Um amor não correspondido escrita por KayMine
Notas iniciais do capítulo
Oiiie pessoitas do meu ❤ como vão vocês? Eu estou ótima! E fiquei impressionada com a quantidade de comentários que eu recebi no capítulo anterior :-D sério, vocês são demaaaiiis❤❤❤ muito obrigada mesmo!
Também queria agradecer Lorenna16 por ter favoritado a fic!
Zilhões de beijos e boa leitura!
POV JÚLIA
— Eu sou um idiota! – gritou Joaquim, assim quando entramos no nosso apartamento.
— Oque foi que aconteceu?! – perguntei assustada, pela sua reação incomum. Joaquim não é de ficar tão nervoso daquele jeito.
— Burro, estúpido, idiota... – Joaquim seguiu a sessão de xingamentos a si próprio.
— Ele bebeu? – Felipe estava confuso assim como eu, mais não evitava que o mesmo falasse besteiras.
— Joaquim, FALA oque aconteceu! – segurei seu pulso, fazendo-o o olhar pra mim. Seu rosto estava levemente vermelho, às sobrancelhas erguidas e a sua feição que mergulhava em extremo nervosismo.
Vê meu irmão daquele jeito, me fez ter uma pontada no coração.
Sempre fui uma pessoa sensível. Mais nunca mostrava por fora. Com à morte dos meus pais, aprendi a guardar meus sentimentos pra mim mesma. Eu ficava com medo de alguém me magoar em relação ao amor, – mesmo sendo fraternal – e me machucar ainda mais. Meus irmãos eram o meu ponto fraco. E não importa todos tipos de amor, eles sempre machucam.
Ninguém se vê livre do sofrimento e das decepções. Eles te seguem como uma sombra, vendo a hora perfeita pra atacar.
Levei meu polegar ao rosto do Joaquim e comecei a acaricia-lo. Senti seu corpo relaxar no mesmo instante.
Levei Joaquim a se sentar no sofá e depositei um beijo longo na sua bochecha.
— Está mais calmo agora? – sorri carinhosa, e ele assentiu com a cabeça – Agora conta oque aconteceu.
Joaquim começou a explicar desde a ideia do André. Até que seguiu pra sua conversa com a Manuela, e que finalmente havia se declarado. Eu já desconfiava, mais não pude evitar de ficar feliz pelo meu irmão.
A explicação sucedeu até a uma garota Chloé, que era super fã da banda e Joaquim idealizou que poderia falar com o Vicente. E sobre ela ter questionado o Joaquim sobre o namoro falso entre ele e a Priscila. Até o mesmo responder que sim. Compreendi a noção do problema quando ele falou sobre a Regina ter dito sobre eles fingirem o namoro na frente da tal garota.
— ... Se eu tivesse dito não, poderia dá um fora na Regina... – ele suspirou, enraivado – Mais porquê eu tinha que abrir a boca pra dizer sim?! PORQUE?! – Joaquim explodiu. A voz trêmula, o suor respingando pela testa, as mãos tremendo...
Abracei-o sem uma resposta. Coloquei minha cabeça no seu ombro e ele descansou a sua sobre a minha. Felipe saiu da poltrona e sentou-se na perna do sofá, também deitando sua cabeça no ombro do Joaquim. E pela primeira vez, ele não comentou nada de suas besteiras.
Era apenas eu e meus irmãos, mergulhados no silêncio do apartamento, aconselhando Joaquim pelos afetos de carinho.
POV PRISCILA
Entrei em casa e joguei a mochila no sofá. A escola nunca foi tão chata!
Peguei meu tablet, enquanto que repousava meu corpo no sofá.
— Pitchica! – vovó entrou na sala e abriu um sorriso – Estou preparando uma lasanha maravilhosa!
Fez-se ouvir um ronco baixo da minha barriga e reprimi-lo em pensamento. Fingir dormir ontem a noite pra não jantar. E agora? Qual desculpa devo arrumar dessa vez?
— Aí vovó, que pena! – fingir uma cara triste – Eu comi tanta coisa na escola, que eu não estou nem com fome!
— Nem mesmo um pedaço pequeno? – me comovi com o desapontamento estampado na cara da minha vó.
“Mais não Priscila!” falei comigo mesma “Concentre-se no seu objetivo: emagrecer, ficar linda e famosa”
— Quando eu chegar da gravadora, talvez? – opinei, levantando do sofá – Vou me arrumar!
E deixei a sala, seguindo para o meu quarto. Tirei o uniforme brega da escola, e peguei uma toalha. Tomei um banho, envolta pela tristeza que começou a importunar minha cabeça e meu coração.
Desliguei o chuveiro, e encostei meu corpo na parede gélida do banheiro. Peguei a toalha e envolvi meu corpo, logo saindo do banheiro.
Procurei algumas roupas pra montar um look, e reconheci que só tinha roupas caretas. Mais aquilo estava prestes a mudar no sábado!
Peguei uma saia florida, com três camadas de babadinhos nas pontas. Uma regata branca e um casaco azul.
Encarei-me no espelho, com os cabelos molhados e arrepiados em alguns lugares. Era sempre a minha vó que fazia os penteados. Mais sei que ela está bastante triste comigo!
Resolvi deixa-los soltos, e com uma leve penteada, já estava bonitinho. Decidi alisa-los com uma prancha escondida no fundo do meu guarda-roupa. Após tê-lo feito, apreciei o resultado, que não ficou nada mal.
Vestir as peças de roupas e calcei uma sapatilha preta, com algumas pérolas minúsculas em volta dela.
Voltei a me encarar no espelho e dei um meio sorrisinho.
Saí do meu quarto, descendo às escadas. Escutei conversas aleatórias dos meus avós vindo da cozinha. Sentei-me no sofá, colocando meus headphones que estava na mesinha. Conectei ao tablet e passei a ouvir algumas músicas da banda.
Até que começou a tocar o meu dueto com o Joaquim. Rapidamente, mudei de música, colocando uma qualquer.
Coloquei meu corpo inteiro para o sofá e apoiei minha cabeça na perna do sofá. E fiquei escutando músicas até vê que já estava dando o horário para ir à gravadora.
— Vamos Priscila? – como se lesse meus pensamentos, vovô apareceu na sala, girando às chaves do carro.
Hesitei em responde-lo, até assentir um “sim” com a cabeça.
Vovó veio até a sala, se despediu com um beijinho na bochecha do meu avô e um abraço caloroso em mim. Ué... Ela não estava chateada comigo? Mais abracei-a com toda força.
Entrei no carro, e coloquei o cinto. Apertei minha mão contra o peito e soltei todo ar que eu prendia.
Eu sabia que tinha que o encarar...
Só não sabia como...
POV JOAQUIM
— Júlia! – chamei-a, antes de ela entrar no carro do Vicente... Ela virou-se e me encarou com um leve sorriso nos lábios – Obrigado... – me referi a noite anterior. Júlia sorriu novamente, assentindo com a cabeça. E assim entramos no carro.
Aí eu percebo que às vezes à Júlia se comporta muitas vezes como a irmã mais velha. Mais às vezes cansa também, ser o tempo todo “o homem da casa”, que na maioria das vezes eu só me comporto como tal quando estamos em problemas.
Júlia me ajudara bastante ontem. Junto com o Felipe. Acho que oque eu mais precisava, era estar com os meus irmãos e reviver o significado da palavra “família”.
Tive uma noite mal dormida. Pensava na Chloé e como resolveria mais aquele problema. Cheguei até pensar em ligar pra ela e dizer que não havia dado certo. Mais eu não sou assim. Poxa, a garota gosta da banda de verdade. Não vou impedi-la de realizar um sonho pelo meu egoísmo e atos mesquinhos. Não quero dá razão a Regina, que me chamou de egoísta no dia anterior.
Apesar de muitos os problemas que eu vou causar e de sofrimento que eu vou adquirir, tenho que fazer o certo. Eu criei essa confusão. Agora tenho que lidar com as consequências.
Vi que estávamos perto da gravadora, e foi quando outro carro entrou no nosso campo de visão. Quando estacionamos, percebi que era o carro do avô da Priscila. E ela desceu do carro e cara... Ela estava bastante bonita, apesar que mesmo de longe, percebi que sua fisionomia estava tristinha.
Saí do carro, logo em seguida pelos meus irmãos e André.
Priscila se despediu com um beijo na bochecha do seu Fortunato, que logo alavancou com o carro.
— Oi Priscila... – Felipe a cumprimentou, quando veio em nossa direção.
— Oi Fê! – ela beijou sua bochecha – Oi pessoal. – ela nos cumprimentou com uma expressão vazia, mantendo seu olhar fixo em Felipe.
— Oi... – a gente respondeu, sorrindo com leveza.
— Você tá melhor? – questionou Júlia e ela assentiu com a cabeça.
— P-Priscila... – pronunciei seu nome sem jeito – Será que eu posso falar com você?
Seus olhos mantidos em Felipe, se dirigiu a mim com um fitar tristonho.
— Quem sabe depois? – ela abaixou o olhar e saiu de cabeça baixa.
— Ué... Oque será que ela tem? – Júlia perguntou-se sem entender.
Balancei a cabeça negativamente e soltei um suspiro, também entrando na gravadora.
POV MANUELA
— Anda logo, Manuela! – me gritou Regina, antes de bater a porta com força.
Ajeite-me entre as colchas, e derramei algumas lágrimas.
— Manu? – ouvir a porta se abrir e a voz de Ofélio se expandir pelo quarto – Oh Manu, não fica assim!
Senti a outra parte da cama afundar e mãos alisarem minhas costas.
— Eu não aguento mais, Ofélio... – dei um soluço – Quando esse inferno vai acabar? Quando? Daqui há pouco completa um ano. Eu não aguento mais de tanta saudades que eu tenho da minha mãezinha.
Um silêncio tomou o quarto. Ofélio tirou às mãos das minhas costas e passou a alisar meus cabelos.
— Que tal você contar tudo pro seu Raul?
Arregalei os olhos e sentei bruscamente na cama, sentindo algumas regiões do meu corpo doerem após isso.
— Como assim? Contar tudo? Na lata? Aí lasqueira! – mordi o lábio inferior, e levei minha unha até a boca.
— Sim, Manu! – O Ofélio pareceu bem animado – Aproveitando esse tempo que seu Raul está fora da cidade, podemos arquitetar um plano.
— Mais a Regina não me deixa ficar nem cinto minutos sozinha com ele... – me desanimei.
— Também tem essa questão... – analisou Ofélio, com aquele jeito engraçado que só ele tinha – Mais quem disse que tem que ser você? Podemos falar com a Isabela.
— A Isabela?! – assustei-me.
— Sim. Olha, amanhã é meu dia de folga. Eu posso ir ao vilarejo e conversar com ela.
— Ain, Ofélio! – mordisquei meu lábio novamente, com incerteza – Isso não é muito arriscado não?
— Arriscado é, Manu! – ele concordou – Mais oque eu não faço por você? – e sorriu.
— Brigada Ofélio! – abracei-o, com às lágrimas descendo. Empurrei-o com leveza para trás, quando ouvi passos vindo em direção a porta.
— Já tá pronta, menina? – a voz agitada do Sandro surgiu atrás da porta.
— C-claro, o Ofélio veio me ajudar a pentear os cabelos. Ele é ótimo pra isso... – menti e prendi o riso. Ofélio me encarou do mesmo modo e beijou minha bochecha, logo saindo do quarto.
Eu estava mesmo arrumada, só faltava ajeitar o turbante e às mechas. Calcei uma bota preta, e coloquei os diversos anéis da Isa. Às vezes, sentia falta do meu antigo estilo caipira.
Peguei uma bolsa prata, e coloquei-a no meu braço, com a corrente pendendo para o meu ombro.
Tentei abrir a porta, mais percebi que estava trancada. Suspirei triste e gritei o nome do Sandro. Ouvi-a destrancar e abri a porta, saindo do quarto.
POV ANDRÉ
Estava voltando do banheiro, quando eu ouvi soluços. Ergui uma sobrancelha, e segui o som, até encontrar Júlia chorando, sentada no banco do corredor vazio.
— Júlia? – fiquei surpreso e triste vê-la assim. E no instante que me viu, tentou disfarçar o rosto vermelho e às lágrimas.
— Não me olha assim... – ela abaixou a cabeça e vi que mais lágrimas caíam.
Sentei no banco, ao seu lado, e segurei sua mão.
— Oque houve? – questionei, levantando seu rosto. Sequei algumas de suas lágrimas e comecei acariciar sua face, não deixando de segurar sua mão.
— É tantos problemas André. – ela fungou, puxando o ar pelas narinas – Que às vezes é difícil. Se torna um peso difícil de aguentar, entende?
Vê-la frágil daquele jeito, fez-me pensar que tudo oque Júlia mais precisava, era de alguém sendo forte por ela. Alguém que a ajudasse a carregar os problemas e dizer que não está sozinha.
— Você não está sozinha. – segurei seu queixo e ela me encarou com seus olhos inocentes – Nunca esteve. – ela abraçou-me, enterrando sua cabeça no meu ombro.
Fiz cafuné em seus cabelos curtos e apertei sua mão, que apesar do abraço, não soltei-a em nenhum segundo.
— Obrigada. – ela saiu do abraço e deu um sorriso tristonho. – Obrigada mesmo! – Júlia aproximou seu rosto do meu, enquanto que eu ficava ruborizado, sem me mexer.
Senti seus doces lábios na minha bochecha, e em seguida, um sorriso seu, bem perto do meu rosto.
— J-Júlia... – gaguejei feito um trouxa, vendo-a se afastar de mim e saí.
— Aaaii André! – coloquei minhas mãos na cabeça e a balancei negativamente.
— Problemas? – assustei-me quando vi a voz da Priscila. E quando me dei por conta, ela já estava sentada ao meu lado – Ela gosta de você e você gosta dela. Porque é tão difícil tomar alguma atitude?
A encarei perplexo, ainda mais por suas palavras diretas.
— Porque não existe nada fácil. – recobrei-me do susto e dei de ombros.
— Vocês que tornam as coisas difíceis. – ela acusou – Sabe tudo oque eu daria pra uma pessoa gostar de mim de verdade? Não, você não sabe. Pois jamais teve um amor não correspondido... – e ela deixou o local, com passos rápidos.
Fiquei com pena da Priscila. Ela gostava mesmo do Joaquim, mais a gente não escolhe de quem gosta né?
Massageei as têmporas com os dedos, recapitulando suas palavras.
A Priscila tá certa... Eu tenho que tomar alguma atitude!
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Gente, um pequeno aviso: não sei quando irei postar novamente. Nessa semana e a outra estarei bem ocupada com revisões e provas, então pode ser que eu provavelmente não poste...
Vou tentar arrumar uma brecha no final de semana, mais infelizmente eu não garanto nada ok? 2bj de chocolate e até a próxima meus amores!