava assimilar as coisas que aconteciam com muita rapidez.

— Vosmecê consegues fazer minha mãe voltar? — ela dizia chorosa.

— Consigo mandar pessoas para a morte, consigo curar doenças, mas não consigo trazê-los da morte. — Ele suspirou mudando de posição, voando para esquerda da garota. — Mas posso fazer vos rever tua mãe. Tudo que vosmecê precisas fazer é me dar um beijo e dizer que “eu aceito ir com Efalos.”

—Não posso voltar aqui mais tarde com uma resposta?

— Tu sabes voltar para o castelo? — Ele parou na frente dele flutuando levemente.

— Não, mas... — Ele a interrompeu pondo o dedo indicador sob os lábios da jovem dizendo.

— As árvores são traiçoeiras e conseguem se locomover de vários lugares diferentes para fazer você se perder minha doce senhorita. — ele sussurrou no ouvido dela.

Ela ficou pensativa por um momento, ela andava pela clareira e o espírito ficava cercando-a. A princesa queria muito rever sua mãe, mas tinha medo que o preço desse desejo seja à ausência de seu pai.

Ela parou de pensar nos seus problemas e desferiu um beijo nada suave nos lábios do espírito, um beijo pesado e frio como os rios do reino de seu pai. Em seguida pronunciou as palavras “eu aceito ir com Efalos.”

O espírito de um sorriso e em seguida a princesa caiu no chão. Dois trolls se aproximaram da princesa que estava jogada no chão enquanto o espírito sorria da garota. Os trolls arrancaram as roupas da garota deixando-a nua. O espírito se aproximou da jovem afastando os trolls. Ele estuprou a princesa, e depois do ato doloroso a princesa estava em estado de choque. Então a terra debaixo dela começou a virar um liquido preto dissolvendo a pele da garota, matando ela aos poucos, depois insetos entravam pela boca dela e saiam. Os gritos da jovem se escutavam por toda a floresta. Depois de tudo, a princesa morreu e a terra engoliu seu corpo.

Depois de anos, o vilarejo ainda escuta os gritos da garota ecoando pela floresta. O rei se lastima por não ter dado mais atenção a sua filha, e ele definha sob o trono a espera de sua filha desobediente volte para casa.


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Notas finais do capítulo

Espero que gostem ♥