A Dor No Desejo escrita por reginapriestly


Capítulo 13
vermelho é a cor mais viva.


Notas iniciais do capítulo

Oi gente, eu não sabia que tinha tanta gente lendo... Até no twitter me acharam. haha
Enfim, não consegui responder todo mundo mas eu li tudo e fiquei muito feliz de saber que vocês gostam da história etc.
Eu geralmente demoro mais a atualizar mas vocês me inspiraram então aqui está.
Desculpem pelos erros.
PS: não me matem.



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Quando Regina voltou a si, ela estava sentada no canto do sofá de seu escritório, as duas mulheres ao seu lado com semblantes preocupados. A pressão dos acontecimentos do dia anterior finalmente havia tomado conta de si e a morena não pode segurar mais seus sentimentos.

“Eu-“ Ela respirou fundo. “Estou bem.” Disse se desvencilhando das loiras. Levantou e por um segundo teve de parar, sua mente girou e seus olhos se arregalaram. Talvez tenha se levantado rápido demais.

‘’Regina,” Miss Swan se dirigiu delicadamente, ainda sentada, mas Mal a interrompeu se levantando e parando ao seu lado.

“Nós precisamos conversar...” Ela sussurrou como quem não quisesse que a outra mulher presente ouvisse. “Eu-“ suspirou, “Eu sei que eu errei... Eu fiz tudo errado” Seus olhos imploravam pelos da morena. “E vir aqui assim...” Balançou a cabeça. “Eu estou errada mas nós precisamos conversar. Conversar de verdade.”

A postura da loira mais velha era suplicativa, seus ombros caídos indicando para Regina, que a conhece como ninguém, de sua sinceridade. A morena suavizou sua expressão.

“Miss Swan,” Regina disse ainda encarando a esposa. “Você faria o favor de me esperar lá fora por alguns segundos?”

Emma se levantou, uma fúria silenciosa em seus olhos mas nunca direcionado à empresária. Ela abriu a boca como quem fosse contestar mas Regina foi mais rápida.

“Emma-“ Ela suspirou em sua direção e loira se derreteu.

“Eu vou estar logo ali fora.” Disse firmemente e esperou pela confirmação de que suas palavras foram ouvidas e entendidas. A morena assentiu e ela se dirigiu à porta, mas não sem antes jogar um último olhar mal criado em direção à outra loira na sala.

Quando o barulho da porta batendo ecoou pela sala, Regina se segurou para não pular em resposta ao súbito som e Mal apenas a encarou.

“Até quando nós vamos fazer isso, meu amor?” Ela perguntou e Regina deu os ombros. Na relação das duas ‘’isso’’ poderia ser diversas coisas diferentes.

“Isso o que?”

Mal bufou. Seus passos largos agora preenchendo o silêncio da sala. Passou a mão pelos seus cabelos loiras, hoje estranhamente soltos em uma bagunça.

“Isso...” Ela suspirou, “Esse seu jogo frio, essa sua mascara de indiferença que todo mundo sabe que é mais uma farsa, como sua querida amante viu hoje.”

Regina semicerrou seus olhos.

“Olhe pra você, Regina.” Mal gesticulou em sua direção e a morena não pode se conter e realmente se olhou no espelho.

Ela estava irreconhecível. Seu rosto vermelho e inchado de tanto chorar que junto com a, ainda visível, marca do tapa deixado pela mulher na sua frente a faziam parecer como se tivesse sido atropelada por um caminhão.

“Você é uma bagunça...” Ela balançou a cabeça. “E hoje você deixou todo mundo ver isso.” A loira parou atrás da empresária e as duas se encararam através do espelho. “Hoje você deixou sua querida Miss Swan ver você pelo o que você realmente é.” Ela continuou.

Regina baixou os olhos e sentiu a mão da esposa afastando seu cabelo do seu pescoço enquanto abaixava sua cabeça.

“Mal-” Regina disse firme mas a mulher balançou a cabeça em sinal negativo. Sua respiração bem próxima a pele da morena.

“Eu te amo, Regina.” Ela sussurrou em seu ouvido. “Eu amo a sua bagunça.” Riu secamente. “Aquela mulher lá fora, para não chamá-la de outra coisa, ela não te ama.” Regina levantou seus olhos para protestar, de nada interessava a ela se Miss Swan sentia ou não algo por ela.

“Ela nunca irá te amar.” A loira continuou, seus corpos tão colados que se alguém as visse pensariam que estavam trocando juras de amor.

Regina nunca se sentira tão fria quanto nesse momento. Encarando à si mesma no espelho, a pouca maquiagem que tinha borrada e com sua esposa a envolvendo por trás como um vampiro faria com sua presa.

Como ela fora tão cega?

“E quem disse que eu quero o amor dela?” Regina cuspiu de volta, agarrando-se ao braço da mulher que a envolvia pela cintura. Encostou sua cabeça no torso da loira, fechou os olhos e suspirou.

“O que nós tivemos foi bom, Mal” Ela disse suavemente e sentiu a esposa apertar seu abraço em resposta. “Foi bom por um tempo... Foi bom enquanto bom era o suficiente.” Ela balançou a cabeça. Era isso que tanto temia, que tanto adiava. Essa situação era o porquê de ter ficado esse último ano apenas engolindo e aceitando.

Mal a soltou e a morena se virou lentamente.

“Você está realmente disposta a jogar um casamento de ANOS no lixo por uma vagabunda qualquer que você conheceu a menos de uma semana?”

Regina balançou a cabeça.

“Eu não estou fazendo isso por ninguém além de mim mesma.”

Mal engoliu seco, seus olhos perfuravam os da morena e Regina podia ver determinação e raiva brilhando lá dentro.

“Não-“ Ela se negou. “Não .” A loira avançou em sua direção, uma de suas mãos na sua cintura e a outra no seu pescoço onde segundos atrás sussurrando. Se aproximou e suas respirações se misturaram, Regina levantou o olhar e franziu ao ver uma lágrima solitária caindo pelo rosto da esposa. Isso não era o que ela queria.

Baixou os olhos para a boca pintada de rosa claro, tão perto da sua que apenas um movimento se tocariam em uma explosão. A morena respirou forte fazendo com que a mulher na sua frente também o fizesse.

Mal se afastou.

A loira engoliu seco e se virou de costas para Regina.

“Mal-“ A empresária começou mas a mulher levantou uma mão em sua direção, um sinal para que ela não falasse nada.

Por alguns segundos o silêncio reinou. Regina mordia os lábios por não poder ler o que se passava na cabeça da loira. Aproximando-se, ela levantou a mão como quem fosse encostar na mulher à sua frente mas a deixou cair no meio do caminho.

Mal finalmente se virou.

“Você está cometendo um grande erro, anjo.” Ela disse suavemente e Regina franziu a testa. Não, ela-

“Eu sei que você pensa que está fazendo o certo” A loira continuou. “Você pensa que está fazendo isso por você...” Ela balançou a cabeça.

“Mas eu-“ Limpou a garganta. “Eu entendo.” Ela riu tristemente.

“Eu entendo e sofro pois eu te conheço como ninguém, Regina. E eu sei que você vai sofrer com essa decisão.” Mal se aproximou e Regina podia sentir o calor emanando da esposa. A loira se virou e pegou sua bolsa que estava ao lado da mesa, passando a mão por seus cabelos ela suspirou.

“Você acha que conhece essa mulher? Essa... Emma Swan?” Regina franziu os lábios em resposta à menção da loira do lado de fora. Mal balançou a cabeça mais uma vez.

“Quando você a ver pelo o que ela realmente é, me procure. Eu esperarei.” Com seu dedo indicador, a loira acariciou a face da morena e por um segundo seus olhos se encontraram. “Eu sempre a esperei... E eu sempre irei esperá-la.”

E assim Mal se dirigiu às portas duplas que ligavam seu escritório à saída. Regina não olhou em sua direção, ela não era tão fria a ponto de conseguir assistir a loira andar para longe de si. Seu peito doía e ela teve que se sentar na cadeira de visitas por alguns segundos para recuperar sua respiração.

E sentada ela ficou até que uma batida tímida na porta a tirou de sua perplexidade. Ela se virou e viu cabelos loiros se posicionando para dentro das portas e por um segundo achou que fosse Mal novamente, piscou quando viu quem era de fato.

Emma.

A morena havia quase se esquecido da mulher a esperando do lado de fora. Balançou a cabeça e se levantou, fazendo um gesto com as mãos, permitindo a entrada da loira. Ela não sabia muito bem o que sua conversa com Mal tinha realmente significado. Iriam se separar? Regina estava pronta para isso? Iriam dar um tempo? Seria isso suficiente? O que quer que fosse, Regina franziu a testa, a fazia não se sentir culpada de deixar a mulher, ainda parada na frente da porta, entrar.

“Sente-se, Miss Swan.”

Regina parou de pé ao lado da cadeira enquanto Emma vinha em sua direção.

“Está tudo bem?” A loira começou. “Ela fez alguma coisa?”

Regina negou com a cabeça e se virou, fitando o corredor lá fora, sua secretária correndo para atender o telefone, provavelmente alguma crise acontecera, afinal, hoje estava sendo um dia de cão para a morena.

“Mal e eu não estamos mais juntas.” Ela disse firme, as palavras fugiram de sua boca sem seu consentimento ou conhecimento. Sua mente definiu o momento por si só e por um segundo Regina respirou aliviada. Seus olhos se encontraram com os da loira sentada na cadeira. Um olhar de choque, culpa e dor presente nos olhos verdes de Miss Swan.

“Vocês não podem se divorciar.” Emma sussurrou e Regina teve que forçar os ouvidos para entender.

“O que, querida?” Ela perguntou incrédula. “Acho entendi errado pois acabei de ouvir você dizer que eu não posso me separar?”

Emma balançou a cabeça e fugiu de seu olhar.

“Eu sinto muito, mas vocês não podem se separar.” Ela continuou firme e por dois segundos tudo ficou estático.

E então Regina viu vermelho.

 


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Notas finais do capítulo

Não esqueçam de me dizer o que acharam.