O Diário das Irmãs Martins escrita por sahendy


Capítulo 6
Qual os sintomas de estar apaixonada?


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! Obrigada a todas pelos comentários. Por favor comentem. Que Deus e a Virgem de Guadalupe as abençoe. Eu amo vocês!



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— Claro que aceito! Obrigada pelo convite. - Eu respondo a ele, ainda segurando o convite pergunto a ele se deseja vir tomar café comigo e com Jilian, Carlos Daniel sorri em agradecimento e diz que sim. O levo até a cozinha e coloco o convite dele dentro da minha carteira. Na cozinha Jilian ainda continua com os fones de ouvido, Carlos Daniel fica parado de pé esperando uma cadeira, assim que a coloco na mesa, ele se senta. 

— Bom dia Jilian! - Ele diz a ela que dá um sorriso a ele e morde uma torrada. - Acho que você é a única pessoa ainda da cidade que usa uma carteira. - Ele brinca, eu coloco o café em sua xícara e dou risada. 

— Velhos costumes nunca morrem! - Respondo. 

Tomamos o nosso café, e ficamos ali conversando a mesa, logo Jilian se levanta e saí para tomar banho, hoje era sábado e eu não iria abrir a livraria, então tinha o meu dia sozinha para mim. 

— Pretende escrever um novo livro? - Pergunto a ele que a aquela altura da nossa conversa já tinha retirado o paletó, o seu boné e o seu óculos. Carlos Daniel de manhã andava totalmente desvalorizado. Ele tinha medo dos paparazzi, porque desde o seu divórcio o escritor do momento era um dos assuntos mais falado. 

— Pretendo. Só que ainda não sei como começar. - Ele me respondeu. Depois de um tempo, me levantei e arrumei a mesa, Carlos Daniel fez o mesmo me ajudando, Jilian aparece na cozinha me intimando que iria sair com uma moça do treino de futebol dela. Eu e Carlos Daniel fomos para a sala conversar mais um pouco, ele me falou sobre como era horrível sair na rua e não poder andar tranquilamente, era um hábito que ele tinha fazer caminhada, ou ir a parques, museus, restaurantes e hoje não pode fazer isso sem ter um flash junto a ele. A verdade é que Carlos Daniel teve muita sorte do seu livro e seus quadros serem um sucesso, grandes escritores e pintores que conhecemos morreram na extrema pobreza tinha somente como riqueza um uísque e seus talentos como escrita ou pintura. E com Carlos Daniel era diferente, aos 25 anos de idade já era um pintor com muitos quadros que pintou durante sua vida exposta, ele escrevia para o jornal, e havia publicado um livro. Era somente o começo da sua carreira. E o que eu tinha? Amava ler, amava apreciar pinturas, meu sonho era ter um restaurante e não fui aceita na turma de Saul Juanes. 

Comentei com Carlos Daniel sobre o curso e ele havia comentado que conhecia o dono do espaço que seria usado para o curso e que já foi a um programa de televisão onde ele conversou pouco tempo com Saul Juanes. A tarde ainda estávamos conversando na sala sem sair para nada. E Carlos Daniel olhou em seu relógio se levantando e pegando seu paletó, ele arruma seu cabelo perfeito. 

— Tem algo que eu tenho que te contar. - Carlos Daniel me diz, ainda sentada ao sofá olho para ele com um sorriso de canto. - Tem? - Eu pergunto. Carlos Daniel arruma sua gravata. - Tenho. - Ele sorri. - Eu vou viajar essa noite para Boston e devo demorar um tempo. - Retiro o meu sorriso de canto e tomo um gole do suco que havia colocado para mim.

— Tudo bem. - Respondo e me levanto para o levar até a porta da saída do apartamento, Carlos Daniel segura seu boné e seu óculos. - Espero que se divirta. - Digo a ele na porta da saída do apartamento. 

— Não queria ter de ir embora. - Ele me diz. - Quero dizer, ter um livro publicado era o meu sonho, mas partidas são necessárias, ficarei em Boston com os meus acessores, e sem contato algum com qualquer outra pessoa. 

— Carlos Daniel. - Digo seu nome que para e olha para mim. - Pense na vida que você sonhou para você. A pessoa que você imaginava que iria estar ao seu lado. Ou, Pense no trabalho que você sonhou em ter. Você está vivendo a vida que sonhou para você mesmo? Você é quem você queria ser quando crescesse? - Digo a ele que fica parado olhando para mim sem dizer nada, demora um tempo para ele me dizer algo. Ele balançou a cabeça, sorrindo de novo. "Não é disso que eu estava falando". Eu levei um segundo pra compreender o que ele estava falando, e todo o tempo ele estava olhado pra mim com aquela expressão superior - certo demais da minha reação. Assim que a realização bateu. Eu o vi se aproximar de mim, calmo. Como num instinto repentino, seus lábios aproximaram-se dos meus, buscando pelo caminho daquele sagrado toque que expressa o sentimento mais puro do homem. Após o momento de reflexão sobre a circunstância presente e a leve reluta que estava acontecendo em minha cabeça, lentamente, nos beijamos, e foi como se uma aura de ausência temporal tivesse aparecido, pois aquele instante, e somente aquele, era o que mais importava para mim no mundo. Coloquei minha mão em sua nuca e continuei beijando-o e logo tomo conta do meu corpo e me afasto. Fico ali parada a sua frente e Carlos Daniel me olha sem dizermos uma só palavra, ele abre a porta e saí me deixando ali parada sem reação pelo beijo. 

Paola...

Encontrei Douglas ontem e hoje iríamos sair não pude conter tamanha felicidade em vê-lo, fomos a uma lanchonete e ele me contou que conseguiu um emprego numa importante empresa do país, sem dúvidas teríamos de ir comemorar. 

— Quer sair para onde essa noite então futuro empresário? - Pergunto a ele e dou um sorriso tomando um gole do milk shake. 

— Quero ficar com você. - Douglas me responde, eu dou um sorriso e mordo o meu lanche. Depois de pagamos a conta da lanchonete e fomos para sua casa novamente, o pai dele estava viajando havia ido para Los Angeles cuidar de umas papeladas, quando entramos fomos direto para o seu quarto, sem exitar. 

Sinto suas mãos fortes passando por todo o meu corpo, ele aperta minha bunda e ergue minhas pernas enquanto eu as envolvo em sua cintura [...]

Paulina...

Passei o sábado a noite e domingo em casa sem ter nada para fazer, não conhecia ninguém que não fosse Jilian ou Carlos Daniel, e ficava mais tempo no apartamento sozinha, mesmo que Jilian estivesse lá, ela era tão fechada que nos comunicávamos sempre que necessário. "Oi, vou pedir pizza, vai querer?" "Ah, sim" ou então "Paguei a conta." "Ok" fora isso não conversávamos direito, a não ser no domingo a noite, quando ela disse estar passando mal, ficou jogada ao sofá o dia inteiro, e eu me sentava ao chão ao lado dela tentando fazê-la se sentir bem.

Jilian sentiu muito enjoou pela gravidez e queria ingerir remédios, não que fosse proibido, mas é bom não tomar medicações na gravidez, pelo menos era o que eu havia aprendido. Fiquei com ela ali ao seu lado com o livro aberto tentando me concentrar para ler, até a hora que ela se cansou de mexer em seu celular e ligou a televisão, estava passando Criminal Minds, uma série americana sobre agentes do FBI e era uma das minhas séries favoritas. 

— Eu amo essa quinta temporada. - Jilian me disse com o controle em sua mão aumentando o volume. 

— Paget Brewster é a mais linda daí. - Murmurei, fecho o livro. Paget Brewster é o nome da atriz que deu vida a minha personagem favorita daquela série - Emily Prentiss é o nome da personagem. 

— Está brincando? Não sabia que gostava de Criminal Minds. - Jilian me diz e se vira ao sofá se arrumando. - Como se você me perguntasse do que gosto ou não. - Penso comigo mesma.

— Criminal Minds é uma das poucas séries que eu adoro. - Respondo e me concentro no episódio. 

Assim que acabou a série trocamos de canal e colocamos num programa de entrevistas onde Carlos Daniel estava passando, em Boston. Jilian iria trocar de canal se não tivesse visto o meu entusiasmo por ter visto ele na televisão. 

— O senhor já tem um novo amor? - O entrevistador pergunta numa hora da entrevista, Carlos Daniel demora um segundo para responder e dá um sorriso, meu coração está acelerado, desde aquele beijo a única coisa que consigo me lembrar, é o beijo... - Possivelmente. - Carlos Daniel responde.

Depois da entrevista, abaixo a minha cabeça olhando para o livro e depois volto a minha atenção ao comercial de fraldas. 

— Paulina. - Jilian me chama, olho para trás achando que ela está passando mal. - Você está apaixonada por Carlos Daniel? - Paraliso com sua pergunta, pensando se estava. Bom, não que isso seja caso de hospital, todos os sintomas estavam em mim. Só pensava nele, em seu sorriso, no seu beijo. [...]

— Não! Isso é impossível. Eu não estou apaixonada, somos apenas bons... Amigos. - Respondo, Jilian dá um sorriso e arruma o piercing em seu nariz. 

— Se engane o quanto quiser então! - Ela me responde. Não digo mais nada a ela e me levanto indo para o meu quarto. Amanhã seria um longo dia na livraria.

 


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Notas finais do capítulo

E então, o que estão achando? Deixem nos comentários se irão querer detalhes da relação sexual de Paola e Douglas, e da Paulina com [...] Obrigada a todas. Por favor comentem.