Sunshine escrita por Davina Claire


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

Hello ♥
Tenho planejado essa fanfic há muito tempo e estava louca para postar, espero do fundo do meu coração que gostem, obrigada a quem estiver lendo ♥

XOXO



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—Senhorita Martini? – A voz da velha empregada soou pelo quarto de Emma.

—Agora não Messailá – Pediu a jovem de dezessete anos em um suplico – Não quero ir para a escola hoje.

—Senhorita...não estou lhe acordando para isso, não passa das duas da madrugada.

Muito a contragosto Emma abriu seus olhos azuis mais pela curiosidade do que pelo esforço de Messailá.

—Mamãe e papai já chegaram de viagem?

Silêncio foi tudo que a empregada fez.

—Messailá – Emma a repreendeu – Diga algo.

—Sua avó e irmãos a esperam na sala – Foi tudo que ela disse antes de sair do quarto.

Emma se despreguiçou e mau humorada levantou de seu leito que estava fervendo de tão quente, sua maciez fez uma falta enorme...os invernos de Londres pareciam cada ano mais radicais.

Com cuidado com sua camisola de mangas compridas que arrastava pelo chão, Emma pegou um robe rosa bem claro que ganhará de sua mãe antes da viagem. Sua maior indagação era o que sua nem um pouco querida avó fazia a essas horas na sua casa. E seus irmãos? Havia acabado a conferência de negócios na França?

Ela fez o máximo para não fazer barulho e acordar seu gato, Mint. Porém, ele fez vários barulhos felinos reprovadores.

Os Martini eram uma família bem conhecida em seu ramo de vinheiros, claro que o fato deles viverem em uma cidadezinha contribuía muito para a fama. O bairro em que eles viviam continha as maiores casas da região, mansões, para ser exata. Nas redondezas só se encontravam grandes empresários que viviam fazendo fortuna e bebendo whisky importado, claro que havia algumas exceções como os Ortiz na rua acima, um casal de senhores adoráveis com jardins invejáveis, os Twigger quase em frente de sua casa, uma mulher viúva que criava seus quatro filhos, seu marido havia morrido a um pouco mais de dois anos, a deixando grávida de gêmeos, Luke de dois anos e com Sharpey de cinco anos, os Wolff, conhecidos como os “novos ricos”, não se sabe muito sobre eles somente que eram extremamente pobres antes de ganharem na loteria e se mudarem para o bairro mais rico da cidade, e por fim, os Seefeld, com certeza a família preferida de Emma da região, eles moram ao seu lado, seus pais são amigos de infância e a esposa do tio Derek, Karen, virou amiga da mãe de Emma no instante em que foram apresentadas, eles tinham apenas um filho, Nathaniel, ou apenas Nath, o melhor amigo de Emma bem...não exatamente um amigo de Emma, as coisas entre eles costumam mudar bem rápido de direção.

—E então? – Questiona Emma ao chegar ao fim da escada com uma cara carrancuda que foi desfeita aos poucos ao ver a cara dos seus irmãos e avós, eles estavam tão...melancólicos...

—Emma – Stefan apenas moveu seus lábios formando o nome de sua irmã, ele estava com os olhos vermelhos, ele havia chorado.

—O que aconteceu? – Emma deu um passo para trás, ela nunca foi boa com más notícias.

—Aconteceu algo – Continuou Cooper. Ele parecia tão frio. Era ele quem daria a má notícia seja lá qual fosse.

Sempre foi assim, quando Joli, a cadelinha de estimação da família morreu alguém precisava dar a má notícia para a caçula da família. Stefan começou um discurso sobre as voltas que a vida dá porém ela nem sequer entendia algo, ele disse tudo chorando e soluçando, foi a primeira vez que Cooper teve que assumir e dizer algo ruim a Emma.

A diferença entre Cooper e Stefan não é muita. Cooper tem dois anos a mais, tendo 23, está noivo de Iris, uma adorável moça que conheceu em uma viagem a Groelândia, ele deve ter um pouco mais de 1.95, loiro, musculoso e com sedutores olhos azuis. Com 21 anos Stefan é gay, um pouco mais baixo que o irmão, uns 10 centímetros, seus olhos são verdes, o único da família a puxar a mãe, loiro e tão musculoso quanto Cooper. Eles não são muito diferentes fisicamente, porém suas personalidades são drasticamente opostas. Enquanto Stefan é um cara doce, que anda sempre com um sorriso no rosto e guarda uma piada na ponta da língua, Cooper é bem sério, quem não o conhece chega a acha-lo intimidador, o que não é verdade e todos saberiam disso se ele sorrisse mais um pouco.

—A mamãe e o papai decidiram mudam um pouco o itinerário deles Emma...- Ele olhou para a irmã para ter certeza de que ela estava compreendo, mas ela não estava.

—Eles vão voltar mais tarde? – Ela questionou decepcionada, sua mãe sempre a ajuda com os preparativos para o ano letivo e esse, seria o último.

—Eles não vão mais voltar Emma – Murmurou Stefan com pesar. Aquilo apenas a confundiu.

—Como assim? – Seus pais não poderiam mais voltar? O que ele estava dizendo?

—Eles morreram Emma – Disse sua dura avó não demonstrando nada, como sempre.

Mais de um mês depois

Fazia um pouco mais de um mês desde que os pais de Emma faleceram em um acidente de carro na costa da Noruega. Eles decidiram ir para lá, sem nenhum motivo aparente, talvez quisessem conhecer o lugar? Ou encontrar velhos amigos? Não se sabe ao certo, tudo que se sabe é que Emma nunca mais teve sua vida de volta.

Mesmo ela suplicando para morar com seus irmãos teve sua guarda completa dada a sua avó materna – a única viva, na verdade – uma senhora de sessenta anos com poucas rugas pois abusava das plásticas. Ela passara o último mês escutando reclamações e exigências daquela mulher que nunca aceitou o casamento da filha com um confeiteiro. Estava mais do que claro que aquela convivência não renderia em nada, isso levou sua avó a tomar uma decisão que ao menos para Emma não foi das mais drásticas.

—O Windercup é perfeito – Repetiu mais uma vez sua avó – O melhor internato da Califórnia, muito concorrido. Pena que existem muitos bolsistas – Lamentou.

Emma deu uma leve revirada de olhos e sentiu seu corpo gelar quanto escutou um leve miado. Graças a Deus sua avó pareceu não escutar nada. Sim, estava burlando uma regra levando Mint para o internato e não era a única que Emma burlaria. 

O Colégio Windercup abre suas portas para novos alunos que cursam o colegial.

Nosso Colégio com uma política severa de comportamento está aceitando novos alunos, sem descriminar classe, gênero ou opção sexual.

Sendo o melhor e maior Colégio da Califórnia temos vagas finitas e apenas os alunos com notas mais altas conseguem entrar. Apenas os melhores dos melhores podem ganhar uma bolsa de estudos.

Bullying não é aceito em nossa instituição, qualquer prática é absolutamente punida.

Nenhuma bebida alcóolica é permita em nosso Colégio.

Animais de estimação não são bem vindos.

O uso de uniforme é obrigatório.

Oferecemos um salão para festas que pode ser alugado a qualquer momento por alunos, professores ou outros funcionários. Um extenso jardim com a maior variedade de árvores e flores. Uma biblioteca de uso integral. Um refeitório de primeira classe. Uma lanchonete para os alunos comerem fora do período. Os dormitórios femininos e masculinos são separados a não ser que haja um motivo especial. Temos um terraço cuja a passagem é restrita. Um porão que não se é utilizado. Por fim temos quatro portões de saídas eletrificados vinte e quatro horas por dia, os alunos só sairão com uma permissão por escrita e assinada.

Agora, um bom ano letivo a todos.

Afetuosamente, diretora Elize Möller

Era tanta baboseira aos olhos de Emma. Ela não tinha notas tão altas assim, ela era razoavelmente uma aluna nota oito que sabia que seu pai daria um jeito para que ela cursasse medicina em Havard. Ela só havia entrado em Windercup pelo fato dessa Elize ser uma amiga pessoal de sua avó. Ela ainda estava esperando o avião desembarcar e já sabia que não pertencia a esse lugar. Garotas animadas, comemorando, pois conseguiram ir para lá.

Ficha de inscrição

Nome do aluno(a): Emma Willow Martini.

Idade: 17 anos.

Cursando: Terceiro ano (médio).

Filiação: Lucille Amélia Loeser & Peter Martini.

Familiares que cursaram o internato? Sim, Lucille Amélia Loeser.

Faculdade para qual deseja ir: Havard.

Deseja cursar: Medicina.

Antigo Colégio: Struhan.

Referências: Diretora Elize Möller.

Responsável: Adelaide Loeser.

Situação: Aprovada.

Emma encolheu-se um pouco sentindo frio, mas não poderia fazer nada. Suas malas ainda não haviam chegado. Em sua mão estava uma garrafinha térmica que continha whisky e uma carta de Nathaniel. Ele insistiu para que ela só abrisse quando chegasse no internato. Ela estava cumprindo a promessa mesmo que seus dedos dedilhassem para abri-la.

Flash Back On

—Você é muito boa nisso – Riu Nathaniel enquanto Emma pulava corda.

—Claro, eu sou uma menina – Ela respondeu já estressada com tantos elogios sem necessidade.

—A Stella me chamou para a festa de aniversário dela, ela disse que quer que eu seja o acompanhante dela – Disse o garoto de treze anos.

—Eu não fui convidada – Emma continuou pulando – E por que exatamente eu estou sendo informada sobre o assunto? – Ela revirou os olhos. Como se a festa de aniversário daquela garota que só sabia babar em cima de Nath a interessasse.

—Eu só comentei tá? – Ele bufou – Não é minha culpa se ela é afim de mim – Ele cruzou os braços.

—Você é quem está dizendo não eu – Emma continuou pulando sentindo suas bochechas pegarem fogo.

Nath abruptamente parou a corda colocando sua mão nela, o ocasionando um gemido e fazendo Emma cair quase em cima dele.

—Eu sei que isso não te interessa – Ele murmurou como se aquilo realmente fizesse alguma diferença para ele – Eu só queria saber o que você achava...

—Por...? – Murmurou Emma respirando pesado praticamente em cima de Nathaniel.

—Raio de sol, se eu fizer algo, promete não ficar brava?  – Ele parecia tão sério.

—Contanto que você não mate ninguém –Ela riu esperando ele rir junto, mas ele não o fez, na verdade ficou ainda mais sério. Algo estranho aconteceu, ele movimentou sua mão até uma mecha de cabelo de Emma fazendo soltar um olhar indecifrável, ela não recebeu nenhuma resposta, na verdade, recebeu um selinho.

Flash Back Of

Como por um instinto, Emma levou sua mão direita até seus lábios e suspirou. Na verdade, aquela não fora a última vez que eles se beijaram. Na realidade, Nath dois anos depois tirou a virgindade dela.

—Senhorita Martini? – O sobrenome de Emma saiu da boca de um homem que parecia estar bem atrás dela. Ela apenas se virou dando um longo suspiro, ele havia interrompido seus pensamentos, talvez fosse até melhor ele ter feito isso, ela já estava atingindo um novo nível de melancolia.

—Sim? – Ela questionou mesmo já sabendo o porquê de ele estar falando com ela.

 -Vossas bagagens – Ele estendeu a ela uma mala de viagem de rodinhas branca e uma de mão da mesma cor, antes era de sua mãe, mas...agora ela pegou para si, um conjunto tão caro não poderia ficar mofando, certo?

Enquanto andava pelo aeroporto, foi praticamente impossível para Emma ignorar como os raios solares refletiam nos diversos espelhos espalhados por ele. Raio de sol, costumava ser seu apelido. Na verdade, era como Nath a chamava “raio de sol”, agora ela era a Emma ou pior, poderiam cismar e chama-la de Willow, ela gostava de seu segundo nome, porém, ela já teve antigos hábitos frustrados o bastante, ao menos seu nome deveria continuar o mesmo.

Ela costumava ouvir a alegre história de como passou a chamar Emma Willow, algo não muito comum. Quando seus pais descobriram que teriam uma menina após dois homens – o que na realidade eles queriam desde o começo era uma garotinha – simplesmente não conseguiam concordar em como ela se chamaria, sua mãe sempre sonhou em ter uma família e a nomear de Willow, seu pai por sua vez não achava um nome fonético o bastante, ele queria algo que soasse bem para ele e Willow Martini não estava na lista. Foi quando Cooper que estava assistindo a Harry Potter comentou o nome da atriz que dava a vida a Hermione Granger, Emma, Stefan diz que é uma de suas lembranças preferidas da infância, quando finalmente decidiram que ela se chamaria Emma Willow Martini. E pensando bem, realmente não devem ter muitas Emma Willow por aí.

E como surgiu o apelido raio de sol? Pois bem, foi em uma tarde em que Emma estava brincando com o Nath, eles deveriam ter cinco ou seis anos, estavam no jardim da casa dele e tinha um arco-íris, houve uma rápida discussão sobre qual é o fenômeno natural mais bonito de todos, ela sem pensar duas vezes disse que era aquele, o arco-íris – o que ela ainda acha, na verdade – porém ele rebateu dizendo que não, que o fenômeno mais bonito eram os simples raios solares, que eles eram tão bonitos quanto Emma. Desde então ele a chama de raio de sol, o que a faz indagar se ainda é a opinião daquela criança, algo banal ou se ele ainda pensa assim.

Mint voltou a reclamar a fazendo voltar para a realidade.

“O que eu deveria fazer agora? ” foi tudo que rondou a cabeça de Emma. Ela rapidamente se dirigiu a um segurança perguntando o que uma aluna do Windercup deveria fazer, ele riu, simplesmente riu, e adivinhem só, o ônibus havia saído a uns cinco


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Notas finais do capítulo

Hey! Que bom que chegaram aqui em baixo ♥
Eu realmente espero que tenham gostado, por favor, me digam o que acharam, se algo não agradou, se gostaram, se querem que eu continue, enfim, comentem sua opiniões, ficarei muito feliz em lê-las ♥

XOXO



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