Rendido escrita por Andy


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Antes de ontem, eu terminei de reler "Amanhecer" pela terceira vez. E sinceramente? Me deu uma vontade louca de fazer uma fanfic de uns 30 capítulos dedicada ao Garrett. Gente, ele é simplesmente o vampiro mais legal da saga inteira! Tinha me esquecido do quanto eu gostava dele! Infelizmente, eu estou com dois projetos de longfics no momento, e acho que não é uma boa começar outro... Por enquanto! Mas eu precisava escrever pelo menos alguma coisinha para aplacar essa vontade de escrever algo com ele, e o resultado é esta oneshot. Simples, meio boba até. Mas necessária para eu continuar vivendo, haha.
Por favor, se lerem, comentem! Especialmente se acham que valia a pena eu tentar uma longfic desse vampiro lindo. ;)

Xoxo



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 “É sério, gente. Eles não vão voltar”, Alice nos garantiu. Mesmo assim, eu continuava esperando, meus olhos perscrutando repetidas vezes a floresta, tentando localizar o perigo.

O rabugento Stefan resmungou alguma coisa. Como se esse fosse um sinal, um dos lobos atrás de nós soltou um uivo alto e alegre, com um som entrecortado no final que só podia ser interpretado como uma risada. Os outros logo o seguiram.

Finalmente, ao som de risos e gritos de alegria, meus músculos pareceram relaxar. Eu senti o sorriso se espalhando imediatamente por meu rosto. Num gesto impensado, virei-me e segurei a cintura da mulher a meu lado, erguendo-a do chão e girando-a no ar. Kate riu para mim, passando os braços em torno de meu pescoço para se segurar.

— Nós conseguimos! — Eu gritei estupidamente. Ela riu de novo, e o som era a melodia mais bela que eu já tinha ouvido.

Eu a pus no chão com cuidado e, como se fosse culpa do meu gesto, o sorriso dela foi diminuindo até se apagar por completo quando seus pés se apoiaram completamente no chão.

— Eei... — Eu me aproximei quando ela virou o rosto para que eu não visse sua expressão. — Ei, o que foi? O que aconteceu?

Ela ergueu a cabeça. Eu segui seu olhar até encontrar a pilha de cinzas que se destacava na neve, soltando agora apenas uma leve fumaça de tom arroxeado. Irina.

Eu não soube o que dizer. Sabia que nenhuma palavra seria consolo suficiente naquele momento. Sentindo-me completamente impotente, aproximei-me e a abracei. Ela encostou a cabeça em meu peito e ficou apenas olhando a coluna de fumaça em silêncio. Eu pus a mão em seus cabelos e comecei a acariciá-los levemente.

Por longos minutos, não ousei interromper seus pensamentos. A alguma distância, a irmã dela era consolada por Eleazar e Carmem, os outros dois membros de sua família. Eu estava começando a me perguntar se devia levá-la até lá, quando ela falou:

— Obrigada por me impedir.

Eu parei de fazer carinho, mas mantive meus dedos enroscados aos cabelos dela.

— Eu não poderia deixá-la ir.

Ela se afastou para olhar para mim:

— Eu o machuquei muito?

Eu sorri.

— Nada com que eu não pudesse lidar. Eu sou durão, você sabe.

Ela ainda pareceu angustiada por mais um momento, enquanto avaliava a minha expressão, e depois sorriu também. Se meu coração ainda batesse, aquele sorriso teria sido o suficiente para fazer com que ele disparasse, eu tenho certeza.

Antes que eu desse por mim, meus lábios estavam nos dela. Ela não me afastou, mas percebi que enrijeceu com a surpresa, e me esforcei para me refrear um pouco. Ela retribuiu o beijo timidamente, e eu logo me afastei.

A expressão no rosto dela me disse que se fosse possível, ela estaria corando naquele momento. Seus olhos dourados, naquele tom absolutamente único e fascinante, me encararam de um jeito que me fez ter vontade de me atirar a seus pés e beijá-los. Ela brilhava para mim com a inocência de uma garota que não era beijada há séculos e séculos. Nós nos encaramos, completamente alheios às comemorações que continuavam ao nosso redor.

Aos poucos, ela pareceu se recuperar do meu “ataque”. Lentamente, como eu não acreditaria que um vampiro fosse capaz, ela se aproximou e estendeu a mão para tocar meu rosto, começando a fazer carinho com o polegar. Eu fiquei apenas olhando para ela, incapaz de acreditar na perfeição daqueles olhos. Ela se aproximou ainda mais e pôs a outra mão no meu rosto. Automaticamente, como se já tivesse feito aquilo milhares e milhares de vezes, eu levei as mãos à sua cintura.

Então ela se aproximou e me beijou, começando suavemente, e depois cada vez mais sedenta. Suas mãos deslizaram para a minha nuca, agarrando-se a meus cabelos, e eu a puxei para mais perto. Nossas línguas se entrelaçaram em harmonia, e parecia que nós tínhamos nascido para nos beijarmos daquele jeito.

E então eu senti. Sutilmente, ela começou a enviar uma fraca corrente elétrica a partir das palmas de suas mãos, descendo pela minha espinha. Não doía. Os fios de eletricidade se espalhavam por meu corpo de forma que eu sentia que cada terminação nervosa minha estava entrando em curto-circuito. Se eu ainda tivesse terminações nervosas, digo. De qualquer forma, aquilo provocou uma onda de prazer que eu nunca teria imaginado e a reação de meu corpo foi quase indecente. Eu não consegui reprimir um gemido e pude sentir quando Kate sorriu durante o beijo. Tenho certeza de que, colada a mim daquele jeito, ela sentiu o efeito que estava provocando.

Subitamente, ela cortou o fluxo de eletricidade e se afastou de mim devagar, rompendo o beijo. Discretamente, ela pôs a mão sobre meu peito e desceu devagar por meu abdome, mantendo os olhos fixos nos meus enquanto eu ofegava loucamente. De “garotinha inocente” para aquilo, ela aprendeu bem rápido!

 — O que foi isso? — Constrangido, eu ainda lutava para controlar as reações do meu corpo, grato por ninguém estar prestando atenção em nós.

Ela sorriu travessamente.

— Sempre quis testar isso em alguém. Saber se funcionaria.

Tão ousada! Eu não pude evitar que meu sorriso espelhasse o dela.

— Eu vou adorar ser sua cobaia.

— Vai mesmo me seguir para qualquer lugar?

— Especialmente se esse lugar tiver quatro paredes. — Eu pisquei para ela.

Ela me deu um tapa de leve no braço e riu, aproximando-se para me beijar de novo, sem choques desta vez.

E naquele momento eu soube. Era o fim de Garrett, o revolucionário. Não haveria mais batalhas para mim. A causa estava perdida. Ou talvez a guerra estivesse vencida.

O soldado estava rendido. De boa vontade.


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Notas finais do capítulo

Quem quer longfic do Garrett levanta a mão! o/



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