Diferentes mas iguais escrita por Saffra Everdeen Mellark


Capítulo 4
Oh não!




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Estava eu a dormir profundamente bem, quando sinto alguém em cima de mim, já se estava mesmo a ver quem!

—Sai de cima de mim, Odair! - reclamei ainda meia-adormecida.

—Anda lá, acorda! Temos aulas de manhã! - tentou convencer-me, mas eu não estou para aí virada.

—Deixa-me dormir! Eu não quero ir às aulas e não há nada que possas fazer para mudar isso! - resmunguei ainda meia a dormir.

—Ai não? Isso é que vamos ver! - desafiou-me fazendo-me cócegas.

—Pa...pa...par...para Finn...Finnick! - ordenei enquanto ria, facto sobre mim, tenho cócegas em quase todo o corpo, e o Finnick sabe perfeitamente disso tanto como eu!

—Nunca! Só se prometeres levantar-te e dizer que eu sou o rapaz mais sexy do mundo e o melhor também! - eu detesto quando ele faz isto, mas adoro ao mesmo tempo, portanto vou recusar-me e ver se ele insiste.

—Nem penses nisso! Nunca! - recusei-me rindo.

—Andá lá, mete-te na banheira já e toma um banho! - pediu parando.

—Não! - recusei, eu não queria ir às aulas, não agora.

—Ou vais sozinha ou eu próprio te dispo, meto-te na banheira e dou-te um banho! - agora a fazer-me ultimatos que sabe que nunca cumprirá, mas que no entanto pensa que eu vou ceder, está redondamente enganado!

—Na boa - ele esta a fazer bluff, apesar de estar a pegar-me ao colo em direção à casa de banho, eu sei que ele não é capaz. - É preciso tirar-te a roupa ou não estás demasiado preguiçosa para isso? - começo a pensar que ele realmente estava a falar a sério, mas é impossível.

—Estou demasiado preguiçosa - é agora que vemos de que é que o meu melhor amigo é feito.

—Ok - respondeu curto e direto tirando-me as calças do pijama, em seguida a camisola e por fim as cuecas. - Pronto, vê lá a água.

—Estavas mesmo a falar a sério! - conclui sem estar minimamente preocupada com o facto de estar nua à frente dele.

—Óbvio! Eu já não sou o menino que fazia ultimatos e que não cumpria, KitKat! - ele tinha razão, eu estava a vê-lo como um rapaz de 12 anos e não como um rapaz de 16.

—Tens razão, para mim vais sempre ser esse menininho que eu amava incondicionalmente como se fosse verdadeiramente meu irmão - confessei e ele sorriu.

—Que fofa, mas sabes que a fofura do momento desaparece mal olho para ti, o facto de estares nua à minha frente  faz estas palavras ternas, destruírem o momento terno que poderia estar a acontecer, se não fossem as circunstâncias - tinha de concordar com ele, o momento mais terno estava a ser completamente distorcido.

—Quê? Vais dizer que estás com uma má vista - brinquei com ele fazendo com que ambos começássemos a rir às gargalhadas.

—Eu vou tomar banho Odair, tens roupa tua no armário! - sim, ele e eu temos roupas um na casa do outro, pelo menos umas três mudas de roupa, no caso de alguma emergência não temos de ir às nossas casas, apesar de serem uma ao lado da outra.

—Eu já tomei o meu banho, vou vestir-me - anunciou e eu assenti.

Tomei o meu banho e fiquei a pensar no quão constrangida eu deveria estar em relação ao que aconteceu hoje pela manhã, o facto de o meu melhor amigo me ter despido e eu ter ficado completamente nua à frente dele deveria ser constrangedor, mas por alguma razão, não é. Para nós não é, talvez porque já aconteceu tantas vezes que já nem ligamos mais. Eu acho que vai ser mais constrangedor ter de olhar para a cara do Mellark hoje de manhã como se nada tivesse acontecido.

Quando acabei o meu banho fui para o closet escolher a minha roupa para hoje, vesti-me e desci deparando-me com uma cena encantadora: Finnick Odair a fazer panquecas e sumo de laranja.

—Queres ajuda? - questionei junto à porta de correr que separa a cozinha da sala de jantar.

—Não, senta-te, já estou a acabar - recusou ele amavelmente.

—Ok - respondi sentando-me e em questão de poucos minutos ele traz as panquecas e o copo de sumo para a mesa. Comemos, pegámos nas nossas coisas e fomos para o colégio.

Mal chegámos dirigimo-nos à sala onde íamos ter a aula. Sentámo-nos, como sempre, juntos e conversámos animadamente até que, por relance olhei para a porta e o vi: Peeta Mellark. Os nossos olhares cruzaram-se e ficamos a encarar-nos durante alguns segundos, desviando em seguida.

—KitKat? Katniss? Alô? Está aí alguém? -chamou-me o Finnick fazendo-me olhar para ele.

—Sim, Finn - respondi.

—Em que estavas a pensar, chocolatinho? - que novo apelido era aquele?

—Chocolatinho?! - o Finn tem mesmo jeito para arranjar-me apelido esquisitos.

—O que é um KitKat? Não é um chocolate? - perguntou ele como se fosse óbvio de onde tinha ido desencantar aquilo.

—Sim, tens razão - concordei sem duvidar do apelido novo que me tinha dado no momento, se há coisa que não quero é discutir apelidos carinhosos com o Finn.

—Diz lá, o que se passa? - ele anda demasiado curioso, aliás ele sabe o que se passou, só me quer ouvir dizer isso, mas não lhe vou dar esse prazer.

—Estava aqui a pensar se alinhavas faltar às aulas comigo - foi a melhor desculpa que consegui inventar no momento, mas parece ter resultado.

—Hoje não, quem sabe outro dia - recusou, não colou, mas pronto ele não tocou mais no assunto, até porque nem tempo teve para isso, o idiota do cesto veio sentar-se justamente atrás de mim com a irmã atrás dó Finn.

—Não olhes para trás - sussurrei ao Finnick, mas ele desobedeceu-me e voltou-se imediatamente.

—Olá Johanna! Peeta! - saudou-os aos dois.

—Olá Finnick! Katniss! - saudou de volta a rapariga.

—Finnick! Olá KitKat! - cumprimentou-me no gozo o estúpido do basketball.

—Olá Johanna! Olá ignorante da bola laranja! - cumprimentei de volta, porém com um tom irónico quando me referi ao Mellark, como o odeio!

—É curioso, tu tens mais apelidos para mim que para o teu "melhor amigo" - atacou, e ele tinha razão, eu tinha imensos apelidos para ele, insultuosos em maioria, mas ainda assim eu tinha mais para ele que para o Finn.

—Eu poderia ter muitos mais para o Finn, tantos quantos tenho para ti, mas aquele que tu tens são todos insultuosos, e insultá-lo não é algo em que eu tenha interesse - rebati com um sorriso no rosto, eu odeio-o tanto, aquela maneira de ser é irritante!

—Finnick, é impressão minha ou estamos a segurar candelabros? - provocou a Mellark.

—Cala-te Mellark, e nem ouses responder Odair! - ordenei com ira e ele levantaram os braços em sinal de rendição.

—Alguém aqui está de TPM - humorizou o Mellark e eu lancei-lhe um olhar de reprovação virando-me para a frente puxando o cabelo para trás numa tentativa de mostrar que não queria saber dele.

Entretanto o professor de Química, Beetee chega e começa por fazer-nos um comunicado.

—Bom-dia, ontem tivemos conselho de turma - informou-nos e sempre que isso acontece, ninguém sai a ganhar. - E em conjunto, chegámos à decisão que para os trabalhos de Ciências, sejam elas quais forem, vamos sortear duplas, como tal, eu vou tirar dois nomes do saco e vocês sentam-se uns ao lado dos outros para o resto do ano - explicou e eu já estava a ver a minha vida toda a andar para trás.

O professor já trazia o saco pronto e começou a tirar os nomes, depois de desdobrar o primeiro leu o primeiro nome, que me deu uma grande ansiedade devido a ser quem era.

—Finnick Odair - leu em voz alta e eu congelei, não queria separar-me do meu companheiro de todas as horas. O professor tirou o nome seguinte e depois de muita cerimónia leu-o. - Annie Cresta.

O Finnick arrumou as coisas dele para ir para a beira dela e eu peguei-lhe na mão, não o queria deixar ir embora.

—Não vás, fica comigo - quase que implorei.

—Desculpa, mas não posso - parecia estar tão dececionado quanto eu.

O professor continuou a sortear as duplas aleatoriamente até que leu o meu nome, congelei, não sabia quem podia calhar-me, mas só esperava que não fosse muito mau.

—Johanna Mellark - ufa! Entre mal o menos! Ela passou para a frente deixando o irmão atrás com o Cato Ludwing.

Depois de as duplas estarem sorteadas e já estarmos todos organizados o Beetee deu a matéria e passou-nos uns exercícios para fazer. Até que a Johanna nem é má pessoa, não deve ter os genes do irmão, disso eu tenho a certeza!

Quando tocou para fora eu saí a conversar com a Johanna, ambas trocamos os nossos números de telemóvel, e descubrimos ter bastante em comum.

—Como correu o trabalho com a Annie? - perguntei interessada.

—Bem, quando a conheces bem percebes que ela é porreira! - exclamou com um brilhinho no olhar.

—Ainda bem, ao menos ela não é como aquelas galdérias com que tu andas esporadicamente - exclamei satisfeita e aliviada ao mesmo tempo.

—E com a Johanna, como foi? - perguntou.

—Foi fixe até, ela é porreira, de certeza que ela é Mellark? - é verdade, quem a comparasse ao Rapaz do Cesto nunca diriam que eram irmãos.

—Absoluta, está no boletim de nascimento e registado no civil, não há margem para dúvidas! - assegurou rindo.

Fomos preparar-nos porque íamos para a aula chata do Haymitch, Filosofia! Sim, ele é nosso stor de debate e de filosofia! Entrámos e esperamos que ele entrasse. Curiosamente não estava bêbado, nunca está sóbrio, mas hoje parecia estar.

—O Beetee já vos deve ter falado das duplas, pois bem eu não vou ser tão radical. Vou dar-vos um trabalho em dupla, que vai sorteada por mim, porém só durante o prazo do trabalho é que vão ter que se juntar juntos - anunciou e eu não se devo reclamar ou agradecer. - Vamos então começar!

Ele mexe no saco e já toda a gente fazia figas para não calhar ou calhar com quem quisesse.

—Katniss Everdeen - leu o nome que tirou, porque é que eu tinha logo de ser a primeira? De qualquer forma estava a fazer figas para calhar ou com a Johanna ou com o Finnick, ou mesmo com a Annie, já que o Finnick falou bem dela. - Olhem que interessante que isto vai ser, esta dupla vai ser bastante interessante - falou com voz de riso e eu não estava a ter um bom pressentimento. - Peeta Mellark - anunciou e eu bati com a cabeça na mesa enquanto todos seguravam o riso.

—Não pode ser, eu não vou fazer o trabalho com este! - reclamei depois de assimilar aquilo tudo.

—E eu não vou fazer o trabalho com esta! - recusou-se logo a seguir a mim.

—Vão pois, ou vai ser preciso tomar medidas drásticas? - eu não sabia quais eram essas medidas drásticas, mas piores que fazer o trabalho com o Mellark não podiam ser.

—Eu recuso-me a fazer o trabalho com ele! - insisti.

—Faço das palavras dela as minhas! - apoiou-me.

O Haymitch continuou a sortear as duplas ignorando os nossos protestos, a aula resumiu-se toda ao sorteio, o Finnick voltou a ficar com a Annie, mal o menos! Quando tocou para o intervalo e nós íamos almoçar o Haymitch mandou-nos a mim e ao Mellark ficarmos porque ele queria falar connosco. Assim que todos saíram da sala o Haymitch fechou a porta e sentou-se na sua cadeira, enquanto eu estava sentada na mesa à frente.

—Que é que quer? - perguntei com raiva.

—Vamos lá ter calma, boneca - eu detestei aquele apelido! - Antes de começarem a reclamar, basta darem um passo em falso e reprovam, não só a esta disciplina, mas a todas as outras. Eu e os outros professores estamos atentos devido ao mau comportamento, aos castigos que já vos foram aplicados, às faltas, às suspensões, mais algum passo em falso e expulsamo-vos, além de não vos passar-mos - ameaçou.

—Eu não quero saber, não tenho muito a perder! - fiz-lhe frente e ele riu irónico.

—Enganaste boneca, tens muito a perder. Não é por teres um pai e uma mãe ricos e influentes que vais arranjar um emprego estável, eles não te vão sustentar para sempre! Agora deixa de ser mimada e trabalha com ele! - ele tem razão, eu não quero de forma alguma depender dos meus pais eternamente, aliás quero cortar relações com ambos!

—Muito bem, eu faço o trabalho com ele! - cedi.

—Bem me pareceu que eras razoável - piscou-me o olho. - Alguma objeção rapaz? Não me parece que queiras que à conta desse teu comportamento arrogante eu deia uma palavrinha ao diretor e faça com que te expulsem da equipa de basket.

—Eu faço o trabalho com ela! - deu-se por vencido, o Haymitch parece ter-lhe tocado mesmo no ponto fraco.

—Eu sabia que ambos eram inteligentes o suficiente para tomar a decisão acertada - eu odeio-o tanto! - E convenhamos que não vai ser muito difícil, não depois do que aconteceu ontem.

—E o que é que aconteceu ontem? - fiz-me de desentendida.

—Queres mesmo que te diga o que sei sobre o que vocês andaram a fazer? - congelei ele sabia.

—Como é que sabe? - perguntou o Peeta.

—O diretor Snow falou comigo e com todos os outros professores - revelou e uma raiva subiu-me dos pés à cabeça.

—Tenho de ir almoçar, o Finnick está à minha espera! - desviei o assunto virando costas e indo embora.

Fui em direção ao refeitório, visto que lá ia comer hoje. Fui buscar a comida e sentei-me com o Finnick, que estava com a Annie.

—Olá! - cumprimentei ambos.

—Olá! - responderam em uníssono.

—Annie, esta é a Katniss, e Katniss, esta é a Annie - apresentou-nos o Finnick.

—Ouvi falar muito de ti - falamos juntas e rimos a seguir.

—O que é que o Haymitch queria? - perguntou o Finn.

—Fazer-me um ultimato a mim e ao Mellark para trabalharmos juntos, nós tivemos de aceitar - contei começando a comer.

—Eu lamento imenso por teres de trabalhar com ele, - apoiou-me a Annie - é mesmo idiota, estúpido e convencido! - eu adorei-a!

—Não lamentas tanto como eu, - interviu o Finnick - sou eu que vou aturar os dramas dela!

—E vocês não lamentam tanto como eu, que vou ter de o aturar! Preferia ter calhado com um de vocês ou com a Johanna! - lamentei-me - Mas sabes Annie, eu gostei de ti!

—A sério? - perguntou aparentemente surpreendida pela minha fala.

—Sim, temos opiniões iguais acerca do otário dos peitorais - só depois de lhe ter chamado o que chamei é que reparei no que tinha dito e pus a mão na boca.

—Com que então tu reparas nos meus peitorais - voz inconfundível atrás de mim, viro-me e deparo-me com aquele ser detestável a olhar para mim.

—Não, mas calculo que os tenhas, já que fazes desporto, a não ser que sejas uma florzinha de estufa - provoquei-o.

—Já te avisei mais de uma vez que este é um jogo muito perigoso que tu não sabes jogar! - disse aproximando-se de mim.

—E eu já te avisei que não tenho medo do perigo - afirmei segura voltando-me para o meu prato outra vez e esperando que ele se fosse embora.

—KitKat - chamou-me e eu não respondi, fiquei apenas a olhar para o Finnick e para a Annie na esperança que um deles fizesse alguma coisa.

—Maninho - oiço a minha luz ao fundo do túnel, Johanna Mellark.

—Johanna - cumprimenta a irmã.

—Preciso da tua ajuda, anda - arrastou-o dali.

—Isto não fica por aqui, Everdeen - disse antes de ir e a Johanna piscou-me o olho.

—Ufa! - suspirei.

—O ambiente já estava a ficar pesado e constrangedor - comentou o Finnick.

—Pois, foi graças à Johanna que tudo acabou, porque por ti ele ainda continuava aqui a infernizar-me o juízo! Eu não censuro a Annie, porque deve ter ficado como eu, mas tu bem podias ter feito alguma coisa, já que andas muito amiguinho dele! - protestei.

—Tu não tens juízo! Além do mais, achavas que eu ia perder o mais próximo de um filme aqui na escola, nem penses! - de vez em quando ele irrita-me. Acabei de almoçar, levei o tabuleiro e fui para as aulas. Desenho com o Cinna, de todos os stores é o que menos me odeia, arriscaria a dizer que ele gosta de mim.

—Hoje vamos pintar paisagens, podem desenhar qualquer uma que queiram, é à vossa escolha! - liberdade a 100%, ou quase, milagre!

Eu decidi pintar o bosque, quando olhei para o lado vi que o Finn estava a pintar o mar. Infelizmente, não sou muito boa nisto.

A meio da aula o Cinna andava a passear pela sala e a ver os trabalhos, até que parou atrás de mim, ao lado Peeta.

—Ora vejamos o que aqui temos! Um talento nato! - elogiou. - Posso mostrar o teu trabalho à turma?

—Claro - respondeu meio indiferente e o Cinna foi à frente da sala e mostrou. Tenho que confessar, era lindo, era o por do sol com todos os seus tons. Toda a turma ficou maravilhada, o Cinna deu-nos outra tarefa logo a seguir e pediu-nos que desenhássemos e pintássemos o que quiséssemos. Eu pintei um pássaro, não sei ao certo qual, mas pintei-o.

Mais uma vez o Mellark surpreendeu-me, tinha pintado um olho, era cinzento, tempestuoso diria. Se eu tivesse uns olhos assim...

—Mais outra obra de arte! Bem, daqui a bocado peço-te para retratares um momento da tua vida bastante importante, de certeza que o representas no papel com facilidade, é impressionante a quantidade de talento que tens. Alguma vez tiveste aulas profissionais? - indagou espantado com o desenho dele, confesso que eu estava estática.

—Não, nunca tive - esse facto torna ainda mais interessante o que ele é capaz de fazer.

—És tu - afirmou o Finnick e eu fiquei sem entender nada. - Digo, é um olho teu.

—Estás a ver coisas, os meus olhos não são assim! - contrariei-o.

—São, basta olhares com atenção ao espelho e verás, são os teus olhos - retorquiu.

—Oh, não importa - "desinteressei-me" e ele deu uma risada nasal.

Entretanto tocou, eu arrumei as minhas e preparei-me para me começar a ir embora rapidamente, antes que os olhos azuis me prendam outra vez.

O Finnick não vinha comigo porque ia começar a fazer o trabalho com a Annie. Ia já a caminho de casa, quando começa a chover torrencialmente, sem guarda-chuva ou carapuço teria de continuar a caminhar e apanhar chuva pela cabeça abaixo. Foi então que um carro encosta ao passeio e os vidros se abriram revelando a imagem do ser que eu não queria encontrar.

—Entra aí - meio que me ordenou.

—Não, eu vou a pé! - recusei.

—Anda lá, ainda apanhas gripe! Deixa de ser orgulhosa, eu levo-te a casa! - insistiu e realmente ele tinha razão, ficar doente não era algo que eu quisesse muito, por isso entrei.

O caminho foi silencioso, disse-lhe apenas onde morava, ele levou-me e deixou-me entregue, agradeci e fui para dentro. Acabei por não jantar, estava sem fome, deitei-me mal cheguei e adormeci.

 

Continua...


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