Sim, seu melhor "amigo" escrita por Yas Keehl


Capítulo 3
Não pode ser tão ruim... Né?!


Notas iniciais do capítulo

YOO MINNA-SAN! ♥ Boa leitura ^^



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 E agora? O que eu vou fazer?! Como eu vou poder encarar ela de novo depois disso?! Eu sou a pessoa mais ferrada da Terra! E eu não faço a mínima ideia d-do que fazer sobre isso... Eu tô gaguejando em pensamento! O que tá acontecendo...?!!

— EEEEI!

— Ah! Mas que droga, por que você tá gritando?!!

— VOCÊ TÁ ME IGNORANDO DE NOVO!

— Ah Matsuno, eu tô pensando na minha vida e você não para de falar!

—... Awwwn Kaze, você chamou ela de vida! Que fofo!

 Êta muleque burro.

— Eu não disse que ela é minha vida, eu tô pensando na MINHA própria vida!

— Ah... –Ichirouta revirou os olhos.

— Eu tô tão ferrado...

— Por quê? Não é tão ruim assim gostar de alguém...

— Não é tão ruim? –O azulado o pegou pela gola da camisa e aproximou-se do rosto de amigo, o fitando furioso. –Seu idiota, eu vou ficar na friendzone! –Max segurou o riso desviando o olhar, Kazemaru o segurou com mais força. –Se você rir, eu quebro sua cara...

— Tá bom! –Kazemaru suspirou o soltando e se sentando de novo, revirou os olhos e os esfregou com certa violência.

— Se você estiver certo sobre isso...

— E é claro que eu estou. –Piscou Kuusuke fazendo o outro o olhar segurando sua vontade de jogar uma revistinha na cara dele.

— Ela não vai querer nada comigo, ela gosta do Haruka...

— Fala serio, ela é tão burra a ponto de ficar com uma pessoa que ela mal conhece do que ficar com alguém que já a conhece a anos?

— É exatamente por isso que ela não vai querer... –O de cabelos azuis relaxou na cadeira dando um sôfrego suspiro.

— Calma. –Max deu dois tapinhas em seu ombro.- Nem sabemos se isso é verdade, vai que é só cumes? Nunca se sabe...

 Ele acaba de dizer que tá certo de que eu me ferrei na vida e me apaixonei pela minha melhor amiga, e depois me conforta dizendo que é só ciúme... Adoro esse cara.

— Você tem razão... Vou te provar que não sinto por ela!

— É assim que se fala!

— Beleza.

 Ichirouta sorriu vitorioso, só precisava provar não só para Max, mas também principalmente para si mesmo que aquilo não era nada demais, no máximo um ciúme plenamente saudável. E assim o dia se seguiu, Kazemaru nem se deu o trabalho de espera-la na biblioteca, assim que o sinal tocou os dois foram direto para suas salas. Passaram praticamente o dia inteiro fugindo da morena, mas parecia que ela tinha um radar para acha-los, pois sempre passava a poucos metros de onde eles estavam e então eles fugiam para outro lugar. Finalmente o período das aulas havia se encerrado, e Kazemaru não tinha a mínima vontade de ir para o clube de atletismo, decidiu pegar suas coisas em seu armário e ir para casa, claro, sozinho.

 Nem acredito que passeia  manhãinteira longe dela, mas vai ser bom pra mim. Pelo menos não vou ficar pensando nessas coisas idiotas.

Decidido, Kazemaru bateu a porta de seu armário e ao seu lado preferia ter encontrado qualquer coisa, menos ela... Seus olhos castanhos se arregalaram tamanho foi sua surpresa ao vê-la parada ao seu lado, com aquela cara...

 Me achou.

— Que susto garota!

— Onde... Você... Se meteu?!

 Yasmin estava furiosa, e apesar do susto que a cara feia que ela fazia deu no garoto, Kaze não se importou muito, pois em questão de nervosíssimo e raiva, ele com certeza ganhava dela naquele momento.

— Hum...

— Eu tô falando com voç...!

— O Haruka beija bem, Yasmin?

 ...

 O segundo sinal tocou diante daquele silencio alarmando sobre o fim das aulas, os dois estavam atrasados para irem e provavelmente, se não se apressassem, ficariam presos dentro da escola, mas pareciam não se importar, pois não paravam de se encarar. Kazemaru a olhava com raiva, e Yasmin não sabia onde enfiar sua cara totalmente corada.

— O... Q-que foi que você disse?!

— Acha que eu sou idiota?! Eu vi você o beijando atrás da arvore!

— Eu não o beijei, ele me agarrou!

— Hum! –Bateu a porta do armário novamente de proposito antes de tranca-la.- E você aceitou muito bem, né?!

— Claro que não...! –Ele arqueou a sobrancelha- Nós só íamos conversar e ele acabou... Enfim...

— Você não precisa me explicar nada! -Seu olhar fitou os olhos dela com desprezo, passou direto pisando firme e se afastou.

— Kazemaru! –Foi atrás dele- Por que você tá assim?! Isso não tem nada a ver! Foi só um beijo!

—... -Ele parou de andar rindo baixo, virou-se rapidamente para a amiga atrás de si segurando em seu ombro a alça de sua bolsa- Só um beijo?

 Ela permaneceu muda.

— Você tem certeza de que ele achou que foi “só um beijo”?! –A ironia em seu tom fez ela se afastar- Dez minutos antes você disse que não queria saber dele, até deixou ele no vácuo no pátio! Em seguida você deixa ele te beijar?! Sabe o que vai acontecer?! –Se aproximou dela a encurralando na porta de um dos armários- Ele não vai te respeitar, porque você não tem palavra! Vocês vão ficar juntos e na primeira oportunidade que ele tiver, ele vai te magoar! Você vai vir chorando pra mim e mais uma vez eu vou te consolar, porque eu gosto demais de você!!!

 Sua expressão irritada suavizou ao repetir mentalmente tudo o que havia dito em alto e bom tom e ao processar a feição surpresa da garota que o olhava intensamente. Afastou-se dela cerrando os punhos engolindo em seco e voltando á sua expressão anterior. 

—... Kaz...

— Me deixa em paz. –Virou-se sentindo sua garganta arder e uma vontade louca de mandar todo mundo tomar naquele lugar invadiu sua alma, apertou com força os olhos ao piscar e senti-los úmidos e saiu apertando ainda mais a bolsa contra seu corpo, felizmente ele agradecia por ela não ter o seguido.

~*~

 Ao tirar os sapatos antes de entrar em casa, sentou-se no degrau largando a bolsa de qualquer jeito jogada ao seu lado. Suspirou feito um condenado ao ouvir sua mãe cantar/gritar enquanto ouvia musica e arrumava a casa, ele sabia que ela viria falar com ele em 3... 2...

— Kazemaru...? Garoto, onde você se meteu?! Você tá há dez minutos atrasado, sabia?!!

— Ahh... Desculpa mãe, eu tava... Esfriando a cabeça...

— Hum... Se quer esfriar a cabeça vem pra casa e toma um banho! Humpf, era só o que me faltava... –Ele riu, sua mãe era sempre dramática. Foi até a cozinha resmungando de sua demora, mas ainda assim deu a ele um bolinho que ela havia comprado para agradá-lo.

 Depois de almoçar mesmo contra sua vontade, Kazemaru foi para seu quarto. Nem sequer trocou de roupa, apenas se jogou na cama e fechou os olhos esperando o sono chegar. Iria dormir todas as horas que perdeu da noite anterior pensando em sua amiga, mas a mesma coisa aconteceu de novo. Ele ficou pensando nela e se remoendo internamente por não ter dito-lhe mais coisas, em sua mente ele até havia montado a discussão perfeita com as respostas que daria a ela caso voltassem a se falar, mesmo que na maioria das vezes ela nunca seguia o roteiro. Passou longos minutos olhando o ponteiro do relógio marcar cada minuto em que ele agia como um idiota apenas por não ser capaz de tira-la de sua mente. Revirou os olhos, estava começando a ficar ridículo.

 Fala serio, isso é um castigo?! Ok! Eu já entendi, eu admito que tô gostando dela, tá legal?! Já pode tirar ela da minha cabeça! –Bufou bagunçando seu cabelo e revirando-se na cama- Que droga, o que tô fazendo? Nenhum deus vai me ouvir... Parabéns Max, você estava certo, seu cretino...

*Toc, toc

 A porta bateu bem baixinho, ele gritou um “AAAH NÃO!” mudo e virou-se para o lado da parede, brincando com a cordinha amarrada no topo do despertador.

— Mãe, eu já disse que não quero sobremesa...

 Novamente a porta foi batida com um pouco mais de força, e ele viu-se obrigado a levantar-se ao ouvir um pigarrear vindo de trás dela.

— Eu falei que... –Abriu a porta e logo sua cara tornou-se de surpresa-... O que faz aqui?

— Eu praticamente sou de casa... –Era Yasmin sorrindo de um jeito um tanto envergonhado, apontou para dentro do quarto como se pedisse para entrar, Kazemaru estreitou o olhar sobre ela, mas suspirou desistindo de tentar intimida-la e deixou que ela passasse por em espacinho mínimo que ele deixou para ela.

— Eu falei que não queria visitas, minha mãe nunca me escuta... –Caminhou até sua cama e se jogou de novo cobrindo os olhos com o braço.

— Ela não disse nada, apenas avisou que você estava trancado no quarto...

— Hum...

 O silencio se fez presente, Kaze mordeu o lábio inferior ao sentir a cama balançar, ele sabia que ela estava sentada ao seu lado agora.

— Você ficou assim por causa do...

— Sim, e não fale o nome dele no meu quarto... –Ela riu um pouco.

— Não sabia que você o odiava tanto.

 Ah, eu o odeio sim, ainda mais por fazer eu quase morrer de ciúmes de você, sua lerda!

— Não o odeio, eu só... Ah, esquece...

 Permaneceram calados por mais alguns minutos. Irritado, ele levantou da cama e ficou sentado ao lado dela, percebeu que ela o olhava e começou a rir sem motivo nenhum.

— Ué... Por que você tá rindo? –Começou a rir também contagiada pelo seu riso.

— Nada não... Eu sou bipolar.

—... Kazemaru...

— Hum...

— Desculpa ter deixado... –Ele a olhou ameaçadoramente- Você sabe quem, ter me beijado...

— Você não tem que pedir desculpa pra mim, você faz o que quiser da sua vida. –Olhou pra ela serio e ajeitou sua franja um pouco bagunçada.

— Mas então por que você ficou assim? Eu só tô pedindo desculpa porque eu não quero ficar brigada com você! –Kazemaru sorriu, a franja não deixava ela ver seu rosto corado.

— Não se preocupe, não tô mais com raiva de você.

 Ela relaxou o olhar, mas logo a tensão voltou, nenhum dos dois começava outro assunto e Kazemaru agora a encarava ao seu lado, ambos sem desviarem seus olhares, suas bochechas começaram a esquentar, estavam corando. Kazemaru se aproximou devagar sem tirar os olhos dela, seus lábios se entre abriram ao vê-lo chegar perto, suas pálpebras caíram e esperavam acontecer o que ambos já sabiam.

— Ei, vocês dois?! –A porta foi aberta e os dois se afastaram rapidamente, a mãe do garoto os olhou desconfiada. –Estava tudo muito quieto aqui e eu vim ver o que estava acontecendo...

— A-ah, a gente t-tava conversando... Né? -Cutucou o ombro da garota com força para ela despertar do susto.

— Ai! ...S-sim...

— Hum... Então conversem mais alto pra eu ter certeza de que vocês não estão aprontando nada... –Ficou mais um tempo os encarando, mesmo já começando a falarem de outra coisa, a mulher ainda achava que tinha algo estranho acontecendo ali, mas deu de ombros e fechou a porta.

— Caramba, que susto que sua m...

— Shh! –Antes que ela terminasse de pronunciar as três letras que fariam a mulher dar meia volta e pega-los de jeito, ele correu até ela tapando sua boca, e com esse ato sentiu o rosto da morena esquentar, olhou-a rapidamente e viu suas bochechas vermelhas, ele a achava linda daquele jeito. –Desculpa... –Soltou-a- É que pode ser que ela esteja atrás da porta só esperando um de nós dizer algo suspeito. –Sussurrou.

— Entendi... Kaze, eu vou indo, tá? –Desviou o olhar de seus olhos castanhos claros.

— Já?! –Yasmin o olhou surpresa-... Digo, nem faz muito tempo que você chegou...

— Kkk eu tenho mesmo que ir...

 Tirando do bolso direito de sua calça, mostrou para ele o visor do celular alertando sobre as três chamadas perdidas e a mensagem de sua mãe.

— Eu não avisei pra minha mãe que eu vinha, ela vai me matar se eu não voltar logo...

— Que droga...

— É... Bom, tchau! –Acenou rapidamente indo para  aporta.

— Tchau... Ah! Deixa que eu te levo até a porta.

 Acompanhou-a até a saída de casa sem conversarem sobre nada, de longe ao ver aquilo, a mãe do azulado aumentava ainda mais suas suspeitas de que tinha algo muito errado com aqueles dois.

— Agora sim, tchau Kaze. –Sorriu colocando uma mecha do cabelo atrás da orelha e virando-se para se despedir.

— Tchau... Nos vemos amanhã?

— com certeza... –Agora era ele que sorria, os dois se olhavam com tanta intensidade que chegava até a ser estranho, não agiam assim normalmente.

— Bom... já vou indo... –Acenou e foi embora, Kazemaru esperou até ela se afastar para finalmente dar um pulinho de comemoração, o sorriso mal cabia em sua cara. Entrou, fechou a porta e encostou-se nela com a mão no peito, escorregou ali até sentar no chão com a cara mais idiota que ele possuía.

— Ah cara... O Max precisa saber disso!

~*~

— Acho que não vai ser tão difícil assim conquista-la... O que voçe acha, Max? –Fechou a porta de seu armário dando visão ao olhar surpreso do garoto de touca.

— Já se convenceu que gosta dela?

— Já, não vai adiantar eu ficar mentindo pra mim mesmo. –Puxou o elástico de seu cabelo para amarra-lo com mais força- E... Levando em consideração que eu quase a beijei ontem...-Sorriu- Diria que vai ser até que fácil...

— O que?!

— É... –Kazemaru só faltou pular e comemorar de novo, mas se recompôs quando uma garota passou por eles os olhando com desdém.

— Como isso aconteceu?!

— Ah, longa historia. Não quero falar agora, sabe como é, né? –Piscou para ele e Max arqueou uma sobrancelha.

— Mas... Isso tudo aconteceu e vocês não vieram juntos?

— Não... –Depois de pegar seu livro de Química, ambos caminharam pelo corredor de suas salas. Durante a primeira aula os três ficariam juntos na mesma sala- Eu vim mais cedo hoje, e também não mandei mensagem pra ela, mas acho que ela vai vir.

— É, ela veio. Olha lá...

 Matsuno apontou para a porta de sua sala e assim que Kazemaru acompanhou com o olhar a indicação do amigo, fechou a cara. Ela estava conversando com Handa e o garoto mexia no cabelo dela como se fossem íntimos um do outro. Kazemaru cerrou os punhos e rosnou baixo, maldito ciúmes.

— Ah Handa, seu filho da...


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Notas finais do capítulo

Esse gif anduebnsusbeu AAAAAH! *-* ♥
Espero que tenham gostado do capitulo ♥ sério mesmo *-*
KYSSUS!!! ^.~/



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