Desentendimentos escrita por wulpyx


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Hoy ~ ! *3* Como vão? xD

Estou a cá para mais uma Onezinha com esse shipp maravilhoso. ♥ Essa em especial estou dedicando a Midori e também minha outra amiga, Nigou. ♥ Agradeço especialmente a Midori pela ideia enquanto respondia seu review. ♥ Muito obrigada. *3* Espero que todos gostem! ♥

Perdoem-me os erros e avisem se acharem algum, por favor.

Boa leitura ~ ♥

/revisada



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Já era a terceira visita de Akashi a casa de Kuroko somente naquela semana, e isso, não chegava a nenhum grau de normalidade de maneira e hipótese alguma. Afinal, não era Tetsuya a pessoa a qual o ruivo tinha em mente de confrontar e passar esse tempo. E Kuroko passara a desconfiar desde a segunda vez que seu ex-capitão aparecera.

Tentara algumas vezes verificar o verdadeiro motivo por de trás daquilo, contudo, não obtinha muito sucesso. Ou pensava isso. Sempre o via apenas brincando com seu cão – Nigou –, e isso não tinha anormalidade alguma, pelo menos não a seu ver. Era até bom, porque diferente de Kagami que tinha um medo em excesso besta pelo cachorro, tinha alguém que se dava bem com ele e era recíproco.

Talvez recíproco até demais, pensara Tetsuya àquela terceira tarde que ele se encontrava ali. Não, não compreendia muito bem porque ele ia a sua residência somente para ver Nigou, isso estava muito sem pé nem cabeça. E daquela vez, Kuroko decidira: tiraria tudo a limpo naquele dia mesmo.

— Akashi-kun, eu vou à loja de conveniências. Há problema em ficar aqui sozinho um pouco? — Jogando um completo verde para colher maduro – porque de besta o menor não tinha absolutamente nada –, disse de forma simples, calçando os tênis à frente da saída de sua casa.

Como já uma cena de praxe para Tetsuya, via Seijuurou sentado em seu sofá normalmente com Nigou em seu colo, tendo o cão recebendo um extenso e demorado – e aparentemente infinito – carinho em sua pelagem densa, porém, macia. Os olhos azuis claro dele miraram Kuroko à porta, parecendo estar de saída, acabando por balançar o rabo nisso, atraindo um breve sorriso de seu dono.

— Não se preocupe, Tetsuya. — O ruivo respondeu de forma simples, notando o assentir dele perante isso.

E com a resposta, Tetsuya apenas abrira a porta, tomando um sair dali para a suposta loja. O que era óbvio que não iria para lugar nenhum. Não poderia flagrar o que queria estando em casa já que sua falta de presença não funcionava perto de Akashi. Ele tinha uma extrema atenção e percepção a absolutamente tudo, e com isso sabia que não dava para competir nem tentar ser no máximo discreto que continuaria não funcionando.

Por tal detalhe é que deixara a janela da sua sala de estar aberta, e assim, poderia ver tudo do lado de fora dessa maneira sem ser descoberto. Não tinha melhor plano. Em poucos segundos dera uma pequena volta pela entrada de sua casa, encontrando logo abaixo da janela aberta, sentando ao chão de concreto dali, apenas a esperar qualquer coisa.

Com a saída de Kuroko, Seijuurou teve um parar a sua mão sobre a pelagem de Nigou, observando esta também tomar outras proporções, as quais se restringiam em tocar tão diretamente. Dessa maneira, o olhar heterocromático passara para baixo, encontrando sobre seu colo algo bem mais pesado do que um simples cão, assim como também os olhos azuis serem maiores o qual um rosto alvo emoldurava em traços leves e alegres.

Sim, um rosto.

— Ele demorou dessa vez, e eu sei que estava esperando isso também. — Akashi sibilou com um mínimo sorriso, mal sabendo que suas palavras estavam sendo levadas em completo entendimento ao contrário do que realmente queria dizer por alguém ali. — Sente-se aqui. — pediu baixo, indicando o outro lugar ao estofado.

O pequeno garoto de madeixas negras, com duas orelhas caídas entre os fios escuros obedeceu prontamente, encarando o ruivo numa expectativa estranha. Era estranho de muitas maneiras encarar Nigou e simplesmente ver um menino e não um cão ali. Qualquer um lhe julgaria como completamente louco caso tentasse esclarecer tal detalhe, e era por esse motivo o qual não comentava nada com Kuroko. Mesmo ele ainda sendo o dono dele, não imaginava que ele iria encarar aquilo tão bem assim também.

Tirando a blusa comprida que trajava devido ao clima, Seijuurou colocara sobre a silhueta do moreno que estava claramente desnuda, cobrindo desde suas coxas até seus ombros pelo tamanho da peça em seu pequeno corpo.

Nigou lhe encarava sempre em esperança, já que fora o primeiro que lhe vira assim e levara tudo tão calmamente que fora confortante para o menor. Estava sendo aceito como era, e isso lhe alegrava.

— Akashi, você pode me dizer algo bonito? — O timbre era extremamente baixo, e dessa maneira, só Akashi escutara o indagar de Nigou naquele momento.

Diferente do que poderia parecer, o menino não tinha muita habilidade com as palavras, apesar de compreender a maioria das coisas por ter passado grande parte do tempo escutando todos falarem e poder assimilar com facilidade. Gosta de conversar com Akashi, e sempre aprendia algumas coisas novas com isso. Era divertido e instrutivo.

Seijuurou não pareceu muito pensativo a respeito, porém, tivera um repuxar de lábios de canto antes de qualquer palavra proferida, levando a mão para os fios em um extremo negro, acariciando ali as orelhas em pé.

— Você é lindo. — Notou o sorriso do menino com aquilo, sabendo que ele havia entendido. Eram palavras bem usadas, não por si, obviamente.

Diferente do clima imensamente amigável por ali na sala, Kuroko, que se mantinha agachado a frente de sua janela do lado de fora de sua própria residência, encarava o nada de forma um tanto desacreditada. Akashi falava com seu cachorro quando não estava ali? Aquilo estava estranho... E ele ainda dissera que esperara sua saída para aquilo. Não estava compreendendo, e sentia que se saísse de seu lugar deixaria de descobrir totalmente, portanto, ficara sentado ali mais um pouco, resolvendo somente escutar.

— Mais. — Nigou pediu novamente, com um sorriso infantil por uma espera de algo novo do que estava ouvindo e supostamente aprendendo.

Conversar, por um ato mesmo que simples, era raro para si, então queria aproveitá-lo, ainda mais por Seijuurou ser uma excelente companhia, e por isso, não se continha enquanto este estava ali e seu dono ainda não voltava. Entendia que não poderiam fazer aquilo com ele ali por algum motivo, mas estava tudo bem.

Seijuurou sorriu minimamente com aquilo, pensando no que poderia dizer a ele que soava mais bonito do que já elogiá-lo. Existiam poucas coisas, e elas se enquadravam num quadro completamente de convivência e intimidade, porém, as quais o ruivo possuía certa admiração quando ouvia e notava tamanha sinceridade no que era dito. Não tinha problemas com isso.

— Eu te amo, Nigou. — Ele não compreenderia, não é?

Naquele segundo, Nigou não poderia compreender o significado daquelas palavras e o que elas carregavam por mais que fosse apenas algo simples que Akashi dissera ali, em complemento do que vinham fazendo há dias. Todavia, havia outra pessoa que poderia muito bem entender aquilo. E era errado!

Tetsuya não deixou de tomar rumo para a porta de sua casa, voltando-se a entrar nessa de forma um pouco apressada demais, denunciando um fato que talvez tivesse “voltado” correndo. E antes que pudesse compreender a cena, a mão foi abrindo a porta enquanto os lábios se separavam para seu proferir rápido:

— Akashi-kun, saia da minha casa, por favor. — Kuroko ditou sem menos tardar, não dando tempo para se aperceber do maior detalhe ali. Detalhe que inclusive fizera com que sua boca ficasse aberta por alguns segundos, e seus olhos já grandes tivesse uma expressão de surpresa a mais nas feições sempre tão impassíveis.

Nigou tinha um rostinho feliz enquanto encarava Seijuurou tendo-o abraçado, acabando por perder o foco dele quando notou seu dono ali. A cauda negra balança, quase desfazendo a volta simples da blusa que o ruivo colocara para cobrir seu corpo pequeno e alvo.

A sala ficara em um bom e grande silêncio naquele segundo, e ninguém parecia querer ousar quebrá-lo por qualquer que fosse o motivo para este ter se instalado. Os motivos eram mais que óbvios na verdade.

Por poucos instantes, Tetsuya cogitou simplesmente dar meia volta ali e simplesmente voltar mais tarde de fato, indo comprar alguma coisa para somente esfriar a cabeça e limpar a mente, mas não o fez. Precisava tentar entender.

Fechara a porta para evitar alguma brisa passar por ali e causar sereno em seu... Poderia considerá-lo ainda como só um cão? Não sabia sequer o pensar ainda, era muito cedo para isso.

Kuroko procurou primeiramente se sentar ao sofá no espaço vago que ali tinha, olhando para aquela cena um tanto quanto desacreditado demais. Custava acreditar ainda era pouco para definir sua pessoa naquele momento, e talvez em todos de sua vida depois daquilo que estava presenciando.

— Akashi-kun, pode explicar? — Apesar de o pedido soar consideravelmente calmo, era notável em pequenos detalhes nele que aquilo não era tão simples assim.

— Estamos conversando. — O ruivo abreviara boa parte de tudo, falando o óbvio até por demais. O que poderia dizer a mais? Não sabia também como aquilo acontecia a Nigou, ele basicamente chegava a ter aquela forma sem mais nem menos com o passar do tempo e quando desejava.

E novamente, um baita silêncio constrangedor instalou-se no cômodo por todas as presenças ali.

O moreno passou o olhar sobre as duas figuras adolescentes, tendo os olhos claros tão quanto os de seu dono a lhe encarar com certa curiosidade e uma felicidade que era típica sua. Aproximou-se de Tetsuya, acabando por jogar a cabeça contra o braço dele de forma calma, para logo em seguida sua mão, esfregando os fios extremamente negros ali, num pedido mudo que qualquer um conheceria bem.

O albino de instinto passara os dedos sobre o cabelo dele, realizando ali um carinho contínuo, e que notava que o alegrava explicitamente, assim como quando ele ainda era de fato um cão. Havia berrantes diferenças, todos ali sabiam muito bem, disso, no entanto, não podia dizer que era algo de ruim.

— Kuroko — chamou alegre, passando o olhar de Kuroko para o ruivo rapidamente, acabando por apartar o carinho em si ao trazer próximo seu próprio rosto para o de Seijuurou, expondo a língua rosada ao lamber-lhe a bochecha em um ato repentino que pegara qualquer um desprevenido, inclusive Seijuurou – ainda mais ele. — Eu amo o Akashi — disse animadamente com um sorriso pequeno para ambos ali.

É... Deveria começar a rever se realmente aquilo era de fato uma boa coisa ou não.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? xD Espero que sim. Obrigada a todos que leram. ♥ Caso desejem, deixe um review com vossas opiniões! Lerei todas com muito carinho e terei imenso prazer de responder. ♥ Espero ver todos por aí logo logo.

Kissus da Sociopata e jya nee~! ♥