“Cinema= a problemas”

Ah o cinema!!

Os ricos chamam de cultura. Os pobres de diversão. Quem nunca foi ao cinema? Conheço algumas pessoas que não, mas a grande maioria já esteve em pelo menos uma sessão.

Só que nem tudo na telona grande é um “mar de rosas”. Quem já esteve lá tem uma história para contar.

Nossos problemas começam assim que passamos pela porta e entramos na fila.

Um dia eu estava na fila e vejam só o que me aconteceu.

Eu fiquei toda animada para assistir aquele filme “Marley e eu”. Minha irmã foi comigo naquele dia fatídico. Entramos na fila dos ingressos, que estava enorme (diga-se de passagem)

—Tô louca para ver esse filme — falei animada.

—eu também — respondeu ela.

Continuamos a esperando, esperando. Aquela demora já estava enchendo o saco. Esse é um dos grandes problemas do cinema: a fila é gigantesca. Só que os desastres do dia não acabaram por ali. Tinham dois carinhas, que estavam em nossa frente, conversando, leia-se, berrando um com o outro. Não tinha como, não ouvir o que eles falavam.

— Cara! Aquele filme “Marley e eu” é muito louco. — Disse o lorudo

— Podes crê mano. A melhor parte é quando o cachorro morre no final. — respondeu o outro.

Eu olhei para minha irmã, minha irmã olhou para mim. Senti vontade de chorar, aqueles bocas grande acabaram com minha diversão.

— O Marley Morreu T.T. — falei eu.

Suspirei fundo, não podia deixar aquilo me desanimar. Era só escolher outro filme. A fila começou a andar, para minha alegria, berros foram escutados.

—EU QUELO VER “Tá chovendo Hambúrguer” — gritou a criança.

— Mas querido, nos vamos ver “Xuxa e o mistério de Feurinha”. — Respondeu a mãe.

— Mas eu quelo “Tá chovendo Hambúrguer”— falou a criança puxando a saia da mãe.

— Só que esse filme não está em cartaz filhote. — Disse a mãe ajeitando a saia.

— buaaaaaahahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa. —a criança começou a chorar.

— Acalme-se Juquinha. No filme da Xuxa chove hambúrguer também. —falou a mãe.

— EBA! —Gritou com alegria a criança.

É incrível como as crianças mudam de humor. Minha irmã me olhou com um gota na testa.Definitivamente cinema+criança=problemas.

Enfim chegou a nossa vez de comprar ingressos. Compramos entradas para vermos “Uma noite no museu 2”.

Fomos comprar pipoca e ai tivemos o problema número três: A PIPOCA.

 A primeira questão da pipoca é: o nome.

Super Mega Combo, Super Jumbo Mega. Não dá para simplesmente chegar e pedir uma pipoca e um refrigerante?

A questão número Dois é: O preço.

Como a pipoca pode custar mais do que o ingresso. Isso é uma coisa que nunca irei entender.

Chegamos ao caixa e pedimos a pipoca Super Mega Combo, o preço foi incrível. Pow eu comprei um pacote de pipoca e não Scargot. Olhei para minha irmã, arregalei os olhos e disse:

— maninha da próxima vez iremos trazer a pipoca de casa. — Sim, eu daria isso. U.u

— Com certeza — disse minha irmã n.n

Depois de termos pago a conta fomos para a praça, pois o filme só iria começar depois de 2 horas. O pior de tudo e que fomos para uma sessão de faixa etária livre, ou seja, muitas, eu disse muitas, crianças, gritando, pedindo para os pais comprarem todo tipo de comida, roupa, e por ai vai.

Por sorte o filme começou sem muitas dificuldades. Eu estava até começando a me diverti. Só que pensei cedo de mais. Quando o filme estava na metade uma criança começou a chorar no colo da mãe, na poltrona a minha frente.

A mulher fazia de tudo para fazer o berreiro da dita cuja parar, só que nada calava a boca daquela criança. Até que comecei a sentir uma coisa estranha no ar. Não podia acreditar um bebê ao meu lado sujou as fraudas. Foi aqui tudo se juntou. Crianças gritavam, o bebê fedia.

A mulher ao meu lado achou pouco e simplesmente começou a limpar o bebê ali, no meio da sessão.

Eu explodi.

— chegaaaaaaaaaaaaaaa! Não agüento mais. O Marlye morreu T.T.

A sala entrou em um silêncio mórbido. Eu me sentei de volta quando vi que todos me olhavam.

Só que não adiantou segundo depois eu estava sendo EXPULSA por uma lanterninha.  Eu paguei o ingresso, aturei aquilo tudo para ser EXPULSA, eu repito, EXPULSA, por aquele lanterninha filho de uma mãe.

É! Respirei fundo.

 Aquele só foi mais um dia em minha vida.

Quem sabe um dia o cinema melhore?

As filas sumam.

 As pessoas que contam os finais dos filmes desapareçam.

 As crianças parem de correr pelo salão.

 As pipocas tenham um nome descente e nem custem tanto.

 As crianças parem de gritar, chorar, e sujar as fraldas.

E o que eu mais quero, e aguado.

QUE OS LANTERNINHAS PERCAM O EMPREGO.

O MARLEY MORREU T.T