Nunca Te Vi, sempre Te Amei escrita por Uru Take-hime


Capítulo 1
s2 Encontro s2


Notas iniciais do capítulo

Ehhh!! Uru Take-hime na area, postando um One-Shot do Sug, uma banda que eu amo!! Sei que vão ficar surpresos com o casal principal dessa historia...
Bem, sem mais delongas: Boa Leitura!



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Mais uma vez, eu estava sentado naquele sofá da nossa sala, dentro da gravadora, admirando a mesma foto. Era incrível como eu era completamente fascinado por aquele homem que nem cheguei a conhecer, já que quando eu entrei no SuG, ele já havia saído. Mesmo assim, era só olhar para a sua foto que me faltava o ar e eu ficava suspirando. Todos os integrantes da banda já haviam percebido essa minha paixão platônica por ele e ficavam me zoando pelo simples fato de amar uma pessoa que nunca vi e falei pessoalmente.

Estava perdido naquele rosto da foto quando ouvi uma voz divertida e sarcástica atrás de mim.

 

- Continua babando nessa foto, Shinpei? – disse Takeru, com aquele sorriso travesso no rosto.

- O que eu posso fazer? Eu não resisto... – comentei, corando.

- Sei, sei... Só acho incrível como você gosta tanto dele sendo que nem o conhece... Parece coisa de filme! – ele riu.

- Ah, Take! Já entendi. Pode me chamar de maluco, mais eu sou completamente apaixonado por esse cara. – contrapus, fazendo bico.

- Ok! Já percebi isso... Vem, precisamos ensaiar! – pediu, pegando minha mão e me puxando.

- Ai! Já vou, já vou... – bufei, indo pro ensaio.

 

...

 

Estávamos guardando os instrumentos depois de ter ficado praticamente o dia inteiro ensaiando, até que Masato comentou:

 

- Agora, temos uma semana de folga! Que maravilha...

- Concordo! Podemos descansar e aproveitar bem... – concluiu Yuji, abraçando Masato.

- Só essa semana. Depois temos turnê... – comentou Chiya, parecendo desanimado.

- Bem, vamos comemorar essa semana de descanso com uma festa amanhã, à noite? – Takeru sugeriu.

- Uma festa? Não íamos descansar? – perguntei, arqueando a sobrancelha.

- Mais temos que nos divertir também! – contrapôs Yuji.

- Concordo. Uma festa seria ótimo! – completou Masato, sorrindo.

- Então, vamos fazer assim: Uma festa na minha casa, começando as 8:00 da noite. – sugeriu Takeru.

- “Começando”? – perguntei, intrigado.

- Lógico! Uma festa tem que durar muuuuuuito tempo... – disse o vocalista, sarcástico e piscando.

 

Suspirei profundamente, concordando. Uma festa não podia ser ruim. Ainda mais se fosse só a gente.

 

...

 

A festa até que estava boa. A casa do Take foi decorada com balões e fitas coloridas, bem a cara da banda. Takeru cantava num jogo de karaokê que tinha instalado na TV e Chiya e Mitsuru o assistiam, rindo e apontando falhas. Mitsuru foi convidado por Chiya com a desculpa que ele já foi integrante do SuG. Não que eu não gostasse dele, mais achei isso estranho.

Yuji e Masato beliscavam os comes e bebes da mesa e, de vez em quando, trocavam uns beijinhos. Os dois eram namorados há alguns meses e pareciam muito felizes. Eu estava apoiado no pequeno muro de proteção da varanda, olhando a lua. Não é que a festa estivesse ruim, só que eu não estava no clima pra diversão. Suspirava incessantemente e ficava pensando: “Se chamaram o Mitsuru, não podiam ter chamado ele também?”.

Mal pensei isso e a campainha tocou, me fazendo olhar a porta e arquear a sobrancelha. “Quem será? Estamos todos aqui...”, pensei. Vi Takeru passar a vez para Chiya e ir saltitando para a porta, parecendo muito feliz. Não entendi essa ação do Take e fiquei curioso pra saber quem era. Quando o vocalista sorridente abriu a porta, dei uma espiadinha e quase tive um infarto. Era ele! Em carne e osso!!

Me senti tonto, tentando respirar e ao mesmo tempo, não perder nenhum segundo da chegada daquele homem. Ele entrou no recinto com elegância e descontração, sorrindo largo para Takeru, o cumprimentando com um abraço. Me escondi atrás da porta da varanda, ainda o olhando com atenção. Acho que meus olhos brilhavam mais do que as estrelas que residiam no céu estupendo atrás de mim e minha felicidade chegava a ser maior que o infinito. Finalmente... Finalmente ele estava ali, na minha frente... De verdade!

Esbocei um sorriso bobo ao vê-lo meio sem graça ao cumprimentar os integrantes da banda, relembrando algumas coisas de quando fazia parte dela. Queria tê-lo conhecido antes... De repente, vi que Takeru me olhava com divertimento, me observando ficar escondido e fez um gesto para que eu me aproximasse. Senti como se tivesse umas trinta borboletas revoando em meu estomago quando pensei em ir até lá. Bateu aquele medo... Aquela insegurança básica que qualquer pessoa apaixonada sente e balancei a cabeça negativamente, informando que não iria para lá. Takeru pareceu confuso, mais afirmou com a cabeça, não insistindo.

Me agachei atrás da porta e só fiquei olhando. Como ele era lindo... Seu sorriso iluminava mais a sala do que a própria lâmpada. Yuji e Masato logo o serviram e ele comeu um pouco, sujando levemente os lábios carnudos. Kami-sama... Ele era mais lindo e sexy do que em minha imaginação. Eu amo... Eu amo... Amo ele demais!

Enquanto me embriagava com minha própria felicidade, dando gritinhos histéricos e parecendo uma tola adolescente apaixonada, nem percebi que Takeru estava trazendo ele pra varanda, querendo nos apresentar. Quis morrer quando os dois pararam na porta e me viram naquela situação deplorável: agachadinho, dando gritinhos e me balançando pra lá e pra cá. Takeru segurou o riso e o outro parecia meio assustado. Me levantei rapidamente e me curvei na frente dos dois, ficando hiper vermelho. Eu não poderia ser mais idiota... Acho.

 

- Esse é o Shinpei, nosso baterista atual. – disse Takeru, me apresentando – Shinpei... Esse é o Shouta, ex-baixista da banda.

- Prazer. – disse Shouta, estendendo a mão para mim e dando um lindo sorriso.

- Pra-prazer... – gaguejei, apertando sua mão. Ah, que ótimo! Era só o que me faltava, gaguejar na frente dele...

- Bom, o Chiya tá me chamando. Deixa eu ir lá ver o que ele quer... – comentou Takeru, saindo de fininho e me deixando sozinho com ele.

 

Eu não sabia o que fazer... Talvez eu devesse me jogar da varanda, cavar um buraco e me enterrar, ou talvez me afogar num copinho de coca-cola. Qualquer coisa, menos ficar com ele num clima completamente chato! Ele sorria de canto, sem graça e a única coisa que eu fazia era ficar com cara de cachorrinho pidão, babando em sua beleza. Ai, alguém me de um tiro, onegai... >.<

 

- Então... Shinpei, certo? – ele perguntou, me tirando da idéia de um possível suicídio.

- Ah, isso mesmo. – sorri meio torto – Quando eu entrei na banda, você já havia saído... – oh, jura? Que coisa óbvia! Deixa eu me jogar um pouquinho... ¬¬”

- Pois é. Mais eu ainda tenho saudade daquele tempo... O SuG faz falta... – ele dizia com o olhar perdido no céu. Tão lindo...

- Mesmo? Eu também gosto muito da banda... Todos são tão unidos, como uma família. – finalmente eu estava dizendo algo coerente.

- Sim. O Takeru parece um “pai”, às vezes, não? Já que ele é todo preocupado e tals... – Shouta comentou, me observando.

- Bem, sinceramente eu acho ele mais parecido com uma “mãe”, já que é meio histérico e dá uns chiliques de vez em quando... – que coisa mais inútil que eu fui dizer! Minha coerência foi embora... Ç.Ç

- Ah, sim... – ele riu de forma gostosa, me fazendo ficar derretido... Alguém trás um pote? V.v – Eu fiquei feliz quando ele me convidou para essa festa. Confesso que fiquei surpreso, mais o Takeru disse que como eu já fui da banda, merecia ser convidado.

- Concordo. Você tem todo o direito de se unir a nós... – disse, pensando em como seria bom se ele se unisse a mim... Ain! x.x

- Então... Não vai ficar com o pessoal? – perguntou, apontando o povo dentro da casa.

- An... Na verdade, prefiro ficar aqui. Não estou no clima pra festa... – suspirei, olhando o céu atrás de nós.

- Entendo... Eu achei que você estivesse tendo uma crise ali atrás da porta. – que droga, ele tinha que falar do meu mico? >.<’ – Está se sentindo bem?

- Ah! Claro. Não precisa se preocupar... – o encarei, vermelho e constrangido – Eu só... Estava pensando... – e tendo um piti por causa dele. ¬¬”

- Devia ser uma coisa boa, então. Afinal, você estava com uma cara de felicidade... – ele sorriu de modo contente. Ain... Ele é tão fofinho! Eu quero!! >v<

- Ah, eu só estava feliz por que... Todos estão reunidos. Isso é bom... – sorri timidamente, mexendo na ponta de minha camisa.

- Sim. Mais se você não está lá, então falta uma parte... – contrapôs, me observando.

- Ah! É, nee? – Que merda! Quero meter a cabeça na parede!! TT^TT – Mais... Eu não vou lá não...

- Bem, a decisão é sua. Eu vou lá...

 

Ele me deu as costas e foi para a sala, se juntar aos outros. Que droga! Burro, burro, burro!! Eu sou uma besta mesmo... Só falei coisas inúteis e agi feito um idiota. Justo no nosso primeiro encontro, eu fico desse jeito? O que ele deve estar pensando de mim...? Me voltei para a varanda e olhei novamente o céu, me condenando pela minha estupidez. Eu vivi amando o Shouta desde que vi uma foto sua e agora, quando tenho a chance... Simplesmente acendo uma dinamite e a detono. Será que esse amor tem ou teve alguma chance, algum dia?

Ali, observando o céu e me crucificando, nem vi o tempo passar e quando dei por mim, já era quase meia noite e a festa estava chegando ao fim. Masato e Yuji foram os primeiros a sair, seguidos por Mitsuru e Chiya, que se despediram de mim de acenando de longe. Shouta ainda conversava e ria com Takeru, mais já dava indícios de sua partida. Ele iria embora... Era provável que não nos víssemos de novo. Eu iria novamente me recolher às profundezas de meu coração e amá-lo sem que nem suspeitasse. Meu amor platônico estranho... Meu caso que nunca existiu e jamais existirá.

 

- Shouta... Eu fui um grande idiota! Perdi a única chance que tive para dizer o que sinto... Queria ter tido a coragem de dizer que... Nunca te vi mais sempre te amei. – disse para mim mesmo, deixando uma lágrima escorrer ao olhar as estrelas.

- Como?! – uma voz suave e assustada ecoou atrás de mim e me virei rapidamente, encontrando Shouta – O que disse?

- Sho... Shouta! – gaguejei, assustado ao vê-lo ali. Como não notei sua aproximação? – O... O que está fazendo aqui?

- Vim me despedir de você, pois ia embora... Pensei que estava tendo mais um surto já que estava falando sozinho. Mas... Parei para prestar atenção e... – ele se aproximou mais enquanto falava – Está chorando? – perguntou, levando a mão ao meu rosto para limpar o rastro luminoso que minha lágrima havia deixado.

- Não... Estou bem... – corei brutalmente ao sentir seu toque e é lógico que ele notou – Eu só... Estava pensando alto.

- E eu fazia parte de seu pensamento? – Shouta acariciava minha bochecha e sorriu sutilmente, me fazendo derreter outra vez. – Afinal, você disse meu nome...

- Ah! Isso é... – olhei para o lado, tentando pensar em alguma coisa para falar – Eu só... Pensei que foi bom te conhecer... – suspirei, rezando para que ele não perguntasse mais nada.

- Também gostei de te conhecer. Quando o Takeru me ligou para me convidar pra festa, ele estava louco para nos apresentar... – ele revelou, revirando os olhos – Não entendi por que ele estava tão ansioso por isso, mais... Foi bom!

- Ah! Fico honrado... – Pelo menos, ele gostou de me conhecer. Já é alguma coisa para um idiota como eu – Espero te ver de novo.

- Creio que isso não será possível. Afinal, vocês têm muito trabalho a fazer e eu também... Se eu pudesse, visitaria o SuG com mais freqüência, mas... Não dá. – ele fechou os olhos, suspirando – Bem, eu vou indo... Tchau!

 

Ele sorriu amigavelmente e se afastou, me dando novamente as costas e se dirigindo para a porta. Vendo ele se afastar, me deu um aperto no peito... Mais uma vez, fui um covarde por não assumir meus sentimentos para ele e pagaria o preço de não vê-lo mais. Ele me ouviu, mais não deve ter ouvido tudo... Ou não acredita nas minhas palavras. Que inferno!! Queria morrer...

Shouta se despediu de Takeru com um abraço e pude ver a expressão de desapontamento no rosto do vocalista, triste por seu plano de me juntar com o ex-baixista deu errado. O moreno se virou para a porta e quando colocou a mão na maçaneta, pareceu que tomei um choque de 1.000 volts! Eu senti que se não tomasse uma atitude naquele momento, não o veria nunca mais e poderia desistir desse amor maluco. Mas... Eu não queria desistir dele! Não queria desistir desse amor... Do Shouta! Então, antes que ele abrisse aquela porta e desaparecesse de minha vida como se fosse uma ilusão, tomei uma grande atitude, movido apenas pelos meus sentimentos.

 

- SHOUTA!! – gritei o mais alto que consegui, o assustando e fazendo ele se voltar na minha direção – Eu... EU TE AMO! POR FAVOR... Por favor... – a essa altura, minha visão era embaçada pelas lágrimas que eu derramava – Não vá... Não... Me deixe...

 

Takeru me olhou com espanto, mais logo um sorriso radiante tomou os lábios do loiro e ele se retirou, indo para a cozinha. Shouta demorou para se mover, apenas me olhando com choque e um tanto confuso. Eu ainda chorava e segurava em meus braços, esperando alguma reação sua.

Finalmente ele se moveu, andando lentamente em minha direção e ele parecia menos chocado, respirando profundamente. Ele parou a minha frente e levou sua mão ao meu queixo, levantando meu rosto e me fazendo encará-lo. Sua expressão era gentil e ainda meio confusa, até que ouvi sua voz.

 

- Então... Era isso que você queria me dizer, desde o começo? Quando fui me despedir de você... Pensei ter ouvido errado.

- Eu... Não conseguia falar. Tinha medo... Não tinha coragem. E... Isso é tão estranho, pois... Nunca nos vimos. – eu dizia tudo entre soluços, tentado controlar o choro – Mas... Desde o primeiro momento... Quando vi você numa foto... Senti algo que nunca senti antes... Por ninguém. Desde aquele dia... Eu... Eu... Eu me apaixonei por você...

 

Ele me envolveu em um abraço forte e carinhoso, acariciando meus cabelos num doce carinho. Me aninhei naqueles braços calorosos e retribui seu abraço com força, temendo que ele me deixasse. Mais... Eu não podia me iludir com esse gesto. Talvez, ele só quisesse me confortar... Estivesse com pena de mim, chorando daquele jeito. Aquilo não era nada...

Quando meu choro diminuiu e me senti mais calmo, suas mãos seguraram em meu rosto e me fizeram encará-lo, encontrando um olhar doce e carinhoso da parte dele. Senti o afagar de seus dedos em minha bochecha e aquilo me relaxou mais, fazendo-me fechar os olhos e desejar que aquilo não acabasse. Ele aproximou o rosto e senti sua respiração se chocar com a minha, fazendo-me abrir os olhos e meu coração disparou ao vê-lo tão perto. Até que...

Seus lábios carnudos e suaves pousaram sobre os meus, me beijando com calma e doçura, ainda acariciando meu rosto. Eu? Eu estava em outra dimensão, provavelmente no paraíso... De onde eu nunca mais quero sair! O abracei mais forte, querendo sentir mais daquele sabor inigualável que eu desfrutava de seus lábios... Por Kami, como sua boca podia ser tão doce? Ele aprofundou o beijo, dominando minha boca e fazendo meu corpo ficar mole em seus braços. Ele me tinha... Eu estava completamente entregue a ele e ele sabia perfeitamente disso. De agora em diante... Um caso com meu amor platônico, que começou de um jeito maluco, finalmente teria inicio.


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Notas finais do capítulo

Ehhhhhhhhh!! E então? Gostaram de ShinpeixShouta?
Reviews?



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