Caminhantes escrita por Serin Chevraski


Capítulo 72
Situação Feia




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Laxus POV

— Nada por aqui Mest. Teve mais sorte aí?

Sai de uma casa que fedia a morte. Logo o meu parceiro apareceu, vindo de uma esquina com o rosto sombrio.

— Não... É apenas uma pequena vila morta.

— Eu vou pegar a pá -suspirei.

Encarei a triste família de três deixada no chão da casa por onde saí. As moscas estavam em toda parte voando alegres, diferente da expressão assustada dos pais abraçando firmemente o pequeno menino no meio deles.

Era uma pena que não importa o quanto eles cobriram o garoto com seus corpos, isso não salvou seu filho.

— Sabe que não precisa fazer isso, Laxus -Mest falou, sua voz era rouca.

Eu sabia que ele não estava se sentindo bem ao ver mortos em todos os lados.

— Ela quem fez isso -respondi, dando as costas.

Pequei uma pá próxima e caminhei para um lugar mais aberto da vila.

— Infelizmente as vilas selvagens não são protegidas pelo reino -ele acabou pegando uma pá também- Mesmo que mandassem uma mensagem, chegaria tarde demais.

— Parece que eles nem tiveram essa chance -falei friamente.

Foi um massacre. Sem sobreviventes. O rastro mágico no ar era leve. Foi um demônio.

Na primeira vila, eu ainda não quis acreditar. Perguntei por um tempo se era verdade. Mas Mest disse com certeza que era. Essa foi a segunda que visitamos, igualmente morta como a primeira.

O cheiro de sangue denso confundiu meu nariz, mas pude sentir com mais firmeza a magia no ar. Ela tinha uma essência de Mirajeene.

Só então me convenci que era ela. Mordi meu maxilar e apertei o punho no cabo da pá.

— Hey -a mão de Mest pousou no meu ombro.

O encarei friamente e o mago não disse mais nada. Andei na frente, o deixando para trás.

Finquei a pá no chão, abrindo um buraco. Pensando na mulher que amava ser pacífica, que parou de lutar por medo de matar.

"Ela se tornou o que mais tinha medo de ser"

Minha sobrancelhas se trincaram novamente. Meu coração doía. Era incrivelmente rasgante e horrível.

Continuei cavando até minhas pernas ficarem cheias de sujeira, suei até minha roupa colar.

Esqueça isso. Não pense. É tão doloroso que não queria lembrar. Continue cavando Laxus. Joguei toda minha raiva e frustração na terra.

— Laxus! Laxus! -a voz de um homem me chamou apressado.

— O quê? -levantei meu rosto, de mau humor.

— Já chega Laxus. Já é o suficiente.

Ele saltou no buraco que eu fiz. Tão enorme que podia ter o tamanho de uma casa. Sua expressão foi de espanto e arrancou a pá das minhas mãos. Só então percebi.

Minhas duas palmas gotejaram a sangue e calos surgiram.

— Aqui, beba uma água -ele jogou um saco de couro para mim.

Não respondi e apenas engoli o líquido. Era fresco, esfriando minha garganta quente.

Saltei para fora.

— Vou pegar os corpos -falei.

— Eu faço isso, você vai descansar -ele me seguiu e segurou meu pulso.

Fiquei parado. Puxei a minha mão e ele me soltou.

— Ela tinha medo -falei.

— O quê?

— Mirajeene. O que ela mais tinha medo, era de matar alguém. Vai ficar arrasada quando descobrir isso. Então pelo menos, eu devo enterrar essas pessoas.

E empurrei o saco com água no peito de Mest.

— Não me impeça -com essas palavras eu me afastei.

— Laxus -ele me chamou, incerto- É por isso que você insiste tanto em fazer tudo sozinho?

— ...Sim.

— Você sabe o que ela se tornou, certo? Ela não se importa mais com essas coisas. Você tem que aceitar isso, que as coisas não vão ser como antes.

Eu abri e fechei os lábios. Me sufoquei. Sabia que tudo isso estava me fazendo mal. Me senti como se desmoronasse pouco a pouco. Em um sentimento confuso que girava e voltava.

Mas não tinha o que fazer com isso. Porque eu já sou apaixonado por ela, e há muito tempo eu a amava.

Sorri desamparado.

É tarde demais.

Me lembrei do sorriso dela. Alegre como o sol.

Isso me deixava cada vez mais louco, por uma tortura silenciosa. Simplesmente por culpa de apenas um fato: É tarde demais.

Em vários sentidos.

— Sim. Eu sei.

E continuei a caminhar.

Passei pelas ruas. A primeira pessoa que quero enterrar era aquela família que tentou proteger seu filho, mas falhou.

Assim como eu, que nem mesmo estava quando Mirajeene precisava de alguém.

Então meu bolso fez um pequeno apito, me fazendo afastar meus pensamentos.

Puxei a lácrima e a liguei.

Mas o rosto que apareceu...?

Meio escuro, já era de noite? Olhei para o céu, acho que o fuso horário não deve ser tão diferente assim?

De qualquer forma, a pessoa não parecia ser nem Eucliffe ou Redfox.

— Quem é você? -parei meus pés, franzindo a sobrancelha.

— Laxus! -era uma voz de mulher, em tom urgente.

— Como você tem essa lácrima? -perguntei mais confuso.

— Opa, opa? O tigrinho perdeu a lácrima? -logo outra voz se juntou.

A lácrima pequena dividiu duas imagens na metade. Uma eu vi claramente o rosto de Redfox, parecia divertido. Mas a outra era escura e pude ver apenas um semblante de cabeleira longa e... Loira?

Mas não deveria ser Lucy, sua voz é diferente.

— Diga logo, quem é você? -grasnei.

A mulher hesitou. Pela pouca luz, vi seus lábios abrir e fechar hesitante.

— Eu... Eu...

— Você...? -até o Dragon Slayer do Ferro ficou impaciente- Fala logo mulher!

— Sou o Sting!

— STING!? -eu e Gajeel exclamamos descrentes.

— Sim! -assentiu frenética.

— Da última vez que eu vi -respondi- Sting Eucliffe era homem. E tinha cabelo curto, sabe?

— Acredite em mim! Eu sou Sting!

Ficamos em silêncio.

— Como devemos acreditar em você?

— Quem mais poderia ser uma beleza irracional do que esse incrível Sting Eucliffe!? -sua voz orgulhosa foi muito convincente.

Não, acho que só Sting responderia dessa forma.

— Calma, o que aconteceu? -pressionei minhas sobrancelhas- Digamos que você é Sting. Então como é que você ficou assim?

— É essa coisa! Essa coisa me transformou! -a mulher mostrou freneticamente um lindo pompom no seu cabelo.

— E o que houve com o pessoal daí? Por que está tão escuro? -Redfox apontou.

— Eu estou no meio de uma missão.

— Na missão com Mermaid? -o mago do ferro apertou o queixo.

— Sim! Espera, como você sabe disso?

— A baixinha estava chateada com isso já umas horas atrás, porque ela ficou sabendo que Bunny Girl estava inscrita nessa missão -ele riu, lembrando de algo divertido- Então você virou mulher e pôde ir para uma missão com Mermaid Heel?

— Sim, sim. Eu e Roguinia...

Mas antes que Sting pudesse continuar, eu e Gajeel o interrompemos.

— Roguinia!?

— Ah... Rogue também se transformou em mulher. Está na missão junto.

— Pfff.... -o Dragon Slayer do Ferro se curvou, rindo- Hahahahah! Aquele cara dessa vez virou mulher!?

— Uma loli, especificamente -assentiu.

— Uma loli! Hahahahah! Já não basta as outras transformações, Bunny Boy a cada dia se torna um metamorfo e aumenta a lista!

Até eu esbocei um sorriso.

— Digo. Parem de rir! -ficou zangado, seu tom sério fez o mago do ferro parar de falar- A verdade é que estamos em problemas. Chegamos aqui e aconteceu algo muito bizarro. Os brinquedos estão movendo sozinhos. E os ursinhos de pelúcia estão nos caçando.

— O que? -falei- Do que você está falando?

— Essas coisas. Elas são muitas. Realmente muitas a ponto que nem a princesa deu conta. São, fracos mas o problema é seu número! Eles tem dentes afiados e estou sangrando já faz um tempo.

— E Lucy? Ela está aí com você? -perguntei apressadamente.

— Não. Planejamos fugir, mas não conseguimos. Todo mundo se separou -a mulher abaixou a cabeça- A coisa do meu cabelo está sugando minha magia também. Eu não estou podendo usar minha força direito e Rogue deve estar na mesma situação que a minha.

Ficamos em silêncio. As coisas estavam ficando feias.

— Alguma chance do pessoal da cidade perceberem? -Gajeel questionou.

— Talvez -sua voz era incerta- O parque temático é isolado da cidade, não sei se eles vão perceber. Precisamos de ajuda. Eu devo voltar ao normal em uma semana, mas não acho que vamos poder esperar tanto tempo. Essas coisas estão nos buscando, e são eles que cobriram a luz. Estamos fechados aqui dentro.

Congelei. Lucy está em perigo.

Minha irmãzinha está em perigo. Percebi que cheguei a ter um carinho por ela mais como minha família do que meu avô, quem é meu parente de verdade. Por um segundo pensei em voltar.

Não, eu estava aqui por uma razão. No meu coração, Mira ainda era mais importante.

— Eu vou correr aí o mais rápido possível -Gajeel respondeu sério- Raiozinho ainda está na Saber?

— Huh? -Sting se surpreendeu- Ele saiu uns dias atrás. Não chegou na Fairy Tail?

Ops. Parece que me descobriram.

— Laxus? -ambos me encararam.

Abri a boca. Nesse segundo senti algo no ar e franzi as sobrancelhas.

— Eu peguei uma nova missão -respondi apressado- Quero ajudar vocês, mas já estou muito longe.

— Missão? Que missão? -Sting perguntou.

— Eucliffe, Gajeel. Conto com vocês, saiam vivos -falei- Preciso ir.

— Espera! -Gajeel exclamou.

Mas desliguei a lacrima. Logo apareceu Gryder na minha frente.

— São lobos -Mest resumiu- Eles vieram pelo cheiro.

Dei um sorriso.

— Me leve lá -respondi.

Ele segurou meu ombro e nos teletransportamos na entrada da vila. E entre as árvores, vimos os olhos dos bichos que grasnavam.

— Que desagradáveis -murmurei, ao ver seus dentes babando.

— Conto com você -ele saiu da linha de frente, sumindo para algum lugar seguro.

Realmente, um mago de utilidade seria só um estorvo para um mago ofensivo. Já era um saco que seu poder era limitado e não podia nos teletransportar para todo lugar, só em lugares que ele possa calcular, então do meio dessa vila até o aqui, era fácil.

— Isso e aquilo, tudo é um problema.

Ergui minhas mãos, com faíscas saindo.

Mas por alguma razão, a minha mente que estava inundada até a exaustão por Mira, agora tinha outra coisa em mente.

Minha irmãzinha estúpida e problemática. Parece que ela também podia desviar minha loucura que estava se transformando em obsessão, mesmo estando longe.

Eu ri.

Cheney, eu confiei Lucy para você. Espero que não me decepcione. Se não, eu tenho que pensar em uma boa forma de usar essa nova informação interessante que tenho nas minhas mãos. Certo, Roguinia?

 

Levy POV

Erza bateu na mesa com as duas mãos.

— Mestre! Como você pôde!? -ela fumegou assustadora.

Mas eu também estava inflando as bochechas, com os braços cruzados.

— Minhas filhas, eu já lhes disse... -Makarov suspirou, sentado na cadeira.

— Minhas filhas não! O mestre escondeu isso da gente! -Scarlet ficou mais zangada.

— Sim! Por que não ficamos sabendo que Lu-chan estava participando de uma missão conjunta!? -também reclamei. O mestre se encolheu, ficando menor, mais do que já era- Se ela pode ir com a Mermaid, por que não pôde ser com a Fairy Tail!?

— Meninas, de acalmem -ele suspirou- Sabem que Lucy saiu da guilda por motivos pessoais. Ela não se sentiria estranha de ver vocês?

— Mas...! -titânia tentou argumentar, mas hesitou.

Mestre tinha um ponto.

— Sabia que vocês iriam querer segui-la, então deixei quieto. No meu coração é mais importante respeitar os sentimentos de Lucy até que ela se sinta confortável em voltar para nós.

Abaixei a cabeça. Pensando no que o mestre disse.

Eu queria esperar. Eu realmente queria. Mas a saudade era tão grande, que quando existia uma desculpa tão perfeita na minha frente de vê-la...

— Voltem para o salão, agora já é tarde demais para mudar, os papéis de missão já foram processados na central e os magos já foram designados.

Infelizmente eu e Erza fomos expulsas assim. Descemos a escada em silêncio.

— E aí? -Gray cruzou os braços- Deu certo?

Balancei a cabeça negativamente.

— Já foi -suspirei- Quando finalmente...

Nem pude terminar minha frase.

— AAAAH! Mas eu ainda estou brava! -titânia coçou a nuca. Ela catou um papel da tabela de missões e arrastou o braço do mago de gelo- Gray, vamos em uma missão.

— O quê!? Por que eu!? -ele se contorceu.

— Por que sim! -ela respondeu irritada, jogando o papel no balcão com a força do ódio.

— Não! Titânia, por que está sobrando para mim!?

— Fica quieto Gray! -o arrastou para a porta da guilda, para infelicidade de Fullbuster, Scarlet era implacável- Juvia! Você vem e traz a roupa dele!

— AAAAAAAH! -os protestos do mago de gelo não foram escutados.

A porta se fechou com um estrondo. Logo se abriu para Juvia seguir os dois, levando uma muda de roupas.

Juntei minhas palmas e rezei pela alma de Gray Fullbuster. Por favor, sobreviva à fúria de Erza.

Mas me deprimi novamente. Sentei na mesa e apoiei o queixo.

Mermaid é conhecida por não fazer times com homens, então no nosso caso, podíamos nos juntar. Por que não três guildas?

Não era como se não tivesse acontecido antes. Era raro, mas não impossível. Do grupo, eu e Erza fomos com o mestre ver a possibilidade.

O resultado foi esse.

Wendy incrivelmente fez um grupo com Romeo e Macao, saindo juntos com Charles. Parece que Conbolt percebeu que era hora do filho ganhar alguma experiência, no momento estavam fora.

Fique sabendo que até eles viram Lu-chan por coincidência!

Me senti mais indignada ainda.

Isso começou a cansar minha mente. Se não podíamos fazer nada, então não podemos fazer nada!

Se continuar assim e pensar nessas coisas, iria ficar doente. Então repassei mentalmente o conteúdo do livro que li ontem. Sobre a teoria de imigração dos cardumes de lua!

Era tão interessante que Lu-chan teria gostado de ler também!

E descobri que eu estava pensando na minha melhor amiga de novo.

— Aaaargh! -botei minhas mãos na cabeça e gritei, chateada.

Com um suspiro, levantei da mesa e resolvi sair da guilda. Sim, vamos respirar um ar fresco.

Abri a porta e bati o nariz em algo duro.

— Ouch!

Quando olhei para cima. Havia um Gajeel me encarando. Seu rosto estava tão sério que me assustou.

— O que? Gajeel? -esfreguei meu nariz.

— Baixinha! -ele sorriu- Você está saindo?

— Sim -respondi.

— Gehee -seu sorriso alargou mais, então seus olhos passaram pela guilda- Titânia não está?

— Erza? Ela saiu faz uns minutos com Gray e Juvia. Foram em uma missão.

Seu sorriso congelou. Frisei minhas sobrancelhas. Ele estava estranho. Comportando de forma muito suspeita. Cerrei os olhos desconfiada.

— Por que você está buscando a Erza?

Logo ele se recompôs e deu de ombros.

— Nada. Então nos vemos, baixinha!

Ele simplesmente deu a volta e saiu. Arregalei meus olhos estupefata.

Mas antes que ele sumisse da minha vista, fechei a porta da guilda e o segui.

— Espera! Gajeel!

Ele continuou andando.

— Eu disse espera! -peguei seu braço, com a mão livre botei no meu joelho e arfei.

— Opa, aconteceu algo? -ele riu despreocupado.

— Algo? Eu quem pergunto isso. Por que você está agindo estranho?

— Eu? Agindo estranho? -sua feição ficou surpresa- Acho que você está pensando em coisas estranhas, Gehee.

— Não, eu tenho certeza. Minha intuição diz que você está estranho -teimei- Por que você está buscando a Erza?

— Gajeel! -uma voz que eu conheço se aproximou- Você os encontrou?

Era Lily.

— Oh, olá Levy -ele me olhou respeitoso.

Meus olhos foram do mago do ferro para o exceed voador. E então encarei novamente para o homem.

— Por que você não está olhando para mim, Gajeel?

Então uma premonição sinistra passou por mim.

— É a Lu-chan?

Vi como seus lábios comprimiram.

— É por isso que você está buscando a Erza?

Ele ficou em silêncio. Eu estou certa. É a Lu-chan.

— Se você estiver indo para ela. Eu vou junto.

Lu-chan está em uma missão. Não sei como, mas Gajeel parece que soube de algo. E esse algo o estava deixando sério.

— Não pode, baixinha -ele finalmente me encarou, seu jeito despreocupado não estava em nenhum lugar mais.

— Claro que eu posso -respondi, colocando as mãos na minha cintura.

Lily suspirou.

— É melhor falar para ela, Gajeel.

— O que está acontecendo? -fiquei mais nervosa.

— É perigoso Levy -ele falou. Estava usando meu nome com um olhar sem um pingo de brincadeira.

Sabia, aconteceu algo muito grave com Lu-chan?

De repente explodi em raiva. Ergui a mão e peguei o colarinho do homem que tem o dobro do meu tamanho.

— Escuta aqui. Lu-chan é minha amiga. E nada pode me impedir de ajudar ela. Acho que você esqueceu que também tenho a marca da guilda da Fairy Tail, Gajeel -o encarei furiosa- Eu realmente não quero uma superproteção quando tem alguém importante para mim em perigo. Na verdade isso me irrita muito!

Os olhos dele se arregalou. Espantado pela minha ferocidade.

— Pff... -ele ergueu o rosto para o céu- Há... Hahahahah! Realmente, eu não posso com você, baixinha.

Ele coçou a cabeleira rebelde.

— Gehee -até Lily riu.

Pisquei surpresa.

— Eu não estou brincando, ok? -trinquei minhas sobrancelhas, me sentindo ofendida.

— Claro que não está -o mago de ferro me encarou com um sorriso- Bom... Na verdade, eu realmente não queria que você viesse.

Ele suspirou.

— Eu vou -bati o pé, decidida.

— Sim, eu entendi -ele deu uma pausa- A verdade... É que as coisas ficaram um pouco feias...

— Um... Pouco feias?

 


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