Chara. Frisk já havia ouvido aquele nome. Ele se lembrou. Foi quando Asriel voltou a sua forma original e o confundiu com sua falecida irmã. Mas ele sabia que já havia ouvido aquele nome antes disso, em alguma coisa mais obscura.

— Você deve estar confuso, não é mesmo? – Chara disse, flutuando em volta dele. – Eu sou o anjo que vem quando você chama pelo nome. Cada personagem que Frisk poupou, cada amigo que ele fez, fui eu que incentivei. – Chara disse, e parou na frente de Frisk outra vez. – Mas você não é esse Frisk.

“*Você diz que não entendeu”

— Você não devia estar aqui. – Chara respondeu. – Este não é seu mundo. – Aquilo deixou Frisk com mais duvidas ainda.

“*Você diz que continua sem entender”

— Você está no mundo errado. – Ela repetiu. – E o Frisk deste mundo está no mundo errado também. – Frisk começava a compreender, mas não totalmente.

“*Você pergunta como foi parar nesse mundo”

— Você foi trocado. Todos eles foram. – Chara respondeu e mais duvidas surgiram em Frisk. – Está tudo errado, em todos os lugares. – Frisk concluiu que ela devia estar se referindo a aquele mundo. – Você tem que voltar para seu mundo e devolver o nosso Frisk para cá. – Frisk refletiu por um momento.

“*Você pergunta por que tudo está assim”

— Tudo sempre foi assim. – Chara não parecia estar disposta a dar respostas mais claras. – Mas tudo ficará errado se você continuar aqui.

“*Você pergunta como voltar para seu mundo”

— Isso você terá que descobrir sozinho. – Chara respondeu. – Mas recomendo que seja rápido.

— Criança! – Uma voz chamou ao longe.

— Porque se ficar aqui por muito tempo...

— Criança! – A voz parecia mais perto.

— Coisas muito ruins irão acontecer.

Tudo começou a brilhar, e então Frisk abriu os olhos.

— Criança, acorda! – Flowey estava inclinado sobre Frisk, com desespero nos olhos, mas Frisk percebeu que o amigo flor se sentiu mais aliviado ao ver que Frisk estava bem. – Ufa! Eu pensei que você tinha se machucado muito e não iria acordar. – Frisk olhou ao redor, ele estava no lixão, como da ultima vez, mas as flores amarelas abaixo dele estavam murchas.

Frisk começou a pensar sobre o que havia escutado de Chara. Então ele era de outro mundo? Como ele havia parado ali? Aquilo tinha alguma relação com seu sonho estranho antes de acordar naquele lugar horrível? Depois de pensar um pouco, ele chegou a conclusão que não podia continuar omitindo tantas verdades de Flowey.

“*Você diz para Flowey que precisa contar algo para ele”

— O que foi? – Flowey pareceu curioso.

“*Você diz que na verdade, não usou seu save para saber sobre Onionsan”

— Que...? – Flowey ficou confuso. – Então como...? – Frisk estava pronto para falar, quando pensou em uma coisa que o surpreendeu. Seu save! Ele podia tentar voltar para seu mundo usando seu ultimo save, na casa de sua Toriel!