My Impossible Girl escrita por Doctor Alice Kingsley


Capítulo 5
Feche os olhos e deixe a mente bem aberta


Notas iniciais do capítulo

Sei que demorei um pouco para postar esse capítulo, mas hoje é meu aniversário e tive uma comemoração no sábado e no domingo estava impossibilitada de postar o capítulo. Espero que gostem e nos vemos lá embaixo.



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                                  P.O.V Matt

Sabia que meu irmão não ia fazer nada que a Rose não consentisse, mas por uma pequena fração de segundos duvidei da capacidade dele de dizer não e isso é uma coisa que eu não gostaria que acontecesse. Não na primeira ficada pelo menos.

Percebo que Clara também está tensa, então resolvo conversar com ela sobre como meu irmão é e como ele age, mas nada parece funcionar. Aquela garota é um furacão, por onde passa mexe com as pessoas e suas vidas.

 E eu agradeço por ela ter entrado na minha, talvez digam que é exagero e que estou me apaixonando por ela, mas a senhorita Oswald se provou ser desse jeito mais de uma vez, ela entra com tudo na sua vida e bagunça ela, exatamente como um furacão faz.

  Rose a conheceu quando ainda eram pequenas, Clara nem deu a ela a oportunidade de se apresentar que já estava se declarando como sua melhor amiga e são quase irmãs atualmente, eu vi ela por dois minutos e hoje já almocei e presenciei uma briga em sua casa e meu irmão mal chegou aqui e já está ficando com a amiga dela porque ela deu um jeito nisso. 

E tem o Jack que apesar de ser o seu irmão mais velho, também está sujeito a atitudes inesperadas por parte da filha do meio. Ela pode ser baixa e ter corte Chanel, o que a faz parecer uma boneca, mas quando fica brava ela é pior que a noiva do Chuck.

 Se os Daleks cruzassem com ela quando está irritada, deixariam o universo mais pacífico, pois sairiam do local no qual certa morena estaria. Brincadeiras à parte, ela é um amor de pessoa e muito preocupada com os outros, mas quando fica brava dá medo.  

 Nesse momento estamos todos sentados na frente da TV, uma vez que é a estreia da nova temporada de Doctor Who, nossa série preferida, alguns costumes ingleses nunca mudam, como tomar chá e ver a série de TV que começou em 1963 e conquistou milhares de pessoas.

Steven Moffat sabe como deixar os espectadores com os corações na mão, o que é bom e ruim ao mesmo tempo e só tem uma lógica que devemos seguir. Quando o cenário for sombrio e tiver uma música ambiente que te prepara para o susto ele vai cortar o clima e vai te assustar num momento em que ninguém espera.

 — É maior por dentro do que por fora. – eu, Rose e John falamos juntos.

 — É menor por fora do que por dentro. — Clara fala conosco.

 A olho com uma expressão que já devo ter usado algumas vezes hoje, a de que estou tentando a entender. Está virando um costume tentar desvendá-la e já não me preocupo com o que ela deve estar achando.  Vou guardar essa frase na minha mente, para perguntar mais tarde, ou seja, no intervalo.

Como está em uma parte importante e que é crucial para o entendimento de todo episódio e arrisco-me dizer de que é importante para a temporada toda, resolvo não indagar sobre os comentários que a Oswald solta durante um dos melhores momentos do dia.

Esse episódio tem a presença dos assassinos mais silenciosos do universo. Os anjos são de pedra e você não pode matar uma pedra, teoricamente uma pedra também não pode te matar, mas quando desviamos nossos olhos deles, deixam de ser pedras. É complicado, muito complicado.

Enfim, os anjos lamentadores, estão por todos os lugares, eles invadiram todas as estátuas de Londres e o Doutor tem que salvar a Terra mais uma vez, pois quando alguém morre no passado, essas criaturas se alimentam da energia atual, eles se alimentam dos dias que a pessoa ainda teria.

 — Menor por fora do que por dentro? – digo assim que o episódio termina.

 — Como nunca pensaram sobre isso? – indaga.

— Eu não sei, mas esse não foi o seu único comentário que me deixou surpreso. Sua visão é muito diferente do resto. Como quando você disse que é a garota impossível e que foi soprada no mundo. – estou perdido.

 — Eu falei em primeira pessoa, mas estava me referindo à uma companheira qualquer. Seria uma ótima ideia, Jenna poderia fazer essa companheira. Uma companheira do 11th que foi soprada no mundo, pois sua função é estar em todos os lugares para sempre o salvar e ele fica confuso, já que ela sempre nasce e morre e daí ele encontraria a primeira versão dela e seria uma relação muito louca, porque ela é toda independente e ele é todo afobado e rápido, mas eles se dariam muito bem. – se inspira.

 — Já não estou entendendo mais nada. – John declara.

— Nem eu. – admito.

  — Vocês precisam abrir a mente de vocês, se permitir ver o mundo com outros olhos. – Clara declara.

Começamos a rir de uma piada que Rose faz sobre a amiga e até ela ri. Se fosse comigo, eu também teria rido, afinal é muito bom sentir a sensação de que sua barriga vai explodir e o ar lhe falta quando se ri de uma forma natural.

Eu não consigo parar e vejo que os outros também não, estou quase caindo no chão e vejo que Clara se contêm para não sair rolando, a menina já está no chão com a mão na barriga. Paramos de repente, pois Jack entra na sala e a menina que antes estava no chão pula para o sofá novamente.

Minha expressão se torna de preocupação e nervosismo, momentos assim duram pouco, muito pouco na minha opinião, o que os torna especiais. Olho de relance para Clara que agora está sentada ereta no sofá e encara o irmão mais velho. John está tentando entender o que aconteceu e Rose só revira os olhos, aparentemente as brigas deles ocorrem com mais frequência do que eu imaginei.

O clima está pesado como se alguém fosse morrer, a sensação é que entrou um dementador na sala e sugou toda nossa felicidade, sei que é uma comparação horrível, mas é esse o sentimento de todos, eu posso garantir.

— When I met de Doctor my hole life will change and then I met the Doctor. – Jack canta.

Clara sorri e eu percebo que tudo voltou ao normal, com apenas uma frase Jack fez todos se sentirem bem e com vontade de cantar, o que é incrível.

 — Você ainda lembra. Gente, eu e ele fizemos essa versão quando eu era bem menor, porque eu sou apaixonada pelo musical “Wicked” e tem uma música chamada “The Wizard and I” e nós fizemos uma versão de Doctor Who, se chama “The Doctor and I” um dia cantamos para vocês, mas não hoje.

Fico curioso para saber como é essa letra, já que conheço a original também. Mas mesmo a conhecendo pouco, sei que não vai fazer isso hoje. Sei que terei que esperar um pouco mais para que ela cante para nós.

Nos sentamos novamente e agora o clima já está leve de novo, Rose e John sentam lado a lado, eu me sento ao lado de Clara, ou pretendo, porém Jack se joga na minha frente e senta no meio. Ele parece não perceber o que fez, o que mostra certo descontentamento no rosto da irmã.

Conversamos mais um pouco, pois logo meus pais irão nos ligar pedindo para irmos embora. Harkness se mostra, além de um gênio da física, ser o mulherengo e o palhaço da família. Seus comentários são, as vezes inoportunos, mas todos são cômicos ou irônicos.

 — Capitão Jack Harkness ao seu dispor. – se apresenta para meu irmão.  — E quem é a dama, está livre? – “canta” Rose.

— Rose Tyler, está comigo. Eu sou John Smith. – meu irmão está vermelho.

 — Escolheu bem Rosita. Parece ser um ótimo garoto, espero que Clara também acerte a escolha dela. – Jack diz olhando para mim e agora sou eu quem enrubesce.

— Odeio quando me chama de Rosita e você sabe disso. Meu voto vai para o senhor Matthew Smith ao meu lado, irmão gêmeo do John. – Rose mostra seu ponto.

— Eu já disse, vocês vão iludir o garoto dessa maneira. Um dia quem sabe eu não caia nos encantamentos deste rapaz que usa gravata-borboleta e suspensório. – Oswald declara.

 — Não vão, porque quando menos você esperar isso vai ser uma realidade e nem vai se lembrar de como era antes de namorarmos. – me defendo.

 Os três riem e ela apenas revira os olhos, o que me leva a crer que ela esteja pensando seriamente no que eu disse e eles param de rir, quando veem ambas as expressões. Eu me seguro para não rir do meu irmão que está com aquele velho olhar reprovador.

Ele não gosta que brinquemos com assuntos “sérios”. Nunca pude dizer que ele ia se casar com a Rose sem ver os olhos dele pegando fogo e me reprovando. E agora não posso nem brincar comigo mesmo que sou repreendido por ele.

Depois uns 10 minutos vou embora e John me acompanha. Eu poderia ter ficado um pouco mais, mas não quis abusar da bondade dela. Já almocei em sua casa, não ia jantar lá também. Tenho que combinar de um dia para ela ir lá em casa.

Estamos saindo do portão quando os gêmeos chegam. Amy é ruiva e Rory é moreno, fico imaginando como seria viver em uma casa com mais irmãos e irmãs, as vezes tenho vontade de pedir para meus adotarem mais algumas crianças só para a casa não ficar tão vazia. Antes de entrarmos no carro, Rose beija meu irmão o que faz todas as atenções se voltarem para eles e Clara beija o canto da minha boca. Eu dou um beijo em sua bochecha.

No carro fico pensando se o beijo no canto da minha boca foi de propósito ou se ela só errou os cálculos. Clara pode ter uma visão de mundo diferente, mas não faria algo assim de propósito, faria? Balanço minha cabeça numa tentativa frustrada de apagar esses pensamentos de minha mente. Fecho os olhos e deixo a mente aberta para que consiga desviar meus pensamentos, mas nem isso parece funcionar. 


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado e por favor não se esqueçam de comentar. Nos vemos no próximo capítulo. Beijos com gosto de cupcakes azuis.