Underfell escrita por CraftPickage


Capítulo 19
Capítulo 18 - Vs Guardas Reais


Notas iniciais do capítulo

Fala pessoal! Aqui deixo mais um capítulo de Underfell! Esse aqui é mais levinho, com mais um flashback, mas com a aparição de um personagem que vai ter importância mais pra frente... Espero que gostem!



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Frisk estava no corredor que levava para Snowdin, na casa da outra Toriel. Vários monstros estavam empalados nas paredes, agonizando, e uma fina nevoa cobria o chão daquele lugar.

— VOCÊ NÃO VAI FUGIR DE MIM! – Uma voz aguda, cheia de ira, soou atrás de Frisk, que se virou sem emoção para ver quem era. A outra Toriel caminhava apressadamente na sua direção, com os olhos amarelos brilhando de raiva. – SUA ALMA É MINHA! É MINHA! É MINHA! – Frisk segurava com força uma faca de brinquedo atrás das costas para que Toriel não percebesse sua arma. Chamas surgiram nas mãos da mulher e esta rosnou para o humano. – MINHA! – Toriel esticou o braço e uma rajada de fogo acertou Frisk em cheio, mas este nem piscou, já que o LV de Frisk era alto o suficiente para aguentar o fogo de Toriel, tudo graças a uma trilha de matanças que Frisk havia feito. Toriel estava visivelmente surpresa, mas sua insanidade era tal que decidiu ignorar aquilo. – EU VOU TIRAR SUA ALMA... – Toriel disse. - ...E ENTÃO, MEU AMADO REI ME DEIXARÁ VIVER NO CASTELO NOVAMENTE! – “Frisk, não faça isso” a voz de Chara soou na sua cabeça, mas Frisk não deu ouvidos, como sempre, e simplesmente atacou.

A faca cortou Toriel na diagonal, começando no seu abdômen e terminando no seu rosto, um pouco abaixo de sua boca. Toriel arregalou os olhos ao sentir que a vida saía do seu corpo.

— Isso... Isso quer dizer... Que Asgore não me quer? – O que havia sobrado de sanidade em Toriel se foi. – Ele vai me buscar, ele disse que viria... – Toriel sorriu enquanto se transformava em neblina.

O humano caminhou até a saída das ruínas, encontrando aquele montinho de mato iluminado por um feixe de luz. Flowey o encarava assustado.

— Você sobreviveu. – Flowey se forçou a dizer. – Eu achava que você não conseguiria... – A flor olhou para as mãos cheias de névoa do humano. – Eu acho que você vai ter que fazer mais isso daqui pra frente se você quer ver o seu mundo outra vez. – Flowey encarou o rosto de Frisk, que se mantinha sem reação alguma, com a mesma expressão neutra de quando se encontraram da primeira vez. – Mas pelo jeito, isso não importa muito para você, não é?

Então, tudo ficou escuro e a lembrança foi embora.

Frisk acordou antes de Flowey. Por um minuto, ele se perguntou onde estava, então se lembrou de que havia deitado para descansar em um posto de vigia do Sans, agora vazio. O sonho ainda estava fresco em sua mente, e o humano sentia medo do que aquele sonho queria dizer. Ele não desejava matar monstro algum, mas se ele estava ganhando a personalidade daquele outro Frisk, isso queria dizer que ele não se importaria mais. O que mais deixava ele amedrontado naquele momento era voltar para seu mundo normal com a personalidade do outro humano e acabar matando todos seus amigos... Isso se o outro humano já estava lá e já não havia matado. Aquele pensamento aterrorizou Frisk, e ele decidiu afasta-lo de sua mente.

— Bom dia... – Flowey disse, ainda um pouco sonolento. – Conseguiu dormir? – Frisk teve que concordar com a cabeça. Ele não estava com vontade de contar para Flowey sobre seus sonhos e deixa-lo mais preocupado. – Então vamos andando, pode ser que a guarda real esteja por aí, e a noticia de que um humano caiu aqui já deve ter se espalhado. – Frisk se levantou se sacudiu a poeira de suas roupas, então pegou a bota onde Flowey estava e saíram caminhando.

A barriga do humano roncou enquanto este passava por uma ponte improvisada de madeira que unia dois precipícios. Ele percebera que não comia há muito tempo. No caminho por Waterfall, ele encontrara algumas coisas no chão para comer e até um carrinho de sorvete abandonado, mas ali a situação não era a mesma, tudo estava vazio.

— Isso é fome? – Flowey disse, ao ouvir o ronco da barriga de Frisk. – Acontece que eu nem sei onde tem comida aqui... – Flowey murmurou, olhando ao redor. – Eu lembro de ouvir falar sobre um restaurante mais pra frente, só que deve ser um pouco longe... – Flowey então teve uma ideia. – Ei, você ainda tem aquela comida... Os Temmieflakes. – O rosto de Frisk se acendeu e ele tirou a caixa prateada do seu bolso. Dentro da caixa existiam alguns pacotes vermelhos de Temmieflakes, que eram parecidos com barras de cereais. Ele comeu alguns e ofereceu para Flowey, que recusou.

O caminho chegou a um trecho onde existiam diversas plataformas de metal, unidas umas as outra por pontes feitas de canos e tubulações. Fumaça saía de alguns canos. Frisk cuidadosamente atravessou o local e chegou ao outro lado.

O humano e a flor estavam passando por uma parte cheia de tubos de escape que saíam do chão quando ouviram pessoas falando alto, o humano percebeu que alguém gritava ordens enquanto outra pessoa, uma mulher, ria e xingava alto com um tom zombeteiro. Frisk percebeu que o som vinha de mais para frente no caminho e decidiu se ocultar atrás de alguns dos tubos para poder ver o que estava acontecendo.

Um soldado da guarda real, cujo capacete possuía dois chifres de carneiro, corria atrás de uma criatura pequena que se movia rapidamente, Frisk mal conseguia reconhecer quem era a fugitiva.

 

 

 

— Volte aqui, sua imunda! – O soldado ordenou, segurando com força sua espada enquanto tentava alcançar aquela figura.

— Vai pro inferno! – A mulher, que possuía uma voz bastante aguda, disse. A criatura finalmente desacelerou ao perceber outro soldado, que possuía dois chifres de touro e um capacete mais alongado. – Droga! – A mulher para. Era a outra Muffet. Seus cabelos negros estavam um pouco mais bagunçados do que o normal, Usava uma camisa branca com suspensórios pretos e um laço no pescoço. Com suas duas mãos superiores segurava duas pistolas, em suas duas mãos centrais segurava duas facas e nas duas mãos inferiores, duas sacolas com dinheiro. Um cigarro pendia em sua boca.

— Esse dinheiro é nosso. – O soldado que perseguia Muffet disse. – Devolva-o e deixaremos você ir sem punição.

— Não é mais. – Muffet rebateu, apontando com suas pistolas para os dois guardas. Um sorriso de escárnio apareceu em seu rosto. - Eu vou dar um melhor uso a este dinheiro. Minhas irmãs estão famintas por culpa de tiranos como vocês.

— Devolva. – O outro guarda disse, sua voz era mais grave.

— Um passo mais e atiro. – Muffet ameaçou. O guarda que a perseguia deu um passo para frente. Muffet puxou o gatilho, mas a arma estava sem munição. – Não! – Muffet rugiu, desesperada. Frisk sentiu que devia fazer alguma coisa, então começou a rastejar entre os tubos.

— Cara, o que você esta fazendo? – Flowey sussurrou preocupado. – Ei! – Frisk não deu atenção para a flor e continuou rastejando. O humano conseguiu passar pelos soldados sem que estes percebessem e se levantou bem atrás deles. Os soldados avançavam na direção de Muffet, que tentava ameaçá-los com suas facas.

Um assobio interrompeu a cena. O guarda se virou para encontrar o humano atrás dele.

— O humano! – O guarda bradou, apontando com sua espada para Frisk. O garoto disparou a correr, com os guardas atrás de si e deixando o espaço livre para que Muffet pudesse fugir.

O humano continuou correndo pelo caminho, quase sendo alcançado pelos guardas, por sorte, achou um cacto no meio do caminho e se escondeu atrás do mesmo. Os guardas passaram por ele sem que percebessem sua presença.

Quando Frisk notou que era seguro voltar, começou a correr de volta a onde havia deixado Flowey. Encontrou Flowey nervoso, tentando sair da bota. Muffet já havia desaparecido.

— Você ficou maluco!? – Flowey exclamou, irado. – Você sabe o que esses dois iriam fazer se conseguissem alcança-lo!? – Frisk sorriu e deu de ombros.

“*Você diz para Flowey que precisava ajudar a Muffet”

— Ela conseguia se virar sozinha! Ela tinha seis braços e quatro armas, ela iria conseguir fugir! – Flowey bradou, articulando o que dizia com uma raiz.

“*Você diz que era melhor não arriscar”

— Por quê? – Flowey perguntou. – Ela era alguma amiga sua no seu mundo? – Frisk deu de ombros outra vez e balançou a cabeça.

“*Você diz que era mais ou menos isso”

— Mas você sabe que o seu mundo é o contrario daqui. Se ela era sua amiga, com certeza é sua inimiga aqui. – Flowey argumentou. Frisk pegou a bota onde o seu amigo estava e retornou a caminhar.

“*Você pergunta para Flowey se ele sabe alguma coisa sobre os dois soldados”

— Não muito. – Flowey respondeu. – Eles são soldados da guarda real, isso é fato, mas sobre eles, eu só ouvi alguns comentários. Pelo que sei, eles se odeiam e tentam sempre se superar um ao outro no nível de crueldade em torturar seus presos. – Frisk não sabia ao certo o que esperar. Como sempre, aquilo era precisamente o contrario dos dois guardas reais do seu mundo, onde eles eram apaixonados um pelo outro. – Aqui todos querem ser temidos. Ainda que possa começar sendo somente para que os outros o deixem em paz, no final eles acabam perdendo a sensibilidade e começam a matar por diversão. – Flowey comenta. – Mas isso é só minha opinião. Pode ser que eles comecem matando por diversão mesmo. Este buraco é cheio de psicopatas.

Frisk concordou com a cabeça. Mais a frente, ele conseguiu ver outro cenário escuro.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Como eu disse la encima, vocês podem ficar tranquilos que a Muffet ainda vai aparecer bastante na historia.
E já está chegando o momento de revelar a verdade sobre o Sans...
Mas ainda não... Eu planejo uma coisa grande para esse momento.



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