A Hóspede Insuportável Que Roubou Meu Coração! escrita por Dri Viana


Capítulo 40
Capítulo 39


Notas iniciais do capítulo

Grissom vai surpreender sua mãe e Sara.



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—Que tanto você olha no relógio? Por acaso vai tomar remédio.

Olhei pra Sara e notei que tanto ela quanto minha mãe que se encontrava no outro sofá, estavam me encarando.

E agora?

—Só tô vendo se não deu a hora de a comida que pedi chegar. Eu tô com fome. - Me justifiquei pra elas.

—Hum...

Sara pareceu não se convencer muito com minha desculpa furada. Mas a minha mãe ao que parece sim.

—Foi uma boa ideia essa de você pedir comida japonesa pra jantarmos, filho.

Assenti pra ela. Na verdade havia mais do que isso por trás daquela minha ideia de pedir aquele jantar, que por sinal, eu fingi ter pedido por telefone. Só que tanto minha mãe quanto Sara sequer imaginavam isso.

—Eu tô curiosa pra experimentar, pois nunca comi esse tipo de comida.

—É uma delícia, Sara. Gil adora, não é querido?

—É!

A campainha enfim tocou e eu me apressei em levantar do sofá pra atender a porta, pois já podia imaginar quem era.

—Deixa que eu atendo. - Anunciei, pois não queria que uma delas fosse fazer isso.

—Nossa, ele tá com fome mesmo!

Ouvi ao fundo Sara comentar à minha mãe enquanto já me dirigia a porta. Não era bem por isso que eu estava com aquela pressa toda e elas já descobririam.

Ao abrir a porta, eu sorri amigavelmente pra pessoa que trouxe o nosso jantar e gesticulei com a cabeça pra ele entrar. Assim ele fez.

—Foi daqui que pediram um jantar japonês?

As duas viraram tão logo Phil disse tais palavras após entrar.

—Phil? Que surpresa!

Minha mãe disse e olhou pra mim.

—Eu o convidei pra jantar com a gente! - Contei à ela e a Sara.

"Pouco tempo depois de ter ouvido a conversa delas e subido para o meu quarto, eu desci e dei um jeito de conseguir pegar o celular da minha mãe sem que ela percebesse é claro, e descobri o número do Phillip. Depois sem o conhecimento da mesma, eu liguei pra ele.

—Phil?

—Sim. Quem fala? - Ele não havia reconhecido minha voz e nem o meu número, já que não o tinha mesmo.

—Sou eu o Gil.

—Oi, Gil! Aconteceu alguma coisa? Sua mãe está bem.

—Tá, sim. Não se preocupe. Eu liguei por outra razão. Gostaria de saber se aceitaria vir hoje jantar aqui em casa com a minha mãe, Sara e eu?

Por um breve momento ficou um silêncio no outro lado da linha. Juro que pensei até que tivesse caído a ligação e quando ia perguntar se o Phil ainda estava na linha, escuto sua voz novamente.

—Aceitaria, sim, com todo prazer jantar na sua casa.

Fiquei aliviado e feliz pela aceitação dele.

—Então tá convidado a vir jantar com a gente. - O que a gente não faz por uma mãe e pela garota que a gente gosta. Era por elas duas que eu estava mais fazendo aquilo. _Eu vou ligar pra um restaurante japonês e pedir o jantar mais tarde.

—Se não se importar, eu poderia fazer isso. Aqui perto do meu trabalho têm um ótimo restaurante japonês, posso passar lá e comprar o jantar.

—Tudo bem então! E gostaria de pedir que não comentasse com a minha mãe sobre o meu convite. É que quero fazer uma surpresa pra ela.

—Ok!

—Então nos vemos à noite."

—Você fez isso?

—Sim. - Confirmei à Sara que parecia tão surpresa com aquilo quanto à minha mãe. _Quis fazer essa surpresa pra minha mãe. Achei que seria legal chamar seu namorado aqui. Sem contar que, também seria uma boa oportunidade de eu conhecê-lo mais, da gente conversar, não é Phil?

Agora o surpreso era ele. Acho que não esperava por aquelas minhas palavras. Mas logo após se recompor da surpresa, ele assentiu com um sorriso, concordando com o que eu disse.

Vi minha mãe sorrir feliz por minhas palavras e meu gesto de baixar a guarda contra Phillip e tentar me aproximar do namorado dela. Ela bem sabia o quão aquilo não era fácil pra mim.

—Obrigada pela surpresa, querido. - Minha mãe piscou pra mim toda contente.

Eu estava orgulhoso de mim e da minha boa vontade em proporcionar aquela alegria à minha mãe. Daqui pra frente seria assim.

—Bom... eu vou à cozinha buscar pratos e copos pra gente jantar. - Anunciei.

—Eu vou com você. - Sara se pronunciou logo depois de mim.

Assenti pra ela e então nós seguimos pra cozinha deixando minha mãe e Phillip a sós na sala.

Já na cozinha enquanto eu estava apanhando os pratos de dentro do armário, podia sentir os olhos de Sara em minhas costas.

—Você pode pegar os copos pra mim aqui nessa outra porta do armário. - Pedi à ela.

—Claro!

Ela veio e postando-se ao meu lado, começou a retirar os copos como lhe pedi.

—Tô surpresa com a sua atitude. - Ela disse de repente, após pegar os quatro copos necessários, fechar a porta do armário e me encarar. _Mais cedo, você parecia tão irredutível em ceder à isso. Fico contente em ver que mudou de ideia. E sua mãe também ficou contente com a sua iniciativa de chamar o Phil.

—Eu só fiz o que era certo. - Decidi não contar pra Sara sobre ter ouvido a conversa dela com a minha mãe mais cedo. Faria disso um segredo. A razão disso, eu não sabia, mas só queria que fosse assim. Que elas não soubessem daquilo. _E também, resolvi dar uma chance ao Phillip de ser meu amigo. Ele já deu mostras de que pode ser um bom amigo. Além do mais, ele e eu temos algo em comum: o amor por uma mesma mulher, só que cada um a sua maneira e seu jeito. E acredito que ele assim como eu, só queira a felicidade da minha mãe, então...

—Que bom que pensa assim. Tô mega orgulhosa de você, quatro olhos. - Ela me confessou com um sorriso feliz.

—Bom se é assim... eu acho que tô merecendo um beijo, né?

—Sabia! Você fez isso só pra que eu voltasse a te beijar?

—Não! Eu fiz pela minha mãe, pra vê-la feliz. E também, fiz por você, mas não pra que voltasse a me beijar. - Apressei-me em explicar. _E sim, pra que não me visse como um crianção que fica de birra com o namorado da mãe. Será que depois dessa noite apaguei essa visão errada que fazia de mim?

—Apagou. Agora o que eu vejo é um cara que aceita o fato da mãe está refazendo a vida dela com alguém legal.

—Não é exatamente assim ainda, mas é quase isso.

Nós sorrimos juntos.

—Tô esperando o meu beijo. - Disse a ela assim que paramos de rir.

Sem dizer mais nada, ela veio e me beijou que nem quando eu a beijei a primeira vez no museu. Mas infelizmente, o nosso beijo só durou alguns poucos segundos já que me minha mãe apareceu na cozinha.

—Oh! Agora entendi a demora de vocês.

Tanto Sara quanto eu interrompemos o beijo na mesma hora. E ficamos sem graça com aquelas palavras dela e o fato de minha mãe ter pego a gente se beijando.

—Foi mal, mãe. A gente...

—Não precisa se desculpar e muito menos me dar explicações, querido. Eu não proibi vocês de se beijarem. Só disse pra serem cuidadosos. Agora que tal vocês levarem esses pratos e os copos pra jantarmos ou do contrário, a comida vai esfriar.

—Claro!

Com os copos na mão de Sara e os pratos na minha, nós seguimos a minha mãe de volta a sala. E logo já estávamos apreciando o jantar que Phil havia trazido pra gente. Sara se enrolou no começo com os hachis, mas eu a ensinei e logo ela já havia pego o jeito.

Foi um jantar divertido e agradável. Eu decidi ser mais participativo e conversar bem mais com Phil, o que não ocorreu no primeiro jantar que tivemos.

Ele era legal! E acabei descobrindo que tínhamos algo em comum: o gosto por xadrez. Phil disse que adora jogar xadrez e que dificilmente costuma perder.

—Bom, eu também não sou de perder com facilidade assim. - Contei a ele.

—Vocês podiam jogar depois do jantar pra gente ver quem ganha quem nesse jogo. - Sara lançou o desafio pra gente.

—Se eu Phil topar, eu topo.

—Por mim já está topado.

—Então se prepara pra perder pra mim, Phil. Porque eu sou muito bom no xadrez.

—Vamos ver!

Nós terminamos o jantar um tempo depois e após limpar a mesa onde havíamos jantado, eu fui ao meu quarto apanhar o tabuleiro de xadrez que era do meu pai e que ficou pra mim após sua morte.

Já de volta a sala com o tabuleiro e as peças devidamente arrumados, Phil e eu começamos a jogar sob os olhares atentos de Sara e minha mãe.

Foi uma partida complicada e difícil, pois meu oponente realmente jogava muito bem mesmo. Mas eu também jogava bem, só que não foi o suficiente pra ganhá-lo. No fim das contas Phillip acabou me vencendo num incrível xeque-mate.

—Essa é a primeira vez que vejo o meu filho perder assim, Phil. Você conseguiu uma façanha!

—Nossa! Se é assim me sinto um privilegiado.

—Você joga melhor que eu. Tenho que reconhecer isso! - Eu disse com sinceridade.

—Se quiser uma revanche.

—Fica pra um outro dia, com certeza.

Eu achei que seria a hora de deixar minha mãe e o namorado dela sozinhos ali na sala. Eles mereciam o momento a sós dele. E inventando uma desculpa qualquer, eu subi com Sara e deixamos os dois sozinhos na sala.

—Se você não tomasse a iniciativa de deixá-los a sós, eu faria isso. - Sara me disse quando entramos no meu quarto.

—Não tenho dúvidas disso. Mas eu me antecipei. Eles mereciam esse momento sozinhos. Sem contar que, deixá-los sozinhos proporcionaria a gente também ficarmos sozinhos por consequência. Desse modo, eu juntei o útil ao agradável. E o resultado é eles lá sozinhos, e a gente aqui sozinhos. - Concluí com um sorriso.

—Mas que sagaz você!

—Muito! E acho que devemos aproveitar esse momento a sós.

—Como certamente os dois lá na sala estão aproveitando?

—Não me faça imaginar essa cena da minha mãe aos beijos com o Phil no sofá da sala, porque não é uma cena agradável que quero ter.

Sara caiu na gargalhada do que eu disse.

—Não ri, não, porque isso não é engraçado. - Abracei Sara e ao lhe dirigir tais palavras, fingi uma seriedade que estava longe de ter.

—É, sim. Até você quer rir do que disse.

—Não é verdade! - Retruquei mentirosamente, enquanto apertava os lábios pra não rir de fato daquilo.

—Eu já disse que você é um péssimo mentiroso?

—Uhum... - Resmunguei com a minha boca colada a de Sara.


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Notas finais do capítulo

Gil agora vai passar a se entender melhor com o Phil depois dessa noite.



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