Felicity? It's That You? escrita por Miss Loki Winchester


Capítulo 2
Chapter 1


Notas iniciais do capítulo

Boa Leitura!



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Capítulo 1

POV. Felicity

Precisei me sentar por um instante, tentando recuperar o controle sobre mim mesma. Quando consegui, simplesmente comecei a cuidar de suas feridas. Sabia que todos tinham percebido meu leve descontrole, mas, no momento, não estava nem um pouco preocupada com isso. Após terminar de colocar as bandagens, tentei acordá-lo gentilmente, apenas balançando seus ombros.

— Clint. Clint, acorda. Caralho Clint, acorda! – Quando nenhum dos empurrões funcionaram, dei um tapa bem dado em sua bochecha esquerda, fazendo um barulho satisfatório. Meu irmão pulou na maca, suas mãos tentando chegar a sua cintura, onde ele mantinha uma pequena pistola escondida. Fui mais rápida, dando um segundo tapa, dessa vez em sua mão. – Hey, calma, sou eu.

Clint finalmente levantou os olhos, me olhando assombrado. Ele levantou a mão esquerda e a passou por meu rosto, como se se certificasse de que eu realmente estava ali.

— Brooke? Brookie! – Senti seu corpo grande e pesado me abraçar, para logo em seguida ouvir um resmungo de dor. O empurrei de volta a maca e o abracei cuidadosamente. – Meu Deus, Brookie, o que aconteceu? Me disseram que você tinha sido morta em uma missão!

— Hey, calma, Legolas! Eu só tive que ficar fora do radar por alguns anos. Mas agora eu estou aqui, não estou? Ou melhor, você está aqui. – Eu ainda estava com o rosto escondido em seu pescoço, com medo de olhar em seus olhos e ver o desapontamento.

Ficar fora alguns anos? Você tem noção do quanto eu fiquei arrasado? Eu te perdi, Brooke! Como você acha que eu fiquei? – Clint gritava, as mãos apertando meus ombros e os olhos arregalados com indignação. Meus olhos marejavam, mas minha voz saiu firme quando eu falei.

— Vamos ter tempo para melhor conversarmos depois. Mas, agora, responda-me apenas uma perguntinha, querido: O QUE DIABOS VOCÊ ESTAVA FAZENDO NA MÃO DE TRAFICANTES? PERDEU A NOÇÃO DO PERIGO, HEIN? – Quem gritava agora era eu, que estava com muita raiva de Fury. Sim, de Fury! Com toda a certeza, foi ideia dele colocar Clint como “isca”. Uma mão tocou meu ombro por trás, me fazendo virar-me e ver John.

— Felicity? Podemos falar com você? Quero dizer, em particular? – John parecia hesitante, como se uma palavra errada fosse explodir uma bomba. Percebi, bem lentamente, que ele pensava que EU era a bomba. Olhei para Clint rapidamente, mandando-lhe um olhar de “não ouse se mexer” e segui John até o andar superior da boate, onde Oliver e Sara já estavam. Nem tinha visto a hora em que eles saíram, uma vez que eu estava tão concentrada em gritar com Clint. Eles ficaram me encarando por alguns segundos, até que Oliver falou calmamente.

— Gostaria de nos dizer algo, Felicity? – Ele falou calmamente, mas eu podia sentir seu olhar perscrutador. Meus lábios crisparam e eu senti uma vontade de manda-lo para aquele lugar, mas eu sabia que lhes devia uma explicação. Passei as mãos no cabelo nervosamente e os olhei.

— Acho melhor eu explicar para todos de uma vez. Onde está Roy? – Ao terminar minha pergunta, o próprio apareceu, abrindo a porta principal da boate.

— Vim assim que soube da luta no depósito. Conseguiram pegar todos? – O Harper andou até o quarteto rapidamente, logo percebendo a tensão ali presente. – O que está acontecendo?

— Por que você não pergunta para a Felicity? Isso se esse for o nome dela. – Sara não pôde perder a oportunidade de provocação, logo revirando os olhos ao ser repreendida por Oliver.

— Nós trouxemos o refém para cá, onde Felicity pareceu reconhece-lo. Ela vai nos explicar como ela o conhece, não é? – Oliver não tinha nenhuma expressão no rosto, apenas os olhos frios e a boca em uma linha fina. Felicity acenou com a cabeça e seguiu de volta ao andar de baixo. Começou a preparar-se para contar tudo a eles. Clint, embora parecesse ainda estar com raiva, pegou sua mão, tentando passar algum conforto. Quando todos estavam ali, ela começou a falar.

— Bom, para começar, meu nome de verdade é Brooke Stark. Esse idiota que foi sequestrado – Clint me deu um beliscão, fazendo com que eu lhe desse uma cotovelada no estômago, gesto que doeu mais em mim do que nele. Continuei a narrativa, sem me importar com as caretas do loiro ao meu lado. - ... É o meu irmão, Clint. Nós trabalhamos para a SHIELD, uma agência de segurança ainda mais secreta do que a ARGUS. Cinco anos atrás, um amigo me pediu ajuda, mas para ajuda-lo, eu precisaria desaparecer por um tempo. Então, forjei minha morte e vim para cá, tentando localizar uma pessoa. O resto quase todos vocês sabem. Arrumei um emprego na QC, comecei a ajudar o Oliver e tudo mais, nunca deixando de lado minha principal missão.

Todos me olhavam de boca aberta. Clint foi o primeiro a se recuperar, virando-me para ele. Seu rosto estava sério e ele segurava meus ombros levemente.

— Brooke, quem foi que te pediu ajuda? – Ele tinha uma voz autoritária, quase como se quisesse me obrigar a dizê-lo. Apertei os lábios e desviei o olhar. Ele já sabia. – Eu sabia! Brookie, por que você tinha que se meter logo com a HYDRA? Você, mais do que ninguém, sabe o perigo que ela representa.

— Feli... Brooke? – John me chamou, fazendo com que Clint me soltasse. Virei-me lentamente, encarando as feições surpresas e chocadas uma por uma. Roy era o que mais parecia surpreso, com a boca aberta e as sobrancelhas levantadas. – Você está... Falando sério?

— Sim, John. Isso é bem sério. Olhem, no começo, eu não queria ajudar Oliver pelo simples motivo de que isso me lembraria a SHIELD. Minha saída desse lugar não foi apenas uma consequência do pedido de Steve, mas sim de uma decisão que eu já tinha tomado bem antes. No ramo da espionagem, a coisa mais fácil é ter sua conta manchada de vermelho. Limpá-la. Esse foi um dos motivos que me convenceram a participar dessa loucura. Eu não queria mentir, eu juro! Mas é que... – dei uma pausa, medindo as palavras. – Depois de um tempo, acabei incorporando o papel de Felicity Smoak e enterrando, bem fundo, a Brooke. Só não... Fiquem bravos.

Eles me olhavam fixamente, como se tentassem ver a mentira em qualquer lugar. Roy foi o primeiro a se recompor. Ele sorriu e se aproximou, me abraçando.

— Eu nunca ficaria bravo com você por isso, Brooke. Aprendi que é melhor não julgar as atitudes alheias. – Thea tinha mudado Roy radicalmente, percebi ao retribuir o abraço. Logo, Diggle se aproximou e me puxou de Roy.

— Eu também não seria capaz. É impossível ficar bravo com você. Apenas... Não esconda mais nada. – Ele sorriu e me apertou em um abraço. Pude ouvir Sara bufar e sair da sala pisando duro. Também ouvi Clint descer da mesa e pigarrear. Na mesma hora Diggle me soltou.

— Você é a minha irmãzinha, Brooke. Sempre vou, não só te amar, como te perdoar. Só não suma de novo, uma vez foi o suficiente. Venha aqui, pequena. – Meu irmão mais velho me puxou para seus braços, acolhendo-me ali, assim como me acolhia desde sempre. Sentia-me segura e amada. Por fim, o único que não se pronunciou foi Oliver. Virei-me em sua direção, mas ele só me lançou um olhar desapontado. Meu sorriso morreu na hora

— Isso não importa. Barton, quem eram aqueles traficantes? – Oliver parecia determinado a acabar com aquilo o mais rápido possível. Talvez ele só quisesse ir atrás de Sara... Clint olhou-me, como se procurasse permissão. Entranhei sua reação, mas acenei com a cabeça.

— Eles não são apenas mafiosos, mas sim da máfia russa. A diferença é que, embora eles façam parte de uma grande rede de ações, nunca chegaram tão longe ou foram tão descuidados com o que faziam. – Meu irmão parecia pensativo, como se estivesse tentando adivinhar os motivos. Revirei os olhos e sentei-me ao seu lado na maca.

— Isso é porque não são mafiosos. – Todos me olharam incrédulos, como se eu fosse idiota. – É verdade. Eles são mercenários contratados por Fury. Há algumas semanas, ele me ligou, dizendo que me queria em uma missão, mas eu declinei o convite não tão delicadamente. Vendo que não iria me conseguir facilmente, Fury fez você de “refém”, me obrigando a contar tudo.

— Tudo isso porque você recusou voltar? – Oliver parou na minha frente, os braços cruzados e parecendo surpreso, como se o fato de eu ser uma agente fosse inacreditável. – Isso tem algo a ver com o seu telefonema a pouco?

— Telefonema? Era Fury? – Clint também parou ao meu lado, imitando a posição de Oliver. Não pude evitar corar quando percebi que teria que falar a verdade para eles.

— Não, não era Fury. Era... o Steve. – Fiz uma pausa como se esperasse que eles começassem a gritar. Quando os abri novamente, eles me encaravam, esperando uma continuação. – Eu liguei para ele porque... É porque eu...

— Você o que, Felicity? – Oliver perguntou, abaixando-se para ficar na minha altura e pegando em minhas mãos, como se tentasse passar seu apoio. Ele não parecia mais tão chateado.

— Eu liguei para o Steve porque o... Bucky está aqui. O Soldado Invernal está em Starling City.


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Notas finais do capítulo

E então, devo continuar postando? Como eu disse, essa não é a "estréia" da fic, é mais uma sondagem de terreno (ficou estranha essa frase? :) . Me digam o que acharam e até mais. Beijos .