Acordei mais animada essa manhã, não lembrei muito do sonho, mas sabia que envolvia Edward, fui tomar um banho e coloquei uma calça apertada, uma bota preta de cano alto, uma regata branca com detalhe em vermelho, coloquei uma jaqueta por cima, me olhei no espelho e gostei do que vi, não deveria ficar me preocupando, mas naquela hora queria ficar bonita.

Desci as escadas encontrando minha mãe na cozinha preparando o café da manhã e meu pai sentado na mesa

—Bom dia.

—Bom dia Bell’s, como foi na escola ontem? - meu pai perguntou.

—Foi bom, conheci algumas pessoas bem legais.

—Que ótima filha, isso é muito bom – minha mãe disse enquanto sentava-se à mesa com um prato de panquecas.

—Nossa! Mãe, o cheiro está delicioso.

—Tomara que esteja bom, passei a manhã toda preparando.

—Claro que está, mas não posso demorar, não quero chegar atrasada no meu segundo dia de aula.

Comi depressa e para minha surpresa realmente as panquecas estavam boas, minha mãe não era uma das melhores cozinheiras que eu conhecia, aliás, eu conseguia ser muito melhor, mas tenho que concordar que ela está se esforçando, peguei minha mochila e a chave do carro e sai, quando cheguei no carro sentir uma sensação estranha, parecia que estava sendo vigiada, eu e minha maluquices, entrei e dei a partida.

Chegando ao colégio percebi que em meio a tantos carros comuns no estacionamento, dois se sobressaiam, um era uma Ferrari conversível vermelha, e o outro era um volvo prata, fiquei curiosa para saber quem era os donos, mas deixei de lado e fui logo entrando no prédio, corri, pois estava começando a chover, mas para a minha sorte ou azar, chegando à entrada dei o maior escorregão, isso sempre acontecia comigo, já estava até conformada, mas quando eu ia cair alguém me segurou pela cintura me fazendo ficar em pé,na hora sentir aquele perfume único e um corpo sem igual, fiquei sem graça e não consegui olhar diretamente para o rosto dele.

—Obrigada por me salvar de um grande tombo que com certeza iria me deixar com um belo hematoma.

—Não precisa agradecer, além do mais foi um prazer te segurar.

Quando ele disse isso, percebi que ainda estava com suas mãos em minha cintura, segurando firmemente, ele era tudo de bom, não consegui parar de pensar em como seus braços são fortes e bem definidos, seu tronco é duro feito pedra e eu estou começando a ficar com calor só de pensar, rapidamente tratei de me afastar, não quero dar confiança a ele e nem ninguém. Ele percebeu meu conflito interno e me soltou, senti uma corrente elétrica passar pelo meu corpo quando nós nos afastamos, subitamente senti um vazio não estando mais perto dele, eu só posso estar maluca ou muito carente para sentir essas coisas.

—Você está bem?

—Estou sim, estava apenas pensando na minha próxima aula, seu eu demorar mais um pouco me atraso- dei uma desculpa qualquer, eu não ia dizer que era nele que eu estava pensando.

—Tudo bem, te vejo na aula então, mas se você quiser posso te acompanhar.

—Isso foi uma pergunta ou um convite?

—um pouco dos dois

— Vai para a mesma aula que eu?

—Não, mas não tem problema posso te acompanhar assim mesmo.

Algo me diz que ele anseia por isso, eu também, mas sei que não posso aceitar, não quero me envolver demais e era isso que eu estou fazendo, reparei que ele me olhava de cima a baixo, com cara de desejo, amor, luxuria, nem sabia decifrar qual era qual, era uma plena mistura, comecei a reparar em sua roupa, ele usava uma calça apertada escura, com uma blusa verde e uma jaqueta, simplesmente lindo, quando me concentrei em seus olhos ele me fitava, dei por mim que ainda não o havia respondido, a hora estava passando e eu precisava me decidir

—Não obrigada, eu posso ir sozinha - respondi de uma formar rápida e grossa, dei as costas e fui embora, não olhei para traz, se ele fosse esperto ia sacar que eu não era uma boa menina para ele investir esse ano, ele deve ter percebido minhas constantes oscilações de humor... Saí de lá o mais rápido possível, quando cheguei à sala, a aula estava quase começando, o professor me deixou entrar, mas disse que se isso se repetisse eu não entraria mais. O dia passou correndo, nem me dei conta que a próxima aula eu teria com o Edward, nossos horários eram diferentes pois haviam duas turmas de terceiro ano, dei graças a Deus que só tinha uma aula conjunta pois se não eu nunca iria resistir a ele, entrei na sala com a esperança de encontrá-lo, mas a aula começou e nada dele, me senti culpada, será que ele ficou chateado com minha atitude mais cedo?Nem sei por que eu estava me importando com ele, isso não me interessa, ou interessa? Prestei a atenção na aula, tentei-me distrair para parar de pensar sobre sua ausência, depois da escola, fui direto para casa, tinha muitos deveres para fazer e quem sabe ajudaria minha mãe com as tarefas de casa.

Cheguei e fui direto para o meu quarto, quando estava quase no sono, sinto meu celular vibrar, tinha esquecido de colocá-lo para tocar, olhei no visor e o número era restrito, quem será?

—Alô, quem é?

—Bella, sou eu..

Não era possível, não podia ser ele, o que o Lucas quer comigo?