Dias de Verão em Tempos de Inverno escrita por MiddyMoon


Capítulo 13
Verão


Notas iniciais do capítulo

Olá meus peixinhos dourados! (Mudando um pouco o "Hello", só um pouquinho) ✿
Como estão? (◠‿◠✿)
Bem, aqui está mais um capitulo da fanfic, espero que gostem e boa leitura! ( ´ ▽ ` )/



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Eu não estava com receio ou medo, apenas pensativo o bastante para minha mente não focar em mais nada.

 

Acordei com uma mensagem de ‘bom dia’ de Nathaniel, que dizia estar indo para o trabalho, e não me dera nenhuma pista do motivo de querer ir sozinho ontem naquele fim de tarde.

Respondi sua mensagem com um sorriso em meu rosto, e me espreguicei observando o céu com sua cor semelhante a uma folha branca, sem riscos ou amassados. Bocejei passando as mãos por meus cabelos vermelhos bagunçados.

De repente meus olhos se arregalaram com o pensamento que naquele dia, meus pais iriam chegar e eu teria pouco tempo para arrumar a casa já que havia tirado o dia de folga, então imediatamente prendi meu cabelo em um pequeno rabo de cavalo baixo e coloquei uma camisa preta e um avental ridículo florido.

Desesperado, primeiramente arrumei meu quarto do qual parecia que havia passado um furacão junto a um terremoto de grande escala, o que levou mais tempo que o esperado. Assim desci as escadas e lavei todas as louças que parecia impossível apenas uma pessoa fazer toda aquela bagunça.

Estava tão frio, mas tive que correr para limpar o piso tanto do primeiro e do segundo andar, do qual escorreguei e agradeci por ninguém ter visto aquela cena, assim que consegui tomar meu banho após a correria de deixar a casa do mesmo jeito impecável que meus pais deixaram, percebi que tinha certo talento em arrumação.

Olhei ansioso para o relógio da parede depois que desci as escadas e assentei no sofá de minha casa, e assim esperei o barulho da chave e a maçaneta girar, e esperei, como uma criança pelo seu presente de natal, tudo o que eu queria naquela hora era ouvi-los na porta, e esperei. 

Depois de algumas horas, eu havia desistido, o telefone começara a tocar e atendi um tentando segurar algo em mim, respirei fundo.

— Alô?

Filho? — Já estava na espera da noticia.

— Sou eu mãe — Respondi em tentativa de esconder um pouco a tristeza.

Tivemos um imprevisto no trabalho do seu pai...

— Está tudo bem, contando que vocês estejam bem — Eu não podia culpá-los, é o trabalho deles, não tinham tantas escolhas assim.

Me perdoe filho, eu queria tanto estar com você agora — Ouvi seus soluços do outro lado da linha, segurei minhas lagrimas para não chorar junto a ela.

— Mãe, você não pode chorar, é véspera de Natal — Consequentemente meus olhos marejaram e tampava minha boca para não deixar qualquer som que me denunciasse sair. — Eu também queria estar com vocês, mas não se preocupem, meus amigos me convidaram para uma festa de despedida que irão fazer.

Castiel... Você sabe que nós te amamos muito, não é? — Limpei as lagrimas que caíam com as costas de minha mão.

— Mas como não amar um filho bonito desses? — Ri entristecido — Eu também amo vocês, tenham um feliz Natal.

Feliz Natal, filho — Havia demorado um pouco para desligar o telefone, apenas o deixei em cima da mesa depois de apenas ouvir o som da chamada sendo finalizada, pesei minhas costas sobre o sofá.

Impossibilidade, tudo o que sentia junto com uma tristeza que insistia em me abraçar contra minha vontade, me perseguia. Deite-me no sofá bege e percebi que escurecia apenas quando me dei conta da luz do meu celular que indicava a mensagem de alguém.   

“De: Nathaniel

Seus pais chegaram bem em casa?“

Apenas respondi com a verdade, afinal, era apenas isso que eu tinha que fazer.

“Para: Nathaniel

Não quero que se preocupe comigo, apenas passe o Natal com sua mãe e irmã.. “

Levantei-me do móvel e antes de sair de casa, cheguei-me perto do quintal onde deixei Dragon, que cansado de comer, deitou-se em sua casinha de madeira e assim que me viu veio em uma velocidade que me impulsionou para trás assim que decidiu pular em mim.

— Bom garoto — O acariciei por um tempo — Meus pais não poderão vir, então será apenas eu e você hoje — Sorri — Preciso comprar ao menos algo para comer, vá deitar — Assim que apontei meu dedo para sua pequena moradia ele fora imediatamente deitando-se em seu aconchego.

Tranquei a porta de casa e observei o céu que se tornava mais escuro, a brisa gelada fazia meu rosto se esfriar, e apressado, caminhei pelas ruas cobertas de neve. Provavelmente muitas lojas estariam fechadas devido a véspera.

Enquanto caminhava abaixo de arvores sem folhas congeladas e minhas botinas se tornavam brancas à medida que pisava no tapete branco, recebia mensagens de Lolla e Alexy que insistiam em mandar fotos desejando um feliz Natal, e claro, não esquecendo de Rosalya exibindo sua maquiagem extravagante, esbocei um sorriso ao vê-los se divertindo.

Após uma longa caminhada, havia encontrado uma loja modesta em madeira, que mesmo sendo uma data comemorativa estava aberta, rapidamente adentrei e ouvi o som de um pequeno sino, e observei alguns bolos em suas vitrines.

— O que vai querer meu jovem? — Uma mulher idosa sorria amigável.

— Ah, eu queria um desse, por favor — Apontei para um bolo branco de morango com um boneco do Papai Noel por cima e uma pequena placa de chocolate escrito “Merry Christmas” em chocolate branco decorado com morangos cortados — um bolo clichê de natal feito de morango.  

Enquanto a senhora embrulhava o bolo, dei-me a liberdade de admirar a loja que tinha um ar aconchegante e feliz, por assim dizer.

— Você é um rapaz muito bonito — O elogio da senhora vindo após um riso simpático me fez sentir um pouco envergonhado — Sua namorada é uma menina de sorte.

— Bem, na verdade essa pessoa não reconhece isso em mim — Dei um sorriso amarelo — Mas depois disso terá que repensar — A mulher riu.

— Aqui está seu pedido — Ela entregou-me uma sacola com uma caixa branca dentro. Depois de pagar, a senhora havia me desejado um feliz Natal, do qual retribui com um sorriso após fechar a porta e ouvir novamente o som do sino.

Eu não havia me surpreendido, mas sempre tive uma pequena esperança de criança. Andava pelas ruas até me aproximar de um parque coberto em uma camada branca, sentei-me em um de seus balanços após limpar a neve e simplesmente acalmei meus pensamentos.

Por mais que eu amasse o inverno, eu não podia ver o céu claramente, nem as estrelas que ele obtém, e com isso acabavam por ajudar o sentimento de solidão, e fiquei pensando se o dia de amanhã, talvez melhorasse.

Olhei para o chão, apoiando meus cotovelos acima de meus joelhos, e aos poucos, os sons de sapatos se aproximavam e paravam exatamente em minha frente, subi meu olhar, e senti uma nostalgia desconhecida.

— Foi assim que me conheceu — Sua voz me acalmava — Eu estava tão triste e você me ofereceu um sorvete — Riu com a lembrança.

— Por que está aqui? — Nathaniel passou suas mãos entre os fios do meu cabelo.

— Por que eu não estaria aqui? — Era como se não precisasse falar mais nada, ele sentou-se no balanço ao meu lado, segurando as correntes geladas que o seguravam e balançou seus pés de forma calma, sem sair do lugar.

— Eu disse para ir para a casa de sua família — Virei meu rosto para observá-lo, e mesmo sem ao menos enxergar além das nuvens escuras que impediam a visão do céu, ele o olhava.

— Quero ficar com você hoje — Disse sem cerimônia, com firmeza e decidi nunca questioná-lo como da ultima vez.

 — O que está vendo? — Perguntei levando meus olhos a ele.

— É um pouco reconfortante — Sorriu para o nada — Saber que mesmo estando nublado, nós temos a certeza que vamos poder vê-lo brilhante de novo, mesmo que demore um pouco — Ele fitou-me sem pressa e pude ver seus olhos dourados mais bonitos, assim como o sorriso que mostrou àquela hora, iluminado por uma luz fraca vinda do poste. Eu não tive qualquer reação a não ser admirá-lo em silêncio. Então me levantei do banco e estendi um pouco a sacola em minha mão.

— Você é tão teimoso — Conformei-me diante do que aquele garoto realmente queria — Comprei isso, vamos para casa — Então ele se levantou do balanço e tirou uma das alças que seguravam o bolo e decidiu dividir o peso comigo, caminhando até chegar á minha casa, passo a passo, sem se importar com o tempo que quanto mais se passava, mais aproveitei junto aquela pessoa de cabelos loiros. 

Quando nos aproximamos da casa, senti algo que não era parecido com tristeza, estava ansioso com o futuro que ainda não tinha acontecido. Abri o pequeno portão e adentrei logo com Nathaniel atrás.

A porta que abri mostrava um ambiente escuro, acendi as luzes e deixei meus sapatos na entrada, logo retirando meu casaco e o pendurando em um gancho na parede.

— Pode sentar, quer algo para beber? Posso fazer um chá, evolui minha culinária — Ele assentiu rindo e sentou-se botando as mãos no joelho, fitando cada espaço na casa. Não demorou muito até eu chegar com a bebida e dois pratos junto a uma pequena faca para cortar o bolo.

Ele que sorriu como na primeira vez que veio em minha casa, sentindo o calor da xícara de porcelana assim que tirou suas luvas detalhadas em marrom e branco. Sua boca levemente rosada encostou-se no objeto tomando um pouco do liquido quente, que novamente, queimou sua língua, a careta que fez fora cômica. Tentei segurar o riso que foi percebido por Nathaniel que ficara envergonhado.

— Você adora ver isso, não é? — Perguntou emburrado.

— Quando é vindo de você, fica mais engraçado, senhor representante — Eu nunca vou tirar essa mania de chamá-lo assim de mim, era praticamente impossível, com o tempo nos conformamos. Peguei a faca e cortei um pedaço do bolo que ele realmente estava esperando para comer pelo jeito que o olhava. — Namore alguém que olhe para você como Nathaniel olha para o bolo — Ri e ele cedeu a um riso brincalhão, aceitando o pedaço do doce que a expressão de prazer ao comê-lo fez-me realmente pensar que acertei no sabor que escolhi.

Fora praticamente um tempo de conversa jogada, risadas ao lembrar dos tempos e anos no colégio. E me lembrei que o aniversario de Nathaniel havia passado, me xinguei mentalmente por ter esquecido de o dar o presente.

— Espere aqui — Levantei-me do sofá com o olhar confuso do loiro sobre mim, e subi as escadas as pressas. Havia aberto pelas gavetas a procura de uma pequena caixinha, que estava em cima da cômoda, aliviando o sentimento de tê-la perdido. 

Respirei fundo com o nervosismo que subia à medida que descia cada degrau de madeira de minha casa, apertei o pequeno compartimento em minha mão. Ele olhou-me deixando a xícara em cima da mesa, o que deixou-me mais nervoso, sentei-me ao seu lado.

— Quero que fique sabendo que não sou o cara mais romântico de todos — Senti minhas bochechas queimarem e não tinha meu cachecol naquela hora para me salvar. — E eu vi isso em um filme, então... — Apoiei um de meus joelhos no tapete em bege. — Eu nunca pedi isso apropriadamente para você — Peguei a pequena caixa em veludo negro, com uma pequena fita vermelha da qual o mostrei, seus dedos desfizeram a fita, os olhos dourados se abriam lentamente à medida que abria o objeto que mostrava duas alianças douradas escritas. — Senhor representante, nerd em nível máximo, Nathaniel... Você quer namorar comigo e consequentemente, ficar ao meu lado até que se canse de minha beleza, ou seja, nunca? 

Senti os seus braços em volta de mim, o cheiro do shampoo em seu cabelo, a força que me dera em seu abraço, e a respiração próxima ao meu ouvido.

— Nunca vou me cansar de sua beleza, e não tenho outra resposta a não ser que nunca deixarei de ficar ao seu lado — Não senti nada além do seu coração batendo rápido com a proximidade de seu corpo.

— Você está oficialmente impossibilitado de se livrar de mim, espero que entenda as conseqüências — Falei debochado.

— Vou tomar a responsabilidade — Divertiu-se com a situação.

— Bem, parece que estou atrapalhando — A voz brincalhona e conhecida de uma mulher foi ouvida por ambos, e assim que me virei para observá-la, me surpreendi com o sorriso de lado, e presença calorosa.

— Mãe?...  


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Notas finais do capítulo

Olá de novo! ♡
Espero que tenham gostado do capitulo! Obrigada por lerem! ☆
Beijos rosados com glitter dourados! ( ´ ▽ ` )/



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