A Dor No Desejo escrita por reginapriestly


Capítulo 10
ainda são oito horas?


Notas iniciais do capítulo

OLÁ.
Primeiro de tudo, não me matem.
Segundo, eu queria agradecer à Helena (@dxvilpray) por me ajudar com esse capítulo, e essa história em geral. E por ser mais sádica que eu, fazendo com que todos sofram mais um pouco.
Terceiro, aproveitem o capítulo e me sigam no twitter (@regalannister) para ficar por dentro das atualizações etc...

PS; Queria dizer que eu amo todos os comentários que vocês estão deixando, eu não sei se consegui responder todo mundo mas eu li todos. Obrigada gente.



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Regina estava beijando ardentemente a mulher embaixo de si, línguas se entrelaçando como em uma luta enquantos mãos livres percorriam lentamente suas curvas. A morena não pode segurar o gemido que a escapou quando segurou o peito de Emma por cima de suas roupas. Porque será que ela estava usando tantas roupas? Mordendo os lábios da loira, Regina passou sua mão pela extensão de seu corpo, fazendo com que passasse por baixa da blusa ridícula que Miss Swan estava usando. Sua mão fez contato com a pele macia da mulher e ela arranhou delicadamente o abdomen da loira, fazendo com que ela gemesse baixinho.

Ela sentiu Emma se movendo embaixo dela, tentando se afastar dos lábios da morena, mas Regina se recusou a se desvencilhar. Segurando firme, ela respirou fundo e atacou mais uma vez os lábios da loira, fazendo com ela gemesse mais alto agora. Cravando as suas unhas na pele macia Regina se moveu, ajustando sua posição para ficar entre suas pernas, criando um ritmo delicioso entre os dois corpos. Emma jogou sua cabeça para trás, conflito presente em seus olhos. Ela podia ver que algo não estava certo com Emma. A loira colocou a mão no torso de Regina, tentando clarear sua própria mente, seus olhos cheios de luxúria com uma pitada de dúvida.

“Re- Regina, para, pera um pouco” Ela falou, sua voz esbanjando desejo, seu olhar direcionado ao teto, fugindo dos olhos castanhos da morena.

Regina se afastou, completamente irritada.

“O que? O que foi agora, Miss Swan?”

“Wow, nós estamos na cama nos beijando e você não consegue me chamar de Emma?” A loira disse rindo disfarçadamente.

“Eu te chamo do que você quiser se a gente continuar...” Regina disse com malícia, seus dedos acariciando a coxa da mulher ao seu lado, fazendo com que Emma fechasse os olhos por um segundo antes de se recompor.

“Eu pensei que seria capaz de fazer isso mas não sou.” A loira murmurou baixinho, tão baixo que Regina teve que se esforçar para ouvir.

“Isso?” Ela bufou. “O que é, Em-ma, é seu primeiro programa ou algo assim?” A morena riu e Emma desviou o olhar.

“Claro que não, Regina.” Ela disse sem graça, fitando a parede, fazendo com que Regina pausasse por um minuto, e se fosse?

“É só que...” Emma agora se virou em sua direção, a olhando nos olhos.  “Você está nervosa, acabou de brigar com a sua esposa... Não quero que faça nada do que vai se arrepender.”

“Arrepender?” Regina a fitou, a raiva e frustação, que estavam sendo acumuladas dentro de si, ameaçando aparecer. “Hoje mais cedo, você não estava nem um pouco preocupada, Miss Swan.” Regina se levantou.

“Se me lembro bem, tudo o que importava era o quanto eu iria lhe pagar.” Ela foi até sua bolsa, procurando cegamente por sua carteira.

“É dinheiro que você quer?” Ela cuspiu as palavras enquanto seus dedos finalmente agarravam o objeto que procurava. “Pagamento adiantado?” Regina segurou o bolo de notas que sempre carregava consigo para emergências, além obviamente dos quatro cartôes em seu nome, mas ela não achara que a loira aceitaria o pagamento no débito. Ela riu para si mesma.

“Aqui...” Ela disse sedutoramente, passando o bolo de dinheiro no pescoço da loira enquanto se sentava no colo da mulher. Sua saia subindo absurdamente para que suas pernas pudessem circular a cintura de Emma. Ela podia sentir o calor emanando de seu próprio sexo, apenas uma calcinha preta de cetim o protegendo.

Antes que Regina pudesse falar mais alguma coisa, ela viu algo brilhar nos olhos claros da mulher, e apenas sentiu o impacto do chão batendo em suas costas com força. Dinheiro se espalhou pela cama mas nenhuma das duas notou.

Chocada, Regina levantou a cabeça, olhando na direção da mulher ainda sentada na cama. Emma tinha as duas mãos em sua boca em um gesto de surpresa, seus brilhando com arrependimento e choque por ter empurrado a morena de seu colo. As duas se encararam por alguns segundos.

Será que hoje era o dia de bater na Regina e ninguém a havia avisado?

Silêncio reinava no quarto e Regina fez um movimento para se levantar, tentando encontrar alguma coragem que ainda tinha dentro de si. Seus olhos cheio de incertezas.

Apesar de tudo, ela conhecia Mal. Ela sabia aplacar sua raiva e ceder à seus desejos se fosse necessário, mas a mulher na sua frente, apesar de aparentar chocada com sua próprias ações, olhos brilhando com lágrimas não derramadas, essa mulher Regina não conhecia. Regina não sabia do que ela era capaz.

Emma se levantou, uma mão estendida para ajudar a morena a se levantar mas Regina a ignorou, cambaleando para a poltrona no canto da cama.

“Eu... Regi-“ Ela balançou a cabeça. “Regina, meu Deus, me desculpe, você apenas me assustou e eu..”

“Poupe-me” Regina bufou, tentando controlar seu orgulho, que não era a única coisa que foi ferida nesse dia.

“Regina,” A loira se ajoelhou no chão na sua frente. “Eu... Foi uma reação automatica, eu juro que não queria... Você se machucou? Me deixa ver...” Emma levantou uma mão em sua direção mas Regina deu um tapa em seus dedos, fazendo com que a loira as recolhesse no mesmo momento.

“Eu não quero ouvir, Miss Swan.” Ela sussurrou, suas palavras carregando um peso tão grande que eram tão impactantes se ela as tivesse gritado. “Saia.”

“Regina...” Emma tentou.

“Miss Swan,” Regina finalmente a olhou nos olhos. “Eu acho que os ânimos hoje estão muito aflorados...”

A morena tentava se controlar, metade de si estava se roendo em raiva e humilhação, não só por causa da loira em sua frente mas também por causa da outra loira em sua vida. A visão das duas se misturando trazendo a tona sentimentos confusos e importunos. A outra metade, uma metade que há muito não se pronunciava em sua vida, entendia a loira, e isso a assustava mais do que qualquer coisa.

“Eu... Regina,” Emma disse se levantando, passando um mão livre por suas mechas em um gesto claro de nervosismo. “Posso te ligar amanhã?” Ela perguntou mordendo os lábios, ainda um pouco inchados dos beijos ardentes que as duas tinham compartilhado há poucos momentos. Regina se destraiu por um momento, encarando a boca carnuda da mulher, mas voltou a si quando sentiu uma pontada de dor em seu quadril.

“Sim, Miss Swan.” Ela disse com um suspiro. “Nos falamos amanhã.”

“Meu nome é Emma.” Ela disse sorrindo enquanto pegava sua bolsa, parando com incerteza na sua frente. Ela balançou para frente e para trás, o sorriso lentamente deixando seu rosto.

Regina a fitou com interesse, a incentivando a falar o que estava pensando apesar de sua irritação com a mulher.

“Você não vai voltar para sua casa, vai?” Ela perguntou timidamente. Seus olhos brilhavam com pura preocupação. Regina estava tão exausta, o peso de tudo o que aconteceu hoje caindo em seus ombros que ela não deu muita importância ás ações da loira.

“Não que seja da sua conta, Miss Swan, mas não, hoje eu vou dormir aqui no hotel mesmo.” Ela disse, seus olhos indo de encontro ao relógio na parede tentando enxergar o quão tarde já estava. Este dia tinha tudo para se tornar o pior – e mais longo – dia de sua vida.

E ainda não eram nem oito da noite.

Emma assentiu, se movendo em direção à porta lentamente, claramente não desejando ir embora mas respeitando os desejos da morena, ainda sentada na poltrona de couro preta em que tinha se apoiado.

Ela fez um movimento para se levantar mas a loira balançou a cabeça, um gesto claro para que não se movesse. Regina se deixou encostar na poltrona mais uma vez, apenas descançando quando ouviu o clique da porta indicando que a loira já tinha saído.

Dando graças aos céus de que a porta do hotel trancava automaticamente, ela jogou seu corpo em um único movimento em direção à cama. Cansaço tomando conta de sua mente.

Apesar do dia que teve, naquela noite, Regina dormiu como um bebê.


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