Underfell escrita por CraftPickage


Capítulo 3
Capítulo 2 - Vs Toriel


Notas iniciais do capítulo

Fala gente! Aqui vai mais um capitulo de Unferfell, que para mim, foi o que me deixou mais triste na hora de fazer. Se vocês tiverem carinho pelos personagens, saberão do que estou falando. Espero que gostem.

Ah, mais uma coisa! Eu modifiquei o tipo de diálogos. Agora, em lugar do Frisk falar tipo
"Oi, eu sou Frisk"
Ele fala mais parecido com o jogo
"*Você disse oi e se apresentou"
Acho que assim fica mais legal.



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— Seja bem-vindo a sua nova casa. – Toriel disse, abrindo a porta de metal. A casa era idêntica à casa que Frisk conhecia, um pouco mais poeirenta, mas ainda assim era igual. – Você consegue sentir esse cheiro? – Frisk cheirou o ar, sentiu um cheiro estranho que não reconhecia. - Sim, é uma torta de lesmas. – Toriel balançou a cabeça olhando para Frisk. – Era para ser uma torta de canela com caramelo, mas não achei os ingredientes... – Toriel arregalou os olhos com um sorriso ao lembrar-se de algo. – Ah! Uma ultima surpresa! Venha aqui. – Toriel voltou a segurar na mão de Frisk e a puxa-lo pelo corredor da casa. Ela o levava descuidadamente e apressadamente, diferente da Toriel original.

 

Toriel o levou pelo corredor e mostrou a ele o primeiro cômodo.

— Um quarto só para você, pequenino! – Ela deu um cafuné na cabeça de Frisk e abriu a porta. O quarto era exatamente como Frisk se lembrava, com brinquedos de pelúcia na frente de um baú, armários cheios de roupas e uma confortável cama. Mas assim que Frisk entrou no quarto, percebeu uma mancha avermelhada no tapete, e a cama tinha um cheiro esquisito também. – Sinta-se em casa! – Toriel saiu caminhando em direção da cozinha. Frisk tinha um mau pressentimento. Mesmo com a casa estando bastante parecida com a casa original, havia alguma coisa sinistra nela, e Frisk sentia isso. Decidiu deixar as preocupações de lado de foi dormir, com a esperança de acordar de volta a sua casa.

Isso não aconteceu.

Frisk acordou ainda na casa da outra Toriel. Uma torta de lesmas repousava ao lado da cama, Frisk não sentia muita fome ainda.

A criança se levantou e foi caminhando até a sala, encontrando Toriel sentada em sua poltrona ao lado da lareira. Frisk percebeu de cara que a cozinha possuía uma porta, seguramente trancada, coisa que não existia na casa verdadeira.

— Oh, minha criança, já acordado? Venha aqui. – O rosto de Toriel expressava ternura, mas Frisk percebeu malicia nos seus grandes olhos amarelos. – Eu preparei um currículo para sua educação, eu sempre quis ser professora, sabe? – Toriel pareceu pensativa por um segundo. – Mesmo que isso não tenha dado muito certo antes... Mesmo assim, não custa nada tentar. – Frisk se alarmou com o ultimo dialogo de Toriel, e esta pareceu perceber isto. – Você quer me contar alguma coisa, meu pequenino? – O rosto de Toriel expressava impaciência por trás daquele amável sorriso. Você pensa um pouco e decide tentar o mesmo que da ultima vez.

“*Você pergunta como pode ir para casa”

— Ir para casa? – Toriel mostrou um sorriso perturbador. – Você não tem mais casa, meu pequeno. Você mora comigo agora. Você é meu... Filho. – Frisk se sentiu intimidado por um momento, já que pareceu que Toriel havia dito “filho” somente para disfarçar a ultima frase.

“*Você pergunta como sair das ruínas.”

— Você não vai sair das ruínas. – O rosto de Toriel se tornou serio. – Você vai ficar aqui, comigo. – Um calafrio percorreu a espinha de Frisk. – E nem pense em tentar fugir... – Ela sorriu maliciosamente. – Ou eu mato você. – Aquilo foi a gota d’água.

Frisk deu alguns passos para trás e olhou rapidamente para a escadaria vermelha na entrada da casa. Toriel seguiu seu olhar, e se levantou de golpe. Frisk desatou a correr em direção das escadas, Toriel soltou um berro e começou a correr atrás de Frisk também.

— VOCÊ NÃO VAI FUGIR! – Toriel urrou. Chamas rodopiaram em volta dela e foram em direção de Frisk, que conseguiu evita-las rolando para os lados. Se uma delas encostassem nele, sua alma sairia e ele ficaria imobilizado pela batalha até ser seu turno, onde a sua alma voltaria para seu corpo.

Frisk continuou correndo e começou a descer as escadas. Um cheiro fétido atingiu suas narinas ao perceber milhares de corpos de diferentes criaturas pelo corredor: Froggits, Whimsuns, Vegetoids... Todo tipo de corpos e carcaças estavam jogados e empilhados ao redor do caminho, com sangue espalhado por todas partes.

— SUA ALMA É MINHA! – Toriel exclamou, lançando mais chamas que atingiram os corpos. Frisk estava totalmente aterrorizado e nem sequer se virou. – É MINHA! ELA É A ÚNICA ESPERANÇA QUE EU TENHO PARA VOLTAR AO MEU AMADO ASGORE! – Frisk ficou confuso com aquilo, mas não se deteve. – QUANDO EU ENTREGAR SUA ALMA PARA ELE, ELE VAI RETIRAR MEU EXILIO E EU VOLTAREI PARA O CASTELO! – Frisk começou a chorar. O corredor virou e ele conseguiu ver a porta ao longe. – VOLTE AQUI! – Uma das chamas atingiu Frisk e sua alma saiu do seu corpo, pairando acima dele. Frisk automaticamente se virou para trás e pode observar Toriel.

Toriel estava com seus grandes olhos amarelos injetados de ódio, seu rosto estava deformado, mostrando dentes afiados como punhais.

“*Você tenta dizer alguma coisa, mas está assustado demais para falar”

Chamas rodopiaram em volta de Toriel e voaram em círculos na direção da alma de Frisk, que as esquivou agilmente, deixando ser atingido por duas acidentalmente.

A alma voltou para o corpo de Frisk e este ganhou o controle de volta, correndo em direção da porta.

— NÃÃÃOOO! – Toriel correu ainda mais, mas Frisk então percebeu vinhas surgindo do chão e rodeando Toriel. – NÃÃÃO! – Toriel repetiu. Frisk percebeu uma pequena flor amarela do outro lado da porta fazendo gestos. Frisk acelerou e conseguiu chegar à porta, escutando um ultimo grito de Toriel e recebendo de raspão uma ultima bola de fogo que atingiu seu braço direito e parte da parede. A porta se fechou pesadamente e Frisk conseguiu escutar os gritos abafados de Toriel do outro lado.

Frisk deixou soltar um suspiro e começou a chorar ainda mais, sentando-se e apoiando-se à porta.

— Ei, ei, ei... – Uma voz sussurrou. – Não chora, não chora não... – Frisk levantou os olhos para ver Flowey a sua frente, com um olhar triste. – Você conseguiu sair de lá, você está bem... Seu braço vai ficar bem... Tudo vai ficar bem...

“*Você conta a Flowey que não é por esse motivo que você está chorando”

— Não? Qual é o motivo então?

 

“*Você disse, entre soluços, que quer voltar para sua casa, sua casa de verdade, não esta versão horrível dela”

— Você está falando da superfície, não é mesmo? – Antes que Frisk conseguisse dizer alguma outra coisa, Flowey falou outra vez. – Eu acho que... – Flowey pareceu relutante, mas cedeu. – Eu vou te ajudar a chegar até lá. – Frisk secou seus olhos. Ele não entendia muito bem o que acontecia, mas pensou que se conseguisse sair de lá poderia descobrir o que havia acontecido com seus amigos.

Flowey se enterrou na terra e apareceu vários metros diante de Frisk, em frente a uma grande porta, similar a que levava as ruínas.

— Venha, é por aqui. – A flor se enfiou no chão outra vez e Frisk seguiu em direção da porta, com sua determinação renovada.


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Notas finais do capítulo

UNDERFELL
By CraftPickage

Já vai dois capítulos e ainda não tinha falado nada sobre determinação? Nunca é tarde.

Espero que tenham gostado, e não se esqueçam de comentar!



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