A Hóspede Insuportável Que Roubou Meu Coração! escrita por Dri Viana


Capítulo 57
Capítulo 56


Notas iniciais do capítulo

Ana a mãe do Gil não deduziu o que aconteceu com o filho e a namorada, dona Beth tem certeza do que rolou entre os dois, pois tem uma razão forte pra isso.

E Bruh sobre a fic que me perguntou, ela ficou para o segundo semestre. É que agora eu tô focada trabalhando em outros quatros projetos paralelos aos dois que estão sendo postados e um deles trata-se justamente da tão pedida "parte 2" dessa fic. Pois é, em primeira mão já antecipo que atendendo à pedidos já estou escrevendo "São Francisco" que é a continuação de "A hóspede...". e assim que finalizar essa já emendo São Francisco e depois vem os outro projetos. OK?

Agora vamos para mais um capítulo dessa fic que já tá na reta final.



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Não era pra minha mãe estar ali ainda. Pela minhas contas ainda faltavam uns vinte minutos pra ela chegar em casa.

Jesus! Será que ela viu Sara e eu dormindo juntos?

—Até que enfim os dois acordaram!

Putz!

Essas palavras dela já foram a resposta perfeita pra pergunta que me fiz mentalmente.

—Quero conversar com vocês. Venham e sentem-se aqui.

O tom da minha mãe ao falar, era sério, bem sério.

Arrisquei um olhar à Sara e ela parecia tão sem jeito quanto eu estava com a presença da minha mãe ali nos encarando como se fôssemos dois suspeitos de um crime ediondo.

—Vamos, se aproximem. Eu não vou morder vocês. Quero apenas conversar.

Ela abrandou mais a voz e suavizou sua expressão, percebendo que talvez seu modo de antes estivesse nos intimidando. De fato, estava mesmo!

Sara e eu seguimos até onde minha mãe estava e nos acomodados no sofá em que ela se encontrava.

—Faz tempo que a senhora chegou? - Arrisquei em perguntar tão logo me acomodei perto dela.

—Sim. O compromisso que teria no trabalho foi cancelado e vim mais cedo pra casa. E ao chegar aqui... procurei por vocês e fui surpreendida encontrando os dois dormindo na sua cama, Gil.

—Mãe...

—Vocês transaram, não foi?

Sabe aquele momento em que você quer ter uma varinha mágica e fazer um feitiço pra sumir? Pois é, esse é o momento pra mim.

—Sim, mãe.

Mesmo sem jeito com a situação e principalmente, com aquela pergunta à queima-roupa feita por minha adorável mãe, eu tomei a frente na resposta daquela sua pergunta. Se eu tentasse mentir a resposta, não daria certo. Então optei pela verdade, porque era a única solução.

—Essa foi a primeira vez que isso aconteceu entre vocês? Não quero mentiras, somente a verdade.

Minha mãe revesava seu olhar incisivo entre Sara e eu. O tom de voz dela não era mais intimidador como quando se pronunciou à primeira vez pra gente. Ela agora falava amavelmente. O que facilitava pra mim contar a verdade.

—Sim. Foi a primeira vez.

Mais uma vez fui eu quem respondeu.

—Me digam que vocês se protegeram quando fizeram isso, por favor.

—Pode ficar tranquila, tia Beth, a gente se protegeu. A senhora não vai ganhar netos tão precocemente da gente.

—Sara!! - Olhei pra ela em censura àquele seu jeito "engraçado" de responder. Não era hora dela vir com essas piadinhas. _Sim, mãe, nós nos protegemos. Não somos irresponsáveis.

Ela me lançou um olhar fulminante pela forma como lhe respondi. Imediatamente, tratei de me desculpar com ela por aquilo.

—Fico aliviada por saber que foram responsáveis. E eu devia imaginar que isso fosse acontecer. Vocês... dois namorados jovens... sozinhos nessa casa a maior parte do tempo, ia dar nisso mesmo.

—Mãe, a senhora não acha que foi melhor a gente ter feito aqui do quê escondido em outro lugar?

—Certamente, foi melhor. Mas se eu não tivesse pego os dois no seu quarto, teriam me contado o que aconteceu?

—A gente tava falando disso ainda pouco no quarto do Grissom.

—Sara disse que eu tinha que contar. E eu ia fazer isso, só depois que ela tivesse indo embora daqui.

—Por que só quando ela tivesse ido embora? - Minha mãe nos encarava com curiosidade.

—Porque eu pedi pra ele isso, tia Beth. - Sara se adiantou à mim na resposta.

—Mãe, eu achei que a senhora ia nos compreender e não nos recriminar pelo que houve.

—Eu não estou recriminando. Por acaso disse algo recriminatório?

—Não, mas a forma como nos olha é...

—Eu tô apenas preocupada com o quê os pais da Sara vão dizer quando souberem disso.

—A senhora vai contar para os pais dela?

Arregalei os olhos e depois olhei pra Sara que parecia tão espantada com aquilo quanto eu. Minha mãe não ia fazer uma coisas dessas, ia?

—Claro que não contarei nada, Gil. Que isso?! Mas certamente, você vai contar, não vai Sara?

Minha mãe e eu olhamos pra Sara à espera da resposta dela.

—Bom... Pra minha mãe, sim, tia Beth. Mas pro meu pai... Eu não acho uma boa idéia. Principalmente, pra saúde física do seu filho.

Ela riu e minha mãe pela primeira vez ali, sorriu também com ela. Só eu que não vi graça nisso, pelo contrário, fiquei apavorado com aquele comentário de Sara.

—Contar para um pai nunca é uma boa idéia mesmo. Ainda mais, se você é filha e não, filho.

—Exatamente, tia Beth.

Minha mãe sorriu mais ainda e isso fez a tensão diminuir ali.

—Eu sei que não devia perguntar isso, mas eu preciso saber de uma coisa.

—Saber o quê, mãe?

Já fiquei receoso com isso.

Ai, meu Deus! O que será que vinha agora dela?

—Sara, querida, o meu filho foi o primeiro rapaz com quem você manteve relações?

Quando eu acho que a minha mãe não pode ser pior e mais indiscreta que ela já foi... Dona Beth vem e supera qualquer indiscrição cometida anteriormente por ela.

—Mãe, eu não posso acreditar que tenha feito essa pergunta pra Sara.

—Gilbert, calado! Eu estou falando com a sua namorada.

Sabe qual era a minha vontade? Abrir um buraco e me enterrar juntamente com Sara nele. Minha mãe não tem qualquer noção do senso da indiscrição.

—Você poderia me responder, Sara? É importante pra mim saber disso, querida.

Importante por quê? Qual era o interesse da minha mãe em saber se eu fui o primeiro cara com quem Sara transou?

Minha namorada me olhou de relance e eu podia ver certo constrangimento e desconto em seu olhar. Minha mãe não tinha nada que fazer essa pergunta indiscreta pra ela. Que situação!

—O Gil não foi o primeiro.

Franziu a testa pela resposta de Sara.

Como assim?

Por que ela mentiu sobre isso?

—Menos mal. Fico mais aliviada ao saber disso. Eu já tava preocupada pensando​ no quê sua mãe diria ao saber do que houve, caso você ainda fosse virgem.

—O que acha que a mãe dela ia dizer? - Quis saber da minha mãe.

—O que ela ia dizer, eu não sei, Gil. Mas eu ficaria possessa da vida se soubesse que o filho da dona da casa onde minha filha ficou hospedada, que são de pessoas que não conheço, desvirginou a minha filha.

—A senhora não tá falando sério, tá?

Aquilo mais parecia brincadeira dela.

Lancei um olhar à Sara e havia um discreto sorriso em seus lábios. Ela parecia estar se divertindo agora com aquilo que a minha mãe disse. Eu não!

—Claro que eu tô, Gilbert.

—Tia Beth pode ficar tranquila que como eu disse, seu filho não foi o primeiro. E se tivesse sido, a minha mãe não ia pirar quando soubesse disso. Ela ia ter uma boa reação.

—Pelo visto sua mãe é tranquila.

—Muito.

—Bom, agora pra finalizar esse assunto de vez, eu quero dar um aviso aos dois...

—Que aviso, mãe?

Eu já tinha até medo de perguntar qualquer coisa ali e minha mãe sair com mais uma nova "pérola" dela.

—Ok que vocês transaram e se preveniram. Mas não é porque isso aconteceu uma vez, que agora "liberou geral" aqui em casa. Eu quero o mesmo respeito de antes. E espero que mantenham esse cuidado de se prevenirem, quando fizerem de novo isso, porque como você mesma disse Sara: eu não quero que me dêem tão precocemente um neto.

—Mãe!!!

Ela riu da minha censura junto com Sara.

Sério, se for possível, eu adoraria na próxima vida ter uma mãe menos indiscreta e que me faça pagar menos micos assim.

—Pode deixar, tia Beth, que vamos seguir à risca seu aviso.

Sara foi quem falou, pois eu não tinha mais cara e nem voz pra dizer mais qualquer coisa ali. As palavras tinham evaporado e meu vocabulário sumido completamente. Sem contar, que eu devia estar vermelho que nem um pimentão.

Vimos então minha mãe se levantar do sofá dizendo que ia preparar o jantar pra gente. Assentimos à ela e mamãe seguiu.

—Ah, meninos...

Nós nos viramos no sofá e olhamos pra minha mãe que já estava na porta que interligava a cozinha à sala.

—Sim. - Sara e eu respondemos juntos.

—Por favor, da próxima vez que transarem, se preocupem em trancar a porta também, pra me poupar da cena que vi.

...

—Por que disse pra minha mãe que eu não fui o primeiro? - Cochichei à Sara.

Aproveitei o fato de estarmos sozinhos na sala, já que minha mãe se encontrava na cozinha, e então quis saber isso de minha namorada.

—Você ouviu o que ela disse depois que respondi isso à ela?

—Sim. E daí?

—Grissom, eu quis evitar preocupação pra ela e um sermão pra gente. Quem tinha que saber se eu era ou não virgem, era só você. Tia Beth não têm porque saber.

—Sua mãe sabia que você era virgem?

—Óbvio que sabia.

—E você vai contar pra ela que não é mais?

—Vou.

—Acha que ela vai surtar quando souber que você não é mais?

—Não. Eu já te disse que a minha mãe é tranquila. Agora se ela fosse como o meu pai... aí, você estaria bem encrencado, quatro olhos.

Ela sorriu-me e antes que eu lhe questionasse qualquer coisa mais, o telefone da casa tocou. Estiquei o braço e apanhei o aparelho atrás de mim. Atendi a chamada no terceiro toque.

—Alô!

Do outro lado da linha era Catherine ligando pra convidar à mim, minha mãe e Sara pra amanhã irmos jantar na casa dela. A irmã de Catherine e sua sobrinha já iam voltar pra Espanha depois de amanhã e tia Lilly resolveu preparar amanhã um jantar de despedida pra elas e nós fomos convidados.

—Vocês vêem, né Gil? Vai ser só nós, vocês daí, o Sam e o Rick.

—Dois anos e você ainda não consegui chamar o Sam de pai, Cath?

—Ah, Gil. Não é fácil assim se acostumar com isso. Cresci achando que ele era só um amigo da minha mãe, quando na verdade, ele era meu pai e só não me assumiu, porque é casado e minha mãe foi só sua amante. É complicado isso.

Certamente era. E não foi nada fácil pra minha amiga quando ela descobriu isso. Foi bem barra. Lembrou que Catherine ficou revoltada com isso na época, mas depois foi digerindo melhor aquela história toda. Porém, não consegue aceitar ainda Sam e nem chamá-lo de pai.

—Eu imagino, Cath. E bom... nós iremos sim aí. - Afirmei voltando o foco da conversa ao convite feito por minha amiga, pois sabia que ficar falando do Sam não era algo que lhe agradava muito.

—Ok. Vou aguardar vocês aqui então Um beijo.

—Outro pra você, Cath.

Encerramos a ligação.

—O que sua amiga queria?

—Convidar a gente pra jantar amanhã na casa dela.

Ouvimos minha mãe nos gritar da cozinha que o jantar estava pronto. Seguimos pra lá e enquanto começamos à nos servir, contei a mamãe sobre a ligação de Catherine e seu convite de irmos jantar amanhã lá na casa dela.

—Ah, infelizmente não poderei ir. Combinei de ir ao teatro com Phil amanhã. Ele me ligou hoje convidando. Já até comprou as entradas. Vão vocês ao jantar e eu passo lá pra apanhá-los depois que sair do teatro. As entradas que Phil comprou são pra um espetáculo que não termina tarde.

—Tudo bem.


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Notas finais do capítulo

Um beijo e até o próximo capítulo.



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