Messed Up escrita por hinata_kawaii


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Espero que curtam essa one shot. Já faz algum tempo desde que publiquei a última vez. Boa leitura!



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Republic City, 14 de Março de 2016

Bem, você sabe... eu meio que não sei o que fazer. É realmente estranho. Eu sempre fui tão confiante e certa sobre mim mesma, mas ultimamente não tem sido bem assim.

É tudo por causa daqueles incríveis olhos verdes. Não me canso deles. Eles têm tantos tons que eu sequer consigo imaginar exatamente o que se passa neles. Eles são tão selvagens que não consigo evitar ficar corada na frente deles.

E têm aqueles lábios. Aqueles lindos lábios sempre pintados de vermelhos que são a razão de minhas longas noites insones. Fico horas e horas imaginando quão suaves eles devem ser e se algum dia eu teria a chance de senti-los nos meus. Eles ficam ainda mais bonitos quando estão desenhando aquele misterioso sorriso torto. Apenas me fazem querer decifrar cada linha de pensamento escondida por trás dele.

Há tantos sentimentos fervilhando dentro de mim que eu não consigo pensar direito. São tantas as facetas de sua personalidade que eu admiro. Ela é gentil, inteligente, honesta, leal e ela é a garota mais deslumbrante que já vi. Eu me sinto tão boba quando estou perto dela. Queria ser boa o suficiente para ela, mas eu acho que  ela não se interessaria por alguém como eu. Acho que ela nunca sairia comigo. Mas eu queria ter pelo menos a remota chance de que isso pudesse se realizar... que não fosse apenas um sonho.

K.

—______________

Assim que terminou de ler o surpreendente texto sobre si que estava perdido no meio dos vários cadernos abertos em cima da escrivaninha de sua amiga, Asami não fez nada além de corar violentamente. Sentou-se na cama para que pudesse absorver aquelas palavras sem correr o risco de ser traída por suas trêmulas pernas e cair.

— Korra...gosta... de... mim? – ela sussurrou para si mesma – Como pude não notar isso?

Bem, Korra era uma garota bem confusa, então Asami achava que ela fosse daquele jeito com todo mundo. Mas conforme ela começou a pensar direito, Asami pôde lembrar o quanto Korra ficava ainda mais nervosa e desajeitada cada vez que as duas saiam juntas.

Então, ela ouviu passos ritmados no corredor. E assim, Korra entrou no quarto.

— Hey, Asami! Estou tão feliz que você ainda não tenha ido embora... – a voz de Korra morreu tão logo ela percebeu a expressão surpresa no rosto da amiga e que ela estava sentada em frente a um dos inúmeros cadernos abertos em cima de sua mesa. Bem na frente do único que ela nunca deveria descobrir a existência.

— V-você leu? Ai, droga! A-Asami... E-eu posso explicar...eu... estava apenas escrevendo sobre que... amiga...incrível você é. – Asami notou que Korra estava passando os dedos pelos cabelos... bem do jeito que ela fazia quando se sentia culpada.

— Então era mesmo sobre mim?

— Humm...era. Quer dizer, não! Não mesmo! Eu estava prestes a...

— Korra, por favor! Você já havia admitido que estava escrevendo sobre mim. Você poderia, por favor, apenas dizer a verdade?

Korra piscou e então, após respirar bem fundo, começou a falar:

— Ok, ok. É, eu admito. É tudo sobre você. Eu não sei por que ou quando as coisas mudaram, mas elas mudaram. Ultimamente eu tenho estado tão confusa perto de você. Nem mesmo consigo pensar direito. Mas, sabe... você é uma garota incrível. Não pude evitar me sentir desse jeito. Então, por favor, Sami, não me odeie. Eu gostaria de pelo menos manter sua amizade. Você é muito preciosa para mim. Por favor, não peça que eu me afaste de você. Eu sinto muito.

Korra suspirou e se sentou na ponta da cama tentando não olhar nos olhos de Asami.

Asami pensou por um instante e falou:

— Korra... querida, pelo que você está se desculpando? Por dizer o quanto você gosta de mim? Por me apreciar de uma maneira que a maioria das pessoas jamais faria? – Asami tocou suavemente a mão de sua amiga – Querida,você pode ao menos imaginar como estou me sentindo agora? – ela tocou o rosto de Korra e o virou para que ela olhasse em seus olhos.

— Ahnn...Incomodada? Enojada? – Korra corara bastante por causa do toque da outra garota.

Asami ignorara a estática que sentiu ao tocar o rosto da morena. Ela estava tentando manter a mente clara para que pudesse dizer o que tinha que dizer.

— Então... você realmente acha que eu sou assim? Fala sério, você me conhece bem melhor que isso. – Asami a olhava magoada.

— Desculpe, Sami! Eu só estou assustada com o que você pode estar pensando de mim.

— Você acha que se eu estivesse mesmo pensando coisas ruins de você, eu ainda estaria aqui?

— Hmm... acho que não. – ela pareceu realmente envergonhada.

Asami tocou os ombros de Korra e olhos nos seus olhos.

— Querida, o que eu estou tentando fazer você entender é que eu não te acho uma aberração ou algo do tipo por causa dos seus sentimentos e... – a pele alva da garota Sato ruborizou intensamente quando ela completou:

— Eu aceito seus sentimentos e, bem, eu me sinto do mesmo jeito em relação a você.

Korra estava chocada demais pelas palavras de Asami, mas seus intensos olhos azuis transpareciam toda a alegria que ela estava sentindo.

— Sério? Oh, Raava! Eu só posso estar sonhando!

O som da risada de Asami fez com que o sorriso de Korra se ampliasse ainda mais. Elas e abraçaram tão forte e gentilmente que ela podiam sentir seus corações batendo no mesmo compasso. Aquilo parecia definitivamente certo.

Ambas estavam muito coradas quando se soltaram.

— Bom, e agora?

— Bem, suponho que essa seja a parte onde eu te chamo pra sair... Talvez pudéssemos ir jantar naquele restaurante que é o nosso favorito e depois poderíamos ir naquele passeio do pato-tartaruga no lago?

Asami inclinou-se levemente e beijou a bochecha de Korra. Levantou-se e caminhou até a porta. Então, virou-se dizendo:

— Parece perfeito. – sorriu enquanto piscava para uma incrivelmente vermelha Korra e saiu.

Sozinha no quarto, Korra estava sorrindo bobamente deitada na sua cama, imaginando todas as possibilidades de sair com Asami Sato. Ela riu alto e fechou os olho enquanto lutava para acreditar que aquilo realmente estava acontecendo com ela. Finalmente.


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