Underfell escrita por CraftPickage


Capítulo 28
Capitulo 27 - Vs Asgore - Parte 1


Notas iniciais do capítulo

Finalmente voltei do hiato. Demorei, mas voltei. Eu tive que recriar este capitulo umas cinco vezes, pois não estava conseguindo deixar ele como quería. Mas penso que agora consegui moldar bem minha visão de Asgore. Se ficou bom ou não, cabe a vocês decidir, espero que gostem.


Caraca, já faz mais de um ano que estou postando essa fic... Muito obrigado a todos os que acompanharam até agora, eu devo essa história a vocês, pois me motivam a continuar *-*



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Frisk adentrou na sala do trono.

Uma baforada quente fez com que a criança recuasse, e um forte odor invadiu suas narinas. Uma tênue fonte de luz vinha do teto de vidro abobadado, mas mesmo assim, o céu havia escurecido, e parecia estar prestes a chover. Cortinas negras grossas cobriam as janelas ao redor da sala, e chamas queimavam sobre castiçais ao redor do trono.

O trono inquietou Frisk, e lhe encheu de temor, pois parecia ser feito de ossos, centenas de ossos, perfeitamente posicionados para servir de assento. Era do trono que vinha o cheiro fétido.

E tinha alguém sentado no trono.

Era uma figura alta, quase 3 metros de alto, e extremamente robusta. Seu corpo estava coberto por um manto negro que caía por sobre a metade direita de sua armadura vermelha, enquanto que sua cabeça permanecia levemente apoiada sobre seu punho esquerdo, adornado por braceletes vermelhos.

Frisk levantou o olhar, e ao fixar seus olhos no rosto daquele ser, suas pernas tremeram e o coração disparou. A única coisa que conseguia pensar era em fugir, ao contemplar tal expressão de maldade e fúria. Seu rosto era branco, mas rodeado por frondosos cabelos negros e contornado por uma barba. Seus dois olhos vermelhos estavam fixados em Frisk, eram astutos e cheios de malicia. No topo de sua cabeça, uma coroa, ladeada por dois afiados chifres, semelhantes a arpões, apontando para o teto.

— Finalmente você chegou. - O rei murmurou, parecia entediado. - Venha à luz, pequeno, deixe eu te ver melhor. - Frisk hesitou, mas avançou, ficando ao lado de um dos castiçais. - Hmm... Tal e como me descreveram sua aparência... - O rei levantou levemente a cabeça - Você sabe quem eu sou?

"*Você timidamente move a cabeça positivamente"

— E quem eu sou? - O rei disse sem se mover um centímetro, com os dois olhos grudados em Frisk.

"*Você responde que ele é o rei dos monstros, Asgore"

O rei pareceu ficar satisfeito com a resposta ao mover a cabeça positivamente.

— Exatamente... E já sabe o que está por vir? - Asgore indagou. Frisk sentiu um calafrio, e moveu a cabeça positivamente. O rei, por outro lado, soltou um forte suspiro, como se estivesse entediado, e se levantou do trono. Seu manto deslizou para cima do corpo, cobrindo sua armadura e seus braços. - Venha. - Asgore se virou para trás e caminhou firmemente na direção de uma grande porta nos fundos. - Eu disse para vir! - Asgore ordenou com autoridade. Frisk se apressou para segui-lo.

O rei atravessou a porta, seguido pelo humano. Do outro lado, um caminho havia sido escavado na rocha da montanha, levando para cima. Asgore se deteve.

— Eu já te vi antes. - O rei rompeu o silêncio. - Tenho quase a certeza que sim. - Frisk, confuso, ergueu o olhar para encarar o rei, mas este continuava de costas. Então, continuou o caminho, e a criança o seguiu. Ambos chegaram a uma grande parede de pedra, na qual uma abertura havia sido feita, provavelmente por uma explosão. Uma luz amarelada brilhava do outro lado. Asgore deu um passo para a direita, deixando a abertura livre para a passagem de Frisk. - Entra. - Frisk obedeceu, e cuidadosamente, atravessou o buraco.

Uma forte luz amarela brilhava a sua frente. A alguns metros de Frisk, uma espécie de muralha de luz cobria a visão do humano até onde ele conseguia enxergar. A muralha piscava em ondas amarelas e negras, e se o humano prestasse atenção, conseguia enxergar o outro lado da muralha: A saída da caverna, e a luz do por do sol brilhando.

Aquela visão era até certo ponto linda, mas a paisagem se quebrou quando o humano sentiu um objeto tocar suas pernas. O humano olhou para o chão, e prendeu a respiração.

Seis corpos jaziam ali. Alguns eram apenas ossos calcinados, outros eram mais recentes, com horríveis cortes no estomago e no rosto, cuja expressão permanecia congelada em horror. Eram crianças, crianças mortas, crianças queimadas. Jarros com suas almas pendiam do teto, mantidos no ar por grossas correntes enferrujadas.

O humano recuou aterrorizado, mas ao se voltar para o buraco, Asgore o barrava, enquanto fitava o humano com desdém. Os olhos de Frisk se encheram de lagrimas. Sombras se projetavam no rosto de Asgore, lhe dando uma aparência ainda mais temível.

“*Você pergunta o porquê...”

— 600 anos. – Asgore disse lentamente. – 600 anos presos em uma caverna escura. 600 anos sem ver a luz do sol. 600 anos obrigados a matar ou morrer. E você ainda tem coragem de perguntar o porquê? Eu lhe responderei o por que. – Ele se inclinou lentamente sobre o humano. – Porque todos os humanos devem morrer. – Sua voz saiu em um sussurro. Seus olhos transbordavam hostilidade, e possuíam um brilho vermelho de cólera. O humano recuou, assustado, em direção da barreira. Asgore se manteve parado, fitando Frisk, seus olhos ainda brilhando em vermelho. Um sorriso lentamente apareceu em seu rosto, mas seus olhos ainda odiavam. – Eu desfrutarei cada segundo da sua morte. Cada segundo da morte de seu mundo. Eu vou matar. Todos vocês. – Asgore esticou o braço esquerdo, lançando seu manto para trás. Ele segurava um gigantesco cutelo serrilhado, que em um segundo, foi rodeado por chamas vermelhas. – Adeus. – Asgore golpeou com o cutelo no chão. O solo tremeu, e um circulo de chamas se formou ao redor do rei e da criança.

Agora Frisk estava sem saída.

Mas após ouvir o discurso de Asgore, sabia que seu mundo dependia daquele momento.

Isso o encheu de D E T E R M I N A Ç Ã O.


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Notas finais do capítulo

Antes, eu estava planejando seguir com a história do autor original do sprite do Asgore (aquela onde Asgore caça humanos por diversão), mas percebi que não iria fazer sentido, nem no universo, nem nessa história, pelo que fiz algumas reboladas grandes pra criar essa historia. Espero que tenham gostado.



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