Beca

Enquanto Chloe falava tudo que havia acontecido, não saia da minha cabeça o quanto o meu dia havia sido ruim e o quanto ia estragar o dia dela quando eu contasse, afinal dividíamos todas as despesas. Ela iria se apresentar no Lincon Center e isso era algo extremamente notório, óbvio que Delly ter sido uma das alunas a querer isso não me agradava, a ruiva era muito inocente para perceber que essa menina tinha segundas intenções com ela. E as Bellas viriam para cá se apresentar também, estava morrendo de saudades de todas.

— Então é isso Becs, Stacie me ligou enquanto elas voltavam para casa para arrumar as malas, elas vão chegar amanhã cedo, não é o máximo?

Chloe falou animada, podia jurar que ela queria levantar e dar pulinhos de alegria, não importava como o meu dia havia sido ruim, era só ficar um tempo com ela que eu já me sentia um pouco melhor.

— É ótimo Chlo de verdade.  Falei sendo sincera, estava realmente feliz, mas é claro que algo me incomodava, havia sido demitida e não fazia ideia como contaria para a ruiva.

— Okay senhorita Mitchel. Chloe falou cruzando os braços, não pude deixar de a olhar apreensiva, as vezes parecia que ela conseguia ler minha mente. – Vamos desembucha, o que aconteceu? E por que você chegou com uma televisão em casa?

Encarei Chloe por algum tempo, respirava lentamente afim de acalmar meus nervos que até então estavam nas alturas, precisava decidir o que diria para a ruiva.

—Você pode me contar qualquer coisa Becs.

Chloe falou segurando as minhas mãos, tentando me passar tranquilidade, mas o efeito que estava ocorrendo era o contrário, não queria decepciona-la, porém era isso que eu faria quando contasse.

Então a beijei, não que fosse uma maneira de tentar fugir da conversa, o que também era, mas precisava da ruiva, era como se ela fosse o calmante que eu tanto ansiava, era nos braços dela que eu esquecia tudo de ruim que estava acontecendo. Chloe pareceu entender isso, e puxou a minha blusa e depois meu sutiã, estávamos no sofá, a ruiva sentou no meu colo enquanto massageava meus seios.

Nenhuma de nós duas pronunciávamos palavras, aquele momento era baseado em olhares e gemidos, olhava para os olhos da mulher que eu tanto amava e conseguia sentir toda a segurança que o amor dela me proporcionava. A ruiva retirou a minha calça lentamente não deixando de me encarar em nenhum momento, depositava beijos castos por todo o meu tronco, fazendo com que eu a quisesse cada vez mais. Enquanto me sentia num estado de urgência para que aqueles toques fossem aprofundados, sentia na ruiva numa calmaria profunda, é como se ela estivesse tentando retirar toda a angustia que eu estava sentindo, mesmo sem saber o porquê.

Continuamos naquela dança por mais algum tempo, eu apertava a ruiva contra mim, ela ainda sentada no meu colo rebolava timidamente, enquanto eu a pressionava, queria mais, precisava demais, olhei para a ruiva e ela sorriu para mim. Chega um momento em todo relacionamento, que as palavras em momentos como esse se tornam inúteis, os olhares são mais complacentes e mostram em sua plenitude o que realmente queremos, e Chloe sabia o que eu queria, ela me puxou mais para si, e desceu o seu rosto em direção a minha intimidade, arrancou minha calcinha e segundos depois já estava me deixando louca. Ela lambia, chupava, sugava, eu apenas gemia seu nome, cada vez mais alto, minhas mãos em seu cabelo como um pedido singelo que continuasse, ela então me penetrou, e subiu o seu olhar na direção do meu, podia ver o desejo que a ruiva sentia por mim ao me olhar daquela maneira, ela se posicionou no meio das minhas pernas, e enquanto realizava as investidas, ora forte, ora fraco, mordiscava os meus seios ampliando o meu prazer o máximo que podia, sentia o meu ápice se aproximar e comecei a rebolar em seus dedos, a ruiva aumentou a força com que realizava as estocadas, e então explodi de prazer, me sentia ofegante com tudo que havia acontecido. Chloe apenas me beijou enquanto me puxava para si, fazendo com que eu deitasse em cima dela.

— Tudo bem se eu não quiser conversar hoje? Perguntei de um jeito que me fez parecer uma garota de 15 anos, mas me sentia insegura e tudo que eu queria apenas era ficar ali nos braços dela.

— Claro meu amor, amanhã conversamos agora descansa. Chloe falou enquanto passava a mão nos meus cabelos, enquanto ela fazia isso eu decidi que não contaria para minha ruiva sobre a demissão, daria um jeito para conseguir um outro emprego e fazer a minha ruiva sentir orgulho de mim.

Chloe

 Acordei sentindo um cheiro delicioso, minhas costas estavam um pouco doloridas, afinal eu e Beca havíamos dormido no sofá. Falando na minha pequena onde ela estaria naquele momento, comecei a repassara noite de ontem e como percebi que ela não estava bem, resolvi que não deveria pressiona-la, então apenas a amei o máximo que pude, queria tirar tudo de ruim que ela estava sentindo, apesar de não fazer ideia do que era, sabia que ela falaria quando se sentisse pronta.

— Bom dia meu amor. Beca falou se aproximando de mim com uma bandeja de café da manhã.

— Você ta bem Becs? Perguntei preocupada e ela se fez de ofendida.

— O por que da pergunta Chlo?

— Você nunca acorda mais cedo que eu. Falei constando aquilo como óbvio.

— Ta me chamando de preguiçosa ruiva? A pequena perguntou divertida e eu apenas ri. – Nada demais apenas quis fazer café para você hoje, já que todos os dias você que prepara o meu.

Achei aquilo muito estranho, claro que era uma atitude linda, mas conhecia Beca a muito tempo para saber que algo estava errado.

— Brigada Becs. Falei dando-lhe um sorriso, peguei uma torrada e mordi.- Então sobre ontem...

Tentei puxar assunto naturalmente, ela com certeza percebeu minha investida.

— Verdade, desculpa por aquilo ruiva, apenas problemas no trabalho. Falou sorrindo para mim e se sentando ao meu lado.

— Mas aconteceu algo grave Becs. Perguntei preocupada mas ela apenas sorriu para mim.

— Nada que eu não possa resolver. Me respondeu prontamente, algo estava errado, as respostas da pequena não revelavam nada demais, e ela estava deixando claro que seria assim.

— Entendi. Falei enquanto tomava o suco. – E a televisão, você comprou? Beca começou a rir e me contou que ela havia ganhado numa loja, nós duas gargalhamos juntas quando ela decidiu imitar o gerente da loja tendo que lhe entregar o prêmio.

Ficamos mais um tempo ali juntas, e então eu lembrei que as meninas já já chegariam

— Becs eu vou buscar as meninas no aeroporto e depois eu vou para o trabalho, chegarei atrasada, mas tudo bem. Falei sorrindo para ela.

— Deixa que eu as busco Chlo. Beca falou e eu a encarei confusa.

— Mas você vai chegar atrasada no trabalho, não tem problema? Perguntei preocupada, não queria que ela se prejudicasse.

— Fico tantas horas a mais todo dia, posso chegar de vez em quando mais tarde. A pequena falou sorrindo e eu retribui. – Agora vai para você não se atrasar.

Assenti e peguei minhas coisas, antes de sair Beca me puxou e me deu um beijo de tirar o folego.

— Bom trabalho ruiva. Falou no meu ouvido.

— Assim fica extremamente difícil querer ir. Respondi sorrindo. – Manda um beijo para as meninas e bom trabalho Becs. Terminei de falar e sai, alguma coisa me dizia que Beca escondia algo, mas tinha que acreditar que se houvesse algum problema ela me diria.