Photograph escrita por Nanda


Capítulo 1
Wait for me to come home


Notas iniciais do capítulo

Leiaaam, leiaam...



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Olho a foto em minhas mãos e a guardo no bolso do meu jeans. Era uma foto minha e de Edward no dia de ação de graças na casa dos pais dele. Deixo as lagrimas caírem livremente pelo meu rosto, a dor era tão grande que eu não sabia como suportar. Aqui estava eu Isabella Cullen sentada na sala com um oficial da justiça me falando que Edward desapareceu em combate. Ele, como era muito teimoso resolveu ir para o Iraque servir o nosso país. Também disse que era um modo de nos dar um tempo para esfriar a cabeça e resolver o quê iríamos fazer do nosso casamento. Assim se passaram meses.

Tudo começou com uma bela cantada de Edward nos fundos da igreja que concedeu a um grupo de pessoas com traumas e doenças um porão para conversas. Minha mãe por sua vez me obrigou ir a tal grupo afirmando que eu começava a ficar deprimida por conta da minha doença. Sim naquele tempo eu tinha uma doença, leucemia. Ela esteve comigo desde meus treze anos de idade, me impedindo de viver como as outras crianças. Naquele mesmo dia em que minha mãe Reneé me obrigou a ir, eu o conheci todo charmoso com sua jaqueta de couro bege, jeans e um sorriso torto muito bonito. Foi assim que tudo começou. O modo que ele me olhou dali em diante jamais seria esquecido por mim.

Naquele dia incomum de Forks, Edward foi acompanhar seu amigo Scott que estava começando a ficar cego. Até hoje eu agradecia a Scott por ter chamado Edward para o acompanha ló do que qualquer outra pessoa. Scott na mesma semana perdeu sua namorada gostosa, Kate. A garota perseguiu Edward por semanas dizendo que sempre foi apaixonada por ele, e eu é obvio fiquei me mordendo de ciúmes, mas não podia demonstrar. Afinal eu não tinha nenhum rolo com o mesmo. Dois meses depois de conhecer Edward eu achei a cura para minha leucemia. Avia uma tia minha de Londres que era compatível comigo.

Naquele dia em que eu iria ser curada Edward me perguntou o quê eu achava de relacionamentos amorosos. E eu como um belo clichê respondi no seu ouvido: “Estamos adeptos a relacionamentos Edward”. Ele apenas sorriu e saiu do quarto indo para a sala de espera. Quatro anos depois ele me pediu em casamento. Tudo fora perfeito,  a cerimônia, nossa lua de mel, tudo mesmo.

Até o dia em que ela apareceu. Tânia Denali, aquela víbora maldita fez nós nos distanciarmos. Ela se passava de boa moça e amiga, mas perto de mim ela se transformava. Falava coisas horrendas.  Um belo dia Edward foi até o meu escritório me acusando que eu estava o traindo com Jacob Black, falava que Tânia tinha aberto seus olhos. Disse varias coisas horríveis para mim chegou até o ponto de me perguntar se eu também tinha um caso com o seu amigo Christian Grey, que era meu chefe e marido da minha amiga. Então eu apenas me calei esperando ele terminar. Assim que o mesmo terminou levantei da minha mesa peguei minha bolsa e chaves e fui para o elevador o ignorando totalmente percebendo que ele já estava com álcool no sangue.

Assim que Edward chegou a casa mais bêbado do que nunca perguntei a ele quem havia falado aquela merda toda para ele. “Tânia” foi isso que ele disse, depois começou a chorar com a cabeça deitada no meu colo me perguntando como eu pude fazer aquilo com ele, e eu chorei também falando que jamais faria aquilo com ele. Jamais trairia o homem da minha vida. No outro dia nos resolvemos, e ele confirmou que foi Tânia que havia falado aquilo para ele, e me pediu desculpas e para esquecer o acontecido porque ele viu que o que ela avia falado não tinha nenhum argumento. Depois de tudo isso ele foi para o trabalho e eu fui atrás de uma vadia. Se você pensou eu fui até a casa de Tânia Denali e dei uma surra nela. Acertou! Merece uma estrelinha na testa.  A vadia se distanciou totalmente de nós.

Nossa vida seguiu, mas Edward continuava desconfiando de mim. Chegou ao ponto de me seguir quando eu disse que tinha um encontro de madrinhas com Alice sua irmã. Toda vez que eu saia para jantares de contrato ele me ligava ou me seguia e perguntava coisas aleatórias e obvias de uma possível traição da minha parte.

Aquilo estava me corroendo, me deixando louca por dentro. Ele só desconfiava de mim. Nunca falava um “Eu te amo” verdadeiro. Eu percebia essas pequenas coisas, nosso casamento estava ficando desgastado. Em mais uma de nossas brigas ele me perguntou por que eu não dava filhos a ele. Aquele foi o ponto final. Não que eu não quisesse dar filhos a ele, eu sempre quis e tentei, mas Deus ainda não havia me dado essa benção. Assim que Edward dirigiu essas palavras a mim eu lhe dei as costas e desci as escadas.

—Bella me desculpe não foi o que eu quis dizer! – disse ele me abraçando por trás deixando suas lagrimas molharem meu cabelo.

— Edward, você deveria pensar nas coisas que diz. Pode magoar alguém. Assim como fez comigo.  –falo entre soluços. Separando-me dele e indo em direção à casa dos meus pais.

 Assim nós nos distanciamos mais ainda, eu deixei de dormir na nossa casa e Edward em nenhum momento me pediu para voltar. Em uma quarta-feira eu fui até nossa ou nossa não casa para pegar umas roupas minhas e Edward estava dentro do nosso closet com uma mala perto dos seus pés.

Assim que olhei seus olhos eu vi o que iria acontecer.

—Bella, eu... – disse ele abaixando a cabeça e andando ate mim. Respira fundo levanta a cabeça passa a mão nos olhos que estavam bem vermelhos por chorar.

—Eu estou indo para o Iraque servir nosso país. E... Acho que... Que precisamos de um tempo... –fala ele em um sussurro.

— Está me deixando? – falo deixando as lagrimas descerem pelo meu rosto.

 - Não, não é isso! Não estou te deixando, estou nos dando tempo. Não quero divorcio nem nada disso. – fala ele limpando minhas lagrimas.

— Tempo? – falo olhando em seus olhos.

— Sim, tempo. –fala ele como se explicasse para uma criança.

—Mas... – começo, mas ele me cala com um singelo encostar de lábios.

— Guarde nossa foto em seu jeans, assim como eu faria. Apenas... Me espere voltar para casa.  –fala ele me soltando, pega sua mala e sai me deixando só.

Olho novamente a foto em minhas mãos e lembro-me de suas palavras como um sussurro baixíssimo em meu ouvido. “Me espere voltar para casa.” E eu esperaria ele.

...

 Passaram-se mais quatro meses desde que o oficial tinha me dado a noticia de Edward. Eu estava tão só ultimamente. Gostava de ficar só, era bom. Eu podia ouvir as lembranças minhas e de Edward pela casa toda. Sentia o cheiro de hortelã dele por todo lugar. Eu tinha esperança. Eu acreditaria em suas palavras pelo resto da minha vida sabia que ele iria voltar para casa.

Pego a nossa foto que já estava desgastada nas pontas por eu tanto pegar ela. E o olho. Ele estava tão lindo naquela ação de graças. Com sua camisa social azul e jeans. Os cabelos totalmente desarrumados. Seus olhos direcionados totalmente a mim. Era aquele olhar. O olhar que ele me deu nos fundos da igreja. O Nosso olhar. Fecho meus olhos e deixo as lagrimas correrem por meu rosto. Eu só queria que ele estivesse bem, que ele estivesse vivo, sã e salvo, ao meu lado. Ajoelho-me no chão ainda de olhos fechados e choro com a hipótese de nunca ter aquele olhar dele novamente. Nunca escutar aquela sua voz doce como arcanjo. Nunca sentir seus toques. Nunca escutar ele dizer que a ama como sua vida.

Sinto um suspiro baixo a minha frente e logo em seguida braços em volta de mim. Eu sabia que era ele. Senti suas lagrimas molharem meu pescoço, puxei seus cabelos cobre para olhar em seus olhos.

— Eu esperei Edward, esperei você voltar para casa. Guardei nossa foto em meu jeans como você faria. Eu esperei você voltar para casa. – falo olhando em seus olhos verdes.

Ele sorri e me da aquele olhar.


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Notas finais do capítulo

Aceito coments, brigadu, bye.