Never Stop escrita por Ellen Freitas


Capítulo 11
"You're the only one I see"


Notas iniciais do capítulo

Olá!!! Como que estão nessa quase madrugada de quarta-feira?!

Ellenzinha voltou com mais um capítulo, e devo dizer, esse é bem esperado faz um tempão por vocês? Já deduziram o vai rolar? Claro que sim, tenho os leitores mais inteligentes do Nyah! #FazendoVersinhos

Mas primeiro, gostaria de agradecer à Pratas pela favoritação!!
Não vou mais segurá-los!! Boa leitura!!
E não percam as notas finais.. #FicaADica
Bjs*



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Atravessamos o saguão da Palmer Tech, Oliver na frente, eu e Laurel logo atrás. Diggle tinha ficado no carro nos esperando. Meu chefe apertou o botão do elevador, e quando as portas se abriram, entramos os três, ainda em silêncio. Esse clima chato nos acompanhou no carro o percurso todo, tudo por causa do tal investidor markoviano. Nem conheço e já não simpatizo.

Resolvi dar um jeitinho naquilo.

— Então? Animado para ficar alguns milhões mais rico? — Tamborilei minhas palmas nas costas de Oliver em gesto brincalhão. Ele me olhou por cima do ombro por alguns segundos e até vi um pequeno sorriso brotando ali, que ele logo tratou de desmanchar. Laurel observou a cena sem dizer nada.

Droga, preferia quando eles brigavam aos gritos!

— Ah, vocês não vão ficar com essas caras pra sempre não, né? Qual é, somos um time! Abraço grupal! — Abri meus braços, mas eles apenas me ignoraram. — Vamos Vareta, Oliver! Abraço grupal!

— Você está animadinha demais hoje, nerd. Feliz porque vai ver seu namorado? — Fechei a minha cara, que só não ficou pior que a de Oliver. Laurel não sabe brincar!

Posso nem ficar feliz que hoje é o meu aniversário e não aconteceu nenhuma tragédia? Entre bater o carro, descobrir traição, quebrar a perna, ser assaltada, esse dia não é conhecido por ser calmo e sereno. Mas hoje, fora a discussão que Laurel e Oliver tiveram e que acabei entrando também, estranhamente estava tudo favorável. Deixemos assim, eu que não pediria por estresse.

A secretária de Ray nos recebeu com um sorriso e já nos encaminhou para a sala da presidência onde o moreno nos aguardava. Oliver estacou na porta, e quase tive que empurrá-lo para dentro. Ele realmente não queria aquele contrato!

— Vocês chegaram! — Ray cumprimentou. Pelo menos alguém feliz por aqui. — Quer dizer, é óbvio que chegaram, estou vendo os três na minha frente. Sentem-se. — Ele deu a volta na mesa e puxou a cadeira para mim, me lançando um de seus sorrisos mais gentis e me arrancando um de volta.

— Você não vai... — Laurel incentivou Oliver e indicou com o olhar a cadeira à sua frente, mas o loiro apenas rolou olhos sentando-se na poltrona ao lado. — Babaca!

— Permita-me, senhorita Lance. — Ray afastou a cadeira para que ela sentasse. Para nossa sorte, ele era legal demais para comentar o clima péssimo que se estava instaurado entre os membros da minha equipe.

— Muito obrigada, senhor Palmer. Você sim, é um homem de verdade.

— Fica pra você, então — Oliver retrucou baixinho.

— Já chega, os dois! — grunhi entredentes. Quando eu havia me tornado a mediadora de Oliver e Laurel? — Estamos trabalhando, deem um tempo!

— Podemos assinar essa coisa, por favor?

— Claro, senhor Queen. Bom, aqui está o contrato com as exigências legais da CQ que a senhorita Lance nos enviou. Acrescentamos também as nossas, de acordo com o que combinamos. — Ray estendeu os papeis para Oliver, e quando ele já ia pegando, Laurel foi mais rápida, os pegou, e começou a ler. Crianças fazendo criancices, apenas.

O silêncio era constrangedor, e me distraí balançando a cabeça a um ritmo de uma música que tocava apenas em minha mente. Quando levantei o olhar, Ray sorria de lado e arqueava uma sobrancelha em minha direção. Senti o rubor subir às minhas bochechas, mas ri de volta, mordendo o lábio inferior em nervosismo.

O moreno então pegou uma caneta e anotou algo em um pequeno bloco de papel, em seguida o dobrando e escorregando-o por cima da mesa para mim.

“Jantar hoje?

Se sim, sorria.

Se não, dê um tapa na cara de Oliver.”

A proposta do tapa até que era tentadora, mas não consegui segurar meu sorriso a tempo, mesmo colocando a mão em minha boca para escondê-lo. Quando me viu rir, Ray confirmou com a cabeça e novamente escreveu algo no bloco, me passando mais uma folhinha.

“Vou considerar isso um sim.

Feliz aniversário, Felicity!”

Abri a boca surpresa, o encarando com a pergunta muda de como ele havia descoberto aquilo. Ray deu de ombros com aquele jeitinho de “você entregou seu currículo aqui, não se faça de boba”.

— Laurel, quanto tempo ainda vai demorar? — Oliver explodiu, me fazendo saltar de susto na cadeira. Fiquei tão concentrada no flerte com Ray que por um segundo esqueci que ele estava ali do lado. Droga!

— Deixa de ser apressado, eu estou...

— Concordo com tudo, me dá isso aqui. — Ele pegou os papeis das mãos dela e uma caneta no bolso do paletó e quando a posicionou para assinar, foi interrompido por Ray.

— Só mais uma coisinha, senhor Queen.

— O quê?

— Bem, estamos entrando em parceria para a montagem e criação do maior laboratório de ciências aplicadas do país.

— E daí?

— E daí que isso é complicado, dispendioso e exige uma supervisão constante. — Por baixo da mesa, podia ver Oliver bater o pé no chão impaciente.

— O que está querendo dizer, Ray? — o questionei.

— Eu tenho uma sugestão. Que tal um representante de cada empresa fazer esse papel de supervisão durante esse processo todo? Tem que ser alguém que tenha o mínimo conhecimento matemático científico, disposição e interesse na obra. Eu até posso ser essa pessoa aqui pela Palmer Tech, então resta vocês... — Novamente me espantei, e levei a mão ao peito quando Oliver levantou-se bruscamente, derrubando seu assento e fazendo um barulho alto.

— Finalmente chegamos no que você queria com essa palhaçada toda!

— Do que você está falando?

— Felicity! Sempre foi sobre Felicity, não foi? — Apontou para mim e eu queria cavar um buraco até a China e entrar nele. Aquela discussão de novo não! — Cara, você vai gastar milhões e até me convenceu por alguns segundos, mas agora finalmente se revelou! Não conseguiu ela do jeito fácil e foi pro difícil, seu filho da puta?!

Ray não respondeu porque estava em pé, em choque. Aquela provavelmente ia entrar para seu hall de negociações mais bizarras. Escondi meu rosto entre as mãos e minha língua soltou a coisa mais idiota que poderia sair no momento.

— A mãe dele tá morta.

— Vem aqui! — Laurel saiu arrastando Oliver pelo terno para fora da sala. — A gente volta em dois minutinhos, com licença. — “Conserta isso”, gesticulou apenas com os lábios para mim.

— Me desculpe — pedi sem jeito, quando ele se jogou na cadeira.

— Eu sei que é seu chefe, Felicity, mas esse cara é doido!

— Oliver é meio possessivo e temperamental, mas no fundo, bem no fundo mesmo, é uma boa pessoa. Por favor, não desista do contrato.

— Eu tenho palavra, não vou deixar vocês na mão agora. Mas eu juro pela minha já citada mãe que não faço mais nenhuma negociação com Oliver Queen. Se as Consolidações Queen quiserem alguma coisa a Palmer Tech, mandem alguém profissional.

— Eu entendo.

— E outra coisa: você precisa mesmo esclarecer para ele que vocês não têm nenhum compromisso além do profissional. Eu não posso falar ou fazer nada relacionado a você, que ele já vem sentir as dores de namorado ciumento! Eu sei que nenhum pedido oficial de namoro foi feito ainda entre nós, mas temos um compromisso.

— Você está certo, me desculpe, vou falar com ele.

Perder um contrato de milhões com certeza ia ganhar na minha lista de coisas terríveis de aniversário. Ray era sensato, mas isso não impedia que eu notasse que o desastre daquele dia só parecia estar começando. Deus me proteja!

— Felicity, você... — Seu olhar encontrou o meu, e senti um frio na barriga. A frase seguinte que acompanhava aquele olhar triste não poderia ser boa. — Você tem sentimentos por ele? — Como eu disse, desastres de aniversário!

~

— Já vou, Felicity. — Tirei a caneta da minha boca quando percebi que Laurel já estava indo embora. O pobre bocal vermelho estava tão mordido que não iria servir mais para nada, depois de hoje. Abri a terceira gavetinha da minha mesa e joguei a caneta lá, junto com todas as outras que estraguei nas últimas semanas. — Tenho compromisso.

— Eu também. — Diggle passou por nós, já vindo da sala da presidência.

Oh, não! Não, não e não!

Eu não ia ficar aqui sozinha com Oliver. Sim, eu sou covarde!

— Sendo assim, eu também...

— Nada disso, você me prometeu que terminaria a projeção financeira que te pedi. Já terminou? — Claro que não! Quem vai pensar em números quando acabou de levar um empurrão vinte andares abaixo e sem paraquedas?

— E ele pode precisar de ajuda — Diggle ponderou olhando para Oliver que trabalhava atrás da mesa. Nem pude usar minha carta na manga de “é meu aniversário”, já que não queria que ninguém soubesse. Droga!

— Dig, segura o elevador um minutinho para mim?

Laurel, a doida, correu até a sala de Oliver, cochichou algo para ele e voltou, com a mesma pressa já entrando no elevador. Quase chorei quando olhei no relógio da parede e ainda faltava quase uma hora para que eu pudesse ir embora.

Uma olhada rápida e peguei Oliver me encarando. Desviei o olhar, corando.

Não, eu não podia estar apaixonada por ele, não de verdade. Eu pensei que tivesse me vacinado contra essa doença anos atrás, como peguei de novo? E o mais irônico de tudo é que foi Ray a me acordar para a realidade.

Quando meu ex-quase—namorado me perguntou se eu tinha sentimentos por Oliver, minha resposta foi um sonoro e rápido não. Ele e Laurel voltaram logo em seguida, assinamos o contrato e fomos embora, mas agora aquilo já martelava em minha cabeça.

Uma coisa era Sara, Laurel e Tommy insinuarem, ou Dig e seus olhares constrangedores, outra bem diferente era Ray perguntar. Ele não sabia a coisa toda do ensino médio, e quase nunca estava no mesmo espaço que nós dois. Então quando isso acontece, ele me manda logo essa?

Mas aquilo me fez começar a pensar quando tudo deixou de ser mais uma brincadeira. No início Oliver flertava descaradamente, e claro, eu morria de vergonha, mas isso não provava nada. Ele era um homem extremamente atraente, fazer com que uma pobre garota de TI avermelhasse não era paixão, era só um conjunto de reações químicas e biológicas do corpo humano.

No colégio sim, mas agora... Estou tão confusa!

Passei a mão por minha testa, enxugando um suor de nervoso. Como lidar com esse emprego daqui para a frente?

— Felicity!

— O quê? — Cuspi a nova caneta que eu mordia. Oliver estava parado na minha frente e parecia não ser a primeira vez que me chamava.

— Perguntei se você já está indo para casa.

— Mas ainda falta... — Olhei no relógio que já marcava sete da noite. Quanto tempo eu passei remoendo minha recente descoberta? — Oh.

Mas já? Eu tinha que correr para casa para me arrumar para o encontro com Ray, que me buscaria às oito. Eu estava com dor de barriga apenas em lembrar o que teria que fazer: terminar com meu príncipe da Disney. Eu não queria magoá-lo, mas aceitar continuar com aquilo não era certo para nenhum de nós dois. Não quando um fator alto e loiro tinha entrado definitivamente na equação.

— Quer carona?

— Não, não precisa. Barry vem me buscar. — Oliver se mostrou levemente decepcionado.

Como um bilhete enviado pelo destino meu celular vibrou ao lado do teclado, uma mensagem do meu irmãozinho me avisando que ainda estava no seu tour por Star City com Cait, em meu carro, e não poderia me pegar. Que ótimo irmão, ótimo!

— Droga!

— O que foi?

— Nada, eu já vou indo. — Por causa de Barry eu levaria quase o dobro do tempo para chegar em casa.

O caminho que o elevador levou para chegar ao térreo estava mais longo que o normal. Eu vi Oliver se virar para mim e abrir a boca para falar algo umas três vezes, então desistir logo em seguida. Pelo menos eu não era a única surtada aqui.

Me despedi com um aceno do porteiro e do meu chefe e já me direcionei à estação de metrô. Apressei o passo quando ouvi um veículo se aproximar atrás de mim em uma rua deserta ao lado do prédio das Consolidações Queen, meu coração saindo pela boca. Qual é, Deus, sequestro? Essa vai ser nova.

— Por que você está correndo? — Ouvi a voz de Oliver. Mas quem era Oliver perto de um grupo de sequestro? Provavelmente levariam ele também.

— Porque vou ser sequestrada! — gritei alarmada.

— Por que eu te sequestraria? — Oliver perguntou paciente e olhei para trás. O único carro que me acompanhava era o dele. Menos mal. — Vamos, entra. Seu irmão não veio te buscar, foi?

— Aquele bastardo encontrado no lixo!

— Eu te levo, não me custa nada. — Olhei para seus olhos azuis, que agora estavam bem escuros por causa da falta de luminosidade, e depois para o longo caminho deserto à minha frente.

Agora tudo que penso é em como me apaixonei e como não sou correspondida, mas tenho de conviver com esse diabo loiro que oferece caronas!

Droga, Ray, por que foi me falar aquilo?!

— Tudo bem. — Oliver se inclinou na direção da porta do carona a abrindo para mim. Era estranho andar com ele ali na frente, sempre tínhamos a companhia de Diggle e Laurel. E agora, tudo que eu queria na vida, era mais alguém ali dentro.

Oliver arrancou dali em direção à minha casa e peguei meu celular para jogar ou mexer em qualquer coisa que seja. Ele poderia pelo menos ficar fedendo depois de um dia de trabalho e não ainda mais cheiroso. Está sendo injusto para todos os outros homens!

— Precisamos conversar — Oliver sugeriu com os olhos atentos à estrada. Suspirei fundo. Eu não queria conversar, não com o risco de que a frase “descobri que estou apaixonada por você de novo” pulasse da minha boca a qualquer momento.

— Sobre o que você fez hoje na sala do Ray? Concordo, mas não estou com cabeça para esse assunto agora.

— Não é sobre isso. Não é sobre Ray de jeito nenhum.

— Deixa pra lá, Oliver, amanhã a gente conversa.

— Mas, Felicity...

— Amanhã! — decretei, e ele soltou uma respiração frustrada, mas calou a boca.

Oliver não deveria estar frustrado, eu sim. Eu teria que terminar um relacionamento perfeito pra nada, e ainda continuar convivendo com o patrão-crush que, só pra ressaltar, não tinha a capacidade de gostar de mim de volta.

Quando ele parou na porta do meu prédio, agradeci à carona e quando percebi, ele já tinha decido do carro e estava do meu lado.

— Te levo até a porta.

— Não precisa!

— Mas vou fazer mesmo assim. — Achei mesmo que ele fosse ficar calado, mas não... — Por que não quer falar comigo?

— Hoje é um dia complicado, mas essa noite parte das minhas... coisas, estarão resolvidas. — Mentira, estarão nada, hoje foi só o começo. — Por favor, Oliver... — supliquei. Eu não sabia o que ele queria tanto falar, mas tenho certeza que não seria algo que descomplicasse minha cabeça.

 — Ok. Podemos almoçar, já que não tem expediente amanhã. — Ei, ei, isso é tipo um encontro? Calma, Felicity, primeiros encontros são à noite, almoços são coisas de amigos. O que diabos está rolando aqui?

— Te mando mensagem confirmando. — Tentei agir naturalmente, mas sentia minhas mãos tremerem ao destrancar a porta. Isso não seria um encontro, isso não seria um encontro, repeti para mim mesma. — Droga! — murmurei.

— O quê?

— Acho que meu celular caiu no seu carro. — Notei ao guardar as chaves. — Tenho que buscar, me empresta a chave.

— Eu pego pra você, caiu onde?

— Deixa que eu vou. Eu tenho que sair daqui a pouco, mas se quiser entrar... — Por favor, não queira, por favor, não queira!

— Te espero voltar. — Merda!

— Um segundo.

Peguei as chaves de suas mãos e estava tão perturbada com aquilo tudo que quase bati a cara na parede ao virar a esquina do corredor. Achei o aparelho caído do lado do banco e já voltei correndo para despachar logo Oliver.

― Oh, boy. ― Foi a única coisa que conseguiu sair da minha garganta ao ver Oliver, ainda parado na minha entrada, com um porta retrato na mão, nele uma foto minha na formatura, aos dezoito anos. Ei, entrada da minha casa!

― Quem é ela, Felicity? ― O loiro ainda perguntou, mas pela cara dele e a palidez em seu rosto, sabia exatamente a resposta. Ele lembrou!

― Minha... prima. ― menti, e ele levantou uma sobrancelha incrédula. ― Irmã? ― Arrisquei novamente, mas ele não estava comprando.

― Ela é você, caralho! Porra, você é a Sadness!

― Quem? ― Agora eu estava perdida. Ele lembrava ou não, que droga de nome era aquele?

― Não importa. Você é ela! A única que eu sempre vi, nunca toquei, mas também nunca esqueci! ― Peguei a moldura de suas mãos, sentindo o sangue fugir de meu rosto. O que ele estava dizendo?

― Você está louco. ― Rolei olhos, eu não estava preparada para aquilo. ― É melhor eu entrar.

― Felicity... ― Oliver me deteve antes que eu entrasse e me olhava tão intensamente, como se finalmente enxergasse algo. Vai, Felicity, pensa! Tudo bem que eu quis que ele soubesse por um longo tempo, mas agora eu não sabia bem o que fazer.

― Você não está raciocinando. ― Ri amarelo.

― Estou mais do que nunca. Finalmente, morena.

Antes que eu o parasse, antes que eu sequer previsse o que ele iria fazer, Oliver já tomou meu rosto entre suas mãos e capturou meus lábios com os seus. Um formigamento começou onde sua boca encostava na minha e percorreu meu corpo todo, o gosto de canela de sua boca passando para a minha.

Procurei sustento em seus braços para não deixar que minhas pernas bambas me traíssem, apesar de saber que ele me sustentaria. Então era assim a sensação de ser beijada por Oliver Queen? Essa nítida sensação de que eu não tinha mais ossos ou um cérebro, que me fazia nunca mais querer largá-lo.

Dei um passo vacilante para trás, minhas costas batendo na porta e abrindo, mas ele não me soltou, então todas as luzes se acenderam de uma vez e um coro de pessoas gritou “Surpresa”.

Meu. Deus. Do. Céu.

Fodeu muito!

Ele separou-se de mim, também assustado, e quando olhei ao redor, o primeiro que me deparei foi ninguém menos que Ray Palmer. A mesma pessoa com quem eu iria jantar daqui a pouco e para quem eu havia jurado que não sentia nada por Oliver.

Seu sorriso enorme transformou-se numa expressão extremamente magoada, e ele veio em nossa direção com um buquê de margaridas. Ray me entregou as flores e passou por mim, mas não antes de me desejar a felicitação mais triste de todos os tempos.

― Feliz aniversário, Felicity.


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Notas finais do capítulo

Okay, alguém previu isso? Oliver e sua péssima escolha de momento para beijos, tadinho dele!! E tadinha dela... HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA

Mas enfim... Foi!!! Ele lembra, teve beijo, Ray já sabe e todos os outros também!! Sim, a sala estava lotada com quase todos os personagens da fic!! Boa sorte para Felicity e Oliver lidarem com isso!!!

Agora uma surpresa... Próximo capítulo... ~rufem os tambores~
POV OLIVER!!! Yep, nós finalmente entraremos na cabeça (oca?) do Queen e saberemos muito sobre como ele se sente e o que o levou a tuuuuuudo isso!!
Ansiosos? Eu estou!!
Até os reviews, e favoritem e recomendem se acham que a fic merece!!
Bjs*

p.s.: Estava errada sobre o episódio de hoje. Achei que seria o fundo do poço da depressão, mas nem foi!! Não contarei spoilers, mas Olicity, foi tão... ~gritinho para expressar fofura~ To sabendo hein, Oliver, esse charmezinho de "sua voz na minha cabeça"... Tu é doido ou te faz? Assim Felzinha não resiste por muito tempo!!! #VoltaOlicity HAHAHAHAHAHAHAHAHAHA