O céu depois de nós escrita por F T


Capítulo 10
Cressida


Notas iniciais do capítulo

Olá meus queridos. Aqui está mais um capítulo que tenta ser de aventura e ação, espero que vocês gostem e me digam o que precisa ou não ser melhorado e se eu conseguir fazer a fic retomar a ideia de aventura. Sobre a demora para atualizar: a falta de tempo me impediu, mas a história que originou esse spin-off já foi atualizada há três dias e assim tentarei até hoje deixar tudo em ordem. Espero que gostem desse capítulo e por favor favoritem e recomendem também. É realmente muito importante que comentem porque são os comentários que me fazem escrever um próximo capítulo e são as favoritações e recomendações que fazem tudo valer a pena. Então por favor não me abandonem. Boa leitura queridos.



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10. Cressida: Significa ouro, dourada (Dicionário dos nomes) 

EM ALGUM NOVO LUGAR NO CAMINHO DO MEIO…

Ele sabia o risco de suas ações. Compreendia que seria descoberto em poucas horas e tudo mudaria, mas era o tempo de sua redenção ao menos era assim que John Smith se sentia ao prosseguir com suas ações. Ele havia obtido através dos anos o importante cargo de Diretor de Segurança de uma das mais estratégicas bases de prisioneiros da Capital e agora estava prestes a trair o Presidente Snow. Estava prestes a lutar ao lado de uma revolução.

Haviam várias possibilidades disponíveis para o que ele faria, mas decidira provar sua fidelidade para com os rebeldes ao lado de Cressida, outra filha da Capital, que já havia elucidado devidamente seu valor. Agora, era a vez de Smith comprovar que era capaz de entregar os planos de segurança e os mapas completos da Capital para os rebeldes.

Desse modo, ele usava um comunicador de alta tecnologia na orelha para que pudesse se comunicar com Cressida que permaneceria do lado de fora apenas o instruindo quanto ao tempo que demoraria para as portas de metal se fecharem. Sim, esse era o sistema: quando que ele pegasse os mapas o sistema demoraria cerca de cento e oitenta segundos para responder a retirada dos arquivos, logo ele teria que correr rumo as cinco portas que se fecham em um tempo médio de quatro minutos. Era um longo corredor para escapar e do lado de fora ainda haveriam alguns homens que ele teria de lidar.

John Smith havia escolhido executar o plano em meio ao turno no qual a segurança seria menor para que suas ações pouco habituais não chamassem muita atenção e eles já não associassem imediatamente o roubo como uma traição do próprio diretor do local. Ele adentrou a sala fortificada com a própria senha, conferiu a localização dos documentos e os retirou das gavetas, sabia que o alarme apenas seria acionado quando ele deixasse o local segurando uma daquelas grandes folhas que possuíam censores capazes de ligar o alarme. Infelizmente, não haviam instrumentos ou chances de que ele retirasse os dispositivos de segurança ainda no cofre, simplesmente não era algo possível.

O homem sabia o que deveria fazer: ele inseriu as folhas em uma pasta em formato de tubo e em seguida colocou o tubo nas costas e se preparou para deixar o cofre. No momento em que ele saiu o alarme foi disparado e John Smith correu; correu como se isso fosse familiar, como se ele houvesse corrido por séculos. A primeira e a segunda porta foram fáceis, a terceira estava pela metade, a quarta havia ultrapassado o limite do meio e a quinta e última estava prestes a se fechar. Apesar disso ele passou velozmente por todas. Quando John se viu livre do fechamento automático imediatamente se colocou de pé e riu levemente com a façanha, não se lembrava de ter sentido tanta emoção antes. Mas ao mesmo tempo a sensação era familiar.

Foi então que três homens armados se aproximaram, todos encararam o diretor perplexos demais para dizerem qualquer coisa. Um dos homens de confiança da Capital havia acabado de trair o Presidente Snow, o homem que até minutos atrás os liderava e garantia a segurança daquele local. John Smith temeu o que viria, ele teria de usar a arma que portava. Ele teria de lutar como nos velhos tempos mas agora se sentia velho demais para isso.

Os três homens apontaram as armas, mas eles nunca puderam atirar porque a ajuda chegou. Uma ajuda que John Smith acreditou que não teria. Cressida chutou o joelho do primeiro o desequilibrando, em seguida pegou a arma do adversário e colocou os braços contra o pescoço do homem o desmaiando pela falta de ar. Durante toda a ação o homem nem mesmo a viu.

Já o desconhecido que acompanhava Cressida começou imediatamente a lutar com o outro homem o desarmando por trás e em seguida começando o combate. John Smith também desarmou o terceiro homem e com a arma atirou no inimigo. Ambos haviam realizado isso ao mesmo tempo, em apenas alguns minutos e agora deixavam apressadamente o local.

—Não conheço você - Garantiu John Smith para o rapaz que havia auxiliado no combate.

—Me chamo Gale - Garantiu o garoto enquanto corriam rumo a saída.

***

Clara caminhou até o porão onde Finnick dormia. Ele estava na casa dela e de John há três meses e hoje era a grande noite na qual Smith trairia Snow em nome da revolução, a noite em que tudo mudaria e eles fugiriam rumo a um destino novo e terrível. Continuava difícil para Clara aceitar que tudo mudaria em um piscar de olhos, que as coisas simplesmente se transformariam em algo diferente.

Finnick havia se apegado terrivelmente as filhas de John. Normalmente, elas iam até o porão e eles liam, jogavam e conversavam sobre inúmeras coisas e Finnick agia de um modo tão justo, honesto e gentil que Clara notou que jamais havia conhecido a verdadeira face daquele vencedor dos Jogos antes. Era a primeira vez que ela podia olhar para ele e ter certeza que talvez todas as pessoas fossem muito mais do que pareciam.

Clara havia observado - em uma extremidade longínqua do porão tomando chá - Finnick interagindo com as garotas; a mulher azia esse ritual todos os dias desde o dia que tudo começara. Agora era o último dia desse lampejo estranho de alegria, o último dia de algo que ela não tinha completa consciência de que chegara ao fim.

As garotas beijaram o rosto de Clara e subiram as escadas a fim de terminar as mochilas que estavam preparando rumo a partida que ocorreria em poucos minutos. Levariam aquilo que era mais importante para elas.

—Sei que está preocupada com John - Assegurou Finnick se colocando de pé.

—Ele é meu marido e ele pode morrer…- Clara apenas sussurrou. - Eu não quero perde-lo.

—Você morreria por aquele homem - Sorriu levemente Finnick se sentando ao lado de Clara e segurando a mão dela. - Eu não sabia que o amava, ao menos antes eu não sabia.

—Eu acho que também não sabia o quanto o amava - Completou Clara sorrindo levemente.

—Está pronta para deixar esse lugar? Está tudo preprado? - Questionou o rapaz com a voz preocupada.

—Sim, vamos para o ponto de encontro e então iremos para o Distrito 13 - Clara tinha a voz firme agora.

A casa foi deixada para trás. As crianças carregavam suas mochilas, Clara levava seus pertences e Finnick carregava os próprios suprimentos e os de John Smith. O grupo caminhava vestindo capas que os ocultavam na noite escura e os ocultariam mais uma vez quando chegassem ao ponto de encontro. Finalmente estava começando, finalmente eles estavam prestes a participar de algo que eles nunca suspeitaram que fariam parte…caminhavam rumo a árvore forca. Rumo a Revolução.

***

HÁ MUITO TEMPO EM ALGUM LUGAR MUITO, MUITO DISTANTE …

Jack Harkness estava lado a lado com Madamme Vastra nas ruas escuras da Inglaterra Vitoriana. Sabiam perfeitamente bem e o que - ou melhor quem - estavam procurando e compreendiam que ela poderia ser útil. Porém Jack considerava extremamente desagradável estar fadado a encontra-la novamente afinal ele e Ashildr tinham uma estranha e complicada história que envolvia pouca diversão, alguma paixão e nenhum desejo de reencontro. Segundo seus próprios cálculos faria agora sessenta anos desde a última vez que se viram.

—Sabe que não precisava vir Capitão - Comentou Vastra com o olhar atento nas ruas escuras da noite estrelada.

O Capitão não teve tempo de responder porque imediatamente ele e Vastra se colocaram contra a parede se ocultando nas sombras devido aos passos que se se aproximavam. Um homem carregava nas costas uma garota - mais especificamente Ashildr - que se debatia enquanto praguejava. Vastra assentiu e Harkness também e atacaram o homem: Jack se preocupou em segurar Ashildr que caia no chão quando Madamme Vastra golpeava contra barriga do homem.

—Harkness! - Ashildr parecia furiosa e imediatamente se desvencilhou dos braços do homem. - Você continua o mesmo.

—Você também infelizmente - Completou Jack também seriamente - Ainda deseja se juntar ao Doutor?

Ashildr abriu os lábios prestes a dizer alguma coisa e então sorriu levemente. Finalmente era sua vez, era sua vez ao lado do Doutor.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? O que estão achando do arco? Os capítulos devem ter mais ou menos aventura? Por favor falem comigo e não deixem de favoitar e recomendar também caso estejam gostando. Beijos queridos.