O mistério do Serval. escrita por YounieSambream


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

Essa é minha primeira fanfic, de meu primeiro livro lido. Espero que gostem! ^^ Continuarei apenas com apoio.



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É noite. O frio adentrava na toca dos moradores da floresta, carregando neve e fazendo-os tremer. Era o terceiro dia mais frio da floresta.

            Uma pelagem cinza, quase prateada, movimentava-se entre as árvores cobertas de neve. Nevava forte, e mal se podia ver o caminho a frente.

            Um trovão ecoou pela floresta, dando uma enorme luz súbita, relevando a pelagem cinzenta; uma gata, e carregava um filhote em sua boca. Ela tinha os olhos azuis preocupados, cheios de angustia e um toque de esperança.

            Ela movia-se devagar, por causa da forte rajada de vento frio que circundava a floresta.  A gata era Garra Prateada, curandeira do Clã do Vento.  Depois de fortes esforços para apressar o passo, ela chegou a uma caverna escura, onde era mais aquecido e o vento sussurrava por entre as rochas, fazendo sons sinistros.

            Garra Prateada colocou o filhote no chão, que miava alto. Ela tinha a respiração ofegante e cansada, mas continuou de pé, olhando fixamente para o ponto mais escuro da caverna. Passaram apenas alguns poucos minutos de silêncio, quando uma gata negra de olhos verdes apareceu, saindo de dentro das sombras.

            – Olá, Garra Prateada. Faz tempo que não nos vemos mais – Disse com voz calma a gata, se aproximando da amiga.

            – Sim. Vim aqui para pedir-lhe um favor – Suspirou, apontando para o filhote em suas patas. – Esse é meu filhote... – Ela parou para ver a reação da amiga.  A surpresa nos olhos verdes da gata negra tornou-se visível, e ela soltou um grunhido de desprezo.

            – Você... Quebrou o código dos guerreiros de seu clã! – Exclamou como se acabasse de ver uma profecia de morte. – Curandeiras não podem ter filhotes. Já fui de clã, Garra Prateada, e sei disso. – Uma das coisas que ela nunca gostou era de quebra de regras, e era exatamente isso que sua melhor amiga estava fazendo.

            – É verdade, Relâmpago. – Garra Branca continuava calma, de cabeça baixa, olhando o filhote se movimentar. Ela tinha, agora, vergonha de si mesma. – Por isso não posso ficar com ele. Peço, por favor, que fique com meu filhote. –

            Silêncio. Garra Prateada ergueu a cabeça e viu Relâmpago olhando com compaixão para o filhote.

            – Ficarei com seu filhote. Só me prometa que não irá mais fazer isso. Nunca mais – Pediu a felina negra, quase com um sussurro. Garra Prateada assentiu, concordando, e deu uma última lambida na cabeça do filhote.

            Quando Garra Prateada saiu da toca, a neve estava mais forte. Ela correu, olhando para cima. A chuva de neve não permitia ver direito o céu, mas percebeu que estava amanhecendo.  Apressando o passo, ela correu em direção a seu clã.

Agora, faltava atravessar o caminho do trovão.

            Graças à neve, ela não viu direito uma raiz de árvore que saía da terra, por isso, tropeçou. Ela tentou levantar, mas escorregou, e ouviu o barulho de mil trovões juntos. Virando a cabeça, viu dois olhos mortos e brilhantes vindo em sua direção. Eu prometo Relâmpago, que nunca mais irei perturbá-la com meus erros. Foram os últimos desejos de Garra Prateada.


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