Happy POV 

Voando pela guilda, eu procurava o Natsu. Se ele não está aqui... Provavelmente está no jardim. Silenciosamente, voei pela janela e encontrei o rosado sentado com a Lisanna em um dos bancos de madeira talhados com marfim. 

Desde que Lucy foi embora, os dois voltaram à normalidade, da mesma forma que estavam quando foram em Lua-de-Mel e na época do namoro, ou seja, todo românticos. Não gosto de atrapalhá-los, por isso quando estão juntos, fico longe. Me aproximei um pouco, mas não tanto a ponto deles perceberem que eu estou aqui. 

— Natsu, meu amor, aonde pensa que devemos comprar a nova casa? -perguntou a albina, o rosado sorriu, passou o braço nos ombros da esposa. 

— Não sei, por mim pode ser em qualquer lugar, desde que eu fique no mesmo teto que o seu. 

— Sabe que eu te amo, né meu lindo rosado. 

— É claro, eu também te amo Lisanna. 

E começaram um beijo apaixonado. Suspirei desanimado e voltei para a guilda voando, me deitei em uma das mesas, desconsolado. 

— Lucyyyyyyy... Sua idiotaaaa... -resmunguei- Por que foi embora? Você disse que seriamos amigos para sempre... Sua grande idiota... Prometeu que iria me dar um peixe... Idiotaaaaaaaa... Me deixou sozinhooo... 

— O que está resmungando ai, Happy? -veio a voz feminina que amo tanto, me levantei na hora. 

— Charles! -e olhei para a menina que sorria- Wendy! 

— Oi Happy -falou a azulada, as logo ficou com cara de preocupação- O que aconteceu? Você não parece muito bem.  

Eu virei o rosto e sorri amargamente. 

— Estou filosofando sobre a vida das loiras e promessas de peixes. 

— Isso fez sentido nenhum. -falou a gata branca, pondo as patas na cintura. 

— Yo! -veio Lily para o nosso lado. Eu só ergui a pata em cumprimento- Qual o problema? 

— Oi Lily. -falou Wendy- O Happy parece desanimado. 

— Hum... Sei, pelo Natsu? -ele perguntou, eu suspirei mais fundo ainda. 

— Natsu é um idiota também... -respondi- Depois que se casou, ficou complicado para mim me aproximar dele mais e mais... Nas missões eles ficam namorando e... -virei o rosto, com uma cara azeda- Entende? 

— Aah... É isso... -compreendeu a Dragon Slayer do Céu- Mas não tem jeito Happy, o Natsu-san e Lisanna-san são mais que namorados agora. 

— É exatamente como Wendy falou, gato idiota. -apoiou Charles. 

— É... -concordei- Mas eu queria poder brincar mais com a Lucy também... Mas... Ela foi embora, o Natsu tentou ir atrás dela antes, mas depois ele desistiu... E quando eu perguntei... Ele... Ele... -meus olhos marejaram- Ele falou que era para não me importar com a Lucy... E que Lisanna é a nossa parceira agora. 

— Acho que isso é o normal -observou o exceed negro- Já era a hora do Natsu estúpido mudar de parceira. Na verdade Happy, ele já tinha mudado faz tempo, só não tinha oficializado ainda. 

Engoli seco, limpei as lágrimas e entortei a boca em desgosto. 

— Não fique assim Happy -Wendy tentou me animar- Lucy-san estava sofrendo também, acho que é melhor ela ter ido embora. 

Eu assenti com a cabeça, mas ainda lutava contra as lágrimas, Charles suspirou e se aproximou de mim, botando a pata no meu ombro. 

— Lucy prometeu que iria voltar. Ela vai cumprir a promessa. 

— Ela prometeu que iria me dar um peixe e foi embora. -respondi amargo. 

— Ela não é sua amiga, Happy? Tem que confiar nela. Ela também quer nos ver, mas por agora, só podemos esperar -a gata refutou. 

— Sim, todos nós estamos com saudades de Lucy-san -apoiou a maga azulada- Mas não podemos ir atrás dela. 

— É. Concordo plenamente. -assentiu Lily. 

— Deixa de se preocupar tanto Happy, isso não vai ser para sempre, apenas é por um tempo um pouco longo demais. -completou a gata branca. 

Ergui os olhos marejados, Wendy, Lily e até mesmo Charles sorriam para mim em compreensão. Assenti com a cabeça e respondi: 

— Eu vou esperar. 

Levy POV 

Estou no balcão como sempre. 

— Ei, baixinha, me vê um suco de laranja com abacaxi. 

Assenti lentamente e fui pegar, quando entreguei o pedido, o Dragon Slayer do Ferro estranhou. 

— Está esquisita baixinha. Normalmente iria xingar meio mundo, antes de fazer algo para mim. 

Comprimi os lábios enquanto secava um copo e respondi. 

— Olha Gajeel, eu prometi em não ir atrás da Lu-chan, mas isso não significa que sou insensível, sinto falta dela. 

Eu me sinto triste. Quer que eu fique sorridente sempre? Suspirei. 

Ele esboçou um sorriso e disse calmamente: 

— Ela prometeu voltar, o negócio é esperar, hué. Acha que ela mentiu? 

— Claro que não! -exclamei negando com a cabeça- Sei que ela prometeu, ela vai voltar, mas... Estou preocupada. 

— Calma -ele abriu um sorriso maior que me fez corar levemente- Você lembra do dia em que eu trouxe o Bunny Boy? -assenti com a cabeça, com o olhar baixo- Então vai lembrar de como esse cara cuidou bem dela sem problemas. Bunny Girl está bem. 

Eu o encarei, o Redfox exibia um sorriso confiante, sorri mais aliviada. 

— Sim... Obrigada Gajeel... -num quase sussurro. 

Ele pegou o copo com o suco e tomou um gole, me falou: 

— De nada baixinha, Gehee. 

Juvia POV 

Com cuidado... Com cuidado... Ikh! Gray-sama olhou para cá! 

Hoje, Juvia e Gray-sama estamos fazendo um passeio, ele parou na borda do rio que passa por Magnólia... Gray-sama fica tããããão lindo encostado na cerca que separa o rio da rua... Ah! Gray-sama olhou para cá de novo! 

KYAAAAAAAAAAAA! JUVIA É TÃO FELIZ! 

Sim, com cuidado... Tenho que observar Gray-sama com cuidado... Lembrar de cada centímetro cúbico dessa perfeição linda. 

Hein!? Gra... Gray-sama... Suspirou!? 

SE... SERÁ QUE GRAY-SAMA ESTÁ SE LEMBRANDO DA RIVAL DO AMOR!? MAS ELA FOI EMBORA!! AH! SE... SERÁ QUE EXATAMENTE POR RIVAL DO AMOR TER IDO EMBORA, GRAY-SAMA ESTÁ... SEN... SENTINDO... FA... FALTA!? OH NÃÃÃÃO!! 

Juvia já ficava em desespero, até que escutei uma voz se dirigia a mim. Retirando minhas altas doses de fantasia. 

— Juvia. Eu sei que está ai. Venha para cá. 

Oh!? 

Me levantei, e olhei cautelosa para Gray-sama, muito, muito corada... Os olhos do moreno me penetravam de forma que faz o corpo de Juvia estremecer de felicidade! Caminhei ficado meio envergonhada para o lado de Gray-sama. 

— G... Gray-sama? Ju... Juvia está... 

— Juvia, o que você acha? -ele perguntou, olhando para o rio, oh!? Que pergunta é essa!? Se... Será que finalmente Gray-sama vai... Vai... Dizer para Juvia que... A... Ama... Ama Juv... 

Meu rosto começou a arder, me remexi nervosa e sorridente. 

— G.. Gray-sama.... Sabe que o coração de Juvia sempre será de Gra... 

— QUÊ!? -ele me encarou atônito- Como você chegou nesse assunto!? -ele suspirou e voltou a ver a movimentação da água- Eu quero a sua opinião sobre aquele assunto de Zeref. 

Fiquei com uma feição séria, então é isso... Sim, o assunto Zeref é algo sério, até Juvia entende isso. Gray-sama é uma das várias vítimas dos demônios do mago negro, é claro que está preocupado. Fechei meus olhos pensativa, me virei para o rio e encarei as águas, junto com Gray-sama. 

— Juvia não sabe o que pensar de Zeref. Mas se ele é alguém que vai machucar uma companheira, mesmo que que seja uma Rival que quer Gray-sama, Juvia não pensará duas vezes. O mago negro vai ser um inimigo.  

— Não sabemos do paradeiro dele... -comentou Gray-sama- Isso dificulta muito, ajudaria mais se pelo menos entendêssemos o que significam as visões de Charles... 

Apertei o punho, segurando mais firme no ferro da cerca. Gray-sama parece muito preocupado, será que ele está se lembrando do passado? Aonde Deliora...  

A vida de Gray-sama foi totalmente reescrita porque Zeref existiu, se o mago negro não tivesse aparecido, provavelmente Gray-sama seria um homem normal, com uma família normal... Juvia precisa mostrar o certo do que devemos fazer. Juvia vai proteger. 

— É por isso que o coração de Juvia está sempre preparado. -falei em determinação- Se não sabemos de nada, então tudo o que precisamos fazer, é esperar e estarmos certos do que queremos. O que Juvia quer, é proteger a nova família, proteger os amigos de Fairy Tail e a Rival do Amor. 

— Preparados para o que der e vier, pela família... Huh? 

Ele sorriu, fiquei admirada com o sorriso dele, não importa quantas vezes veja, é muito bonito... 

— Gray-sama? -chamei envergonhada. 

— Sim, Juvia? 

— P... Por que chamou Juvia para responder essas perguntas?  

Ele sorriu, meu coração saltou, então Gray-sama respondeu simplesmente: 

— Por que você sempre está por perto, mas dificilmente dá sua opinião, sempre ficando longe. Mas como pensei, você é uma companheira que pensa nos amigos Juvia, não tem problema em chegar perto das pessoas com quem se importa. 

Ele sorria para mim com uma sobrancelha erguida, meu coração entrou em disparada. O sorriso de Gray-sama está diferente com o que sempre vejo longe... É um sorriso mais bonito, mais perto... Um sorriso especial, porque é para Juvia. 

— Vamos Juvia, vou te pagar um sorvete, pode ser? Ficar aqui para sempre pensando nos prolemas não resolve nada. 

Sorri e o acompanhei. 

— Sim! Vamos, Gray-sama! 

Erza POV 

— Maldita Lucy... -reclamei- Sei que prometi não ir atrás dela, mas por que ela tem tantos problemas? 

Eu estava sentada em um barranco de grama que ficava nas laterais de um caminho de terra, um local mais afastado do centro de Magnólia, onde a vista da cidade era mais bonita, pensando sobre a vida. Coloquei minhas mãos na cabeça e me deitei. 

— Como será que está aquele cara? Não deu as caras até agora... -resmunguei fechando os olhos, logo sinto uma sombra. 

— Falando sozinha, Erza?  

Abri os olhos abruptamente, vendo o cara cheio de pano no rosto e no corpo, me sentei no impulso e encarei aqueles olhos castanhos escuros. Fiquei tão vermelha que eu poderia me esconder no meu cabelo e ninguém me veria. 

— JE... JELLAL!? 

— !? O...Oi Erza... -ele se assustou, percebi porque seus olhos se arregalaram. 

— O... O que faz por aqui em Magnólia!? 

Ele corou, ficou sem saber responder, se sentou ao meu lado e limpou a garganta. 

— E... Eu... Vim... Ehmm... Não sei. -desviou de olhar, por alguma razão eu corei junto, como se soubesse a resposta da minha pergunta e desviei o olhar também- O... O que estava fazendo, Erza? 

Eu olhei para os prédios, me lembrando do que me afligia, suspirei. 

— Lucy -resumi- Ela saiu da guilda e descobri os problemas dela... 

— Ela saiu da guilda!? -ele ficou surpreso- Mas da última vez que a vi, parecia amar Fairy Tail! Por que faria isso!? 

— Sim... Ela tem os problemas dela... -respondi desanimada. Ele foi compreensivo e respondeu: 

— Entendi, nosso grupo tem muitos problemas também... Meredy ficou um tempo depressiva por causa de Urtear. 

— A filha da mestra do Gray, certo? -perguntei me lembrando vagamente- Verdade, vocês fundaram a Crime Sorcière... Eu ainda não sei o que aconteceu direito com a Urtear... 

— Ela sumiu -respondeu Jellal, sério, encarando o horizonte comigo- Urtear sumiu depois que os dragões passaram pelo portal da lua. Na verdade... Quando teve aquele lapso temporal em que o mundo voltou um minuto no tempo, tenho a impressão de que Urtear estava envolvida. 

Concordei com a cabeça, me lembrando daquele milagre. 

— Se ela está, tenho muito o que agradecer, muitos dos meus amigos disseram que tiveram um lapso de morte naquele dia, mas com a visão do futuro de mais ou menos um minuto, evitaram a morte... -dei um sorriso- Se for verdade, ela salvou todos eles. 

— É -Jellal então suspirou- Depois disso ela sumiu... Meredy chorava quase todos os dias... Mas para não me preocupar fazia isso escondida... -ele suspirou desanimado, se lembrando de um momento que eu desconheço, um momento só dele e da rosada. 

Senti uma pontada no peito, virei o meu rosto malignamente para Jellal. 

— Huuuuuummm... -fiz erguendo as sobrancelhas e espremendo os olhos. 

— O... O que foi? -perguntou ele em tom temeroso, me encarando. 

— Naaada, você está bem preocupado com Meredy -comentei sarcástica- É um amigo maravilhoso Jellal. 

— Que isso Erza? -ele riu, falando e tom animado- Ciúmes? 

Arregalei os olhos e desviei o olhar muito corada. AH ERZA! POR QUE ESTÁ CORANDO ASSIM!? J... JELLAL VAI PERCEBER! Pelo canto do olho o encarei e vi que ele corava surpreso. AH! ELE COROU! ELE COROU! ELE PERCEBEU! 

— É... É... Claaaaaro que não Jellal!! -respondi sorrindo e suando frio, PARA COM ISSO MULHER! MAL VÊ O HOMEM E CORA ASSIM!? QUE QUE ISSO!?- D... Da ooonde você tirou essa idéia!? 

— Ah... Ah! É mes... Mesmo!? -resolveu ele acompanhar o meu teatro- Des... Desculpa, você tem ra... Razão... Da onde será que veio isso!? Ha... Ha... Ha... 

Ficamos meio silenciosos, até que o azulado perguntou. 

— Sobre esses problemas de Lucy, o que são? 

Engoli seco, me lembrando. Jellal Fernandes, ele criou Crime Sorcière para se redimir do passado onde foi enganado e usado... Ele é uma outra vítima dos acontecimentos com Zeref, se eu contar sobre os sonhos de Charles... Qual será a reação dele? Mas por ele estar sempre em busca do mago negro, talvez saiba de algo. Posso sair da estaca zero. Pensei em dizer ao pessoal se deveríamos consultar Jellal... Mas fiquei com medo da reação dele, sendo que ele é uma das pessoas que mais busca como objetivo de vida, destruir o poder de Zeref. 

— Erza? -ele me chamou, levei um susto. 

— O... Oi!? O que é!? 

— Você não me respondeu. Qual o problema? 

— Lucy tem sérios problemas com Natsu -resolvi contar a verdade- E com Zeref. 

Ele me encarou atônito, franzindo as sobrancelhas. 

— Zeref!? -ele exclamou, assenti com a cabeça- O que quer dizer, Erza!? 

— Wendy -respondi, ele ficou confuso e expliquei- A gata dela, Charles, teve uma visão do futuro. Nessa visão, estão Lucy e Zeref, o mago negro estava prestes a matar Lucy. 

A boca dele se abria e fechava, sem saber o que responder. Já que eu contei, resolvi perguntar: 

— Sabe de algum paradeiro dele? -ele continuava em choque, então o chamei- Jellal? 

— Hã!? -ele voltou em sí- Desculpa, foi uma surpresa bem grande. Na verdade, não fizemos progresso, Zeref está sumido. 

Suspirei desanimada. 

— O pessoal da Fairy Tail... -ele foi falando- Não procura mais pela Mirageene? 

Meu coração apertou, comprimi os lábios e apertei o punho. 

— Depois do desastre, se tornou um assunto quase morto. Já que não sabemos do paradeiro dela... É claro, no começo Natsu, eu e mais algumas pessoas, resolvemos ir procurá-la... Mas... O mestre disse que mesmo que a achássemos, o que poderíamos fazer? -olhei vago- Só paramos em pensar de ir atrás dela, quando não tínhamos pistas nenhuma... E por causa da promessa de Mest Gryder. 

— Falando nele, Mest nos contactou. 

— Quê!? -me surpreendi. 

— Ele quis nossa ajuda para achar Zeref ou Mira. Temos um trato agora. Foi nele que vocês confiaram para as buscas, certo? 

— Sim... -suspirei- Não podemos mandar toda uma guilda para procurar pessoas que nem o cheiro restou para trás, mesmo que eu e os outros estávamos disposto a isso. Mest se responsabilizou pelas buscas, podemos apenas esperar, e penso que foi a melhor pessoa a ser colocada, já que ele tem uma influência no Conselho. 

Jellal ficou pensativo. 

— Para aonde Lucy Heartphilia foi? 

— Foi para a Sabertooth. -respondi, ao vê-lo se levantar, peguei seu pulso e perguntei- Aonde vai, Jellal? 

— ... Estou indo perguntar para a loira sobre essa visão. Eu preciso saber se tem algo acontecendo com ela. Como é que Lucy acabaria tão próximo de Zeref? Só tinha apenas os dois na visão, certo? -respondeu ele, de olhos esperançosos... Arregalados. Eu mordi o maxilar e fiquei contra. 

— Não, Jellal. Não pode. 

— Por quê!? -ele ficou confuso- É uma das pocas pistas que temos! Talvez... 

— Não! -insisti, Jellal ficou mais confuso ainda. 

— Não estou entendendo Erza, quando finalmente aparece alguma coisa em relação Zeref, você fica contra!? Por que acha que eu fundei a Crime Sorcière!? 

Mesmo me segurando, lágrimas começaram a cair, os olhos de Jellal se arregalaram confusos. 

— E... Erza!? 

Eu limpei as lágrimas rapidamente, Jellal me olhou preocupado, se aproximou e me abraçou. 

— Me conta o porquê, Erza. É importante para mim saber do paradeiro de Zeref... Mas para você chorar... Deve ter uma razão importante, certo? 

Assenti com a cabeça que se escondeu no peitoril definido do azulado e respondi com a voz meio falha: 

— Lucy saiu da guilda para poder resolver um dos muitos problemas dela... Não queremos atrapalhar, se você for, ela pode acabar... Sendo pressionada por mais problemas. 

Eu coloquei minhas mãos no peito dele e o empurrei um pouco para encarar seu rosto coberto por tantos panos. 

— Tudo o que todos querem... Não, tudo o que eu quero por enquanto Jellal, é que a nossa amiga supere esse problema que ela foi resolver, para voltar. Voltar com um sorriso para nós. Eu só queria... Que tudo voltasse a ser como o passado, acho que todos querem. Mas se sair da guilda, significa que é o que Lucy precisa fazer para voltar a ser feliz... -dei um leve soluço, mordi o beiço- É importante para mim Jellal. 

Ele ficou meio silencioso, então eu falei: 

— Eu sei como é importante para vocês cada pista existente sobre Zeref, mas isso não pode esperar? Por favor... -eu encarei o chão. Estou pedido algo cruel para ele, Jellal sofreu tanto e está desesperado para poder se redimir, nem que seja um pouco. 

Ele colocou a mão na minha cabeça e puxou de volta pro seu peitoril, fechei os olhos e ele me disse: 

— Entendi Erza, então por enquanto, eu não farei nada. Mesmo sendo importante para a Crime Sorcière, para mim, ir logo caçar o mago negro. Vou ficar quieto, porque você pediu. 

Eu sorri, corando. 

— Sim, obrigada.