Perdão, Amor e Salvação. escrita por Mariana


Capítulo 4
Capitulo 4




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     Contei a Pérdigas o que aconteceu, excluindo apenas o fato de eu ter adorado estar com a conquistadora.

— Gabrielle ela não tinha esse direito, está desobedecendo suas próprias leis, isso não é justo alguém precisa parar esse monstro. 

     Ele parecia indignado.

 — Pérdigas ela não é um monstro e não me obrigou a nada.

     A confusão estava estampada no seu rosto.

— Quer dizer que você se entregou a ela? Como você pôde Gabrielle?

     Vi uma lagrima escorrendo pelo seu rosto, me doeu ver seu sofrimento.

— Pérdigas eu sempre deixei claro que não te amava e que não era de acordo com nosso noivado. Eu te adoro mais apenas como um amigo.

      Enxuguei suas lagrimas e o abracei.

      

      XENA

       Sai da reunião e decidi passar pela cozinha para ver o que Gabrielle estava fazendo. Eu tinha um sorriso atípico no rosto, e cada vez que pensava nela ele aumentava, não conseguia segurar. Cheguei perto da cozinha e a vi abraçada com um homem. Por que diabos sempre a encontro abraçada com alguém? Lembrei a fisionomia do seu noivo e percebi que era ele. Meu sorriso desapareceu rapidamente, senti uma escuridão dentro de mim, meu rosto esquentou, meu corpo parecia estar em chamas, reconheci essa sensação com o que eu sentia há alguns anos atrás, uma fúria cega. Fui caminhando devagar, já me via matando o rapaz, alguém parou na minha frente era Téssalia, parecia apavorada admirei sua coragem ou seria burrice?

  — Conquistadora, não é o que está pensando, o jovem está sofrendo por Gabrielle ter o rejeitado, ela está apenas consolando-o, se a senhora fizer alguma coisa irá assustar a jovem e perde-la. Por favor, Xena pense.

       Consegui me acalmar um pouco, Téssalia pareceu aliviada, senti meu coração voltar ao ritmo normal.

 — Obrigada Téssalia. Por favor, diga a Gabrielle que não precisa levar meu jantar essa noite.

      Não quis me encontra com ela porque sabia que meu ciúme e minha raiva não sumiriam assim tão rápido, se há visse poderia descontar nela e acabar machucando-a.

     

      GABRIELLE

      Quando Téssalia me disse que não precisava levar o jantar para a conquistadora me senti mal, será que ela não me queria mais por perto, comecei me sentir usada. Será que ela esta com outra pessoa? Quase não dormi pensando nisso.

     

      XENA

      Meus pensamentos me impediram de dormir a noite toda só conseguia pensar em Gabrielle e em tê-la ao meu lado novamente. Levantei-me e esperei ansiosa Gabrielle vim trazer o café da manhã, ouvi as batidas na porta levantei e fui abrir, estava ansiosa demais para espera-la. Sorri quando a vi, ela não parecia ter dormido também, tinha os olhos inchados. Ficamos alguns segundos apenas nos olhando.

 — Entra Gabrielle, Senta comigo.

     Ela entrou arrumou a mesa e se sentou estava quieta, perecia desconfiada.

 — Você está bem?

     Perguntei sentando-me na cadeira, a sua frente.

 — Sim minha senhora.

      Ouvi-la falar com essa formalidade me incomodou.

  — Gabrielle, estamos sozinhas, me chame de Xena.

      Ela olhou-me nos olhos, estava chateada não entendi direito.

  — Dormiu bem Xena?

       Gabrielle disse forçadamente. Respondi com sinceridade mesmo sem entender o motivo da pergunta.

 — Passei a noite inteira acordada.

     Ela continuou me encarando, isso estava começando a me incomodar.

 — Deve ter tido uma ótima companhia.

      Era ciúme, ela estava com ciúme de mim, fiquei tão contente que não controlei um sorriso. Ela se levantou.

 — Minha senhora, peço-te permissão para me retirar.

      Levantei-me também, acho que ela entendeu meu sorriso como uma confirmação de sua suposição. Aproximei-me dela.

— Gaby, não estive com ninguém a noite, não consegui dormir pensando em você a noite toda. Senti falta de você, do seu cheiro.

      Disse beijando seu pescoço, e colocando minha mão na sua nuca. Ela disse entre suspiros.

 — Não me chamou para ficar contigo, pensei que não me quisesse mais, que tinha arranjado outra... 

      Interrompi suas palavras com um beijo apaixonado, ela acariciava minhas costas. Ouvi batidas na porta, interrompi o beijo, sem me afastar de Gabrielle.

— Quê?

     Estava indignada. Um soldado disse.

— Conquistadora temos noticias sobre dos saqueadores que destruíram Potédia.

     Olhei para Gabrielle, sabia que esse assunto mexeria com ela. Perguntei suavemente.

— Quer ficar e ouvir?

    Ela abaixou a cabeça.

— Não Xena, prefiro não saber.

     Acariciei seu rosto carinhosamente segurei sua mão caminhamos até a porta, a abri, o soldado olhou diretamente para Gabrielle.

— Quer ficar sem os olhos?

    Disse ameaçadoramente, ele abaixou a cabeça.

— Perdoe-me senhora conquistadora.

   — Entre!

        Sai de mãos dadas com Gabrielle. Deixei o soldado esperando lá dentro.

   — Gabrielle eu quero ter uma conversa séria com você depois.

        Ela pareceu apreensiva.

   — Tá bom Xena.

        Olhei se tinha alguém em volta, como não tinha ninguém, lhe dei um beijo rápido e voltei aos meus aposentos, o soldado estava lá parado em pé esperando.

 — Então me conte as novidades.

— Os soldados que a senhora mandou encontraram os saqueadores atravessando a fronteira para território das Amazonas.

      Se as Amazonas os vissem estariam mortos com certeza.

 — Os encontraram mortos?

— Não senhora conquistadora. Não viram nenhuma Amazona se quer.

     O soldado parecia contar algo que nem ele mesmo acreditava. As amazonas se escondiam muito bem, mais não se esconderiam de simples bandidos ou de meus homens. Alguma coisa está acontecendo.

— Viram algum centauro?

— Sim senhora conquistadora alguns, próximo ao território das amazonas.

    Isso pode ser a explicação, as amazonas são fortes, inteligentes, ágeis, mais sempre estiveram em menor número, ainda mais depois que César resolveu sequestra-las e vende-las como escravas. Bom, César não tem nada que ver com isso, o desgraçado está morto, eu sei porque eu mesmo matei.

— Mande alguém ágil e inteligente, atrás das amazonas e me trazer noticias rápido.

— Sim senhora conquistadora. E os saqueadores?

     Não pensei duas vezes.

— Coloque-os na masmorra até amanhã, estão sentenciados a morte publica na guilhotina. Servirão de exemplo para aqueles que pensam que podem destruir as aldeias do meu império e deixar meu povo desabrigado.

    O soldado assentiu com a cabeça e saiu.

    Fiquei pensando, se os centauros estão aproveitando o momento de fraqueza das amazonas para extermina-las estarão em guerra comigo. Há muito tempo fiz uma promessa à rainha Melosa de proteger seu povo, minha batalha com César poderia ter sido evitada se ele não tivesse se metido com as amazonas. Mais uma preocupação parta minha cabeça. Espero que Melosa esteja viva.

    Chamei meu comandante Amadeus até meus aposentos, o considero um amigo. Ele tem a minha idade e esteve comigo em todas as guerras que participei e também estaria nessa se ocorresse. Precisava de uma segunda opinião sobre todas essas coisas.

 — Oi conquistadora.

     A formalidade entre nós era apenas uma brincadeira.

— Oi comandante. Venha vamos conversar.

     Expliquei tudo a ele, falei das minhas suspeitas, e também falei sobre Gabrielle.

— Xena minha velha amiga, você está caidinha por essa moça.

    Debrucei-me sobre meus braços em cima da mesa.

 —Como isso foi acontecer logo comigo?    

      Ele sorriu e tocou meu braço.

 — É o destino, aproveite essa oportunidade, pelo que vejo e escuto por ai, essa moça vale a pena. Além de ser linda.

      Amadeus esticou seu corpo na cadeira, sorrindo. Sentei-me direito e disse olhando pro nada.

— Ela é mesmo linda e aqueles olhos verdes, nossa.

     Ele assoviou, dei um soco de leve em seu ombro, ele passou a mão onde o eu tinha batido, rindo. Apontei o dedo em seu rosto, fingindo seriedade.

 — É linda mais tem dona.

     Ele levantou as duas mãos.

 — É toda sua conquistadora.

      Passamos a manhã planejando coisas, conversando e rindo. Coisas que fazia apenas com ele.

      

       GABRIELLE

       Quando Xena me disse que precisávamos conversar fiquei um pouco nervosa, decidi não sofrer antecipadamente. Estava preocupada com Lila, tiraram ela da cozinha e a colocaram na limpeza dos corredores, podia ter pedido a Xena que deixasse ela comigo na cozinha mais não queria parecer abusada, basta a cena de ciúmes que eu fiz essa manhã por não ter dormido com ela.

       Estão comentando o que acontecerá amanhã com os bandidos que destruíram Potédia, só de pensar nisso sinto-me horrível. Mesmo que sejam criminosos, são pessoas e mesmo que seja punição por um crime ainda é assassinato. Estava na hora de levar o almoço para a conquistadora, encontrei Lila no caminho.

 — Oi Lila.

     Ela estava ajoelhada com um pano nas mãos esfregando o chão.

 — Oi Gabrielle. Tudo bem?

     Lila se levantou, estava suja e cansada, me senti mal em vê-la assim enquanto eu estava ótima.

— Tudo e com você?

— Estou bem. Pérdigas me contou o que está acontecendo entre você e a conquistadora.

    Ela olhou a bandeja que eu tinha nas mãos. Abaixei a cabeça me sentia envergonhada.

— Gabrielle, eu te conheço minha irmã se você está com a conquistadora senti algo por ela, só te peço que seja cuidadosa grande parte das estórias sobre ela são verdadeiras e não quero que você seja o tema de mais uma.

     Era bom saber que ela não me rejeitou.

— Obrigada Lila, Terei cuidado prometo.

    Cheguei perto da porta dos aposentos de Xena, quando ia bater ouvi algumas risadas e vozes. É feio escutar por trás dá porta, mais minha curiosidade foi maior. Ouvi uma voz masculina.

 — Então conquistadora. Quem é melhor de cama a loirinha ou a rainha amazona?

     Ele parecia estar rindo. Queria ouvir logo a resposta mesmo que me magoasse. Será que ela contaria nossas intimidades assim?

 — Amadeus, não se compara duas mulheres sexualmente, cada uma tem seu jeito. Vou ter que te dar aulas sobre mulheres agora.

      Eles riram, fiquei curiosa para saber se o caso dela com tal rainha era recente.

  — Xena faz tanto tempo que acho que vou mesmo precisar de aulas.

      Mais gargalhadas. Decidi bater na porta. Xena perguntou já com a voz séria.

  — Quem é?

      Respondi formalmente.

  — Gabrielle minha senhora.

      Ela respondeu quase que imediatamente.

  — Entre!

       Ao entrar a vi junto a um homem os dois sorriram para mim, devolvi o sorriso timidamente. Caminhei até a mesa e deixei a bandeja, reparei que me os olhos de Xena me acompanhavam.

  — Vou deixa-la à vontade, com licença conquistadora.

      Ela acenou com a cabeça sorrindo para ele. O homem saiu rapidamente. Xena veio em minha direção, sem deixar de me olhar nem um segundo.

   — Vamos comer?

       Assenti com a cabeça e me sentei, ela também sentou. Começou a comer eu á acompanhei.

   — Está meio fria a comida.

       Lembrei que havia ficado conversando com Lila e que possivelmente foi tempo o suficiente para a comida esfriar.

   — Desculpa Xena. Encontrei minha irmã no caminho, ficamos conversando e...

      Ela levantou a mão, entendi o sinal e parei de falar.

   — Vocês não conversam na cozinha?

       Xena parecia interessada, ainda não me acostumará a ter a conquistadora interessada por mim.

   — Ela não está mais na cozinha, esta limpando os corredores.

       Abaixei a cabeça tristemente ao lembrar minha irmã casula ajoelhada naquele chão.

 — Você podia ter me falado antes, já teria feito alguma coisa.

      Sorri para ela, a cada dia a conquistadora me surpreendia mais. Levantei-me, ela puxou a cadeira para traz quando me aproximei, sentei no seu colo como se estivesse montando, esqueci minha insegurança e inexperiência, simplesmente agi, acariciei seu rosto com minha mão olhando em seus olhos beijei-a com desejo, passei minha mão por suas costas, até seu seio afagando-o devagar mais firmemente, senti suas mãos nas minhas nádegas, sussurrei seu nome e lambi o lóbulo da sua orelha, vi ela se arrepiar. Levantei-me segurando sua mão, levei-a até sua cama. Deitei sobre ela beijando-a e desabotoando sua camisa, ela gemia e isso me excitava cada vez mais tirei sua camisa, suguei seus mamilos que estavam endurecidos, passando a língua ocasionalmente. Uma de suas mãos segurava minha cabeça e a outra acariciava minhas costas. Subi minha cabeça, beijei seu pescoço, mordiscando levemente, sussurrei no seu ouvido.

 — Fala meu nome Xena.

       Ela falou gemendo, sentei em seu ventre, apoiando o peso em meus joelhos, tirei minha blusa, ela acariciou meus seios com suas mãos fortes, tirei minha saia e a calça dela. Queria mostrar a ela que meu jeito era melhor do que o dá tal amazona. Deitei-me novamente sobre ela e pressionei minha coxa contra seu sexo, senti sua umidade na minha pele, me movimentei sobre ela e a ouvi gemer, senti suas unhas nas minhas costas, me arranhando.

  Ela murmurava meu nome, isso me enlouquecia, beijei-a com voracidade, estava sendo muito mais intensa com ela do que ela tinha sido comigo, parece que ela estava gostando muito, vi espasmos tomarem conta de seu corpo, ela gemeu alto, abafei seu gemido com um beijo, recomecei minhas caricias antes mesmo dela se recuperar. Perdi a conta de quantas vezes vi o corpo dela tremer.

 — Gabrielle.

    Ela me chamou colocando a mão no meu queixo, fazendo-me olha-la, eu estava com o rosto entre suas pernas, ela me puxou e me beijou suavemente.

 — Você foi incrível.

     Sorri, deitei-me em seu ombro e vi sua respiração acalmar, olhei para seu rosto, ela estava dormindo exausta, encarei isso como um sinal de que tinha me saído sido bem. Continuei abraçada com ela acabei cochilando também.


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Notas finais do capítulo

Até o próximo.



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