Divided We Fall escrita por Augusto C S de Souza


Capítulo 1
I — Novo Rosto do Medo


Notas iniciais do capítulo

Olha eu aqui, trazendo mais uma fic da Marvel!!! Espero que gostem dela tanto quanto eu XD Alguns dos meus maiores projetos estão aqui e bem, ficaria bem feliz se curtissem. E embora a fic contenha a maioria dos personagens do MCU, não sigo a mesma ordem de eventos dos filmes.
Bem, chega de enrolar. Vamos a leitura. Até lá embaixo o/



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— A guerra acabou, Steve. — Tony comentou enquanto tomava mais um gole de sua bebida. Seu rosto ainda machucado pelo recente fim da batalha em Sokovia. — Não existe mais S.H.I.E.L.D, Ultron e quase não ouvimos mais falar da HYDRA, nós finalmente estamos livres.

— A guerra nunca acaba, Tony. — Steve devolveu, olhando para o fundo do bar, mas com os seus pensamentos bem longe dali. — Ela evolui, aumentando o número de vidas que serão tiradas dessa vez. Não vão deixar o que aconteceu em Sokovia passar em branco.

— Bem, você pode ter razão, mas por hora, o que existe de mais perigoso no mundo é um homem com uma armadura enferrujada e um idoso que sabe artes marciais. — Tony sorriu, mas parou ao perceber que Steve estava fitando o nada. — Você ainda pensa em ir atrás dele?

— Eu preciso fazer isso, Stark. — Rogers fitou os olhos de seu companheiro Vingador. — Eu preciso.

— Entendo. Vocês dois tem essa relação "patriótica" que eu nunca vou entender, mas boa sorte enquanto você procura por pistas frias.

Tony levantou-se e saiu, após dar um leve tapa no ombro de Rogers, deixando-o sozinho ali. Por mais que Steve não gostasse de admitir, a voz de Ultron ecoando em sua mente, estava certa, ele agora era um soldado sem uma guerra para lutar. Por sorte, ainda havia ficado responsável pelo treinamento dos novos Vingadores. Uma mão em seu ombro lhe tirou de seu transe. Era o barman, perguntando se desejava mais alguma coisa. Negou com a cabeça e deixou a uma nota de 20 dólares em cima do balcão, saindo logo em seguida. Parou na calçada e fitou a cidade, com o peito estufado e um pequeno brilho no olhar.

— Eu vou te trazer para casa, Bucky. — Prometeu a si mesmo em um baixo tom de voz.

Colocou as mãos nos bolsos de sua jaqueta e seguiu sem um rumo definido pelas frias e escuras ruas de Washington D.C., com nada mais do que uma promessa e o desejo de reencontrar um velho amigo.

****

Algumas semanas depois

— Carter! Carter! Anda logo, eu preciso de um bom título para a notícia da primeira página. — Gritava J. J. Jameson.

— Que tal... "Capitão America salva crianças de prédio em chamas". — Carter respondeu, ajeitando o seu óculos.

— Ou... "Capitão America provoca incêndio em prédio e sequestra crianças", isso, essa vai ser a notícia que vai para as bancas. — J. J. Acendeu um charuto e colocou os pés em cima da mesa após decidir o que queria.

— Chefe, por que o senhor não gosta do Capitão America? Ele é um herói, o "Sentinela da Liberdade". — O rapaz perguntou.

— Se ele é um herói, Carter — deu uma tragada no seu charuto —, por que ele usa uma máscara? Veja o Hulk, ele é verde e não usa máscara. Eu gosto do Hulk.

O telefone que estava em cima de sua mesa tocou. Era sua secretária. J. J. apertou um botão no aparelho e o colocou no viva-voz.

— O que foi, Katie? — J. J. gritou mais uma vez.

— É proibido fumar dentro do escritório, senhor. São as regras. — Katie falava enquanto o olhava pelo vidro que separava as duas salas.

— E quem foi o idiota que criou essa regra?

— Foi o senhor. — A mulher riu ao ver o homem dar um pequeno sorriso enquanto jogava o seu charuto pela janela.

— É só isso, Katie? — Perguntou, fazendo um sinal para que fosse embora.

— Não. Sua esposa estourou o limite do cartão de crédito e o Peter Parker quer ver o senhor.

— Mande o Parkinson para o inferno e a minha esposa entrar.

— O que?

— Eu falei errado. Mande o Parkinson entrar e a minha esposa para o inferno. — O rosto de J. J. já estava ficando vermelho.

— Tem certeza que quer mandar a sua esposa para o inferno?

— É melhor não. Invente qualquer coisa, Katie, é para isso que eu pago o seu salário.

A morena sorriu e fez um sinal para que Peter pudesse entrar. Usava um casaco preto meio empoeirado, uma blusa branca com uma calça jeans e a sua mochila. Estava com um envelope amarelo nas mãos.

— Bom dia Sr. Jameson.

— O que você quer, Parkinson?

— É Parker, senhor. Enfim, essas sãos as fotos do incêndio e do Capitão America.

— Me dá isso aqui.

— Senhor, tirar fotos do Capitão está ficando cada vez mais perigoso, então eu queria pedir um...

— Aumento? — J. J. parou de olhar as fotos e encarou o seu funcionário. — Parkinson...

— Parker. — Corrigiu.

— Tanto Faz. Olhe essas fotos. A minha vó tiraria fotos melhores... e ela é cega.

— Mas senhor, eu preciso do dinheiro. Eu só quero um aumento de 100 dólares por foto para 300 dólares por foto.

— Parkinson...

— Par... Eu desisto. — Peter deu de ombros.

— Eu não tenho condições de aumentar 200 dólares assim, de uma hora para outra. Tudo o que eu posso te dar é 120 dólares por foto.

Nesse momento o celular de Peter começou a apitar. Olhou para o visor e seu rosto adquiriu uma expressão séria.

— Quer saber, senhor, 120 dólares está ótimo. Você é o melhor chefe do mundo. — Gritou enquanto saía correndo da sala.

Base da HYDRA - Russia, Europa

— Então, Philip esses são os aprimorados restantes? Os tais "milagres" na qual todos tem falado. — Um homem com barbas e cabelos longos, usando uma roupa mais "casual" que a de Philip, perguntou. Ele olhava para três tubos com um líquido meio esverdeado, onde três homens estavam, presos à tubos com oxigênio. — Devo admitir que fiquei impressionado.

— Sim, são eles. — O rapaz respondeu, sorrindo. — Os experimentos foram um sucesso, graças a tecnologia chitauri, adquirida na invasão de Nova York. O ruim é que só temos três deles.

— Eu só preciso de um deles.

— Leve o primeiro, os Kane ficam aqui. — Philip advertiu.

— Olhe o seu tom, Philip, não sou um de seus subordinados. — O homem abriu um leve sorriso ao terminar de falar.

— Peço desculpas, Comandante Wyatt. — Abaixou a cabeça.

— Apronte-o logo. Partirei ainda hoje. — O comandante afirmou enquanto dava as costas para o agente e saía da sala.

Torre dos Vingadores - Nova York

Stark estava na sua "oficina", trabalhando na montagem de drones militares que serviriam para patrulhar e ajudar os países com os índices de violência mais elevados. E após o incidente com o Ultron, não pensava em criar mais nada com inteligência própria. “Back in Black” estava tocando por todo o prédio, quando a Sexta-Feira abaixou o volume da música.

— Sr. Stark, o General Ross está subindo. — Anunciou.

— Deixe-o entrar. — Respondeu. — E não abaixe mais a minha música assim.

— Estão discutindo novamente? — Ross perguntou ao adentrar o local.

— O que eu posso fazer? Ela está interpretando a Pepper desde que ela voltou a morar com a mãe. — Estendeu a mão para o general. — Como tem passado?

— Não muito bem, fui atingido por um charuto voador no caminho pra cá. — Sorriu, enquanto limpava o cabelo.

— Isso é muito normal por aqui. — Stark sorriu, caminhando com o homem para fora da oficina. — Qual é o motivo da sua visita?

— Os Vingadores.

Provável base da HYDRA — Washington D. C.

Steve estava agachado, escondido atrás das poucas árvores que ainda tinham na região.

Agradecia por já ter escurecido. Olhava para um prédio abandonado, um possível esconderijo da HYDRA.

— Perímetro checado, Capitão. — Sam falou pelo comunicador. — Nenhum sinal de calor encontrado. O local está vazio.

— Bom trabalho, Falcão. Vamos entrar.

— Entendido.

Ao entrar no local, Steve estranhou a falta de segurança que deveria estar ali. Pôde até sentir falta das metralhadoras automáticas tão comuns nas bases da HYDRA. Encontrou com Sam nos fundos do prédio e juntos, fizeram uma varredura no local. Conseguiram essa localização graças à Natasha, que conseguiu guardar as localizações das bases da HYDRA, antes de revelar os segredos da S.H.I.E.L.D.

— Tem certeza que o local é esse? — Sam perguntou. — Tudo o que encontramos foram arquivos irrelevantes.

— Ainda falta olhar um lugar. — Steve respondeu depois de abrir uma porta, que levava até um possível porão.

Os dois soldados desceram as escadas, fazendo com que as luzes se acendessem automaticamente, revelando uma sala simples, com apenas uma máquina estranha no centro e diversos medidores de energia espalhados pela parede.

— Uma máquina de lobotomia. — Steve falou ao parar do lado da cadeira. — Muito comum na Segunda Guerra.

— Então isso significa que foi aqui que fizeram os experimentos no Bucky. — Sam completou.

— Precisamos do máximo de informações desse lugar.

— Entendido.

Começaram a procurar por possíveis passagens secretas ou documentos escondidos.

Olhavam nos armários e nas pastas empoeiradas que encontravam pelo caminho, sem achar nada que já não soubessem. O que não era muito.

— Sabe, Capitão — puxou assunto —, você devia ser a "coisa" mais esquisita naquela época, né?

— Nem tanto. — Steve sorriu. — Eu ouvi falar de um homem que foi condenado à pena de morte por fuzilamento sete vezes e, por incrível que pareça, sobreviveu nas sete. O nome dele era Logan, mas todos o chamavam de Wolverine.

— É, isso é realmente esquisito. — Sam comentou sorrindo.

— O que te faz sorrir? — A voz que saiu dos auto falantes ecoou por toda estrutura, assustando os dois soldados ali presentes. — É o tempo gasto com os entes queridos? É o dinheiro? O poder? Talvez seja uma memória na qual você tanto se apegou, algo nostálgico, algo da sua infância.

— E agora, quem é esse? — Sam perguntou para o Capitão, que balançou a cabeça negativamente enquanto colocava o escudo nas costas.

— Mas eu? Eu sou diferente. — A voz do homem continuou o seu sombrio discurso. — Eu acho o prazer em coisas que seu pai e sua mãe temiam. Eu não sou como você. Estou liderando um movimento e eu não temo... nada. Esteja vivo ou morto. — Acrescentou uma curta risada ao final da frase. — Então eu lhe pergunto, Capitão: o que lhe faz sorrir? — A voz fez uma pausa, enquanto Steve olhava em volta, procurando o possível esconderijo do mensageiro.

— Qual é a desse cara? — Sam também olhou em volta, já segurando a coronha da pistola no coldre de sua coxa direita.

— Mas antes que você me responda — prosseguiu —, eu irei caçá-lo e posso te garantir uma coisa: você nunca mais irá sorrir novamente. — Gargalhou mais uma vez. — Me ache.

 

Base da HYDRA - Rússia, Europa

— Você acha que o Capitão vai realmente morder a sua isca? — Philip perguntou ao seu comandante.

— Eu sei que vai. — Sorriu.

— Como pode ter tanta certeza?

— Porque eu tenho aquilo que ele mais procura. — Wyatt apertou um botão em sua mesa e ligou a televisão, mostrando um homem com um braço de metal aparentemente inconsciente, sendo arrastado por dois homens, que o levavam para uma cela de segurança máxima.

— Você é um monstro.

— Não, Philip, eu sou o novo rosto do medo. — Gargalhou ao terminar a sua frase.


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Notas finais do capítulo

E aí, o que acharam? Gostaram, não gostaram? Me deixem saber pelos seus comentários. Até semana que vem