Diferentes mas iguais escrita por Saffra Everdeen Mellark


Capítulo 12
De um momento para o outro tudo muda


Notas iniciais do capítulo

Oii! Trago aqui mais capitulo surpreendente a não perder!
Espero que gostem!



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Acordei feliz, os braços dele envolviam a minha cintura. Levantamo-nos, vestimos a roupa de ontem e fomos espreitar os miúdos. Tratamos deles e fomos tomar o pequeno-almoço, recebi uma chamada do Cato logo em seguida.
–Katniss! Vem já para o hospital, a Clove entrou em trabalho de parto! - avisou.
–Calma Cato, vai correr tudo bem! Nós vamos já para aí! - disse-lhe e desliguei. -Vamos Peeta, a Clove vai ter o miúdo!
Fomos para lá o mais rápido possível e ficámos à espera de novidades juntamente com os nossos amigos e com os pais da Clove e do Cato.
Já estava a entrar em parafuso quando o médico aparece.
–Está tudo bem, podem ir vê-los, mas não tantos ao mesmo tempo! - informou o Dr. Aurelius. Os avós da criança entraram e todos os outros ficaram à espera. - Vejam só quem temos por aqui! Como está a ser?
–Um inferno - respondi imediatamente e ele riu.
–Pois, eu tenho de ir trabalhar. Vemo-nos para a próxima! - despediu-se.
–Não me deseje um mal desses, nem pense nisso! - cortei a fala dele que riu e foi embora.
Os avós sairam e todos nós entrámos.
–Olá! - cumprimentei-os seguida dos outros. -Onde está o príncipe?
–Aqui - diz a Clove com ele ao colo.
–Posso pegar-lhe? - pedi e ela cedeu-mo logo, peguei-o sem dificuldade alguma e ela admirou-me.
–Tens tanta prática... - observou.
–Tu também vais ter - assegurei. - Eu sei que nos primeiros dias é estranho e desconfortável, mas depois habituas-te.
–Duvido muito, acho que vou ser péssima mãe! - todos ficaram boquiabertos a olhar-nos e eu tratei de dar o bebé ao Cato.
–Não digas isso! Há um mês atrás era eu aí, com gémeos, mau humor e dores. Nunca pensei conseguir safar-me, mas acho que estou a conseguir, tu também vais conseguir! - encorajei-a.
–Não, eu não consigo! - negou.
–Esquece o Cato. Esquece o teu filho. Esquece a gravidez. Que faria a Clove do colégio? - estou a roubar frases ao Peeta.
–Olharia para o problema e ia ultrapassá-lo, não desistiria - aí está o ponto.
–Então traz essa Clove, eu sei que cresceste e que neste momento tens muitas responsabilidades, mas traz um pouco dessa Clove, tens 16 anos e não 40! - ela sorriu.
–Tens toda a razão! - ela estava encorajada e todos me olhavam maravilhados.
–Como se chama? - questionei.
–Cody - respondeu o Cato.
–Lindo nome! - sorri assim como eles.
Fui embora, tudo numa boa. Almocei com o Peeta e resolvemos namorar um bocadinho no sofá, quando as coisas iriam começar a evoluir eu cortei-lhe as vazas.
–Não estamos sozinhos - justifiquei e ele ficou chateado.
–E qual é o problema? - insistiu.
–Se querias que isso acontecesse, devias ter dado folga à Hazelle e teres despachado os miúdos - argumentei.
–Contigo é sempre o mesmo! - resmungou.
–Desculpa? Tu é que és um tarado e só pensas nestas coisas! - acusei-o.
–Tarado? Eu nunca mais te pedi nada desde que fomos para o hotel no dia do casamento! - coitadinho de tão inocente que é!
–És sempre o mesmo, volta tudo ao normal, bem prometes mudar, mas nunca dura muito! - despejei.
–Queres discutir? - perguntou a levantar o tom de voz.
–Não! Eu queria era nunca ter motivos para discutir! - respondi irritada. - És hipócrita, falas do teu pai mas és o mesmo!
–Vou dar uma volta, não me chateies mais! - pegou nas chaves e batou a porta com toda a força.
Resolvi sair também, avisei a Hazelle e fui a casa do Finn.
Toquei à campainha e ele atendeu logo, abracei-o e comcei a chorar. Contei-lhe tudo e ele ouviu atentamente suspirando antes de falar.
–Está a acontecer o que eu já previa - concluiu pesadamente. - O vosso casamento morreu, só serve de fachada neste momento. Muito pouco provavelmente cobseguem torná-lo realidade.
–Eu vou conseguir, vou deixar de o controlar tanto e passar a ceder mais! - decidi e ele reprovou-me com o olhar.
–Se falas de não lhe dizer nada sobre ele irvpara os copos com os amigos, estás a pedir para ser enganada, se com ceder falas de ter sexo com ele, não vai resultar. O sexo só é prazeroso se o ato for consentido por ambas as partes, se o fizeres só para salvar o casamento não servirá de nada porque não vais ser feliz, ele não vai ficar satisfeito, e como tu bem sabes, vai acabar por ir buscar fora o que tu não lhe dás em casa! - ele tinha razão, não era solução.
Lanchei com ele, voltei para casa, nada do Peeta, resolvi ligar ao Cato, que aparentemente sabia que o nosso casamento feliz não era assim tão feliz como isso, nada! Liguei ao Gale, também não sabia dele, estava a ficar stressada, mas ele aconselhou-me a ligar à Johanna e assim o fiz. Ela atendeu quando estava quase a desistir, segundo ela o Peeta estava a discutir com os pais sobre o nosso casamento e as coisas não pareciam estar muito bem, por isso ela teve de voltar antes que dessem por falta dela.
Mais descansada, fiz um zapoing pela televisão, mas parei noticiário porque estavam a falar sobre o meu casamento. Falavam das traições do Peeta, traições essas feitas durante o horário de trabalho dele, não acreditei, até mostrarem fotos dele aos beijos com outras, apalpões, provas evidentes. Desliguei a televisão, estava em choque e a ficha ainda não tinha caído.
Tocaram-me à porta, eram os meus amigos. Pela cara deles, eles sabiam de tudo. Deixei-os entrar e fechei a porta.
–Porque é que não me disseram nada? - indaguei com voz de choro.
–Porque não queríamos que sofresses - comecei a chorar.
–Eu preferia ter sabido por vocês, que pela televisão, as imagens dele a beijar outras não eram coisas que eu quisesse ter visto - admiti. - Não posso dizer que o amo, mas eu gosto dele!
Nesse mometo a porta abre-se revelando o loiro traidor.
–Com que então trabalhavas! Mentiroso! Porque é que me traíste? - fiz-me de forte.
–Eu só te traí porque fui buscar fora, aquilo que tu não me davas em casa! - que lata!
–Eu estou farta de viver assim! Farta de viver numa mentira! Eu estou farta das TUAS mentiras! Eu quero o divórcio! - escandalizei muitos lá na sala.
–Muito bem, eu assino os papéis! - concordou.
–Quem fica com a casa? - interroguei.
–A casa foi uma prenda dos meus pais - percebi logo.
–Muito bem, eu saio! - conclui.
–Não, tu tens de ficar com os nossos filhos. Eu saio! -definiu e foi lá dentro saindo com uma mala e batendo a porta.
Mais tarde os outros foram embora deixando-me a dormir no quarto, apesar de adormecida, eu sentia o perfume dele, sentia falta do calor daquele corpo que foi a minha companhia durante meses.
É impressionante como um dia que tinha tudo para ser perfeito saiu completamente horrível. Acabou o meu casamento. Acabou a minha angustia. Acabaram os beijos. Acabaram as ajudas com os gémeos. Acabou tudo.

Continua...


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Notas finais do capítulo

Acabou! Peço imensa desculpa, não me matem por tê-los divorciado, mas vocês vão compreender o porquê com o avanço da história!
Espero que tenham gostado



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