VINGATIVOS escrita por Duuh Campos


Capítulo 10
Último Plano


Notas iniciais do capítulo

Gente, esse é o penúltimo capitulo dessa temporada de Vingativos. Estou pensando em fazer outras já que essa história foi bem curta. Mas é que gosto de fazer histórias curtas para não cansar o leitor, e também uma história de vingança não pode se prolongar demais para não virar uma coisa chata e repetitiva. Mas fico muito feliz com quem está acompanhando e posso dizer que talvez tenha a segunda temporada.



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  Abri os olhos lentamente, tudo estava embaçado mas aos poucos a visão foi melhorando. Eu olhei para meu corpo, estava deitado em uma pequena cama, estava sem camisa e com uma faixa enrolada no peito, não estava vestindo as mesmas calças, essas eram de outra pessoa, o lugar era simples, as paredes com pinturas desgastadas e o teto simples mostravam que era uma casinha de pessoas humildes. Me esforcei para levantar, senti uma mão no ombro fazendo eu me deitar novamente.

— Acho melhor ficar deitado - Falou uma voz masculina, olhei para o lado e lá estava o garoto, agora vestindo uma camisa branca e com o rosto ainda mais lindo pela luz do sol que o iluminava

— Onde estou? Quem é você? - Perguntei com a voz ainda fraca

— Meu neto encontrou você enquanto nadava no rio ontem, trouxe você pra cá, vimos que estava ferido e ajudamos - Falou agora uma senhora de idade que se sentou do meu lado em um velho banquinho.

  A mulher tinha cabelos brancos, tinha a aparencia de uma avó, sua pele bem enrugada tinha um olhar doce, seus olhos castanhos eram bonitos. Ela segurou minha mão assim que terminou de dizer isso, depois passou pelo meu cabelo

— Obrigado, eu devo a minha vida a seu neto - Disse isso olhando para o rapaz que continuava calado atrás da senhora

— O que foi que houve meu filho? Você se envolveu com drogas? - Perguntou a senhora com aquela voz doce

— Não, eu me envolvi com vingança.

— Não quero que se explique meu filho, mas a vingança nem sempre é o caminho. Todo o mal que fazemos uma hora volta pra gente mesmo. 

— Eu já compreendi isso, obrigado por terem me ajudado

— Tudo bem, agora onde você mora? Nós pedimos um táxi para levar você pra sua família, eles devem estar preocupados

— Eu moro apenas com meu amigo, não tenho família 

— Bom, então Kai vai te acompanhar até sua casa

— Obrigado, mesmo - Falei beijando a mão da senhora que tanto me ajudou, mesmo sem me conhecer

  Em poucos minutos o táxi estava ali, foi difícil entrar no carro ainda sentia muita dor, mas Kai o rapaz que havia me salvado me ajudou e me amparou pelos braços, ele era bem forte senti seus músculos quando me apoiei nele. Entramos no carro e eu passei meu endereço para o motorista, saindo daquele lugar notei que estava em um sítio, chegamos em casa Kai me ajudou a sair do carro e me acompanhou até o meu apartamento. Assim que Nolan abriu a porta e me viu ele ficou desesperado, Kai me colocou no sofá e depois se despediu, foi a única vez que eu ouvi sua voz, eu agradeci outra vez o rapaz, ele apenas acenou e sorriu.

— O que aconteceu com você? Henry eu não dormi a noite toda, meu Deus quem foi que te fez isso? - Nolan perguntava sem dar pausas

— Calma Nolan, eu vou te contar tudo só deixa eu fazer uma ligação antes ok - Falei respirando devagar, meu peito ainda doía

  Nolan pegou o telefone e me entregou, eu liguei para o número dos Mikaelson. A senhora Mikaelson atendeu depressa.

— Henry? - Ela disse antes mesmo de eu dizer algo

— Senhora Mikaelson, eu sei de tudo, eu sei que a senhora é minha mãe, porque você não me contou tudo isso antes? - Falei sem rodeios

— Eu vou na sua casa, te explicarei tudo o que precisa saber - Ela disse e desligou o telefone

  Depois eu contei tudo o que aconteceu a Nolan ele estava aflito, mas ficou mais tranquilo depois que eu terminei, ele me deu um abraço leve por causa do meu ferimento, depois deitou sua cabeça em meu colo. 

— Quero tomar um banho, preciso da sua ajuda - Falei

— Será um prazer - Respondeu Nolan sorrindo

  Ele me ajudou chegar ao banheiro, depois foi tirando minha calça, era a única coisa que eu estava vestindo no momento, nem mesmo estava de cueca, Nolan colocou uma cadeira em baixo do chuveiro e eu me sentei na cadeira, depois ele ligou a ducha, eu estava com pontos no ferimento no meu peito, a senhora disse que foi enfermeira, ela realmente me ajudou. Nolan começou a tiras suas roupas, ele estava na minha frente, tirou primeiro a camisa, eu nunca tinha visto ele nu, seria a primeira vez e eu estava gostando, ele tinha uma barriga sexy, depois tirou a calça e ficou de cueca, era uma cueca branca que estava com um volume enorme. Nolan tinha pernas muito grossas ele aproximou de mim e começou a passar sabonete nas minhas pernas, depois foi subindo e passando pelas minhas partes íntimas, eu fiquei muito excitado. Então ele começou a passar a mão bem leve no meu pescoço eu me arrepiei todo, depois disso Nolan tirou a cueca e se sentou no meu colo, meu peito ainda estava doendo mas naquela hora o prazer era maior, nós aproximamos nossas bocas, eu não resistia aquela pequena e vermelha boca de Nolan e o beijei, estávamos beijando em baixo da água do chuveiro que caia sobre nós. Ficamos por um bom tempo nos beijando, Nolan tomava todo cuidado, depois que o banho terminou, ele me ajudou a me vestir e eu me deitei na cama. 

— Pena que você está machucado, eu estava morrendo de vontade de transar - Falou Nolan enquanto se trocava na minha frente

— Logo eu vou estar bem - Falei sorrindo, eu já estava vestido na cama

— Vou preparar algo para você comer - Nolan disse issi, se aproximou deu um selinho em mim e foi em direção a cozinha. Eu liguei a TV e fiquei assintindo uma série que na verdade não era muito interessante. Logo Nolan voltou acompanhado da senhora Mikaelson, ele nos deixou a sós e voltou a cozinha

— O que houve com você? - Perguntou ela, se sentando na beira da cama

— Seu filho adotivo, isso que houve - Falei ainda com raiva

— Cody é um bom menino, ele não faria isso

— Você não o conhece então 

— Não Henry, você que não o conhece - ela falou em voz alta

— Então me explica tudo isso?

— Há muitos anos, seus pais eram nossos melhores amigos, você conheçe a história, mas ainda falta coisas que não foram contadas, eu tive um caso com seu pai, ele amava sua mãe mas foi um dia que eles se desentenderam e nós estávamos em uma festa todos bêbados. Então eu fiquei grávida, Robert não aceitou muito bem então tive que dar você a Sara, ela criou você como filho dela, e eu adotei outra criança porque sofri muito quando entreguei você. Pensei que tudo estava voltando ao normal, mas claro que Robert queria se vingar, ele então dormiu com a Senhora Di Laurentis, ela também ficou grávida e teve de entregar o bebê. Foi quando um funcionário da empresa que seus pais e nossas famílias criaram descobriu uma fraude, os Di Laurentis estavam ficando com o lucro, eles acusaram os Pierces, seus pais então eles fugiram, nós também acusamos eles e ganhamos dinheiro em troca, coisa que você conseguiu tirar de nós. 

— Mas Cody contou uma história diferente - Falei apreensivo ouvindo toda essa história novamente

— Nós enviamos Cody a sua empresa para que ele te vigiasse, isso é verdade, mas ele se apaixonou por você. Quando ele disse isso ao pai dele, Robert quase teve um treco, foi então que ele contratou Fred, e pediu a Fred ameaçar Cody dizendo que me mataria e também mataria você. Então Cody fez tudo o que Fred pediu, mas o que Robert não esperava era que Fred o trairia e pegaria todo nosso dinheiro, ele era um louco maniaco assassino, abusava de Cody, queria o levar embora com ele, por isso fez Cody inventar toda aquela história pra você. 

— E onde está Cody? - Perguntei aflito

— Ele está internado, estava fora de si, Fred sumiu depois que atirou em você, Cody ficou lá gritando seu nome, quando chegamos ele já tinha perdido a razão. 

— Quero vê lo 

— Você ainda não pode sair de casa mas quando puder eu te levo, ainda bem que está vivo, por isso fiquei feliz ao ouvir sua voz, se você está vivo há uma boa chance dele melhorar, se ele souber que você está bem.

— Eu queria dizer que sinto muito pelo que fiz a vocês, mas eu não sinto

— Você tem todo o direito - Disse a senhora Mikaelson, em seguida ela me deu um abraço depois saiu

  Nolan a acompanhou até a porta e depois voltou a meu quarto. ele se deitou próximo a mim e nós ficamos assim o resto do dia. ele quis tocar no assunto mas resolvi deixar de pensar nisso ao menos por agora. 

1 Semana depois

  Eu já estava totalmente bem, não tinha cicatrizado muito ainda mas já estava bem melhor e sem os pontos. Eu fui ao trabalho, Nolan me acompanhou, deixei tudo certo e organizado, eu tinha me decidido iria deixar um representante na empresa e voltaria a viver no interior. Eu voltei a essa cidade para conhecer o passado de meus pais, finalmente eu descobri tudo, descobri até que eles na verdade não eram meus pais, mas meu amor por eles ainda era o mesmo. 

  Nolan ainda estava chateado comigo, pois des da visita da senhora Mikaelson eu não voltei a beija lo, nem mesmo a fazer nada. Assim que terminei tudo no trabalho fui até a clínica visitar Cody. Era a primeira vez que eu veria o garoto, estava ancioso para vê lo, ainda mais depois de saber que tudo o que ele fez foi pra me ajudar, eu sempre soube que ele não queria me matar e que ele também me amava. Assim que cheguei na clínica a mulher que já estava acostumada a me ver ali me levou até o quarto onde ele estava.

— Cody - Falei ao entrar no quarto e ver o rapaz, seus lindos cabelos estavam despenteados, sua pele estava ainda mais clara pela luz branca, ele me olhou de canto em seguida começou a suspirar cada vez mais rápido

— Henry, me... me... perdoa. - ele gaguejava 

— Está tudo bem Cody, vem - Falei me sentando no chão perto onde ele estava agachado

  Cody correu e me abraçou, ele me apertava tão forte que eu mal conseguia me mover. Depois ele olhou nos meus olhos e sorriu, des da primeira vez que eu vi Cody Mikaelson entrar em meu escritório eu nunca esqueci aquele sorriso e aquela boca vermelha como morango que eu tanto desejava. Eu não resisti e o beijei ali mesmo, senti na hora um gosto de remédio mas mesmo assim aquele foi o melhor beijo que eu recebi depois de todos aqueles dias. 

— É verdade que você me ama? - Ele perguntou em uma pausa do beijo

— Eu te amo - Falei em seguida dei um selinho rápido

  Cody segurou meus cabelos e me puxou para outro beijo intenso. Ficamos um bom tempo ali nos beijando. Depois nos sentamos e conversamos, finalmente contei tudo a ele, ele também se explicou mas eu já sabia de boa parte. 

— Então você vai embora? - Perguntou Cody com a voz tremula

— Eu já terminei o que vim fazer aqui, não consigo me acostumar a essa cidade grande mais, preciso voltar aos meus amigos, a minha antiga vida - Falei segurando a mão de Cody

— O que eu vou fazer sem você? 

— Mas como eu poderia te deixar? você vai comigo é claro, nunca mais vou deixar você, nunca - Falei em seguida dei outro beijo no rapaz

  Eu expliquei que sua mãe iria tira lo dali, então me despedi e disse que voltava para o buscar. A mulher entrou na sala, disse que o tempo de visita tinha acabado, então eu sai. Depois entreguei um papel a mulher, ela aceitou e disse que eu poderia buscar uma pessoa. então fui até a sela onde essa pessoa estava.

— você? - Disse o rapaz com espanto

— surpreso? - Falei andando em direção ao rapaz

— Eu vim me despedir, vou voltar ao interior

— E o que? veio chutar cachorro morto, pisar mais ainda em cima de mim? 

— Não, eu não posso ir embora sem terminar minha vingança. Eu vim para levar você comigo, Di Laurentis conhece? Aqueles seus pais que te trancaram aqui

— Então você quer minha ajuda para acabar com eles? 

— Não, eu não precisaria da sua ajuda, consegui provas de que eles mataram uma pessoa, ouvi isso uma vez e investiguei muito. Mas é claro que eu quero que você vá a esse evento para que toda sociedade saiba quem são os Di Laurentis

— Eu farei isso com o maior prazer

— Então vamos, precisamos de uma roupa muito elegante pra você, afinal você é Matt Di Laurentis,

  Eu sai da clínica com uma permissão que havia conseguido. Sim eu ainda não tinha terminado, depois de tudo o que eu fiz eu não poderia ser fraco justamente com as pessoas que mais mereciam essa vingança. Os Di Laurentis, meu sorriso no rosto mostrava a minha alegria em terminar de uma vez por todas com aquelas pessoas que destruiram meus pais e que acabaram fazendo de mim um Vingativo...

  


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Notas finais do capítulo

Esse é o penúltimo capitulo, em breve o último
Se você acha que merece uma segunda temporada, deixe sua opinião nos comentários. Obrigado



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