The Outsider escrita por Junior Dulcan


Capítulo 1
O Livro


Notas iniciais do capítulo

Eai pessoas!
Então essa é minha nova fanfict, vai abordar muita coisa que nós fãs gostaríamos de fazer ou ser em alguma série, a trama vai ser desenvolvida com cuidado e carinho. Não vai ser tosquidão, nesse primeiro capitulo é apenas introdutório e tudo que foi mostrado nele forma apenas a base de tudo.



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Amanda

Posso dizer sem sobra de dúvidas que a vida é cheia de surpresas e hoje estou vivendo um dos maiores sonhos e com certa pitada de pesadelo o que qualquer leitor e escritor pode ter: Fazer parte de uma história que você conhece, viu através da TV e agora está vendo os personagens bem na sua frente de carne e osso.

Espera não estou sendo muito clara. Vamos voltar para o começo. Isso foi há alguns dias, eu estava em casa preparando meu novo capítulo da fanfict baseada no mundo de Harry Potter, estava bem animada porque tinha lido os livros de novo e estava cheia de ideias novas. Escrever é minha paixão e gosto de ler fanficts de amigos ou as vezes apenas vou em grupos e solicito novas histórias.

Hoje tudo estava ótimo como qualquer outro dia, já estava com minhas séries em dia e me roendo por dentro com enormes hiatos de Teen Wolf e Game of Thrones, mas conseguia lidar com isso lendo algumas histórias online. Tudo estava indo bem na faculdade e no trabalho e aquele momento da minha vida me sentia muito bem, tudo bem talvez seria melhor, afinal já fazia quase um ano desde que terminei com meu namorado estupido Carlos, tentamos ser amigos depois do rompimento, mas tinha que dizer que aquelas fotos com aquelas “vagabundas” no facebook dele me deixavam bem irritadas as vezes. Não me julgue, não sou obrigada a ver o desfile de garotas que ele postava em sua linha do tempo, me fazia me sentir idiota de ter namorado aquele cara, é um daqueles muitos momentos na sua vida quando se pensa no passado e apenas uma conclusão podia ser tirada: Como eu era tão tapada?

Meu refúgio nesses momentos de raiva estava centralizado em Thomas, meu amigo que conheci na página de fanfics há quase cinco anos agora, nos tornamos amigos desde então e como éramos da mesma cidade essa amizade apenas cresceu. Naquele dia já havíamos conversado bastante sobre meu novo capitulo, ele sempre era o primeiro a comentar e me incentivar a continuar e isso era muito fofo da parte dele.

Quando finalmente o novo capitulo estava online fiquei ansiosa o restante do dia para saber se havia tido algum leitor que já estivesse lendo. Meu trabalho era de secretaria em uma clínica veterinária e apesar de amar aquele lugar cheio de animais barulhentos e fofinhos não conseguia ver a hora de estar em casa de novo. Depois da correria do trânsito no final do dia e falar um “Oi” às pressas para meus pais fui direto para o computador para verificar, a notificação de que o leitor “ShowMaster” havia comentado minha história me deixou animada, era um leitor novo, afinal sabia quem eram todos os meus leitores fiéis naquela altura do campeonato e ele ou ela não era.

A mensagem resumidamente falava sobre minha história no geral e estava recheada de elogios, tinha sugestões para correção e dicas legais de escrita. Em apenas alguns dias já estava conversando quase todos os dias com esse novo leitor, ele havia me dito que tinha a versão impressa de seu original e queria muito que eu desse uma olhada. Bom fiquei muito lisonjeada em receber essa honra, então aceitei.

As coisas ficaram estranhas no dia que o livro chegou, apesar da capa ser dura e feita de um material bem resistente, não havia o nome do autor na capa e apenas a palavra “Outsider” bem grande na capa totalmente preta. Outro problema, não tinha nada escrito nas mais de oitocentas páginas, tudo em branco. Tentei falar com meu leitor nos dias que se passaram, mas ele não respondeu minhas mensagens e até mesmo Thomas tentou de tudo para desvendar o mistério, mas aparentemente aquilo era apenas um grande bloco de papel em branco.

A vida continuava, então deixei o livro de lado na minha cômoda e continuei com minha vida. Tudo estava bem normal até Thomas trazer a minha casa luz negra, ele havia feito mais pesquisas e disse que talvez o livro tivesse sido escrito com tinta invisível e se esse fosse o caso poderíamos usar calor ou luz negra para revelar o texto. A parte do calor deu errado, mas a luz negra foi outro caso. Logo na primeira página estava a frase: “Parabéns por descobrir esse truque, espero que goste do livro. Ass.: ShowMaster. ”

— Ele fez de propósito? ­– Thomas apenas fez um gesto com os ombros indicando que não fazia ideia. Meu amigo apesar de estar curvado para o livro ainda era muito alto, quase um metro e oitenta, talvez maior. Ele tinha uma pele negra bonita, estava em um tom mais claro, diria que mais próximo ao chocolate ao leite. Tinha nariz reto e um pouco largo, sobrancelhas pesadas bem marcadas, olhos de um tom cinza chuva bem incomum, orelhas talvez um pouco fora de esquadro, mas gostava dos alargadores que ele tinha, seu rosto era rígido e o queixo quadrado, os cabelos rebeldes estavam bagunçados num penteado que ele julgava “estiloso”. Desviei o olhar antes que ele notasse que o observava, seria constrangedor demais pensar nas perguntas que surgiriam.

— Acho que sim. – Ele pareceu não notar minha avaliação e apenas olhamos a página seguinte: “Se busca poder em vão leiam com atenção, pois aqueles de mente fraca aqui se perderam, entre os sonhos e pesadelos este livro floresce enquanto os fracos de espírito em suas páginas perecem. Fiquem atentos porque foram avisados, uma vez que se torne um outsider nada pode pará-lo, o ceifador irá caça-lo através dos contos até seu sangue se derramar no ápice de um confronto. ”  

— Isso é muito estranho... devemos ler? – Thomas me olhou parecendo em dúvida, todo aquele mistério em volta daquele livro não poderia ser nada bom, mas por outro lado, aquilo era só um pedaço de papel, que mal aquele livro poderia nos fazer?

— Não sei, não gostei desse aviso... o ceifador? Essa coisa de sangue derramado e loucura não é minha praia.

— Qual é Tom? – Esse era como o chamava, ele dizia que gostava do apelido, mas o fazia se lembrar de Voldemort então apenas eu o chamava daquela forma. – É só um livro. Não está curioso para saber que tipo de história está escrito nele?

— Claro que estou Ady, – esse era o apelido dele para mim, sempre achei fofo, mas nunca admitia isso para ele. – Só não gosto muito desses avisos. Olha só tem um monte de regras, isso não parece nada bom.

— Tudo bem... não vamos ler. Vou tentar contato novamente com o ShowMaster, talvez agora ele me responda. – Thomas não parecia muito convencido de que realmente não leríamos o livro, fui completamente honesta com ele, não iria ler o livro... com ele. Sou uma leitora compulsiva, você não pode simplesmente largar um livro como aquele na minha frente e esperar que simplesmente me esqueça dele.

Aquela noite estava decidida a entender os mistérios por traz daquele livro, mas dei o meu melhor para não preocupar meu amigo, ele já estava desconfiado e não queria que ele ficasse me protegendo demais, ele tinha a melhor das intenções é claro, mas sei tomar conta de mim mesma.

Já passava das dez horas quando finalmente estava na tranquilidade do meu quarto, graças aos céus tinha minha própria luz negra, mensagens ocultas não eram exatamente uma novidade para mim. Estava deitada e lendo com cuidado os avisos do livro, devo confessar que era realmente um pouco sinistro. Entre as advertências estavam: Nunca se lembrará mais do que o necessário do lugar que está se visitando; existe apenas uma entrada e uma saída, mas muitos caminhos para se chegar a ela; nada pode ser levado; nenhum futuro conhecido pode ser mudado; ao se tornar parte permanente de um mundo o caminho para o seu próprio se tornará para sempre perdido.

Então cheguei ao primeiro capitulo e estava muito apreensiva até me dar conta de que nem com a luz negra conseguia enxergar nada.

— Isso foi totalmente anticlimático. – Tentei outros capítulos, folhei o livro todo, mas nada estava escrito. Talvez precisasse de algo diferente para ler... bom aquilo foi uma total perca de tempo, dei uma última olhada no meu celular antes de dormir, eram quase onze e meia, amanhã seria um dia cheio.

Essa parte foi a mais confusa, tinha certeza de tinha dormido apenas algumas horas quando ouvi vozes de homens, não entendia direito o que eles estavam dizendo até a porta do meu quarto se abrir e a luz incidir no local. Tive certa dificuldade para me acostumar com a luminosidade, minha visão estava embasada e levou alguns instantes até perceber que ambos haviam parado de falar e estavam me encarando. O grito de susto e surpresa escapou, balancei a cabeça algumas vezes antes de ter certeza do que estava vendo. Até me belisquei para acordar, ou aquele era um sonho muito persistente ou tinha ficado muito doida.

— Quem é a garota? Amiga sua? – O homem da direita que estava sorrindo era alto, sorriso que já tinha visto milhares de vezes na tela do meu computador, usava as mesmas roupas características, camisa escura com uma jaqueta e calça jeans, mas as botas. O outro que ainda apontava uma arma para mim tinha os cabelos um pouco mais longos, rosto fechado de preocupação, tão alto quanto o outro e se vestindo de maneira semelhante.

— Ah! Meus Deus! Isso não é verdade! Jered e Jensen! – Os dois me encaram por um momento, até eu mesma estava achando estranho, desde quando eu tinha aprendido a falar inglês fluente?

— Quem? – Os dois trocaram um olhar confuso, não entendia porque estavam agindo daquela maneira, mas não importava, mesmo que aquilo fosse um sonho era o mais realista que já tinha tido.

— Olha, não sei quem você pensa que somos, mas não conhecemos ninguém com esses nomes. – Olhei para aquele rosto, Jered era ainda mais bonito pessoalmente e sua voz duplamente mais atraente.

— Ah, para com isso... eu sei que vocês são... Ah! – Senti uma pontada forte na cabeça, uma dor aguda desconcertante. Por um momento pisquei tentando me situar, olhei para os homens novamente... os conhecia, aquela aparência era tão familiar. Qual era o nome deles? Me esforcei para lembrar, mas nada vinha, apenas um branco e uma vaga mensagem de: “lembrar apenas o necessário”.

— Você está bem? – Sam me ajudou a me sentar, isso o nome dele era Sam. Ele era um caçador, mas de onde o conhecia? Por que sabia que ele era um caçador? Mais lembranças, a casa dos Winchester pegando fogo, o demônio de olhos amarelos, o pacto de Dean, a busca por uma forma de salva a alma do irmão.

— Vocês... Dean Winchester, nascido em 24 de Janeiro de 1979 em Lawrance e você Sam Winchester, nascido em 2 de Maio de 1983 também em Lawrance. Sua mãe Mary morreu por causa do demônio de olhos amarelos, vocês se tornaram caçadores desde então... – Os dois me encararam totalmente surpresos, até Dean pegar água e jogar na minha cara.

Ainda estava meio confusa enquanto os dois seguiam fazendo perguntas, para ser totalmente honesta não entendia muito mais que eles.

— Você não sabe como nos conhece? Nem como chegou aqui, exatamente no mesmo hotel que estamos hospedados? Quais são as chances de algo assim acontecer? – Dean andava de um lado para o outro no quarto do motel, ele parecia mais preocupado do que Sam que apenas me olhava.

— Amanda, nos conte novamente tudo que se lembra.

— É como te disse Sam, me lembro de ler um livro, ou ao menos estava tentando ler... não consigo lembrar o nome, como se minha memória tivesse sido apagada. Então fui dormir, me lembro claramente de ter me deitado e acordei apenas quando vocês apareceram...

— Quando chegou aqui você nos chamou de Jered e Jensen. Consegue se lembrar o porquê? – Tentei me lembrar daqueles nomes, eram com certeza familiares, Dean havia pesquisado na internet, havia muitos Jensen’s e Jered’s, mas nenhum se parecia com eles. Apenas balancei a cabeça deprimida, nada vinha a minha mente. – O que mais você sabe sobre nós?

— Sua namorada Jessica morreu da mesma maneira que sua mãe, vocês caçaram um fantasma em um avião a dois anos, um wendigo, um fantasma de um lago, Bloody Mary, espantalho, um cara com uma mão de gancho, teve um fantasma em uma caminhonete... vocês conheceram Meg, bom tem as coisas mais importantes... seu pai John fez um pacto para salvar a vida de Dean, quando Sam morre por causa dos testes do demônio de olhos amarelos, Dean convoca o um demônio e faz um novo pacto para Sam...

— Chega! – Dean estava me encarando totalmente enraivecido, dava para sentir que ele queria pegar uma arma e estourar minha cabeça bem ali. – Quero saber como você sabe tanto sobre nós! Foi bruxaria? Ou um pequeno pacto? Ou você é mais uma do clube dos favoritos do demônio dos olhos amarelos? Diga!

— Dean! – Não consegui falar, estava tão apavorada com a fúria dele que não consegui me mexer. Se Sam não estivesse ali talvez as coisas tivessem tomado um rumo totalmente diferente. – Ela não sabe de nada, você acha mesmo que se ele fosse algo maligno teria mesmo aparecido bem na nossa frente contando tudo que sabe?

— Você não pode estar acreditando nessa conversa?

— Podemos fazer alguns testes, falar com o Bobby. Talvez ele possa saber de alguma coisa, –Dean deus as costas passando a mão na cabeça irritado –, olhe para essa garota Dean, você acha mesmo que ela é alguma coisa? – Ele olhou novamente para mim, estava completamente apavorada, mas sustentei o olhar. Vi quando a maior parte de sua desconfiança se desfez...

— Aposto que ela sabe até qual foi o nosso último caso. – Os dois me olharam esperando, não tinha muita certeza, apenas um palpite.

— Hum... se eu disser ele vai gritar comigo de novo? – Dean parecia estar se controlando antes de concordar ficar calmo. – Fantasma de garota em coma que simulava histórias infantis?

— Como você sabe disso? Isso aconteceu apenas alguns dias atrás.

— Não faço a menor ideia Sam.

— Onde você mora Amanda? – Travei completamente, não fazia a menor ideia de onde tinha nascido, nem mesmo sobrenome, familiares ou amigos.

— Eu... eu não sei.


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Notas finais do capítulo

Eai Outsiders!Chegando ao fim desse primeiro capítulo, vou dar alguns esclarecimentos para quem ficou perdido.



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