Além do Campo de Flores escrita por Lady Pompom


Capítulo 1
Missão


Notas iniciais do capítulo

Todos os personagens presentes na fic são originais.



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O estalido das botas metálicas ecoou pelo corredor. As paredes eram feita de pedra cinza. A capa branca flutuava com o vento produzido pelos firmes passos no chão. A armadura prateada brilhava alumiada pela luz advinda das aberturas na parede.
    A cavaleira, uma mulher loira, com uma trança francesa iniciada no lado esquerdo se enrolando num coque central cuidadosamente feito. Seus olhos castanhos eram fumegantes, cheios de determinação, e sua expressão era de seriedade. Ela abriu um grande portão duplo e após alguns passos, se apoiaou num dos joelhos.
—Lord, o Senhor me chamou?
—...
    Havia um homem de pé, um cavaleiro, mas a capa que ele trajava era inteiramente preta, e havia um emblema apregoado. O emblem do Reino. Os olgos cinzentos dele eram frios, seu comportamento era imponente e uma aura forte parecia vazar dele. Os cabelos negros e curtos dele possuíam algumas tiras cinzentas, mostrando a idade atual que ele tinha.
—Aiden, Eu tenho uma missão para ti.
—...
—É uma difícil missão, entao eu quis confiá-la à ti, visto que és uma das mais leais cavaleiras deste reino…
—Tenho a permissão para saber do que se trata, Senhor?
—Você deve proteger alguém importante e acompanhá-lo por várias cidades até chegarem ao seu destino final.
—Proteção? Seria esta pessoa um magnata do país?
—Não. Ele é… Um homem eloquente cujas habilidades são necessárias para todo o país.
—Habilidades? Ele é um mago ou artesão?
—Não, aquele home é… Um sumo sacerdote.

Sacerdote? Hã… Um trabalho para proteger um idoso?

—Vai entender quando conhecê-lo que tipo de pessoa ele é… Um homem verdadeiramente devotado…  A igreja o enviou para representa-la em alguns compromissos dentro e fora deste reino…
—Existem assassinos contratados para matá-lo, certo? Para que um sacerdote precise de proteção… Somente pessoas vis poderiam pensar em matar um sacerdote que tenta ajudar o povo…
—Bem, pode-se dizer que forças ‘exteriores’ tentam matá-lo, mas o problema real é que existem pessoas dentro deste reino se opondo às recentes ações deste homem… Deve saber que há pessoas que anseiam que uma Guerra exploda aqui… Por isso que são contra ele sair do reino para ajudar pessoas de outro reino, isso poderia muito bem atenuar as relações de rivalidade existentes entre ambos os reinos.
—... Eu compreendo.
—Deve guiá-lo em segurança para cada cidade, e uma vez que ele tenha terminado seu trabalho, deverá trazê-lo de volta para cá, para a igreja central do reino.
—Será um prazer, Senhor.
—Sei que será capaz de protegê-lo… Não era esse tipo de trabalho que queria?
—... Eu aceitaria qualquer trabalho, meu lorde, minha lealdade não se limita a missões de proteção. Devo lutar pelo reino, esta foi minha jura.
—Eu sei, mas você é a pessoa mais indicada para este trabalho. Proteger alguém, e ao mesmo tempo, proteger este reino. É uma responsabilidade pesada para se carregar. Contudo, sempre teve ombros fortes para carregar tais responsabilidades.
—Eu o trarei em segurança, com certeza, meu lorde. –um fraco sorriso apareceu nos lábios dela, e sua expressão se iluminou – Quando devo começar minha missão?
—O Sumo sacerdote será trazido até aqui por os soldados, escoltarão ele até o palácio, e ele deve chegar hoje, mas sua jornada deverá se iniciar daqui a uma semana. Prepare suas provisões e armadura.
—Ei irei. –ela fitou seu superior- Mas… Há algo que eu gostaria de perguntar…
—E o que seria?
—Que tipo de habilidade este senhor de idade tem para ser conhecido no exterior, Lorde Glenn?
—Senhor de idade? –O general da cavalaria real estava atônito- Ele é…
    Naquele momento, passos foram ouvidos se aproximando, o som metálico produzido era certamente igual ao das botas de Aiden quando ela caminhava, um pouco mais rígido, talvez. Ela levantou-se e olhou na direção da porta, que se abriu. Seis cavaleiros como ela entraram numa formação circular em torno de alguém
—Oh, -Glenn sorriu- Supinho que o sacerdote tenha chegado.
    Ela presto bastante atenção na cena; já que iria encontrar a pessoa que prometeu proteger. Os homens em volta do sumo sacerdote foram para o lado, abrindo caminho para ele passar. Todavia, aquele sacerdote não era quem ela esperava…
—Bom dia, Lorde Glenn, Senhorita. –o homem cumprimentou com um sorriso sereno no rosto-
    Os cabelos dele eram de um castanho claro, espetados para os lados e bagunçados, com uma franja cobrindo a testa; seus olhos eram verdes como esmeraldas. Seu sorriso tinha pureza e um tipo de luz emanava de seu rosto. Ou seria apenas impressão dela? Mas, o que a alarmou mais foi fato de que:
Ele não é um idoso? O quê? Esse homem deve ter a mesma idade que eu… Ele é jovem demais para ser um sumo sacerdote! Muitos padres só chegam a esse nível quando estão velhos! Nunca tinha visto um homem tão jovem com uma classe tão alta!
Isso quer dizer que… Ele tem uma grande habilidade, não é? Mas que tipo de poder é então…?
     Ela estava atordoada com aquele homem. Quem era ele afinal? Ele sorria como uma pessoa de boa índole, e seu comportamento, mesmo assim, ela não conseguia acreditar nele. De jeito nenhum aquele jovem rapaz era tudo que as pessoas diziam sobre ele. Ela franziu o cenho, e cumprimentou-o polidamente, abaixando um pouco a cabeça.
     Os olhos dela o seguiram desconfiados quando ele passou para falar com o general. Glenn estava tremendamente feliz enquanto falava com ele. Ele confiava naquele sacerdote. E por alguma razão, ela não conseguia gostar dele.
Ah… Isso vai ser mais complicado do que eu pensava… Vou precisar andar por aí com esse homem… pessoas que sorriem com frequência são as mais perigosas, porque estão sempre escondendo algo por baixo de seus sorrisos… Contudo, é minha responsabilidade protegê-lo… Não tenho o direito de reclamar. Meu dever é minha lei.
—Ah, Aiden, venha cá… -o superior a convocou – Este é Lionel, é o sumo sacerdote de quem lhe falei, e Lionel, esta é Aiden, a guarda-costas que irá acompanha-lo nesta jornada.
—Prazer em conhecê-la, senhorita Aiden. –ele estendeu a mão para ela, na tentativa de um cumprimento-
—é um prazer conhecê-lo também, Padre Lionel. –ela respondeu com acidez-
—Ah, vocês dois, por favor, -o jovem coçou a cabeça-  Não precisam ser tão formais, sou só um trabalhador como vocês.
—Hahaha, você é bastante modesto, gosto disso! –Glenn sorriu e deu tapinhas “amigáveis”nas costas de Lionel-
    Aiden estava perplexa, ela nunca tinha visto seu general agir tão vivaz mesmo em anos. Aquele homem era tão especial assim a ponto de fazer seu general durão sorrir tão facilmente?
—Bem, eu já instruí Aiden, ela providenciará tudo para a viagem enquanto você vai a seus compromissos da semana. Sei que estará cansado ao fim da semana, mas tente entender nosso lado, por favor, se ficar mais do que sete dias, as chances de algum assassino vir atrás de sua vida serão mais altas.
—... –o sacerdote não tinha expressão- Você fez o suficiente garantindo minha estadia aqui por sete dias, aprecio seus esforços. Finalizarei minhas atribuições a tempo.
—Será protegido por outros soldados dentro da cidade para enganar quem quer que tente nos espiar. Então, quando partir, Aiden irá com você em sua jornada.   
—Certo.
—Ah, Aiden, está dispensada. Por favor, esteja preparada, Partirá na manhã do sétimo dia.
—Sim, Senhor.
Ela reverenciou e depois saiu. Consolidado sua determinação, observou aqueles dois uma última vez antes de sair, iria esperar até chegar a hora do trabalho.
. . .
    Enquanto preparava as provisões para a viagem, uma curiosidade febril atacou sua mente. Tentou observar aquele homem enquanto não estava ocupada com as tarefas.
    Ele sorria em qualquer lugar por onde passava. Às vezes, ele brincava com as crianças na praça, mas na maior parte do tempo estava cuidando das pessoas doentes e feridas na igreja. Ele era um rapaz pacífico, mas isso a incomodava. Não conseguia confiar na bondade plena dele. Desistindo de espiar, Aiden preferiu terminar seus afazeres ao invés de ficar espiando a vida de um sacerdote. Quando se virou para voltar para casa, uma voz masculina a chamou:
—Então, o que acha?
    Ela parou e instantaneamente sacou sua espada, mirando nele, mas estagnou o movimento quando viu quem era.
—Senhor Lionel? –disse assombrada-
Quando ele…? Estava brincando com as crianças ainda agora…
—O que acha do meu trabalho? Bastante compensador, certo? –ele olhou para trás, para as crianças brincando alegremente-
—Como sabia que eu…? –ela embainhou a espada-
—Percebi que estava me seguindo por esses dias…  Estava curiosa para saber o que eu faço?
—Minhas mais sinceras desculpas. Não quis te incomodar.
—Não se preocupe. Eu suponho que estava apenas curiosa para saber o que vim fazer nesta cidade…  
—...
—Brincar com crianças não era o que esperava? É um ótimo trabalho, como pode ver, mas neste mundo existem pessoas que não conseguem se contentar com aquilo que possuem. Esta guerra é vazia, por isso devemos impedir que ela ocorra.
    O sorriso dele sumiu e seu rosto estava cheio de tristeza.  Logo, um fraco sorriso nasceu nos lábios dele novamente, mas estava coberto de melancolia.
—As pessoas dizem que meus poderes são necessário e que serão ainda mais se uma guerra acontecer neste reino, mas eu preferiria usá-los numa terra pacífica do que num campo de guerra… Como pode ver, sou só um homem ordinário. Então, estou contando com as suas habilidades quando a hora chegar.
    Ele sorriu mais uma vez, e dando um aceno com a mão, deixou o local. Aiden estava surpresa e irritada novamente.
Qual o problema dele...?Me contando tudo assim, repentinamente… Além do mais, ele é muito sagaz. Ele sabia que eu o estava seguindo desde o início e deixou eu acreditar que não sabia de nada? Le é muito mais perspicaz do que eu pensava.
    Não gusto dele. A personalidade dele é ruim. Não confio em alguém que finge ser fraco enquanto fica de olho nos arredores. Me pergunto por que o General Glenn me escolheu para essa missão…
. . .
    Os dias se passaram e finalmente, o dia de iniciar a jornada chegou. Algumas pessoas da cidade quiseram se despedir do jovem sacerdote e vieram, ele acenou com um sorriso.

Ele atrai atenção desnecessária para nós. Não gosto disso…
    Iniciaram assim, a jornada. Aiden montada num peco, e o padre montado num cavalo marrom.
Me pergunto que se sucederá nesta jornada…
Este era apenas o princípio de uma série de acontecimentos que se sucederiam por cause de uma única pessoa que representava uma ameaça àqueles de desejavam a guerra.



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