De Corpo e Alma escrita por Regina Rhodes Merlyn


Capítulo 12
Interferências part.II


Notas iniciais do capítulo

Boa noite,boa tarde,bom dia! De volta depois de um breve interalo....Gerenciar três fics é punk! Pois é...agora são três bebês pra cuidar! Sendo que uma entrou na reta final!!
Vamos a mais um cap. Boa leitura.
Bjinhos flores e não esqueçam de deixar seus rewiews.

P.S: USC-Amor e outras confusões...se puderem,deem uma olhada lá!



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"Tão natural quanto a luz do dia,

mas que preguiça boa,me deixa aqui a toa;

Hoje ninguém vai estragar meu dia;

Só vou gastar energia pra beijar sua boca..."

Céu Azul

Charlie Bronw Jr.

 

Vejo Sarah mexer na comida de uma lado para o outro do prato,percebendo que está tão incomodada quanto eu.

—E então,nenhum dos dois está de plantão hoje? - questiona meu pai sentado na cadeira ao lado da minha,olhando de mim para ela,auternadamente.  Respiro fundo,buscando calma, antes de responder.

—Não. Não estamos . -confirmo,seco. -E o senhor,que faz aqui? Não é o tipo de lugar que goste de frequentar. - o encaro.

—Não mesmo.- confirma, sem remorço algum- Mas sua irmã tem essas ideias de buscar artistas nesses lugares....-o interrompo

—Claire está aqui? São negócios então? -pergunto erguendo a sobrancelha.

—E como ela é uma sonhadora ingênua,tenho que tomar as providências necessárias para evitar que algum aproveitador tire vantagem -continua,ignorando minha pergunta --Por isso convidei Joanne para me acompanhar nessa empreitada. Afinal,ela é minha...Nossa advogada. Do grupo Rhodes,digo -informa - A quanto tempo se formou senhorita Reese?- pergunta de repente. Sarah ergue os olhos do prato.

—Ainda não me formei. Estou no quarto ano. -responde.

—Uma estudante! -se vira para mim com uma expressão indecifrável.

—Vocês estão,por acaso,dormindo juntos? Estão tendo um caso? - dispara a mãe dela,encarando-a,parecendo irritada.

Surpresos,nenhum dos dois consegue falar nada de imediato. Antes que consigamos dizer algo,meu pai intervém.

—Por que a irritação Joanne? Metade das mães da cidade soltariam rojões em saber que a filha está indo pra cama com meu herdeiro .-diz ,sarcástico.

—Agora já chega!! - me irrito,soltando o talher que segurava no prato ruidosamente - Em primeiro lugar,até onde me lembro, Não sou mais Seu herdeiro.-lembro-o - Deixou isso bem claro quando fui embora. Em segundo lugar,nenhum de nós deve satsfações a vocês sobre o que fazemos ou deixamos de fazer em nossa folga....-sou interrompido pela chegada de minha irmã acompanhada de um jovem e,para minha surpresa,de Samantha Zanetti.

—Connor??  Que faz aqui?? -questiona Claire,correndo os olhos pela mesa se detendo em Sarah.

—Seu irmão e a senhorita Reese aqui, estavam almoçando juntos quando eu e Joanne chegamos. -diz - À propósito,ela é filha de Joanne,não é uma enorme coincidência?

—Muita!! - escuto Samantha dizer,olhando de mim para Reese.

—Me lembro de você,no hospital. Nos vimos algumas vezes pelo corredor e no quarto de Rod -lembra minha irmã,dando um sorriso amável.Sarah lhe retribui,timidamente.

—Voltando ao assunto,por mais que tenha apreciado sua defesa meu caro,espero que minha filha me responda.- retoma Joanne Reese -Quanto a sua observação Cornelius,faço parte da outra metade que não soltaria rojões em saber que a filha está dividindo a cama com seu filho! - dispara mais uma vez.

—Vocês estão juntos? -perguntam ao mesmo tempo Samantha e minha irmã,uma demonstrando surpresa e irritação, a outra surpresa e incredulidade.

—Eu realmente não lhe devo satisfações,mãe .-responde Sarah,e, se levantado da mesa - Se me dão licença,perdi a fome. - começa a caminhar em direção a saída.  Me levanto,seguindo-a.

—Sarah. Sarah !-chamo. Ela prossegue caminhando sem me dar atenção. A alcanço já do lado de fora,segurando-a pelo braço,virando-a para mim. Percebo que está prestes a chorar. Tento abraçá-la,mas ela me afasta -- Espere aqui. Vou pagar a conta e já volto. Não vá embora. Me espere aqui,ok? - peço,mas vendo que ela hesita,aceno para a atendente pedindo que venha até nós.

—Por favor,poderia fechar a conta da mesa vinte e trazer a maquineta até aqui? Minha namorada não está se sentindo bem e não quero deixá-la sozinha.

—Claro.Só um minuto. - diz entrando no restaurante.

—Não precisava mentir nem me segurar.Não vou fugir! - reclama visivelmente irritada.

—Não acredito e não menti - respondo,recebendo a nota da atendente. Passo o cartão e após finalizar o pagamento,nos encaminhamos para o carro- Ninguém vai estragar nosso dia! -digo decidido.

Seguimos lado a lado, em silêncio,até o local onde estacionei. Entramos,dou partida e saímos. Rodo alguns minutos sem saber exatamente onde poderia ir.Não quero deixá-la sozinha. Não quero ficar sozinho. Ligo o rádio a fim de quebrar o silêncio.  De repente,me vem uma ideia. Faço o retorno e sigo em direção a zona portuária. Sigo até uma enseada mais distante e tranquila onde poderíamos caminhar à beira mar um pouco e conversar. Estaciono próximo aos quiosques. Sarah me olha interrotivamente.

—Não sei você,mas ainda estou com fome !-  anuncio e vejo um sorriso discreto surgir em seu rosto - Vamos. Um suco,um sanduiche,um sorvete,qualquer coisa serve.Ou tudo .- seu  sorriso aumenta,o que me deixa mais leve e alíviado.

Sentamos no primeiro quiosque perto do local onde estacionei. Olhamos o cardápio e pedimos. A tarde já se inicia. Em um local próximo,um pequeno grupo se reune ao redor de um palco improvisado onde um trio se apresenta.   A música é suave,agradável, um convite ao relaxamento. A garçonete traz nossos pedidos. Comemos em silêncio.  Olho distraído o horizonte.

—O que há entre você e seu pai? -escuto-a perguntar e me viro para encara-la. -Não que seja da minha conta,mas....-reflete um pouco,um leve riso no canto da boca - E eu achando que era a única a ter dificuldade de relacionamento com os pais!!  A mãe,no caso.

—Entre mim e meu pai existe bem mais do que uma dificuldade de relacionamento,acredite - anuncio ,amargo-- Meu pai tomou por missão,depois da morte de minha mãe,fazer da minha vida um inferno. -prossigo após alguns minutos -- A tal ponto que precisei ir embora,sair não apenas de casa,de perto dele,mas do país.  Só que ao fazer isso,perdir o amor de minha irmã também. Claire me odeia por tê-la abandonado.

—Não acho. - diz-- Vi a forma carinhosa como te olhou agora a pouco. E lá no hospital a vi várias vezes,quando vai visitar o amigo de vocês,observando você,discretamente. Ela pode estar magoada mas não acho que te odeie.-afirma

—Quero realmente acreditar nisso.-  sorrio com o canto da boca - E você,qual a história com sua mãe,que,diga-se de passagem,me pareceu tão simpática quanto meu pai! .-observo.  Ela respira fundo antes de me responder.

—Entre outras coisas,escolhi o curso errado.- fala - Pra muitos pais,medicina seria uma carreira tão boa quanto advocacia e igualmente respeitável. Pra minha mãe não. - vira o rosto tentando esconder uma lágrima --Desde que me decidi pelo curso  nossa relação,que já não era das melhores,piorou bastante.-nova pausa -- Minha mãe gostaria que seguisse não apenas sua carreira mas que,assim como ela,arranjasse um "bom partido" -faz aspas com os dedos no ar - ,me casasse e tivesse uma vida confortável...e chata! -franje o nariz em uma careta.

—E pelo visto ela não me considera " um bom partido" -digo,fazendo-a rir.

—É o que parece - concorda,ainda rindo. Depois fica séria- Por que disse que não mentiu quando falou que eu era sua namorada? - questiona.

—Porque é verdade - respondo - Ou pelo menos pretendo que seja,muito embora não tenha pedido oficialmente. Mas acredito que se o fizer,sua mãe é capaz de mandar me prender e jogar a chave fora! - brinco.

—E seu pai me condena a cadeira elétrica por estar tentando dar o golpe do baú! - diz e ambos acabamos rindo.

—Então,talvez seja melhor deixar que pensem...-paro --Seja lá o que estiverem pensando...-dou de ombros,ainda rindo. Sarah concorda com um aceno,também rindo.

"...Vamos viver e cantar,não importa qual seja o dia..Vamos viver,vadiar,o que importa é nossa alegria.."

Terminamos o sorvete que havíamos pedido, nos levantamos,coloco meu braço em sua cintura,ela coloca o seu em meu ombro e começamos a caminhar pela calçada indo até o pier onde nos juntamos as outras pessoas e casais que observam o por do sol. Encostado na mureta,puxo-a para mais perto,beijando-a em seguida,aproveitando cada minuto daquele final de tarde tranquilo em sua companhia.

 

".....Mas tambem quero te mostrar,que existe um lado bom nessa história;

Tudo que ainda temos à compartilhar,

E viver, e cantar,não importa qual seja o dia;

Vamos viver,vadiar,o que importa é nossa alegria...

Tão natural quanto a luz do dia...."

 

 

 


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado.
Bjinhos flores.



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