20 maneiras de irritar Dolores Umbridge escrita por nywphadora, Tessa, nywphadora


Capítulo 16
15ª maneira




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15ª maneira - prove que Voldemort voltou.

Assim que pôde realizar o feitiço à perfeição, o professor Flitwick liberou-a de sua aula, com outro olhar cúmplice.

O que Umbridge pensou que seria uma humilhação para ela só tinha dado mais forças para Sarah lutar. Fred e George tinham partido, sim, mas todos estavam do seu lado. Alunos e professores.

Bem, exceto Filch.

Quem precisaria da ajuda dele, de qualquer forma?

Começou a correr, sem importar-se com o som que faria, e foi de encontro à outra pessoa, na virada do corredor. Com a força do esbarrão, foi jogada para trás, caindo sobre a mochila.

— Ai! — reclamou Sarah — Acho que agora eu quebrei mesmo o tinteiro.

— Tudo bem aí?

Lee a olhava debochadamente, enquanto puxava o seu braço, ajudando-a a levantar-se.

Assim que esteve completamente de pé, ela observou-o, abrindo a boca para xingá-lo de todos os nomes que conhecia, mas parou, tendo uma ideia. Arregalou os olhos, pulando empolgada.

— É o destino! — ela exclamou.

— Você está me assustando — ele declarou, olhando ao redor.

— Eu preciso da sua ajuda, Lee! Por favor! — Sarah implorou — Aliás, o que está fazendo aqui fora, em horário de aula?

— Fui pegar um livro.

Ela apenas ergueu as sobrancelhas.

— É sério — Lee exclamou, entediado — O professor pediu.

— Ah! Tudo bem, então... — ele virou as costas para ela, antes de ela completar — Ele só vai ter que esperar um pouco mais.

Sarah puxou-o pelo braço, arrastando-o pelo resto do corredor.

— Não pode ser...? — Lee começou a reclamar.

— Não! Tem que ser agora!

Entraram em uma sala de aula vazia, garantindo de que ninguém os escutaria.

— A lista está quase completa! — disse Sarah, implorando — Mas eu não poderei continuar se eu não encontrar uma maneira de provar que Voldemort voltou para deixar a Umbridge louca.

Lee colocou as duas mãos na cintura, olhando para a janela da sala.

— Luna Lovegood. Ela não fez a entrevista do Harry? — ele perguntou — Você pode multiplicar a reportagem e espalhar por aí.

— Mas todo mundo já leu a entrevista dele — Sarah franziu o cenho — Meio que já saiu de “moda” isso.

— Eu diria para você espalhar reportagens do Daily Prophet, se ele não estivesse escondendo os assassinatos...

Ela olhou para a porta fechada da sala.

— Acha que os muggles noticiaram?

***

Não lembrava-se de uma vez em que dona Marlene McKinnon a tivesse ajudado em uma brincadeira. Talvez pelo fato de que ela não fez algo dessa magnitude no ano anterior, e antes disso estava tentando ser expulsa de Beauxbatons.

Uma simples carta e ela tinha em mãos tudo o que precisava.

Ter uma mãe trabalhando para a Ordem da Fênix tinha as suas vantagens.

— O que é isso? — perguntou Ginny, pegando um dos jornais — Nossa! A foto não se mexe!

— É claro que não! — Sarah pegou o papel de suas mãos, revirando os olhos — O que esperava? É um jornal muggle!

— Muggle? — ela estranhou — Por que está com um jornal muggle?

— Você verá.

Sem permitir que ela dissesse mais alguma coisa, pegou tudo e foi para o dormitório, tentando não derrubar uma folha que fosse.

Sabia que Amber faria perguntas, então foi rapidamente ao dormitório da melhor amiga, aproveitando que ninguém do quinto ano estava lá. Revirou as suas poções, até encontrar a que precisava.

— Sua danadinha! — espantou-se, observando o frasco atentamente.

Guardou-o em sua capa, antes de colocar tudo de volta em seu lugar e sair.

Caminhou rapidamente pelos corredores com a sineta sendo a sua trilha sonora. Já começava a anoitecer, e a hora do jantar seria sacrificada sem muitos receios. Arrancou um fio de cabelo de uma colega qualquer que passou por ali.

— Ai! — escutou-a reclamar, mas não virou-se.

Abrindo uma porta qualquer, entrou na sala de aula, escutando passos seguindo por aquele caminho mesmo. Ficou colada à porta, esperando que os sons silenciassem do lado de fora, e então pegou o frasco de dentro da capa, comparando-o com o cabelo.

— Espero que você tenha um bom gosto — ela fez uma careta — Seja lá quem você for.

***

— Você tem certeza, senhorita Black?

Ela nunca tinha visto a mulher tão pálida.

Odiava estar fazendo aquilo com ela, embora a enfermaria não fosse o seu lugar preferido no mundo. Apesar de tudo, Madame Pomfrey preocupava-se com seus alunos, mas Sarah precisava daquele álibi, apesar do uso da poção.

— Eu não sei! — ela assoou o nariz, sentindo as lágrimas descerem por seu rosto — Eu estou tão perdida!

— Acalme-se! — a enfermeira sentou-se ao seu lado, abraçando-a de lado — Você não tem certeza disso! Espere um pouco, eu vou trazer a poção e veremos juntas.

— Está bem — disse Sarah, com voz chorosa.

Se Sirius a visse, estaria orgulhoso.

Mal podia esperar para contá-lo tudo o que estava fazendo!

Será que os marauders já tinham chegado a tais extremos por causa de um professor? Fizeram listas de objetivos para incomodar uma pessoa? Snape, talvez. Ela poderia fazer isso com ele mais tarde.

A bruxa saiu de sua salinha, trazendo o frasco da poção.

— E se der positivo? — Sarah voltou a chorar, não deixando que as lágrimas secassem muito.

— Não dará! — Pomfrey tentou consolá-la.

— Ah! Por Godric Gryffindor! O meu pai vai me matar! — ela arregalou os olhos.

— Você tem contato com ele? — a bruxa perguntou, empalidecendo mais ainda.

— Não! Quero dizer, eu nem sei se ele se importa, mas... Por Morgana! Ele é capaz de tudo, não é mesmo? Ele vai nos matar!

Usar o seu pai, conhecido como um assassino fugitivo, era um golpe baixo?

Talvez.

— Vamos acabar com isso, senhorita Black — ela disse, decidida — Se der positivo, nós vamos falar com Dumbledore. Não se preocupe!

Sarah assentiu, ainda fungando dramaticamente.

Ela cuspiu dentro da poção, sentindo um pouco de nojo. Bem, era melhor que os testes de gravidez dos muggles, certamente.

Pegou um pano estendido pela bruxa para secar as suas lágrimas. Sempre tinha tido facilidade para chorar, era bem útil para aquelas situações.

— Acho que conseguirei algo que nem minha mãe conseguiu — ela continuou dramatizando, mas com menos intensidade — Engravidar ainda em Hogwarts.

— Não diga uma coisa dessas, meninas — a enfermeira continuou sacudindo o frasco, esperando que o cuspe se misturasse à solução — Vai dar tudo certo, vai dar tudo certo...

Parecia que estava dizendo aquilo para si mesma.

Se uma aluna surgisse grávida, seria considerada culpada por isso?

Alguma vez isso tinha acontecido? Dumbledore, pelo menos, era um diretor que sabia de tudo...

Um pouco cabisbaixa, lembrou-se de que Dumbledore não estava mais lá.

Sob o comando de Umbridge, seria até bom que algo assim surgisse. Quanto mais desgraça, melhor. Não que gravidez fosse uma desgraça, mas seria um grande problema para a direção da mulher indicada pelo Ministério.

— Está vendo? — exclamou a enfermeira, parecendo aliviada — Nada!

— Tem certeza, senhora? — Sarah escondeu a boca estremecida atrás do pano.

— Está tudo bem agora — ela passou a mão por seu braço, em um gesto consolador — Tome cuidado, senhorita Black. Por favor!

O que deveria ser uma repreensão, tornou-se um conselho.

E, de certa forma, Sarah sentiu um pouco mais de carinho pela bruxa anciã.

— É claro, Madame Pomfrey! — permitiu-se rir, mas de nervoso — Muito obrigada!

Saiu saltitando da enfermaria, sem risco de estranharem sua mudança repentina de humor.

Quando foi caminhando pelos corredores, notou que já estava tudo normal.

— Ela foi rápida — murmurou para si mesma.

Entrou em uma das passagens secretas daquele andar, desviando-se de onde as vozes dos professores vinham.

— Eu quero saber quem é o responsável! — Umbridge esperneava — Senhor Weasley, solte este cartaz agora mesmo!

Rony soltou o papel, assustado pelo grito da mulher.

Ela apontou a varinha para os papéis acumulados ao canto do corredor e tentou incendiá-los, sem importar em como isso poderia pôr fogo no castelo. O feitiço não funcionou, Sarah tinha colocado proteções nas folhas. Não poderiam ser rasgadas ou incendiadas, mas poderiam multiplicar-se, dependendo do feitiço.

Deu uma risada maligna, antes de seguir o seu caminho para o Salão Comunal, alguns andares assim de onde a multidão se aglomerava.


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